Rose estava em seu quarto olhando seus vestidos de baile. Ela queria algo chique e que causasse impacto. ‘Eu não vou deixar de ir ao baile por causa de ninguém! Quero estar linda para a minha última noite aqui.’ Ela ouviu uma batida na porta.

“Já vai!” Abriu a porta e eram Christian e Mason.

“Oi. Viemos saber se quer patinar.” Ela sorriu para Christian e olhou profundamente para Mason.

“Acho que não. Estou vendo meus vestidos de baile e esperando Lissa. Aliás, cadê ela?!” Christian riu.

“Ela está lá tentando botar um pouco de juízo na cabeça do Adrian. Depois ela vai se encontrar com a gente. Vamos, rose, o baile é só amanhã. Dá tempo até de vocês fazer compras se quiserem...” Mason emendou.

“E você não patinou comigo ainda...”

“É. Tem razão. Não patinei com você, Ashford e também não pretendo!” Ele ficou triste ao perceber que ela não o havia perdoado. Christian resolveu intervir.

“Você não precisa patinar nem com ele, nem comigo. Nós podemos apenas patinar. Chega disse agora. Vamos Rose!” ela sorriu e viu pela aura de Christian que o objetivo dele era não deixá-la sozinha. Talvez Lissa tivesse pedido isso, com medo de que ela bebesse de novo.

“Okay, Chris! Você venceu! Vou me trocar e vamos. Esperem aí!” ‘É... Posso não ter namorado, mas certamente tenho bons amigos.’ Ela olhou para a garrafa de vodka e a deixou no mesmo lugar.

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“Abe, nós poderíamos ir ao shopping. Eu quero comprar um vestido para o baile e poderíamos levar Rose para comprar um também!” Janine estava em dúvida, mas queria tentar.

“Sim Jane, nós podemos ir, mas não estou certo de que Rose iria conosco... Mas podemos comprar um vestido para ela. Do gosto dela, é claro!”

Janine pensou: ‘É, comigo ela não iria a lugar algum mesmo! Mas eu poderia escolher um lindo vestido para ela – um exclusivo – e quem sabe ela usaria no baile...’

“Tudo bem então. Quero comprar um lindo vestido para a minha filha...” Eles sorriram.

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“Adrian, querido! Guardião Belikov. Entrem!”

“Oi tia.” Ela o abraçou. Normalmente, ela tinha que convocá-lo para conseguir vê-lo. Adrian procurá-la espontaneamente era raro. Ela olhou para Dimitri e viu que ele parecia chateado.

“O que houve Adrian? Guardião Belikov, o que aconteceu?” Dimitri sacudiu a cabeça.

“Nada tia. Eu fui horrível com Belikov. Só isso! Mas já está tudo bem...” Dimitri fez uma careta.

“E por que você foi horrível com ele, Adrian?! O guardião Belikov é o único que agüenta esse seu humor dúbio. E é o seu amigo!” Adrian baixou a cabeça. Dimtri sabia que Adrian não queria falar.

“Majestade... Se me permite.” Ela assentiu. “Não foi nada demais. Ele só acordou muito cedo, está cansado e desta forma, mal humorado. Está tudo bem!” Tatiana era Rainha não era à toa. Era esperta como uma raposa e adivinhou.

“É a Princesa Mazur, filho? Algum problema com ela? Você se esquivou da minha pergunta no baile sobre vocês estarem namorando e era óbvio que ela não gostou nada daquilo. Aliás, nem eu. Ela é uma Princesa, Adrian! A última da sua linhagem, além de seu pai, lógico! Deve ter filas de pretendentes e ela está claramente apaixonada por você! Ninguém tem tanto cuidado, tanto carinho com uma pessoa do jeito que ela te tratou, limpando suas lágrimas sem que ninguém notasse, só por amizade! Ninguém, filho!” Ele corou. ‘Ela percebeu que eu chorei!’ “Eu, até agora, não entendi sua atitude. É óbvio que ela te ama e você deve saber disso.” Ele assentiu. “Então, por quê?!”

“Ah, tia! A senhora ainda pergunta?!”

“Pergunto por que não vejo motivo para vocês não namorarem.”

“Tia, se a senhora pudesse ver auras, veria como a mãe dela odiou a idéia.” Tatiana riu.

“Eu não preciso ver aura para saber disso, filho! Mas não me pareceu que Rosemarie estivesse tão preocupada com a opinião da mãe. Aliás, pelo que eu soube, a relação delas é nula! Ela respeita muito é a opinião do pai e Ibhraim, por sua vez, pareceu bem feliz ao vê-los juntos...”

“Eu não sei. Ela disse.. Quero dizer... Eu não pedi, mas estávamos falando sobre o baile e ela disse que eu iria com Dimitri! Eu perguntei então se ela iria comigo e ela disse que não. E disse que eu sou bipolar, quando eu lhe perguntei por que não!” Tatiana riu. ‘Essa garota é boa! Ela vai ensinar ao Adrian a dar valor ao que tem e não ao que perdeu! Ela deve estar aprendendo isso a duras penas e não vai facilitar para ele...’

“E por que você não vai pedir a ela então e já que obviamente está apaixonado por ela, não a pede em namoro de uma vez... Ou melhor, não assume que está apaixonado e assume para todos?!”

“Uhummm, como se ela fosse deixar assim tão simples pra mim! Agora ela resolveu que é BBF de Dimitri e só falou comigo porque ele pediu.”

“É mesmo, guardião Belikov?!” Tatiana estava admirada do tom de ciúmes de Adrian. Agora ela tinha a confirmação. Seu sobrinho estava apaixonado! Ela sorriu e Dimitri a acompanhou, entendendo o que ela quis dizer e resolveu provocar.

“Se me permite, Majestade!” Ela assentiu. “Rose está mesmo chateada com Adrian e eu pedi que ela o perdoasse e ela concordou, mas não gostou nada quando ele percebeu a chegada da Princesa Dragomir na cafeteria e soltou a mão dela bruscamente...”

“Adrian, meu filho, por que você fez isso?!”

“Eu... Eu não sei!”

“E foi por isso que ela te chamou de bipolar?!”

“Acho que sim...”

“E acho que ela tem razão. Acho até que vou te mandar ao terapeuta de novo...”

“NÃO!” Todos o olharam assustados com a reação de Adrian. “Não vou a terapeuta algum. Não mais!”

“Tudo bem! Então...”

“Então que eu to cansado porque acordei cedo para ir ao ginásio com Dimitri, esperá-lo treinar com ela!”

“Com ela quem?!”

“Com a Rose! A senhora sabia que ela luta?! E segundo Dimitri, muito bem!” Tatiana sabia que era uma tradição entre as famílias turcas nômades aprenderem a lutar, além de usar a magia ofensivamente, mas não pensava que a princesa lutasse. Ela a admirou ainda mais e sorriu.

“Isso é ótimo! Ela luta bem mesmo, Dimitri?”

“Sim, Majestade! Não é tão forte quanto um damphir, mas sabe usar o que tem...” Disse com admiração e Adrian bufou.

“Adooooooro! Agora a Rose e sua luta com Dimitri é que é o assunto. Tia, eu não vou a baile nenhum, nem com Dimitri, nem com ninguém. Na verdade, eu vim pedir à senhora para que eu voltasse para a Corte hoje mesmo.” Essa explosão de Adrian, deixaram Dimitri e Tatiana atônitos.

“Como é que é, Sr. Adrian Ivashkov?!” Ela ficou brava. “Você não quer passar a noite de Ano Novo comigo?! Então o quê? Vai passar em casa, sozinho, torturando Dimitri com bebedeira e choradeira? De jeito nenhum você está indo para a Corte antes do Ano Novo! Entedendeu Sr. Ivashkov! E isso é uma ordem!” Ele sentiu o poder real de sua tia e assentiu se sentindo um excremento em forma de um garotinho de seis anos de idade. Tatiana, naquele momento, era a Rainha e não a sua tia e ela emanava poder. Ele se levantou e foi até o lugar onde ele sabia que tinha bebida alcoólica. Ela não disse nada e quando Dimitri ia impedi-lo, ela o interrompeu.

“É só um drinque, hein Adrian! Só um!” Ele assentiu. Tateou as garrafas, abriu uma, cheirou e notou que era whisky. Despejou no copo até quase encher e bebeu como se estivesse tomando um refrigerante gelado.

“Agora chega!” Disse Dimitri calmamente, ao tomar-lhe a garrafa, quando ele ia se servir novamente.

“Você. Não. É. A. Minha. Babá!” Tentou tomar a garrafa da mão de Dimitri e a Rainha se enfureceu.

“Pare, Adrian! Já chega! Seu problema, definitivamente, não é com ele e ele não é obrigado a aturar tanto desrespeito! Seu problema é comigo e já foi sanado! Você não vai voltar para a Corte e essa é a minha última palavra e tem mais. Você vai jantar comigo na ceia de Ano Novo! Quer queira quer não queira. Com ou sem Dimitri, que aliás, é meu convidado o está na minha mesa. Com ou sem Rosemarie. Que também é minha convidada e também está na minha mesa e ao seu lado. Assim como os pais dela, Vasilisa e Christian Ozera. Acabou o assunto! Agora, se você quiser ir para o seu quarto e ficar emburrado até amanhã na hora do jantar, fique à vontade, mas você vai ao jantar e sóbrio! Nem que seja escoltado pela guarda real!” Adrian bufou, deixando uma lágrima cair.

“A SENHORA NÃO É A MINHA MÃE!” Ele gritou. Ela já estava acostumada a esses rompantes de revolta dele. Dimitri parecia mais incomodado.

“Tem razão, Adrian! Eu não sou a sua mãe. Eu só estou tentando fazer o meu melhor para você. E sabe por quê? Porque a sua mãe está morta assim como o seu pai. E você só não está porque teve sorte. Por que diabos você não pode viver então? ME RESPONDE! ESTOU ESPERANDO!”

Agora ele chorava livremente! Não disse nada. Se sentou e chorou. Tatiana sentou-se ao seu lado e o deitou em seu colo, acariciando seus cabelos macios e arrulhando para ele se acalmar. Todas as vezes que essas coisas aconteciam, Dimitri se sentia impotente. Tanto ele quanto Tatiana, sabia que para Adrian, essas datas comemorativas eram muito duras, porque seus pais eram bastante festeiros e alegres. Dimitri se sentia inútil diante de tanta dor e não sabia o que fazer. Passando mais de uma hora, Adrian acabou dormindo ali, aninhado no colo da tia.

“Dimitri?” Tatiana sussurrou. “Peça um alimentador e um chá de ervas bem quente para ele!” Dimitri assentiu e saiu.