Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 20
Capítulo 20 – Fim de Noite


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, tudo bem????

Estão gostando desse casal RoAdrian????

Mesmo vocês totalmente team RoMitri????

Então, mais um capítulo para o seu deleite!

Bjn. R.I.



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“Vamos Adrian?! Você a magoou??? Responde!!!” Adrian abanou a cabeça e suspirou.

“Ah... Dimitri! Eu sou um idiota! Acabei de quebrar o coração já quebrado da única pessoa que eu já amei na minha vida! Eu disse a ela que não podemos ter uma relação. Que eu não a mereço! Ela ficou furiosa e saiu. E ainda levou minha vodka... Eu sou um imbecil! Ela disse que estava apaixonada e eu a rejeitei. Ela se foi e eu não fiz nada para impedir!” Dimitri bufou e se sentou. ‘Como ele pôde fazer isso com ela?! Ele perdeu o juízo???’

“Adrian, você pode me explicar por que você fez isso?”

“Eu... Er... Ah! Dimitri, eu não sei!!!” Frustração era óbvia em sua voz. “Eu só não achei que fosse justo ela se envolver com um inútil como eu e se você pudesse ver a aura da mãe dela como eu vi... Ela me odeia!!!”

“Ahhh... Que ótimo!!! Adrian, você é um estúpido mesmo! Você acha que a Princesa se preocupa, se importa com a sua deficiência ou com a opinião da mãe dela??? Pelo que eu soube, elas meio que se odeiam... Você acha que se ela se importasse com isso ela ficaria te mimando o tempo todo com tantos caras a fim dela? E não diga que você não percebeu, porque eu sei que você sabe!”

“Sei lá... Ela deve é ter dó de mim e eu não...”

“Adrian, não seja idiota!!!! Ela não tem DÓ de você! Acho até que isso nem passou pela cabeça dela e se ela tivesse, você saberia! Adrian, você lê auras... Ela está claramente apaixonada por você. Porque você não pode aceitar que alguém goste de você do jeito que você é, Adrian. Se você pudesse ver como ela te olha... Argh! Dá até enjôo! Se você ia expulsá-la de sua vida, por que então você deixou que ela entrasse??? Por que você não pode aceitar um pouquinho de luz, de felicidade em sua vida????”

“Porque eu não sou digno...”

“O QUÊ???!!! Você é doido??? Ficou maluco de vez??? Por que você não seria digno, Lord Ivashkov??? Porque você tem ou esse humor ácido ou falta de humor???” Sarcasmo e mais sarcasmo. Ele precisava fazer Adrian entender que ele tinha o direito de ser feliz. “Eu não acredito que você está dizendo isso. Dê-me apenas um motivo. Só um motivo que faça com que você seja indigno de ser amado e feliz. Que faça você ser indigno de viver um grande amor! Só não comece com aquela lenga-lenga de que é porque ‘eu sou cego’, porque isso não é motivo. Vamos, Adrian, fale!!!”

Adrian agora tinha lágrimas nos olhos. Ele nunca pensou que Dimitri pudesse ser tão duro com ele. Dimitri estava sendo cruel. ‘Será mesmo que Dimitri não achava que o fato de ser cego fosse um motivo justo???’ Adrian fungou um pouco, limpou o nariz.

“Dimitri, eu... Eu não sei! Eu SOU CEGO e ficarei assim pelo resto dos meus dias! Não terminei meus estudos! Não impedi que meus pais fossem mortos! Vivo da fortuna cheia de sangue da minha família! Não consigo nem comer sem derrubar coisas...” Dimitri não sabia que Adrian se culpava pela morte de seus pais.

“Bem, quanto a comer, acho que a Princesa resolveu bem. Ninguém notou os motivos. Só se ouvia comentários de ‘como a Princesa é carinhosa com o Lord Ivashkov’; ‘que casal lindo!’; ‘que casal romântico’; essas coisas...”

“Mas...”

“Mas... Nada, Adrian! Você tem que parar com essa história de se culpar pela morte de seus pais! Meta na sua cabeça: VOCÊ NÃO TEM CULPA! O que você poderia ter feito para impedir??? Tem que parar também com essa história de que as pessoas têm dó de você só porque foi gentil com você. Você tem é que parar de sentir dó de si mesmo!!! Você acha que eu tenho dó de você?! Ou a Lissa?! Ou a sua tia?! Você tem vinte e um anos de idade e não está aproveitando a melhor época da sua vida, Adrian! E sabe por quê? Porque você não deixa as pessoas boas entrarem em sua vida... Você se incomoda quando as pessoas se importam... Isso é errado! Quem me dera ter alguém que me visse realmente como eu sou, além da minha máscara de guardião...!”

Adrian agora havia se deitado no sofá em posição fetal. As palavras de Dimitri eram como estacas minúsculas perfurando todo seu corpo, tamanha dor que sentia. Ele só queria ficar ali, se embriagar e sentir dó de si mesmo.

“Dimitri, será que você pode, por favor, me servir uma bebida? Eu estou precisando...” Adrian sussurrou.

“Arghhh! Não! Você agora vai é colocar esse pijama...” Disse-lhe entregando-lhe um pijama em sua mão. “E vai se deitar e dormir sóbrio para acordar sem ressaca, com a mente clara para pensar no que conversamos. Se você beber, eu vou ficar zangado e vou contar para a Rainha!” Adrian bufou.

“Pare de me tratar feito criança...”

“Então pare de agir como tal. Posso confiar que você vai fazer o que eu disse ou vou ter que dormir no sofá para te vigiar???”

“Ta! Ta! Boa noite!” Dimitri sorriu. A tempestade havia passado.

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Rose foi para seu quarto transtornada. ‘O que eu fiz para merecer ser tão infeliz??? Por que ele não me quer??? O que eu fiz de errado??? Será que ele me acha mesmo uma aberração???’ Ela não conseguia parar de pensar em Adrian. Em cada pensamento, um belo gole de vodka. Entrou em seu quarto feito um furacão cambaleante. Ela já tinha tomado quase metade da garrafa e tinha tirado seus scarpins lindos e caros.

Entrou no quarto e guardou sua garrafa dentro de uma caixa de sapatos, debaixo de mais uma pilha delas. Tirou o vestido e a maquiagem. Se olhou no espelho e decidiu que estava muito nervosa e frustrada demais para dormir. Colocou um conjunto de moletom preto com capuz, tênis, soltou os cabelos e foi para o ginásio. Resolveu que queria treinar. ‘Estou só alta, mas não tão bêbada. Acho que socar uns sacos de areia vai me ajudar a estravazar!’

**********************************************

Dimitri não conseguia dormir. Ele verificou Adrian, que dormia como um bebê. E sóbrio! Dimitri se orgulhou. Como havia ficado chateado de ter sido tão duro com Adrian, resolveu ir treinar um pouco. O rosto de Rose, desfigurado pela dor e pelas lágrimas não saíam de sua cabeça, assim como a imagem dela patinando, sorrindo, tentando atacá-lo com fogo, com olho roxo, chorando de novo, ficavam flutuando em sua cabeça e não conseguiria dormir. Era sua folga e seu moroi estava dormindo. Ainda era cedo, foi para o ginásio.

Lá chegando, avistou uma garota de moletom preto, com capuz na cabeça, lutando com fúria contra um saco de areia. A princípio, pensou que fosse uma novata. A garota tinha técnica, mas parecia não ter a força de um damphir. Ele ficou ali parado. Curioso, observando a adolescente soltar seu veneno no pobre saco de areia. Só que não demorou muito e ela percebeu sua presença, se virando. Dimitri arfou. Ele nunca iria imaginar que aquela garota que atacava o saco de areia como a um strigoi, com tanta fúria e técnica, pudesse ser a delicada princesa moroi turca. Rose Mazur. Roza. O susto foi tanto que ele disse seu nome em russo.

“Roza?!?”

“Guardião... Belikov?!?”

“O que você está fazendo aqui?!” Perguntaram juntos. Ele sorriu. Ela não e pegou uma garrafa com sangue e deu uma longa golada. Secou seu rosto com uma toalha e pôs as mãos na cintura, já sentindo os efeitos da ressaca. A bebedeira havia passado!

Ele analisava cada movimento dela e não acreditava que ela pudesse ter uma técnica tão boa de luta, sendo uma moroi! Ainda por cima, uma princesa! Ele se sentia aparvalhado e ela rompeu o silêncio.

“Eu já estava de saída!” Disse, séria, pegando suas coisas.

“Não! Fique, por favor! Eu... Eu não queria incomodar. Continue!” Ela deu de ombros, tomou mais um pouco de sangue e continuou. Ele ficou ali, sentado no chão, admirando-a.

“Não use tanta força...” Ele disse quando ela deu um soco. “Use técnica. Quer que eu te mostre?!” Ela assentiu e assim ficaram por um enorme tempo.

“Vamos tentar lutar um contra o outro?” Ele sugeriu e ela concordou imediatamente. Ela sempre fazia isso em casa com Pavel ou Mikail e antes, com Mohammed. Eles estavam em sincronia e ninguém atacava. Ele a admirava cada vez mais, porque era exatamente como um guardião fazia. Estudava a linguagem corporal do oponente antes de sair para um ataque aberto. Enquanto ele ficava ali, quase precisando de um babador, acabou se distraindo e ela o golpeou por trás e o levou ao chão, chegando sua boca bem perto de seu pescoço e disse:

“Morto!” E soltou uma risada gostosa, rica, animada. Ele a virou e ficou sobre ela, quando essa protestou.

“Assim não vale, guardião! Você já estava morto!” Mas ele não conseguia se mexer. Parecia para ele que ondas elétricas passavam pelo seu corpo o mantendo ali. Parado. Ela o analisou e à sua aura e o que viu foi só desejo. Ela corou e disse:

“Acho que acabamos por hoje!” Essa frase o tirou se deu torpor e ele pegou sua máscara de guardião de volta. Ela viu o constrangimento dele e tentou aliviar.

“Venha, vamos tomar café e eu pago!”

“Não, é melhor eu voltar... Adrian pode estar precisando de mim...” Seu constrangimento era palpável. Ela sorriu.

“Eu insisto e estamos no meio da noite moroi. Duvido que ele precise de você agora.” Dimitri assentiu e foram para a cafeteria que funcionava 24 horas. Era um dia (humano – noite moroi) frio.

“Então Princesa! Onde aprendeu a lutar??!” Havia admiração em sua voz. Cada vez ele se surpreendia mais com ela. Ela sorriu triste.

“Meu ex... Meu amigo, ex-namorado e que era para ser o meu guardião me ensinava na St Sofia. Ele achava desnecessário, mas eu insisti tanto que ele concordou. Eu falei com meu baba e ele me autorizou a ter aulas práticas de luta na Academia e, Pavel e Mikail me treinavam em casa. Meus pais também sabem lutar. É uma tradição de família e eu gosto.” Dimitri estava embasbacado.

“E com quantos anos você começou a aprender??”

“Com dez anos.” Ela sorriu. Não era à toa que ela lutava tão bem. Eles chegaram na cafeteria. Dimitri pediu um chocolate quente e ela um chá de Melissa. Ela precisava relaxar para dormir um pouco. Ficaram ali conversando levemente durante um bom tempo. Ela lhe contou sobre a Turquia, sobre Boris...

“Como é que é?!Você tem um psi-hound de estimação???” Ele quase engasgou com o chocolate quente. Ela gargalhou. Dimitri estava encantado. Usuários de espírito têm um magnetismo natural muito exarcebado.

“Sim. É o meu bebê e ele é um doce!”

“Uhumm, imagino!” Eles riram. Dimitri pensou em Adrian, em quanto ele estava sendo idiota e queria dar um jeito de consertar isso. Resolveu perguntar para Rose, enquanto caminhavam rumo ao quarto dela.

“Princesa Mazur...!”

“Rose.”

“Okay. Rose, se me permite, que te dizer que o Adrian...”

“Não! Não fale nada, okay?! Não estrague esse momento tão agradável...” Sua voz era baixa, suave e cortante. Dimitri assentiu, percebendo a chateação dela.

“Guardião Belikov...”

“Dimitri.” Ela sorriu.

“Dimitri, do que você me chamou no ginásio?” Ele corou e baixou a cabeça.

“Roza.”

“Roza?!?” Ela tentou pronunciar, mas seu sotaque turco deizou tudo tão acentuado que eles riram.

“Roza. Seu nome em russo!” Ela sorriu e ele arfou. De novo! Chegaram na porta do quarto dela.

“Bem...” Ele disse. “Está entregue. Sã e salva! Não que você precise...” Ela riu e deu-lhe um beijo carinhoso no rosto.

“Obrigada!” Ela disse e entrou. Ele ficou ali uns bons cinco minutos, parado olhando para a porta fechada, tentando entender o que acabara de acontecer com um enorme sorriso bobo na cara.


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Notas finais do capítulo

Que tal um review, uma recomendação, huh?!

Isso pode deixar a escritora deveras feliz...

Bjn. R.I.



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