Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 21
Capítulo 21 – Resistindo à Tentação


Notas iniciais do capítulo

Como talvez eu demore um pouco para postar, estou postando hoje uma dobradinha para vocês.

Esse é o primeiro... Enjoy!

Bjn. R.I.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/127400/chapter/21

Quando Rose acordou com batidas leves na porta, percebeu que não estava de ressaca.

“Espere! Eu já vou abrir...” Vestiu um roupão e resolveu abrir porque percebeu que era Lissa na porta. Ela abraçou uma Rose muito cansada e sonolenta, pulando e dando gritinhos.

“Hey! O que aconteceu? Qual o motivo de tanta empolgação?” Perguntou Rose. Lissa a observou e seu sorriso se desfez.

“Ué, Rose?! Você está acabada... O que houve? Pensei que a noite tivesse sido boa.” Rose esboçou um sorriso que mais pereceu uma careta.

“E estava, até que a Rainha perguntou a Adrian, ou melhor, praticamente afirmou, que estávamos namorando. Ele então resolveu dizer que estávamos nos conhecendo. Depois, no quarto dele, eu perguntei-lhe se eu era só uma diversão e ele disse que não me merecia e que chutou a bunda! Eu acho que eu devo mesmo é ficar sozinha, sabe Liss... Eu não mereço ser feliz! Primeiro, meus pais querendo me internar em uma clínica de reabilitação... Agora eu estou... Ah...! Não importa! O que importa é que ele não me quer...”

Lissa estava passada. Ela não sabia o que pensar... ‘O Adrian ficou louco ou eu é que fiquei?! Porque o Adrian que eu vi ontem no baile, sorrindo, dançando confortavelmente nos braços da minha amiga, não é esse que ela está me mostrando!!! E que merda de história é essa de clínica??!!’

“Rose... Eu... Eu não sei o que dizer! Não era isso que ele demonstrava ontem... E que história é essa de clínica de reabilitação?!” Rose suspirou.

“Então... Sobre a clínica, depois eu te conto, mas sobre Adrian... Bem... Eu também não entendo. Você nos observou que eu sei...” Lissa riu. “Liss, o que foi que eu fiz de errado? Ah! Droga! Eu o constrangi de novo? Será...”

“Será... Nada!!! Rose, vocês eram o casal mais romântico de ontem. Eu estou tão ou mais perplexa que você. Eu... Eu realmente não sei o que dizer, mas eu vou descobrir o que houve... Ahhh... Se vou!!!” Rose estremeceu. Ela nunca havia visto sua amiga tão brava e determinada como agora.

“Não Liss, por favor! Deixe as coisas como estão. Eu não quero... Prometa! Me prometa que você não vai falar com ele!” Lissa pensou e cruzou os dedos nas costas.

“Okay! Eu prometo!” Rose sorriu. “Vamos agora tomar café da manhã!” Lissa disse e Rose se acalmou.

“Sim, vamos, mas me deixe tomar uma ducha primeiro e me arrumar.” Lissa se lembrou de perguntar.

“Aliás, Princesa Mazur...” Disse em tom afetado e Rose fez uma careta. “Está tarde e a Senhorita estava na cama. Posso saber por que dormiu tanto?!” Rose riu.

“Eu dormi ouço. Fui para a cama de madrugada...” Lissa lhe deu um olhar desaprovador. “E não, eu não me embriaguei. Senão, estaria de ressaca, o que eu não estou.” Lissa a observou bem e riu. Ela não estava mesmo de ressaca porque do contrário, ela nem a teria recebido, mas uma pergunta lhe cutucava a mente.

“Então o que você fez para dormir tão tarde, já que não estava com Adrian e nem enchendo a cara?” Rose pensou: ‘Conto ou não conto?! Ah, droga! Por que eu me sinto como se tivesse traído Adrian???’ Resolveu falar.

“Depois que eu saí do quarto de Adrian, eu bebe mais ou menos, meia garrafa de vodka que eu peguei dele, mas decidi que estava chateada demais para dormir. Eu não queria chorar na cama... Guardei o resto da vodka, me troquei e fui para o ginásio treinar.” Lissa sabia que ela lutava e muito bem por sinal. Ela fazia alguns treinos na St. Vlad’s também e assentiu. “Depois, Dimitri que, aparentemente, estava sem sono também, chegou lá e lutamos. Tomamos um café juntos e ele me trouxe aqui. Só isso. Só que demorei dormir... Eu não consigo me livrar daquela sensação da rejeição de Adrian...” Lissa se surpreendia cada vez mais com Rose, mesmo porque, ela nunca falou tanto de si para ninguém.

“Então... Você lutou... Corpo a corpo... Com aquele deus russo... Tomaram um café e ele te trouxe até aqui?!” Rose assentiu, já saindo do banho. “E... Só isso??? Nem um beijinho???” Rose agora fechou a cara, se sentindo ofendida.

“O que você pensa que eu sou??? Uma vadia??? Pego o Adrina e depois o seu guardião?!!!” Lissa ficou sem graça. Não foi o que ela quis dizer.

“Não foi o que eu quis dizer, Rose. Me perdoe... Não fique brava... Eu... Ahhh! Rose! Ele é lindo!!!!” Rose não pode não dar uma risada.

“É. É sim, mas é o guardião de Adrian, lembra-se? Liss, eu... Eu estou apaixonada pelo Adrian... Eu achei que nunca mais fosse capaz de sentir isso de novo! Lissa, eu acho que o amo! Merda!”

Lissa a abraçou, sentindo o quanto era difícil para Rose falar de si e se abrir mesmo, daquela forma e pensando no quanto estava feliz por Rose, finalmente, se abrir com ela e no quanto Adrian era um perfeito cretino! ‘Isso não vai ficar assim, querida!’ Lissa pensava, enquanto maquinava diversas formas de torturar o idiota do seu primo.

***************************************

Na cafeteria, Lissa e Rose se encontraram com Mia, Christian, Mason e Eddie. Mikail estava numa mesa com Abe e Janine e eles observavam Rose de longe, presos em seus pensamentos.

‘Como é que eu vou consertar a merda que eu fiz com a minha filha? Como eu vou convencê-la a confiar em mim novamente? Bem, pelo menos, ela não parece bêbada ou de ressaca...’ Pensava Abe, enquanto Mikail pensava: ‘Ah... Docinho!!! Me perdoe!!!’

Janine, com todo seu veneno, sentia pavor de Rose se colocar em perigo. Ela era fútil, desagradável, mas era a mãe de Rose e se preocupava com seu bem estar. Ela só não sabia como se expressar... Como ser mãe. ‘Pelo menos ela não está bêbada, nem me passou vexame ontem. Fora o fato dela me afrontar, desfilando toda amores com Adrian Ivashkov! Pense, Janine – pelo menos desta vez, é um moroi – e real!’ Lissa observava aquela mesa e comentou:

“Por que seus pais estão olhando tanto e Mikail não está aqui com você?!” Rose fez uma cara de poucos amigos e olhou para a direção de seus pais.

“Meus pais devem estar verificando se eu não estou bêbada e calculando as possibilidades de me arrebatarem e me trancarem em algum lugar desconhecido e Mikail... Bem... Nós brigamos!” Disse com amargura. Ela sentia falta dele. De repente, alguém tocou seu ombro. Era Pavel.

“Rosemarie, podemos conversar?”

“Não. Não podemos.” Disse em turco e continuou comendo, agora sem vontade. Seu muffin, que outrora parecia tão saboroso, tinha virado isopor em sua boa. Ele segurou mais forte seu ombro.

“É melhor conversarmos...” Ela fez uma bolinha minúscula de fogo entre seus dedos indicador e polegar.

“Você quer mesmo um escândalo? O casal Mazur vai suportar ver a filha louca e bêbada deles, batendo no guardião e o atacando com fogo e compulsão no meio da cafeteria? Foi o que pensei. Acho que não! Outra hora Pavel!!!” Ela disse baixo, num turco primitivo, tamanha a sua raiva. Os presentes na mesa, seus amigos se encolheram. Nunca a tinham visto agir tão friamente. Pavel recuou.

“Tudo bem, Rosemarie, mas...”

“Mas...” Disse ela quase rosnando.

“Mas nós vamos conversar ainda hoje. Eu não quero o teu mal, Rose. Te amo como a uma filha... Jamais irei permitir que alguém te fira. Saiba disso!” E saiu. Rose abaixou a cabeça e as palavras de Pavel, ditas tão gentilmente, ecoaram em seus ouvidos e quando deu por si, estava chorando.

“Gente, me desculpem, mas eu vou dar uma volta! Perdi o apetite.” Levantou e saiu, sendo seguida por Mason.

“O que foi aquilo, Rose?” Perguntou-lhe em turco porque sabia que ela não queria platéia.

“Aquilo??? Você quer mesmo saber??? Ou quer só manter seu futuro cargo de guardião da Princesa Mazur???” Foi como se ela tivesse lhe dado uma bofetada.

“Por que você está falando assim comigo? Por que você falou daquele jeito com Pavel? E Mikail? Por que ele te olhava daquele jeito? O que está acontecendo?”

“Você saberia se tivesse conversado comigo quando eu te pedi. Agora, eu não quero falar disso e sem querer ser rude com você também... Eu quero ficar sozinha!” E correu. Mason respeitou e não foi atrás, voltando à cafeteria.

“Ela ta melhor?” Perguntou Lissa.

“Não... Já fazia muito tempo que eu não a via tão zangada. É raro! Ela fica deprimida com freqüência, depois de Sarouth morreu, mas furiosa assim? É realmente raro. Eu a vi assim só com a mãe dela... Será que elas brigaram de novo?” Lissa percebeu que ele não sabia de nada e não seria ela quem iria lhe contar.

“Eu não sei. Vou esperar ela se acalmar e depois eu falo com ela.”

*************************************************

Rose foi para o seu quarto e pegou a garrafa de vodka. Olhou profundamente para aquele líquido que ela tanto amava... Que a fazia não sentir dor... Que a entorpecia e a deixava em paz! Ficou parada com a garrafa na mão um tempo enorme... Abriu a garrafa e a cheirou... Apreciou o leve aroma. Para os humanos, a vodka era quase que totalmente inodora, mas para vampiros e damphirs, ela tinha um cheiro maravilhoso. Leve e rico! Ela olhou mais uma vez para a garrafa e resolveu resistir à tentação e a guardou no mesmo lugar.

‘Deixe para a hora de dormir...’ Pensou e resolveu ligar para casa. Pegou o telefone e Marian, a governanta, atendeu do outro lado da linha.

“Oi Marian, é a Rose.” Ela foi felicitada e seu coração se encheu de saudades. Depois de perguntar de todos e conversar sobre todos, pediu a Marian que colocasse o telefone no viva-voz para que ela pudesse conversar com Boris.

Ela sempre fazia isso, porque quando foi para a América, Bóris ficou dias sem comer e ela ligava para ele para incentivá-lo a se alimentar e só assim ele o fazia no começo. Desde então, sempre que podia, ela telefonava para casa para conseguir falar com seu psi-hound. Ele latiu ao ouvir sua voz e Marian dizia que ele pulava e abanava o rabo. Rose sempre dizia que sentia sua falta, que sentia saudades e sempre se acabava em choro.

Depois de ouvir bastante o latido de seu bebê e orientá-lo a ser sempre obediente e tudo mais, ela desligou. ‘Eu quero a minha casa e o meu filho... Eu quero Mohammed de volta... Eu quero a minha vida de volta...’ Seus pensamentos foram interrompidos com uma batida na porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pain Of The Darkness, Light Of Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.