Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 19
Capítulo 19 – O Baile – Parte II


Notas iniciais do capítulo

Bem, embora só tenha recebido um review, eu vou postar um novo cap´tulo assim mesmo.
Quem sabe, vocês se empolgam e me revisem bastante.
Se o fizerem, eu posto outro capítulo até domingo, mas quero pelo menos quatro review em cada um dos dois capítulos que eu postei.

Uum enorme beijo.

R.I.



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De longe, o casal Mazur aquela cena. Abe, deleitando-se. Janine, nem tanto. Abe só pensava que talvez, um novo amor, pudesse fazer bem à sua filha. Mikail também olhava o casal Rose e Adrian dançando lindamente no salão, abraçados, sussurrando e sorrindo um para o outro, alguns beijinhos castos e se deliciava, pensando que finalmente sua irmãzinha pudesse seguir em frente e ser feliz! Dimitri, por outro lado, ao ver aquela cena, se enfurecia de ciúmes... Ele não sabia se tinha mais ciúmes da garota por quem se apaixonou ou do seu protegido, que agora, parecia não querer mais sua companhia. Ele estava tão acostumado a ser somente Adrian e ele que se sentia estranho. ‘Deixe de ser ridículo Dimitri! Você não vai deixar de protegê-lo e não vai deixar de ser seu amigo, confidente e aquele que escolhe suas roupas e o ajuda quando ele precisa...’ Ele dizia a si mesmo.

Os amigos de Rose, principlamente Lissa, estavam felizes por ela, menos dois deles. Mason e Jess. Esses, mesmo acompanhados, estavam para morrer de dor de cotovelo. Adrian estava feliz como há muito tempo não se sentia e Rose também. Ela estava nos braços daquele que arrebatou seu coração, tomando o lugar de toda dor, tudo de ruim que havia ali. Quando começou uma música mais agitada, Adrian travou e Rose percebeu.

“Vamos nos sentar? Ou você prefere ir embora? Você parece cansado...” Ele sorriu.

“Por que me parece que você lê os meus pensamentos?!” Ela pensou se contava ou não a ele e então, resolveu falar.

“Porque assim como você, eu também posso ler auras e sei ver, não sei por qual motivo, quando você não está bem...” Ele pensou: ‘Bem, se ela lê auras e sabe distinguir reações, sabe que eu estou apaixonado por ela, assim como Dimitri e todos os outros... Por que diabos ela me escolheu?!’ Resolveu perguntar mais tarde ou talvez, nunca. Ele sorriu e assentiu em sinal de compreensão.

“Acho que podemos ficar mais um pouco com a minha tia. Quando ficar insuportável para mim a gente vai. A Lissa, pelo que pude sentir, está louca para falar com você.” Rose sorriu, pegou sua mão e o levou à mesa, bem devagar, desviando das pessoas. Tatiana tinha os olhos marejados.

“Ah, querido! Vocês fazem um belo casal...” Ela riu. “Então... Pelo visto, estão namorando...” Rose queria morrer de vergonha e expectativa. Ela não sabia o que Adrian iria responder.

“Bem, estamos nos conhecendo melhor...” Ele disse e Rose ficou um pouco decepcionada. Tatiana percebeu.

“Filho, como você pode dizer isso depois de tudo o que eu pude ver?! Rose parece te conhecer melhor do que qualquer um de nós!!!” Ele sorriu e Rose foi ficando cada vez mais e mais constrangida. ‘Droga, essa mulher quer me matar mesmo de vergonha... Será que ela não vê que eu estou da cor de um pimentão maduro?!’ Rose pensava.

“Eu ainda não a pedi em namoro e não sei se seus pais aprovariam. Então...” Rose não dizia nada. Ela estava chateada. ‘Por que ela precisaria da aprovação de seus pais?! Que droga de desculpa esfarrapada era aquela???’ A Rainha sorriu.

“E por que você acha que o Príncipe Mazur não aprovaria a relação de vocês, querido?! Você é um ótimo garoto!” Rose pensava o mesmo. Ela é quem não era uma boa garota. Pelo menos na opinião de seus pais.

“Por motivos óbvios, tia. Quem, em sã consciência, vai querer que sua única filha de dezessete anos de idade se envolva com um cara cego, sem estudos e desocupado??? Ah! E bêbado!!!” rose pôde ver a amargura e o complexo de Adrian e a dor nos olhos da Rainha. Resolveu intervir, antes que a coisa piorasse. Mas também não queria parecer oferecida.

“Bem, primeiro que os motivos que você deu não são motivos. Segundo, que eles não me impediram de namorar um damphir, por que razão se incomodariam com um moroi?! Terceiro, eu também não sou nenhum anjinho e se alguém tivesse que não aprovar alguma coisa, esse alguém teria que ser a sua tia, Adrian...”

A Rainha gostou do que Rose disse. Ela sabia dos problemas da garota e Adrian lhe disse sobre os dois elementos, pedindo-lhe segredo é claro, mas ela via em Rose uma forma de fazer com que Adriam saísse daquela depressão, daquele ostracismo em que ele vivia. Ela viu que Rose era inteligente e não se importava com os problemas físicos, as limitações de Adrian. Que Rose, certamente, o amava e percebeu seu constrangimento quando Adrian se esquivou de um relacionamento, fazendo uma nota mental para falar com ele sobre isso. Nisso, Abe e Janine se aproximaram. Era a oportunidade que ela precisava. Ela sorriu.

“Bem filho, se o problema é saber se o casal Mazur aprova ou não, este é o momento. Prícipe Mazur, Lady... Estávamos justamente conversando sobre Rosemarie e Adrian. Essa garota é de ouro! Foi a única capaz de conseguir tirar meu sobrinho de sua clausura.” Ela sorriu.

“Majestade...” Abe e Janine a reverenciaram. Rose e Adrian retesaram.

“Tia, nós já vamos!” Disse Adrian, percebendo que Rose estava para ter um troço.

“Querido, ainda não! Vamos tomar mais uma taça de champagne e conversar um pouco...” Disse em tom de ordem. Rose apertou a mão dele e murmurou.

“Tudo bem!” Ele assentiu. Eles estavam um tanto sem graça.

“Então, Príncipe Mazur? Como andam os negócios? Você não tem ido muito à Corte e faltou a dias votações da Assembléia...” Abe respondeu naturalmente.

“Bem, as coisas andam muito corridas e espero que minhas faltas não tenham atrapalhado nada importante.” Ele sabia que não houve votação de nada, porque alguns outros membros do Conselho também haviam faltado. Na verdade, foi combinado. Ela sorriu porque também sabia da combinação.

“Na verdade, não. Outros membros também faltaram e ficaram para depois do feriado. Você irá, não?!” Ele sorriu.

“Sim, eu irei. É férias de Rose e quero levá-la por alguns dias na Corte e depois para casa.” Rose ficou mais séria ainda. O medo a consumia e Adrian percebeu. Murmurou em seu ouvido:

“Calma... Vai focar tudo bem. Nem quem eu tenha que ir com você!” Ela sorriu e lhe deu um selinho e ele a abraçou. Tanto Tatiana quanto Abe sorriram satisfeitos. Janine não sorriu.

“Então Abe, o que acha dos dois? Não formam um lindo casal?” Disse Tatiana toda empolgada. Tudo o que ela queria era ver Adrian feliz. Abe sorriu abertamente, mostrando suas presas, pois seu objetivo era o mesmo.

“É sim, formam um lindo casal, não é Jane?” Janine retesou.

“Sim!” Foi o que se limitou a dizer e não parecia nada feliz com a hipótese de sua filha única se relacionar com Adrian Ivashkov. ‘Tantos rapazes da realeza, bonitos e perfeitos para dar continuidade à linhagem Mazur e Rose só escolhia os piores... Primeiro aquele damphir... Agora esse! Que coisa, parece que ela faz isso para me provocar. Bem, pelo menos dessa vez, é um moroi e da realeza, sobrinho da Rainha... Mas tinha que ser justo ele?! Cego e de má reputação?! Ouvi dizer que é depressivo e também é alcoólatra... Que ótimo! Tudo o que a minha filha precisa... Alguém para compartilhar o vício!’

Adrian e Rose observavam as auras dos dois. Abe estava realmente feliz. Radiante, para ser mais exato. Janine estava mais para quem ia a um velório, mas com um sorriso na cara. ‘FALSA!!!!’ Rose pensou.

“Bem tia, agora nós já vamos!” Disse Adrian e Tatiana entendeu que para ele, todas aquelas auras em meio a escuridão da cegueira lhe deixava realmente mal.

“Sim querido! Vou mandar chamar Dimitri...”

“Não precisa, tia. Eu dei folga à ele. Rose vai me acompanhar...” Rose agora, retirava a bengala de Adrian de dentro de sua bolsa e a entregava a ele.

Aquilo, aquela naturalidade com que Rose fazia isso, causava efeitos diferentes nas pessoas. Abe estava feliz pela alegria que sai filha demonstrava na companhia de Adrian e pela confiança que ela demonstrava ter nele. Tatiana, estava radiante com a felicidade de seu sobrinho, a quem considerava um filho que nunca teve e, feliz com a naturalidade e atenção com que Rose lidava com ele. Janine se sentia enojada ao ver sua única filha, uma princesa, servindo de babá para aquele moleque cego.

“Majestade...” Rose reverenciou. “Boa noite. A festa estava realmente linda e a noite foi magnífica para mim. Obrigada!” Saíram dali sem Rose sequer cumprimentar seus pais, o que foi percebido pela Rainha que era tão esperta quanto uma raposa e tinha percebido também que, em momento algum, Rose se dignou a falar com seus pais. Adrian segurou em seu braço e eles foram para o quarto dele.

Eles entraram e Adrian se sentou no sofá, sinalizando para Rose se juntar a ele. Ele queria saber porque ela estava tão taciturna de novo. ‘Será que eu fiz algo errado que a magoou? Será que eu a envergonhei? Ou será que ela já se cansou de mim?! Eu não me admiraria...’ Ele pensava.

“Adrian, você quer que eu vá agora?” Ela estava insegura. O fato dele se esquivar de um possível relacionamento com ela a machucou. ‘Será que eu fiz algo errado?!’ Era só o que ela pensava.

“Não... Na verdade, eu queria que ficasse um pouco mais comigo, se não se importa.” Ela sentou-se ao seu lado e pegou sua mão.

“Adrian...” Ele a interrompeu. Ele não suportaria um fora, mas ao mesmo tempo, não queria que ela se prendesse a ele.

“Me deixe falar primeiro, por favor?” Ela estremeceu porque também não suportaria a rejeição dele... Ela não agüentaria se quebrar novamente. “Pequena turca, o que está te incomodando tanto? Você não gostou a noite? Eu fiz algo errado?” Ela pôde notar o quanto ele estava ansioso, mas não entendeu sobre o que ele estava falando. Afinal, ela pensava o mesmo que ele. ‘O que foi que eu fiz??? Estava tudo bem... Ou não???’ Ele pensava nisso o tempo todo.

“Não. A noite foi ótima... Aliás, a melhor que eu tive em anos! Adrian, o que está acontecendo entre a gente? É só diversão? Você só acha divertido passar um tempo comigo? É isso???”

Ele não esperava que ela fosse tão direta. ‘Ele não podia namorá-la! como ele poderia prendê-la em uma relação com ele? Incompleta!!! Ele, o tempo todo, dependendo dela. Ele nem conseguia comer sem se lambuzar!!! Ela era uma princesa... ele nem havia terminado seus estudos, não tinha uma profissão, viva do que seus pais deixaram. Que tipo de vida ele poderia oferecer a ela??? Com o legado de seus pais ele viveria bem pelo resto de sua vida, mas a verdade é que ele era um inútil! Como ele poderia assumir um compromisso com a futura negociante Mazur??? Como???! Não era justo com ela...’ Ele não sabia o que dizer.

“Querida, o que eu disse para a minha tia é a verdade! Rose, eu não sirvo para você...” Ela sentiu lágrimas escorrendo por sua face. ‘Do que diabos ele estava falando, afinal???’

“Olha Adrian, se eu sou só uma diversão para você, é só falar. Eu sou só uma adolescente estúpida que se apaixonou pelo dono dos olhos mais lindos que já viu... Pela pessoa mais calorosa que conheceu, depois que seu namorado damphir morreu tentando salvar a sua vida! Uma adolescente estúpida que pensou ter direito a um recomeço... Tudo bem, Adrian. A noite foi linda e eu amei! Amei poder estar com você! Obrigada e boa noite! Ah... To levando uma garrafa de vodka comigo, se não se importa.” Pegou a garrafa e saiu, quase derrubando Dimitri, de novo.

“Hey!” Ele a segurou e viu que ela estava chorando. Tudo bem princesa? Posso ajudar???” Ela abanou a cabeça e se foi. Dimitri entrou no quarto e viu Adrian sentado com uma fisionomia catatônica.

“Adrian, o que houve? Por que a Princesa saiu daqui chorando?! Vocês pareciam tão felizes...!!!” Sarcasmo pingava desta última frase.


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