Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 17
Capítulo 17 – O amor cura


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!

Estou postando mais um capítulo para vocês se deleitarem com a história de amor de Rose e Adrian...
Espero mesmo que estejam gostando.

Quero agradecer às recomendações recebidas de Linnascimento, Carol_Midori e CatiaCristina, por toda a gentileza em recomendá-la.

Isso, para quem escreve, realmente é impagável...

Assim como também é impagável todos os reviews que as leitoras deixam. Isso é realmente importante, além, muito além do reconhecimento dos leitores, a sensação de que todos vocês participam, riem, choram, se divertem com cada personagem.

Agora não sei enumerar um por um, mas agradeço à todos, sem exceção, por todo esse carinho, essa atenção, esse tempo gasto para ler e revisar cada capítulo.

Muito, muito obrigada mesmo!

Boa Páscoa a todos!



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POV Abe Mazur

Eu entrei no restaurante e Janine já começou com o interrogatório.

“Cadê a Rose?” Ela estava um pouco ansiosa para tentar fazer as pazes com ela, mas ficou visivelmente decepcionada por nossa filha não estar comigo.

“Jane, a Rose bebeu de novo e eu só não descobri como foi que ela conseguiu bebidas...” Ela nem me deixou terminar. Surtou.

“Então nós temos mesmo que interná-la em uma clínica de desintoxicação. Ah... Droga! Agora que ela vai me odiar mesmo... Mas é o certo! Prefiro que ela me odeie a ter que assisti-la morrendo por excesso de álcool...” Aquilo me irritou. Embora eu tenha decidido isso com Jane, eu não podia arriscar a Rose se matar. Eu teria que dar outro jeito.

“Não Jane! Definitivamente não! Ela disse que se mataria e eu não vou correr o risco de perder minha filha. Além do mais, eu sei por que ela anda bebendo tanto...” E pensei nos efeitos do espírito que eu havia estudado e no que ela me falou, mas não podia compartilhar isso com Janine. Infelizmente.

“Ah, é?! Então me diga: Por quê?! E por que ela se mataria e como, se estivesse internada em uma clínica?! Como ela faria isso?! Ela blefa e você acredita... Eu só não quero a minha filha o tempo todo bêbada e dando escândalos...” Aquilo foi a gota d’água. Será que ela só pensa nisso. Alá, dai-me forças e paciência...

“Ora Janine, cale a boca! Não fale do que você não sabe! A Rose tem motivos para estar descontrolada sim. E talvez, só talvez, você não saiba por causa dessas suas atitudes. Já chega! Eu vou falar com as médicas da Academia e com as professoras dela e isso vai melhorar. Agora não fale mais de internação e se você teme tanto o vexame que a sua filha louca pode lhe causar, como seria ter uma filha em uma clínica de reabilitação? Depois você ainda quer que ela não te odeie!” Quando eu vi, já tinha falado. Eu estava irado. Se ela não tivesse me metido na cabeça que a Rose precisava ser internada, eu não precisava ter sentido todo aquele ódio emanado de minha filha. Notei que Janine se encolheu com as minhas palavras.

“Abe, eu só que o bem...”

“Cale-se! Já chega! Não vou mais te ouvir. Talvez se eu não tivesse te ouvido, as coisas não teriam piorado tanto. Mikail, vá ver onde Rose está e tente conversar com ela. Acalme-a. diga que ninguém vai mandá-la para lugar algum e veja se consegue fazer com que ela fale comigo e me perdoe. Diga que eu não deveria ter sugerido isso... Diga que mais tarde eu vou vê-la!” Mikail assentiu e saiu. Isso sim vai ser uma árdua tarefa!!!.

*********************************

Rose saiu dos alimentadores, sozinha e, viu que a pista de patinação estava vazia. Ela se sentou em uma das mesas e ficou ali pensando um tempão.

‘Yeah, agora meu pai quer me internar. Ótimo! Isso deve ser idéia da megera. Aquela que se diz minha mãe... Tudo bem, baba, vai em frente e me interne. Quando você morrer, acaba de uma vez os sangue puro Mazur. Se ele me internar, eu juro que dou um jeito e me mato! De algum jeito eu faço o que deveria ter feito há muito tempo... Quem sabe assim, eu me livro desta maldição de espírito! Como ele pôde falar em me internar depois de tudo o que eu lhe contei. Eu confiei nele!!!! Será que ele não acreditou em mim e acha que eu estou maluca?!? Por que ele não fala com o Mikail e ele saberá que é verdade. Será que ele acha que eu sou uma aberração e devo ser trancafiada em um sanatório ou algo parecido para não passar vergonha na família??? Será que a futilidade da minha mãe passou para ele??? Eu falei para ele que a bebida me ajuda a me livrar de toda essa merda... Eu falei para ele... Eu confiei nele, merda, e ele agora me trai dessa forma, dizendo que vai me mandar para uma maldita clínica para drogados???? Eu não vou perdoá-lo nunca e também não vou a lugar nenhum. Ele nem tente e eu fujo e me entrego ao primeiro strigoi que eu encontrar...’

Seus pensamentos foram interrompidos por Mikail. Ele tocou em seu ombro e ela pulou já com uma bola de fogo na mão.

“Chegue perto de mim e eu te queimo!” Exigiu. Ele a olhou confuso.

“Docinho... Sou eu! Mika!” Ela riu.

“O quê?!? Você também acha que eu to maluca, guardião Tanner?!? Eu sei quem você é! Você é um traidor da corja do meu pai. Saiba que para você me levar daqui, vai ter que enfrentar a minha fúria e meus dois elementos! Será que você é tão bom assim?! Será que você é páreo para isso?!” Ele ainda a olhava confuso.

“Agora eu sei! Eu sou uma aberração usuária de dois elementos. Mas sou boa nos dois. Sei usá-los muito bem! E para você conseguir me levar, vai ter que me empalar!”

Ele a olhou perplexo. ‘Do que diabos ela estava falando?! E por que guardião Tanner?!?’

“Rose, querida, eu não vou te levar a lugar nenhum. Eu só quero falar com você. E por que você está me chamando de guardião Tanner?! Você nunca me chama assim?! Não a sério e você não parece estar brincando...”

Ele caminhou para perto dela e ela aumentou a bola de fogo.

“Quer conversar guardião Tanner? Ou você não é guardião mais e seu sobrenome não é mais Tanner?! Fale de uma vez então e vá embora. Mas eu estou avisando, não chegue perto de mim, senão eu te queimo. Ou você prefere ser compelido? O que você quer? Diga de uma vez. Me levar para ser internada em uma maldita clínica de drogados???? Ou um hospício??? Eu não tenho nenhuma bebida comigo e você pegou as que me restava, depois de ter tanto trabalho para conseguir!!! Você não vai chegar perto de mim o suficiente para me arrastar para lugar algum. O QUE DIABOS VOCÊ QUER DE MIM, MERDA!!!!”

Ela gritou e correu. Mikail estava tão passado com tudo o que ela falou, cuspindo cada palavra, que demorou uns dois segundos para perceber que ela tinha fugido. Ela correu tanto que quando percebeu, estava no meio do bosque de pinheiros. Ela ouvia passos e de repente, a voz de Mikail.

“Rose, venha! Eu não vou te levar a lugar nenhum. Eu já disse. Só quero conversar com você! Por que você não acredita em mim??!”

Ela queria gritar que não confiava mais nele, que ele estava mancomunado com seus pais, mas se o fizesse, ele a localizaria fácil.  De repente, ela começou a pensar em Adrian, em tudo o que ele lhe disse no sonho, nos seus beijos, no seu abraço aconchegante! Ela precisava vê-lo desesperadamente. Ela se sentia segura com ele. Foi novamente interrompida pela voz de Mikail, que agora estava bem perto dela.

“Rose, docinho, eu estou te vendo. Eu juro, querida! Eu só quero conversar. Ninguém vai te internar em lugar nenhum... Por favor, não me faça ser rude, Rose, seu pai não vai te internar! Por que você não pode confiar em mim?!?” Ele se aproximava. “Rose, por favor, venha comigo! Por favor...” Ela saiu detrás de um arbusto coberto de neve com uma enorme bola de fogo nas mãos.

“Okay! Eu vou voltar para o hotel e se você quiser, pode me acompanhar, mas mantenha uma distância segura e não tente me tocar ou falar comigo. Eu não quero te ouvir! Voltarei porque tenho um compromisso!” Ela começou a caminhar e Mikail a acompanhava de uma certa distância.

“Compromisso?! Com quem?” Ela não respondeu e continuou andando. Ele pensava: ‘Eu tenho que manter a minha conexão com ela. Eu a adoro e a defenderia com a minha vida... Sempre! Eu não posso me dar ao luxo de perder a confiança dela. Ela já é fechada como uma ostra e eu sou a única pessoa que ela nunca precisou esconder nada... Se ela perder mesmo a confiança em mim, tenho medo que ela surte! Ah! Deus! Eu preciso que ela confie em mim novamente... E agora ela resolveu que quer me atacar e com certeza ela poderia... Tanto com fogo quanto com compulsão! Eu vi o que ela fez com Dimitri... Será que ela ficou mesmo maluca?! Também seu idiota, você não tinha nada que entregar as bebidas dela ao seu pai. Mas eu fiquei tão preocupado e ela não respondia na banheira! Pensei que estivesse morta! Merda!’ Ele foi pensativo até ao hotel. Quando eles chegaram, ela não foi para o seu quarto.

“Rose, o seu quarto é pra lá!” Ela nem tomou conhecimento do que ele disse. Quando chegaram na porta do quarto de Adrian, ele entendeu. Rose bateu e Dimitri abriu a porta e fez uma cara estranha. Estranhou mesmo a feição de Rose, transtornada, com olheiras e parecia ter chorado.

“Princesa Mazur!” Ele fez uma reverência. “Você está bem?” Ela não respondeu à pergunta.

“Guardião Belikov, o Adrian está? Ele pode me receber?” Adrian se encaminhou à porta, rijo, preocupado.

“Entre, minha pequena turca.” Sorriu. Ela o abraçou e suspirou, sentindo o calor e a segurança que ela precisava tanto naquele momento. Se virou para a porta e cuspiu em turco.

“Pode ir embora, guardião Tanner! Vá falar para o Príncipe Mazur que eu estou segura e que não preciso dos seus serviços por ora.”

“Docinho, por que você está me tratando assim?” Ela disse agora, em inglês.

“Vá, guardião Tanner! Só vá!” E abraçou Adrian novamente, enterrando sua cabeça em seu ombro e sentindo o seu cheiro exótico e marcante. Aquilo realmente a tranqüilizava. Ele a afastou e percebeu as sombras a cercando toda. Pegou em seu braço e se sentaram.

Dimitri ficou ali vendo a intimidade dos dois, sem palavras. Eles também nada falaram... Só se abraçaram e ouviu um soluço. Rose estava chorando.

“Dimitri, por favor, peça um chá completo para a gente!” Adrian disse delicadamente.

“Adrian, eu preferia...” Ele entendeu, mas abanou a cabeça.

“Querida, se lembra do que eu te disse mais cedo?” Olhou para Dimitri. “Chá completo!” Dimitri assentiu. Ele sabia dos sonhos e supôs que Adrian a tinha visitado.

“Querida, o que houve? Quer me contar? Não ligue para a presença de Dimitri. Ele é um bom amigo e de minha absoluta confiança.” Ela assentiu e contou tudo o que houve. Ela pôde sentir a fúria crescer dentro de Adrian quando ela lhe contou sobre a internação. Ele a abraçou e à essas alturas, ela já estava em prantos. Ele estava amando que ela confiasse daquela forma nele e que ele tivesse o poder de acalmá-la. Ele a beijou calidamente, sentindo o sabor de suas lágrimas de dor e ela, o sabor do conforto, do entendimento dele. Ela faliu em sua boca.

“Eu confio em você! Me sinto segura com você! Você me acalma... Me deixa em paz!” Sussurrou e ele sorriu. Ela o beijou novamente. Dimitri estava a ponto de vomitar.

‘Era eu quem deveria tê-la em meus braços... Eu quem deveria abraçá-la, beijá-la, consolá-la... Eu quem deveria secar suas lágrimas e dizer que tudo ficaria bem!’ O ciúme o consumia agora e ele sentia vontade de arrebatar aquela princesa dos braços de Adrian e levá-la dali para um lugar seguro... Ele estava sentindo uma louca vontade de socar Adrian, deixá-lo inconsciente e levar Rose consigo... ‘Merda! O que está dando em mim?! Ele é meu protegido, meu melhor amigo! E além de tudo ele é cego?! Como eu posso estar pensando em formas de agredi-lo para tomar-lhe Rose de seus braços??? Essa inveja está me matando!!! Eu nunca o vi tão feliz! Merda de inveja! E por que eu tinha que me apaixonar justamente por ela???” E foi tirado de seus pensamentos pelo serviço de quarto. ele serviu o chá aos dois.

“Dimitri, se sirva também.” Exigiu Adrian. “Acho que você também precisa de um chá!” ‘Ele sabia! Ele sempre sabia! Ele podia ver isso nas auras... Merda!!!’ Eles tomaram seus chás em silêncio. Adrian, ao perceber que Rose estava um pouco mais calma, disse:

“Minha pequena turca...” Deu-lhe um selinho. “Está mais calma?” Ela assentiu. “Então, acho que está na hora de você se vestir para o baile.”

“Adrian, eu não acho que deveria...” Ela viu a contrariedade em sua aura. Ele a interrompeu.

“Rose, sabia que desde que eu fiquei cego, esta é a primeira vez que eu tenho vontade de participar de uma atividade social?” Ela negou com a cabeça e logo se repreendeu.

“Não!” Ela disse baixinho, já se sentindo mal por não estar disposta a participar do baile. Ela o faria. Por ele!

“Então. Esta é a primeira vez e sabe por quê? Porque eu vejo auras o tempo todo e de todos e isso me faz eu me sentir mal, mas eu quero te levar a este baile e a minha tia ficou muito feliz ao saber que eu iria te acompanhar. Você não vai me dar o bolo, vai?!” A feição dele era de deboche da própria piada, mas ela podia ver em sua aura insegurança, incerteza e decepção antecipada. Mas foi Dimitri quem acabou falando primeiro.

“Você vai ao baile, Adrian?” Ele assentiu. “E por que eu não sei disso?” Dimitri estava visivelmente irritado.

“Porque eu me decidi hoje mais cedo e, bem, você saberia de qualquer forma. Eu quis te dar uma folga...”

“Folga?! Eu sou o seu guardião pessoal. Você vai a um baile pela primeira vez em mais de dois anos e quer me dar folga?!” Ele estava exasperado. “Eu não quero folga...”

“Dimitri, você é meu guardião pessoal, como disse, mas não é meu escravo. Além do mais, o lugar é seguro e estarei acompanhando, então...” E procurou pela mão de Rose que a ofereceu a ele e apertou levemente.  Dimitri bufou.

“Com licença, então!” E saiu para o seu quarto pela porta lateral. Ele era o único que tinha um quarto interligado ao do seu protegido naquele hotel, com exceção da Rainha. Rose falou baixinho, constrangida.

“Eu acho que ele não gostou nada!” Adrian riu.

“Às vezes, ele é meio super protetor!”

“Bem, você ficará bem sozinho? Quer ajuda para encontrar um traje?” Ele riu mais ainda.

“Você acha que Dimitri me deixaria eu me arrumar sozinho? Nem pensar. Ele é perfeccionista... Acho até que a minha tia o escolheu por esse motivo, além de ser um excelente guardião. E ele me levará até seu quarto para eu te pegar para o baile...”

“Você não prefere que eu passe aqui?” Ainda rindo, Adrian respondeu.

“Nah! Eu sou um cavalheiro!” Eles riram, se abraçaram e ele a acompanhou até a porta. “Te pegou às 10.”

“Okay!” Ela respondeu e foi para o seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Se quiserem revisar ou recomendar... Ficarei honrada!

Bjn. R.I.



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