Pain Of The Darkness, Light Of Love escrita por Rose Ivashkov


Capítulo 16
Capítulo 16 – O Sonho


Notas iniciais do capítulo

Okay pessoal! Eu sei que demorei um bocado para atualizar as minhas fic's e pesso que me perdoem de coração.
Não foi por falta de vontade, mas por excesso de trabalho.
Espero que compreendam e não deixem de ler a fic por causa disso.

Enjoy!
Um grande beijo. R.I.



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Lissa ficou preocupada. Rose não era de dormir cedo e desconfiou daquela atitude.

“Chris, estou desconfiada de que a Rose está se embriagando de novo. Mas com quem? O Adrian ta no quarto, o Mason ta com a Meredith, o Jess ta ali com cara de poucos amigos... Sua bebida foi confiscada e ela não pode pedir álcool para o serviço de quarto, pelo que eu soube... Chris, é melhor a gente ir até lá!”

“Lissa, se ela estiver dormindo mesmo, vai ficar furiosa se a acordarmos e, se estiver bêbada, bem... Não vai abrir.”

“Não importa, vamos assim mesmo.” Lissa estava determinada a saber o que estava acontecendo com Rose e Christian só pensava que quando ela estivesse pronta, ela diria, mas acompanhou a sua amada mesmo assim.

“Eu ainda não acho que isso seja uma boa idéia...” Christian murmurou. A porta do quarto estava trancada.

“Rose, sou eu. Abra!” Lissa bateu de leve. Rose não queria falar com ninguém e estava meio “alta”. Não respondeu. Lissa insistiu.

“Rose! Abra! Sou eu... Lissa e Christian... Abra!” Ainda nada. Quem sabe se eu ficar quietinha, eles vão embora...

“Merda Rose! Abra! To preocupada. Você está bem?! Responda!” Lissa exigiu e Rose suspirou. Tinha urgência na voz de Lissa. Treinou para não ficar com a voz molenga.

“Ta tudo bem! Só quero dormir. Vão embora!”

“Rose, abra! Por favor...” Lissa tava aflita e tanto ela quanto Christian perceberam que Rose estava meio bêbada.

“Não! Amanhã a gente se fala!”

Lissa ainda insistiu um pouco, mas por fim, foi embora rebocada por um Christian muito contrariado de estar fazendo esse papel.

“Deixe-a em paz, Lissa! Parece até que você ainda não a conhece?! Quando ela estiver melhor ela fala com a gente. Vamos!” Lissa saiu resmungando.

Rose continuava sentada na poltrona, apreciando sua vodka e tentando entender como um dia que começou tão bom e intenso foi acabar tão mal. Ela já tinha escondido seu whisky e sua aquavita para Mikail não achar, caso desconfiasse de algo. A ressaca seria terrível, porque ele também confiscou seu kit de coquetel anti-ressaca, para ter certeza de que ela não havia bebido. Grande amigo! Idiota!!!

Dormiu ali mesmo, sentada. Acordou péssima, com um Mikail batendo, insistentemente, em sua porta com voz preocupada. Olhou no relógio e percebeu que já era a hora do almoço. Merda!!!

“Me dê meia hora! Vou tomar um banho primeiro. Perdi a hora!” Só não falou que era para tentar espantar a ressaca.

“Ta bom! Você deixou tomo mundo preocupado, Rose. Você está bem?!” A sua dor de cabeça era alucinante e sentia os efeitos estranhos do uso de sua magia.

“Sim. Estou bem!” Se forçou a dizer, antes que Mikail chamasse o gerente e sua maldita chave mestra de novo. Encheu a banheira e relaxou tanto que dormiu e sonhou.

Ela estava em um lugar que parecia a Corte e de repente, estava em um quarto enorme, lindo e confortável. Em uma chaise, Adrian estava esticado em posição de quem está fazendo terapia com um psicólogo e sorria. Ele se levantou e caminhou até ela sem a sua bengala para cegos. A abraçou e aspirou seu cheiro. O que a fez se arrepiar dos pés à cabeça, chegando a estremecer. Ela fez o mesmo.

“Olá minha pequena turca!” Ela sorriu.

“Olá Adrian!” Já que era um sonho, ela decidiu que deveria aproveitar. Ele a olhou com profundidade e suspirou, murmurando:

“Você é realmente linda...!” Ela o beijou e sorriu.

“Você já disse isso.”

“Hummm, acho que você me perdoou pelo que eu disse e não vai gritar comigo de novo.” Ele sorriu. Ela o olhou assustada. Se o sonho era dela, porque ele estava falando daquilo?! Ela pensou.

“Mas...” Ele a olhava com curiosidade. “Você pode me ver?! Cadê a sua bengala???” Ele deu seu melhor sorriso preguiçoso.

“Sim. Nos sonhos eu posso ver. Aqui estou livre do corpo defeituoso e sou só essência. O sonho é meu. Eu te trouxe aqui! Aqui é o meu quarto na Corte, onde eu fico quase o tempo todo confinado...”

“Mas... Co-como você faz isso?!”

“Entrar nos sonhos, minha pequena turca??” Ela assentiu e ele sorriu abertamente, mostrando suas lindas presas branquinhas como leite.

“Isso é mais uma vantagem de ser usuário de espírito. Você também pode fazer. É só treinar...” Ela arregalou os olhos mais ainda.

“Como... Como você... Sabe?!” Ele sorriu ainda mais.

“Pela sua aura. Eu vi desde o dia em que nós colidimos. Se você não tivesse correndo, eu poderia ter me afastado a tempo. Antes do choque!” Ele riu. Ela não. Ele continuou.

“No sonho, você pode ir aonde quiser, vestir o que quiser, comer o que quiser. Eu queria ter te contado ontem, mas primeiro eu estava indeciso e foi ficando uma tarde tão diferente...” Ele sorriu. “Aliás, ótima tarde!” Rose não conseguia dizer nada e ele continuou.

“Depois, quando eu comecei a falar... Bem, você sabe!” Rose corou. Ela não queria ter gritado com ele, mas ela não conseguiu se controlar.

“Eu quero...” Ela suspirou, feliz por ter encontrado sua voz. “Eu quero me desculpar. Eu não quis gritar... Eu só... Às vezes... Às vezes eu me sinto estranha e não consigo me controlar! Eu ando muito nervosa...” Ela abaixou a cabeça. Não queria chorar. Ele se aproximou dela e a abraçou assim como ela fez quando ele precisava de um abraço. Ela se sentiu confortada e feliz.

Ele lhe deu um beijo ma testa e depois na boca. Pararam um tempo depois, ambos sem fôlego, com as testas encostadas. Ela queria mergulhar em seus olhos...

“Agora eu já vou!” Deu um selinho nela. “Só quero te pedir para não se embriagar hoje. Eu quero te levar ao baile, mas antes eu preciso falar com você. Até já!” E ele sumiu e Rose acordou sendo chacoalhada pelo seu pai.

“Rose?! Rose o que você tem?” Ela o olhou e notou que ele estava com cara de assustado e que a água já estava fria.

“Nada baba! Eu só dormi. Eu dormi mal e acabei dormindo na banheira. Droga!”

“Você ainda está irritada? Rosemarie, o que está havendo com você?! E o que significa esta garrafa vazia de vodka?!” Ele disse levantando a garrafa que ela tinha jogado na lixeira do banheiro. Merda! Tomara que ele não tenha encontrado as outras garrafas!

“Esta garrafa já estava aí. Eu estou bêbada, por acaso??!” Falou em tom de desafio. Ele a olhou e viu que ela não estava bêbada, mas de ressaca e com enormes olheiras.

“Não! Só de ressaca! Rosemarie, tome uma ducha quente e se troque. Você vai almoçar comigo e com sua mãe.” Abe falou com voz mais entediada, decepcionada do que irritada.

“Eu não quero almoçar!!! Principalmente com a megera! Acho que o senhor não quer que eu coma, pois só de pensar em ter que aturá-la, meu estômago embrulha e eu perco o apetite!” Abe agora bufou, completamente impaciente.

“Rosemarie Hathaway Mazur, isso não é uma opção. É uma ordem!” E saiu do banheiro. Rose percebeu que seu pai estava muito bravo mesmo e ela não o via daquela forma há muito tempo... Merda!!! Ela pensou.

Quando ela saiu do banheiro, seu pai a esperava ali, sentando na poltrona, muito sério. Sua aura demonstrava, irritação, impaciência e, acima de tudo, preocupação. Na mesinha, seu whisky e sua aquavita.

“Onde a senhorita arrumou essas bebidas?”

“Não vou falar e se o senhor jogar fora ou confiscar, como gosta de falar, eu arranjarei outras!” Rose nunca falou daquela forma com ele e o Príncipe Mazur parecia assustado com essa atitude dela. Ele ponderou.

“Tudo bem! Porque você vai ser encaminhada para uma clínica e se desintoxicar...!”

“NÃO!!! EU NÃO VOU!!! VOCÊ NÃO ENTENDEU NADA DO QUE EU DISSE??? EU SOU UMA ABERRAÇÃO E A BEBIDA É A ÚNICA COISA QUE NÃO ME DEIXA ENLOUQUECER!!! SE VOCÊ ME MANDAR PARA UMA CLÍNICA, VOCÊ VAI FICAR SEM FILHA! ENTEDEU???? EU ME MATO PRINCIPE MAZUR!!!! EU ME MATO!!! SE ATREVA A TENTAR ME MANDAR PARA QUALQUER LUGAR!!! SE ATREVA!!!! EU ESTOU AVISANDO!!!! EU ME MATO!!!! SAI DAQUI!!!! EU ODEIO TODOS VOCÊS!!!! SAIAM DAQUI AGORAAAAA!!!!

“Rose...” Abe disse.

“SAI DAQUI! E LEVE ESSE PAU MANDADO DO MIKAIL TANNER COM VOCÊ!!!! EU QUERO FICAR SÓ! ME DEIXEM SOZINHA!!!”

Mikail chamou o príncipe, pegou as garrafas e deu uma olhada para Rose que chorava furiosa e enlouquecida e saíram do quarto. Abe Mazur estava arrasado, assim como Mikail. Ela se jogou na cama e chorou a tarde toda trancada no quarto. Quando se acalmou, foi olhar no espelho e estava horrível. Seu rosto estava todo inchado, vermelho e com enormes olheiras. Foi aí que ela se lembrou que a última vez que se alimentou foi no dia anterior pela manhã. Resolveu se arrumar e foi se alimentar. Colocou jeans, uma cachemère, seus inseparáveis óculos escuros e enormes de marca Channel, além de um casaco de lá com capuz, tudo preto. Deixou os cabelos soltos. Ela estava irreconhecível. ‘Tudo para externar meu estado de espírito’, pensou.


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