Uma História Diferente escrita por Inez_twilight


Capítulo 2
Primeiro dia de aula


Notas iniciais do capítulo

LEIAM! É IMPORTANTE!

Eu coloquei neste capítulo "Ponto de vista: Bella Swan Brown", mas eu ainda estou me decidindo se coloco capítulos no ponto de vista do Edward, ou do Davi ou da Jany o que é bem improvável (embora ainda esteja estudando as possibilidades) mas, não custa nada botar. Hammm, bom e sobre o capítulo, pelo o que vocês viram, deu para ver que é bem extenso, então peço paciência, pois um capítulo como este, não sai da noite para o dia. Mais uma coisa: os erros de português, eu sinto muito, porque sei que são bastante, mas eu realmente sinto mesmo, estou com um Word em inglês muito difícil de usar, que não tem correção para português, e fazer correção em um texto deste tamanho é muito difícil. E queria falar logo aqui. Bom eu tirei os nomes de conhecidos, séries e programas de TV, então: Janyelle nessa fic eu me inspirei em você O.K.? Beijos; E como eu não posso agradecer aos Jonas Brothers vai ficar só aqui mesmo; E da mesma forma agradeço ao CSI: investigação criminal por emprestar o nome do pai da Bella: Sam Brown valeu! E para concluir, gostaria de agradecer ao Igor, só uma pergunta passou de ano? RSRS.O.K., parei. Obs.: o nome do 3° irmão da Bella David ou Davi eu inventei.

É apenas isso o que eu entendo se vocês colocarem um toque irônico no apenas; acho que me empolguei. que tenho para dizer. Então só me cabe desejar boa leitura.

Beijos.

Inez.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/127022/chapter/2

Às vezes, em situações como esta, eu tinha vontade de sumir, simplesmente desaparecer, evaporar — não acredito que Janyelle pensasse diferente, embora ela parecesse incomunamente quieta ao meu lado. Era praticamente impossível passar por aquela multidão de fotógrafos, e impossível almoçar. E isso era porque o meu famosíssimo pai adotivo — Sam Swan Brown, — não estava comigo.

Variados eram os fotógrafos, e variadas eram as perguntas dirigidas a nós — e ao mesmo tempo. Eu suspirei Janyelle também.

Flash's, flash's e mais flash's...

E então eu percebi que se nós não parássemos, nós não iríamos almoçar. E então nós paramos. E os fotógrafos também. E o turbilhão de perguntas voltou.

— Calma! — ela reclamou com eles; falando em inglês. — Nós iremos responder todas as perguntas, mas façam-nas uma de cada vez!

E então um paparazzo baixinho, barrigudo, careca, nos perguntou rapidamente, atropelando as palavras:

— Senhoritas Swan — ele começou. — O pai de vocês, prometeu uma grande produção nesse novo filme, afinal, nós todos temos certeza de que será um estouro de vendas, como todos os filmes dele. Mas, e vocês o que acharam de contra-acenar com o novo "Brad Pitty" do momento?

Eu respondi.

— Eu sempre gostei de atuar, e mesmo que meu ramo seja perícia, foi realmente prazeroso e fácil contra-acenar com ele. Eu adorei — eu comentei rapidamente.

Ela completou.

— Foi bom, na verdade, bem mais fácil do que imaginei que seria no fundo você não tem de fazer nada a não ser... Atuar bem, e o resto — que fica com a tecnologia — realmente fica perfeito e funciona muito bem. E foi ótimo... Agora se nos derem licença... Nós temos de almoçar. — Janyelle me puxou mais um pouco

— Espere apenas mais uma pergunta! — gritaram para nós.

Suspirei. Isso ia demorar.

E demorou — embora nós não saíssemos do salto e respondermos as perguntas com um ar simpático. Ficamos ali por uns bons 20 minutos, rodeados de perguntas, câmeras de TV — que chegaram depois de 5 minutos — e fotos, inúmeras fotos.

Depois de um tempo — 20 minutos — nós conseguimos fugir da perguntas, e nós sentamos na cadeira do restaurante, quase vazio; à hora do almoço passara.

— Ufa! — eu reclamei. — Dá próxima vez vamos almoçar em casa! Está ouvindo?

Ela riu.

Eu a encarei, irritada. Mas depois acabei rindo com ela, era impossível ficar com raiva de uma pessoa como ela.

— Está pronta pra pedir? — perguntou ela, mudando de assunto. A expressão inocente. Eu sorri.

— Uhumm.

Eu peguei o cardápio. E escolhi a primeira coisa que vi. Comi sem prestar muita a atenção na comida. Janyelle falava com Igor no celular.

E é assim o dia, de nós, herdeiras, do novo Brad Pitty. Sempre que Sam decidiu inaugurar ou construir um hotel, ou lançar um filme. A imprensa cai matando em cima da família Swan ou Brown — usamos os dois sobrenomes.

Eu comi devagar e pensando. Faltava apenas 2 semanas... para o começo das aulas.

Oh! Desculpem-me. Eu sei que vocês devem estar bem perdidos. Eu com certeza também estou qualquer um fica, embora eu ame minha vida, me irrita muito, é uma maratona simplesmente sair de casa, almoçar então... Sem mais comentários. Vamos dar uma pausa na história para eu me apresentar certo? O.K., por onde começar... Hmmm, talvez eu deva contar desde o começo, do começo, porque se não vocês não iram entender... Tudo bem. Meu nome era Inez, Maria Inez. Nasci no Rio de Janeiro, no sudeste do Brasil — 6 de junho de I993, tenho I6 anos —, mas meus pais se separaram quando eu tinha apenas I ano, e nós nos mudamos para o nordeste do Brasil: Ceará. Vocês devem estar se perguntando o porquê do divorcio, imaginem: minha mãe tinha I4 anos quando engravidou de mim e Charlie, meu pai, sempre ajudou e sempre fora um ótimo pai, mas depois de um tempo se cansou de mim, dizia que eu só fazia arrancar dinheiro dele — minha mãe que me contava essas coisas; eu era muito pequena e não me lembro destas coisas — e assim Renée se irritou e saiu de casa. Infelizmente, quando visitávamos o Rio, eu, meu pai, — que se chamava Charlie — minha madrasta, meu padrasto — Phil —, minha mãe — Renée —, minha irmã — Caroline; íamos sair, e nós sofremos um acidente de carro, só eu sobrei. Isso tudo quando eu tinha 9 anos. E eu fiquei absolutamente sem chão e me levaram para um abrigo, um mês antes de Sam Brown me adotar: ele havia perdido uma filha da minha idade... E desde então moro no Canadá, mas assim que eu completei I4 anos, nós nos mudamos e desde então moramos em Phoenix... Quer dizer... Morava, não moramos mais, nós queríamos uma vida mais calma — calma na medida do possível —, então Sam comprou uma casa — hammm, uma mansão — em Forks e nos mudamos para lá. Ah! Quase que eu me esqueço: Janyelle Swan, minha melhor amiga e agora irmã. Eu praticamente implorei a Sam que levasse ela comigo, então sem discussão ele acatou meu pedido... Tudo bem, tudo bem, não foi tão fácil assim, nós ficamos I ano longe uma da outra, mas isso só foi possível porque Jany — infelizmente — era órfão.

"Como eu dormia com a Janyelle, no mesmo quarto — uma suíte —, o nosso era o maior, vou descrevê-lo: o quarto era bem extenso e tinha uma porta que dava para a varanda. Havia duas camas de casal — uma para cada uma —, um closet, bem comprido por que era um para nós duas — se bem que as minhas roupas também eram dela e vice-versa (nós usávamos o mesmo numero de roupa e sapato, o que descomplicava as coisas na hora de nós comprarmos roupas para nós). Havia uma estante embutida na parede, onde guardávamos nossos livros, tanto de escola como de leitura; havia uma TV, um sofá, um tapete, uma escrivaninha — para estudarmos —, havia também um tapete que simplesmente amo. Nós simplesmente amamos música e filmes então, tínhamos um aparelho de som e onde guardamos os livros também há espaço para os CDs e DVDs. E consequentemente nós temos algumas manias, como toda adolescente, eu, por exemplo: eu coleciono correntinhas e pingentes, praticamente todo mês Sam compra uma para mim — eu sempre gostei de ganhar presentes, como toda pessoa normal gostaria, mas, ao contrário do que certas pessoas acham, eu não gosto de ganhar coisas grandes e sim coisas pequenas, como correntes, pingentes, pulseiras, ou maquiagem. É verdade. Sam aprendeu depois de algum de eu morando com ele, de que eu sou bem simples. E a Janyelle, bom, a Janyelle gosta de colecionar folhas de fichário, é sério! Acho que ela tem umas mil, e cada vez ela consegue mais folhas e agora começou a colecionar folhas de caderno também. Hilário. Eu tenho um diário e ela também. Talvez ele saiba tanto sobre mim, como a Janyelle sabe. Gosto de desabafar, e ás vezes, não é só para isso, eu também gosto de desenhar. Ele é um fofo, é almofado com coro e nas folhas há vários detalhes. Eu sei que vocês devem estar pensando que eu não giro bem da cabeça, mas não é bem assim; é por que de vez em quando eu não acordo muito bem."

"Eu sempre sonhei em fazer pericia, sabe? Embora recebesse algumas reclamações de Sam. Ele costuma a dizer que eu poderia ganhar dinheiro o suficiente, atuando, para me sustentar, e que eu não precisava correr o risco de ser morta, prendendo gente da pesada. Tenho que admitir que tudo isso que ele fala entra num ouvido e sai no outro, mas... eu sempre gostei de pericia e sempre me dei bem, por mais que eu ame cantar e atuar, eu ainda prefiro a primeira opção, e embora eu sinta cheiro de sangue e seja bem nojento eu nunca cheguei á enjoar. Mas se alguém vomitar ou passar mal na minha frente pode ter certeza de que o que estiver na barriga, eu provavelmente colocaria para fora. Ui! Eu fico enjoada só de imaginar. Não foi uma coisa fácil de superar."

"Eu sou uma ótima pessoa para você conviver; sou calma, alegre, compreensiva, amiga, e não gosto de intriga, mas se mexerem comigo o negocio esquenta, por que eu não tenho sangue de barata. Eu amo minha família o bastante para defendê-la, então fale mal de mim, mas não se meta com meus amigos ou família. Mas é claro que temos bichinhos de estimação. Temos um gato, chamado Biel e dois cachorros — Bob e o Spike; o Spike é poodle e o Bob um pastor alemão. O gato se dá bem com os cachorro por que foram criados desde pequenos juntos, tomam banho e tudo."

"Nós temos 4 irmãos; então somos em 7, já que Sam é viúvo, mas solteiro — embora Kevin e Joe sejam noivos. David, Joe, Igor, Kevin, eu, Jany, e Sam. Já que estou inspirada hoje, vamos falar um pouco sobre cada um: David, I7 anos: é meu melhor amigo e meu irmão preferido, desde o começo me identifiquei mais com ele, ele é carinhoso e nós morremos de ciúme um do outro. Joe, 23 aninhos — irmão gêmeo de Kevin: é arquiteto, o mais velho e o mais sério e responsável, mas divide bastante as coisas; e quando entra na brincadeira também, qualquer um morre de rir... Igor, I8 anos: um doido total! Um ótimo DJ, o mais brincalhão — como todo o Igor que eu conheço — e namora a Jany, eu tenho de admitir que no começo senti muito ciúme e depois acabei dando uma de cupido e acabou que agora eles estão juntos. Tudo bem é meio estranho, dois irmãos adotivos serem namorados, mas como o nome já diz adotivo: não de sangue. E entrei na política do papai: eles pagam nossas contas? Então não deve dar satisfação da sua vida para eles. E quando eu digo "eles", quer dizer: as pessoas, a imprensa. Hmmm, onde eu estava? Ah sim! Kevin: é economista, e é estilo Joe só um pouco mais solto. Eu: apenas estudo e trabalho na loja dos Newton's, assim como Jany, Davi — David, mas, gosto de chamá-lo de Davi. Sam: ator, compositor, dono de uma rede de hotéis. 35 anos."

"Eu sei, eu sei, vocês devem estar pensando: "Uau! O cara engravidou uma menina com I2 anos e de gêmeos!", pois é vocês estão certos, os gêmeos — Kevin e Joe — nasceram quando Sam tinha I2 anos, na verdade ele engravidou a menina com II e ela deu a luz com I2 anos. Desde então eles estão juntos, ficaram lado a lado, e casaram com I3 anos e depois disso só cresceram, cada um arrumou um trabalho e quem cuidava dos gêmeos era a vizinha que depois de um tempo, foi trocada por uma babá. Tiveram 5 filhos — esse povo não conhecia camisinha não, meu Deus? — e infelizmente, como nada é perfeito, pois a vida não é um conto de fadas, Elizabeth, esposa de Sam, e sua filha Gabi, morreram em uma queda de avião. Uma tragédia, e depois de tudo isso — das tragédias e das adoções — o papai ficou solteirão! Nunca encontrou a mulher certa, ou simplesmente fala isso para não dar o braço à torcer."

"Certo, vamos agora, esclarecer algumas questões — eu não queria falar, mas vou ter de explicar mais cedo ou mais tarde —, devem estar se perguntando por que mudei de nome. Eu fui... envolvida num processo... e... aí, para meu nome não ficar "na boca do povo" eu mudei. É legal, nunca gostei muito do meu nome não. Eu não vou explicar e nem citar qual o processo porque me dá arrepios só de lembrar..."

"Quase que me esqueço, o médico particular do pai — embora também trabalhe no hospital, nas horas vagas —, desde que nos mudamos para Forks — o novo, o antigo se chamava Derek; esse nome me persegue — se chama Dr. Cullen, e a esposa dele... Ah! Uma mulher super agradável. Gosto muito dele, nos damos super bem. Todos nós. E meu Deu como aquele homem é gato! Uau! Que bom que é bem casado... Conheci a família dele faz poucas semanas, apesar de ir muito com a cara do Edward — ele é muito estranho. É tão lindo quanto o pai! Apesar dele ser muito distante — por um motivo que eu não entendo. E comentei algo com ela, desses dias para cá Janyelle tem me enchido o saco com isso. É Edward para cá, Edward para lá... Grrrr. Já disse que entre nós no tem absolutamente nada; ele me irrita de uma forma totalmente inexplicável, mas ao mesmo tempo não suporto ficar longe dele. E voltando a falar do médico, ele trabalhava para nós desde que eu tinha I2 anos — ele tinha 20 anos —, mas assim que nós nos mudamos para Phoenix, ele teve de deixar o cargo e quando nos mudamos para Forks, por conhecidência descobrimos que ele trabalhava aqui e ele voltou a nos atender — a trabalhar para nós."

"Tem certas coisas em Janyelle que me irritam. Ela não pára de falar nele. Mas cá entre nós, ela está certa, eu o adoro, mas, como ele não me dá espaço... Não sei bem o que fazer, e eu já percebi, que a família dele, não é que não gostem de mim, mas, eles tem certa distância que absolutamente ninguém entende, é uma coisa impressionante. Ninguém fazia idéia de onde moravam e eu também nunca perguntei. Me dou muito bem com a irmã dele. Alice. Um doce de menina. Tem uma coisa, que só duas pessoas sabem — vocês devem saber quem são as pessoas — eu nunca dei bandeira, mas com ele é diferente, é impressionante eu nunca pensei que eu fosse travar tanto, demoro algum tempo para formular minha resposta, quando ele me faz alguma pergunta, o que é bem raro. Faz um tempo que ele, saiu de férias — uau! Férias faltando uma semana para as aulas começarem. Isso é ótimo. — E eu me senti absolutamente só."

"Sou morena, tenho os olhos chocolates, um cabelo de matar de inveja qualquer garota, nordeste a parte — se elas imaginassem a trabalho que deu pra ficar deste jeito, anos e anos de muita química. — até o meio das costas, sou magra; I,68 de altura; tenho um "corpão" com bastantes curvas — puxei minha mãe. E vocês acham que é fácil mantê-lo, só Deus e eu sabemos o que eu passo todas as manhãs, eu acordo 5 da manhã — nem preciso de despertador. Corro uma hora. Ás seis eu volto para casa, tomo banho, acordo todo mundo e me arrumo para ir à escola. Na verdade, vocês devem estar se perguntando o porquê de eu não fazer uma academia, na verdade minha semana é bem corrida. Só posso sair, quer dizer, só tenho tempo para sair sexta e sábado, porque dia de semana tenho escola e trabalho e domingo tenho um trabalho voluntário, com crianças surdas e mudas, ou com algum tipo de paralisia. Eu costumo brincar com todos em casa que eu sou muito sortuda, porque fiquei órfão cedo, quase morri numa batida de carro, quase morri afogada varias vezes, sobrevivi a varias quedas de pressão por causa de automedicação, etc. etc."

"Oras... falei de tudo, mas não falei das coisas que eu gosto e faço. Amo dançar, cantar, tocar e minto muito bem, não estou dizendo que gosto de mentir, mas, em certas ocasiões — se é que isso pode ser considerado um talento... Danço todo o tipo de musica, canto também e toco piano — tenho várias musicas — e violão. Adoro dance. Amo PARAMORE! É minha banda preferida, e inclusive sou dona do fã-clube — do maior e único, oficial que existe... Aqui — desde que saí do Brasil — nunca tive nenhum namorado, tive uns rolos, mas nada sério. Mesmo porque todos são muitos super-protetores. Falo 5 línguas — todos nós falamos só o papai que fala seis: português — óbvio —, inglês, francês, espanhol, japonês, e italiano. Fora esta que não são consideradas "línguas": sei sinais, e ler braile. Sam praticamente me obrigou a fazer vários cursos de variadas línguas, fora o de informática; reclamei na época, ma agora eu realmente agradeço, porque estou realmente usufruindo disso tudo."

"Falei, falei, falei e não descrevi ninguém! Já falei de mim, então vamos falar de meus irmãos. Janyelle: particularmente a acho linda, cabelos ondulados, até a cintura, olhos verdes, um corpo de arrasar, e uma voz impecável, ela dança bem. Sam: não é porque é meu pai, não, mas ele é lindo! Tem uma barriga de tanquinho, — que às vezes os meninos brincam tipo: "Ai, inveja da sua barriga, pai", e você acredita que ele fica com vergonha? Cabelos pretos, olhos azuis, e corpo musculoso. Eu gostaria muito de descrever todos os meus irmãos, mas, é meio difícil — eles são bem parecidos, mas vou resumir: lindos, todos têm olhos azuis — e apenas um é moreno, Igor —, musculosos, em ótima forma, e muito gentis, educados e românticos. Pelo menos é o que parece..."

"Nossa casa era ótima, tinha 2 piscinas — uma térmica e outra natural —, I cozinha — no piso, com uma bancada extensa, era branca com vários artigos de decoração, desde quadros e a pinguins de geladeiras —, I copa — onde, normalmente, nós jantávamos, e dificilmente jantávamos a sala, pois lá era um local mais de domingo, ou ocasiões especiais —, 6 suítes e 2 de quartos de visitas — suítes também —, I quintal — onde ficavam as piscinas, cadeiras de praias, sala de jogos, o campinho de futebol, e a casa onde dormem os "ajudantes"... — varias varanda — cada quarto possuía uma —, sótão — que ficava no quarto andar, lá você encontra de tudo desde cartas à coleção de moedas (Sam de 3 em 3 meses tira toda a poeira de lá, porque tenho asma, por isso não o ajudo)... Resumindo era imensa, na verdade era um condomínio de mansões, que ficava na rodovia e nós tínhamos vizinhos ótimos. Mas não é única que nós temos, temos varias e variadas propriedades, em vários e variados estados e países. Temos uma no Brasil — devido eu ter nascido lá, quando passamos as férias no Rio ou no Ceará, visito o restante da minha família —, uma em Tókio — Sam tem muitos hotéis lá... — Canadá, Los Angeles, Forks — atualmente sendo a casa oficial: onde nós moramos agora... etc. etc..."

"E o que eu acho mais bonito, é mesmo com todo esse luxo, todos são absolutamente simples e humildes — tudo bem, eu nasci pobre —, mas eles, eles não, eles cresceram no luxo, e nadando no dinheiro, e conseguem ser melhor do que muita gente por aí. Sam os criou sem frescura, — e eles apanham até hoje! —, afinal: a vida de Sam nunca foi fácil, só melhorou depois que ele correu atrás... Por isso me acostumei tão fácil com eles. Se você virar para eles e disser que só tem feijão com farinha, eles simplesmente aquiescem e não reclamam; eu simplesmente acho isso lindo. Temos vários empregados — ajudantes, prefiro chamá-los assim. Eles são quase da família, a maioria trabalha para o pai mais ou menos I0 anos. —, permita-me apresentá-los... Mel: cozinheira, Antônio: jardineiro, Rosário ou Rosa: arruma a casa em geral, apenas na parte de dentro juntamente com Gabriela — outra ajudante —, eu e Jany. Embora cada um arrume seu quarto e seu banheiro, a casa é bem extensa e exige muitos cuidados... Continuando; Jose: lavadeira e passadeira... todos vivem conosco e toda semana — final de semana — tem folga. Normalmente passam com a família..."

"Mudando de assunto, se vocês acham que esses artistas andam com salto dentro de casa? Rá-rá-rá. Tiro isso por experiência própria, nós, por exemplo — principalmente eu — tenho agonia de andar calçada — vivo descalço. Todos andam de calção, uma camisa — porque, enfim é frio — e descalço. Todo mundo desmantelado, desarrumado. Voltando aqui... Eu sou bem mais apegada ao meu pai do que vocês pensam, nós vivemos grudados um no outro. Sei tudo os segredos e gafes dele. E é cada coisa, que — eu não posso contar — mas, se vocês soubessem iriam com certeza, rolar de rir. Mas, ainda fico dividida, pois é difícil saber de quem eu amo mais: eu e David somos carne e unha... Ele é meu melhor amigo, sabe de todos os meus segredos assim como Janyelle. Eu nunca me interessei para ele, não consigo vê-lo como algo mais, apenas como irmão, embora, isso não nos impediu de nos beijarmos algumas vezes, quando nós tínhamos I2, I3 anos — nós rimos, quando nos lembramos disso. Quando todos saíam ele ia para meu quarto e nós ficávamos nos beijando — coisa de adolescente. Mas agora não consigo sentir mais nada por ele a não ser afeto ou amor fraternal."

"Acho que isso é tudo. Mas, querem uma dica: querem saber da minha vida e de minhas opiniões? Peguem uma revista de fofoca. Pronto agora que eu contei minha vida praticamente toda, vamos voltar história. Olha, só para esclarecer, eu e Jany almoçamos fora e depois voltamos para casa O.K.? Pronto, agora: vamos à história, sim?"

O decorrer da semana foi calmo e tranquilo, e o primeiro dia de aula se aproximava e isso me deixava cada vez mais nervosa. Na verdade nós iríamos entrar atrasados no ano, era março. E o primeiro dia de aula, para mim, sempre fora um marco.

Estávamos jantando, todos na mesa quando o pai falou.

— Pessoal, eu queria dar um breve conselho. Eu sei que vocês se mudaram de escola, mas querem não chamar atenção não se misturem, sentem-se numa mesa distante, ou se enturmem e o que perguntarem respondam com indiferença.

Revirei os olhos.

— Só existem essas duas opções pai! — e coloquei um pedaço que sushi para dentro depois de molhá-lo no molho shoyo. Delícia! O que me fez lembrar...

— Pai, quando iremos para China de novo?

Ele hesitou, pensando.

— Na verdade, não sei. — disse por fim.

Ótima resposta! Pensei comigo mesma.

— Hmmm, então onde iremos passar as férias de outono? — perguntou Davi sentado do meu lado, ele estendeu a mão e pegou do meu prato o meu ultimo sushi. Eu suspirei, irritada. Ele sempre fazia isso.

Kevin riu.

— Deixa a menina Davi.

Sam pigarreou.

— Desculpe. — nos murmuramos.

— Não sei, talvez possamos ir para a ilha do Havaí. Que tal? — perguntou ele.

— A-mei! — separei as sílabas, exagerada. — Faz tempo que nós não íamos para lá. — comentei.

— Legal.

— Também gostei.

— Então está combinado... Férias: Havaí.

— Yes!

Nós rimos.

— Hey Bells, você nunca mais tocou para gente! — reclamou Kevin.

— É verdade Bella, você nunca mais tocou, se bem que quando você está inspirada não pára mais. — Joe murmurou.

— Eu prometo que assim que fizer uma música nova eu toco, eu tenho uma feita, mas, é que... Eu estou esperando uma pessoa certa para eu tocar. — eu olhei para baixo corando, é claro.

Hmmm! Aí a Bella! — murmurou Joe.

— Bella... — começou Sam.

— Ah, pai! Qual é? Eu tenho I6 anos, não vou ficar solteira a vida inteira! Nem virgem...

Eles me olharam com as sobrancelhas arqueadas.

— O que?

Só Janyelle e Davi sabiam que eu não era mais mocinha — tinha acontecido (duas vezes) no acampamento da escola, ano passado com um menino que eu tinha ficado. Não vou mentir e dizer que foi agradável, mas também não foi ruim. Foi mágico — nós somos bons amigos hoje. É claro que nós nos prevenimos —, mas isso era com certeza uma coisa que Sam tão cedo não saberia — talvez nunca soubesse. Ele provavelmente faria um escândalo.

— Minha filha está crescendo... — ele murmurou novamente.

— Ai pai! — eu resmunguei.

Os meninos riram.

— Olha, mas vê se escolhe bem, está bem? — começou Igor. — Viu a Janyelle, escolheu um namorado bonito, esperto...

Eu o interrompi:

— E convencido. — completei.

— Ai! — reclamou Janyelle. — Não fala assim com seu irmão, oras!

Eu ri, balançando a cabeça, tomei um gole de água.

— Mas uma coisa, — começou Sam, hesitante. Mudando de assunto. — O festival... Vocês sabem como tudo funciona, é só um de vocês ir na frente da classe e explicar...

Meu sorriso murchou.

— Bella vai explicar! — falaram todos ao mesmo tempo.

Eu suspirei.

— Pai...

— Sinto muito Bells, é com você...

— O.K. Mas o senhor pode explicar para todos nós, porque não quero que fiquem só em cima de mim. Por favor?

Ele riu.

— Me dê um minuto... — eu o vi ir até a sala e voltou com o notebook...

Ficamos um tempinho ali, era até mais fácil do que imaginei, eu participava sempre todos os anos, mas eu só cantava e o resto era com o pai. Nunca me envolvi nessas coisas; não fazia nada a não ser ensaiar, para fazer bonito na hora.

Eu suspirei, — minhas pernas estavam rígidas de tanto ficar sentada na mesma posição — e antes de me levantar, murmurei:

— Amanhã começa a batalha.

Nos levantamos, deixamos que a empregada lavasse a louça — normalmente eu e Janyelle a ajudávamos (e aos outros ajudantes, ou empregados, chamem do que quiser) nos afazeres de casa, como lavar roupa, a louça, arrumar a casa (tarefa executada uma vez na semana, pela Rosa) —, até me ofereci para ajuda, mas, ela recusou ajuda.

— Tem certeza, Mel? Eu posso ajudar. — insisti mais uma vez.

Ela assentiu.

— Vai lá, tomar banho e assistir TV, vai.

Sorri para ela.

— Está bom.

Eram assim todos os dias, a não ser sexta-feira, sábado. Nós jantávamos, tomávamos banho e íamos para a sala assistir TV. Às vezes conversávamos como hoje.

— Está tudo pronto mesmo? — perguntou Sam.

Eu assenti.

— Tudinho! É só acordar, se arrumar e ir para escola.

Os cachorros estavam soltos na sala e eu estava com o Biel na sala, Sam com Spike e o restante brincando com Bob — normalmente nós os botávamos para dormir — lá fora, em um espaço fechado — apenas quando nós dormíamos, assim, eles não ficavam se sentindo tão só. Eu, Jany e David, éramos os mais apegados a eles.

Ficamos um bom tempo assistindo TV, e foi só aí que eu vi a hora. Eram 09 e meia. Bocejei e me levantei. Bati palmas.

— Agora vamos embora! Dormir, porque amanha não quero ninguém dando trabalho para acordar não, viu? Vamos, vamos, vamos!

Eles se levantaram reclamando. Janyelle me apoiou.

— É isso aí! Nós que acordamos vocês, e acreditem dá mais trabalho do que vocês pensam, vamos deixem de enrolar!

— Boa noite pai. — cada um foi até o pai e deu um beijo na testa, um tapinha nas costa, um abraço ou um aperto de mão.

— Beijo pai, boa noite. — Nós o abraçamos e fomos para o quarto.

Eu e a Janyelle dormimos juntas e os meninos cada qual tinham seu quarto. Sam até insistiu que nós dormíssemos separadas, mas não conseguiu nos convencer... Suspirei quando deitei minha cabeça no travesseiro. E fechei os olhos. Janyelle apagou a luz e veio se deitar na cama de casal ao lado.

— Boa noite Jany.

— Boa noite Inez. Quer dizer, Bella.

Nos rimos aos sussurros.

— Hey Jany? — eu a chamei.

— O que é?

Eu me sentei no escuro.

— Como você acha que será a escola amanhã?

Ela riu.

— Você está nervosa. — adivinhou ela. — Mas... Quer descobrir?

Eu franzi a tez.

— Como?

— Deita e dorme, porque assim, a manhã chega mais rápido.

— Rá-rá — eu murmurei.

— Se aquieta Bells, amanha será um longo dia. — e completou em inglês. — Boa noite, baby. Beijo, beijo.

— Por que está falando em inglês?

— Sei lá, me deu vontade de falar.

Eu me deitei, bufando um suspiro.

E ela tinha razão: amanhã seria um longo dia... E Eu tinha de relaxar, mas nada adiantava. Só dormi depois de chorar. Por que por mais que eu me divertisse com minha família eu não suportava Forks. Era horrível. Parecia uma gaiola. E por mais que eu mentisse isso nunca mudaria o que eu sentia em relação á Forks, por que até agora a única coisa que sentira em Forks, fora frio. Tudo bem que eu gostava de frio... um pouco... mas, não esse frio. Eu gostava de brincar na neve e jogá-la em todos. Não ficar dentro de casa entupida de casacos. Mas talvez amanhã fosse melhor, por que afinal eu pelo menos iria me distrair. Esse pensamento me ajudou um pouco, mas não totalmente

Acordei com o relógio da cabeceira apitando; eram 4 e meia da manhã: hora de caminhar — decidi acordar mais cedo para demorar mais tempo no banho. Levantei, esfregando os olhos. Rapidamente tomei banho, a água quente desemaranhou os músculos de minhas costas, me acordando, sem enrolar, saí ainda meio trôpega de sono do Box e me enxuguei; arrumando-me, com a minha causa leg roxa — com um casaco verde, estava muito frio — e minha blusa, que Sam tinha me dado e saí rapidamente.

Lá em baixo apenas Mel estava acordada.

— Ué? O que você está fazendo uma hora dessas acordada? Você não acorda 5 e meia?

Ela sorriu.

— Perdi o sono.

Eu suspirei. Insônia, problema serio.

— E você? Porque vai tão cedo e a Jany não vai hoje?

— Não, não. Ela está cansada e sei lá... Me deu vontade de sair mais cedo.

Eu sorri para ela.

— Tem uma barrinha de granola?

Ela me devolveu o sorriso.

— Claro está aqui.

E me entregou.

— Beijo, baby. Eu preciso ir.

— Tchau, Bella.

— Tchau, Mel.

A caminhada foi tranquila, havia mais pessoas caminhando do que eu esperava — o píer estava bastante cheio, mas hoje era segunda, normalmente todo mundo gostava de queimar as calorias ganhas no final de semana. E nem o frio impediu de eu avistar alguns fotógrafos me clicando, eu sorria e acenava, como sempre. Corri por um bom tempo, fiz abdominais e rapidamente voltei para casa.

Quando cheguei, a mesa estava impecável, como sempre.

— Ai Mel! Você é um amor! Que mesa linda!

Ela riu. Eu a acompanhei.

E olhei o relógio da copa. Eram 06 e meia. Hora de acordar todos. Eu subi as escadas e entrei no quarto. Fui até a cama de Janyelle. Estendi a mão para ela que roncava levemente e a sacudi.

— Janyelle acorda.

Ela rolou e cobriu o rosto.

— Janyelle acorda.

— O que foi? — ela murmurou se virando de costas para mim.

— Acorda, hora de ir para a escola. — a sacudi de novo.

— Bom dia. — ela me cumprimentou.

— Bom dia. — disse.

Ela se sentou. O cabelo desgrenhado. Eu sorri para ela.

— Você acorda os gêmeos e eu acordo Davi e Igor.

— Certo.

Nós saímos do quarto.

Foi mais fácil do que imaginei acordá-los.

Nos arrumamos rapidamente. Eu tomei banho primeiro. Ela depois. s meninos estavam na tradicional calça jeans, e blusa pólo, cabelo arrepiado. E nós — as meninas — eu botei uma calça jeans e uma blusa rosa, baby-look, com um leve decote em V, nada muito exagerado — onde havia escrito em português: "Nunca deixes alguém dizer-lhes que não possas fazer algo" —, com um casaco jeans, uma maquiagem leve — apenas base, para disfarçar as imperfeições e gloss — e um all-star rosa com detalhes combinando perfeitamente com a blusa — puxei meu cabelo para um rabo-de-cavalo.

Já a Jany optou por uma calça jeans e uma blusa azul de mangas cumpridas, sem casaco, uma coisa simples, mas sua maquiagem — e seu cabelo — que estava também num rabo-de-cavalo, ela havia feito baby-liss nas pontas —, compensaram a simplicidade da roupa, deixando-a perfeita. Ela botou um all-star azul-escuro.

O café também foi bem tranquilo. Com pouca conversa.

— Se algum fotografo aparecer por lá, vocês já sabem o que fazem não é?

— Eu sei — murmurou Igor. — Eu dou um murro nele. — E colocou um pedaço de pão para dentro.

Eu ri. Sam fechou a cara para ele.

— Se você fizer isso, eu juro que faço o mesmo com você.

Eu ri de novo. Sam me advertiu — ele estava nervoso, tanto quanto nós.

— Não ria do seu irmão Bella.

— Desculpe.

— Pronto terminei. — levantou Jany. — Vamos que se duvidar, com a sorte que a Bells tem, nós podemos pegar até engarrafamento.

— Rá-rá. Muito engraçado. — murmurei.

Rindo de mim, todos levantaram. Escovei meus dentes, peguei minha mochila. E desci.

— Pronto — todos esperavam na sala.

— Vamos?

— Estou bonita? — perguntou Janyelle.

Revirei os olhos. Quando ela não estava bonita? A menina era uma bonequinha.

— Você sempre está linda. — comentou Igor, beijando ela.

— Argh. Podem parar! Você Jany, vive reclamando quando eu beijo a Evelyne na frente de vocês, então não começa! — exclamou Kevin.

Eu ri. O pior que ele tinha razão.

A ida para a escola também foi calma...

Nós resolvemos ir no meu carro, um Citröen C3— embora não fosse tão popular aqui, fazia bastante sucesso no Brasil.

— O.K. — murmurei quando saí do carro. — Conseguirmos sentarmos juntos, ótimos se não der, também está valendo.

— Vamos andar juntos? — perguntou Davi.

Dei de ombros. E me virei para os outros.

— O que acham?

Houve uma troca de olhares.

— Vamos, é melhor.

Já era de se esperar assim que nós começamos a andar e conversar entre si. Algumas pessoas cochichavam uma com a outra e olhavam para nós. Até que um pessoal nos parou. E o corredor inteiro parou para nos olhar. Eu corei.

— Oi eu sou Mike, esse são Jess e Tyler. Angela e Eric. Lauren. Vocês são filhos de Sam Brown, o ator de cinema?

Nós assentimos.

— Caramba, isso é demais! Hmmm, porque vocês não se sentam com a gente hoje? — convidou a menina que se chamava Jess.

— Hmmm — Igor começou. — Na verdade, muito obrigado pelo convite, mas, nós somos mais reservados, nós preferimos sentar-nos numa mesa separada, se não se importam.

Eles estavam visivelmente desapontados.

— Ah, mas é claro — disse Jess, olhando David dos pés a cabeça, fui tomada pelo ciúme. Passei o braço por sua cintura.

E até que achei conhecidos no corredor. E aproveitei para escapar.

— Se nos derem licença, nós precisamos ir. — eles assentiram e eu puxei o Davi. E acenei para Alice. — Hey! Psiu! Alice!

Ela se virou e assim que me reconheceu, sorriu. Estavam todos lá. Alice com Jasper; Edward, Emmett. Rosalie — que simplesmente não me suportava, revirou os olhos, o resto sorriu. Edward enrijeceu. Fingi no perceber sua reação.

— Oi! Como vocês vão? — perguntei.

Ela sorriu ainda mais.

— Muito bem. E... Pode falar em português Bella.

Eu ri, e balancei a cabeça.

— Valeu.

— Davi, Jany, Igor.

Eles trocaram apertos de mão. E sorrisos.

— Como vai Alice? Você nunca mais passou lá! — reclamou Janyelle.

— Desculpe, não tive tempo. — E depois ela olhou em volta. E gargalhou.

— Parecer que vocês não conseguem passar despercebidos não é?

Eu suspirei e Davi falou:

— Pois é. Às vezes eu queria sumir... Isso é tão... Chato.

Igor assentiu.

— Verdade.

— Porque não se sentam conosco hoje? — convidei.

— Hammm. Acho melhor não, mas, obrigada pelo convite — Alice se justificou.

— Então vocês são um dos nossos — eu comentei, e Jasper riu baixinho. Franzi a tez, sem entender. E depois Rosalie respondeu de forma dura — distraindo-me.

— Talvez você deva sentar com seus amiguinhos ali, parece que você tem muito para contar a eles, afinal você se saiu perfeitamente bem, para quem estava encabulada.

Eu a olhei e a respondi coma maior educação do mundo.

— Talvez se você não tenha percebido, eu dei a entender que não sou de chamar atenção, só fiz o que meu pai mandou fazer. — Edward riu, e Rose o fuzilou com os olhos. — Bom, mas então, se não querem se atrasar é melhor correrem... Nós também.

— Se não quer se sentar com eles, porque não se sentam com a gente? — uma voz falou atrás dos Cullen.

E abriu passagem entre eles empurrando-os. Percebi alguns sibilares vindos dos Cullen.

— Oi, eu sou Tifany Burner, e essas são, Layla e Andressa. — se referindo as meninas loiras atrás dela, e depois me ofereceu a mão, sorrindo com interesse. — Eu sou filha do colega de trabalho do seu pai: Chris Burner, e essas são minha amigas. Nós podemos lhes mostrar a escola.

Ela não era feia, nem mal educada, e nem parecia mimada, apenas um pouco interesseira. E pelo modo como falou e de como vivia flanqueada por duas meninas, só havia uma palavra que explicaria isto: patricinha. Foi isso que me afastou; ser patricinha estava totalmente fora, dos meus planos.

— Quando dizem que em toda escola tem patricinha — Janyelle murmurou baixinho.

Dei uma cotovelada nela. Tifany a olhou dos pés a cabeça e revirou os olhos.

E respondi a ela — Tifany — com um sorriso falso.

— Acho que podemos conhecer a escola sozinhos, obrigada.

Ela arfou indignada. E empinou o queixou. Algumas pessoas passavam e riam dela.

— Estou vendo que você é umazinha qualquer, nem parece que é filha de uma das pessoas mais ricas do mundo — e estalou os dedos. — Vamos meninas.

E se virou. Eu arfei.

Mas que cara de pau! — eu avancei até ela, mas David segurou meu braço e riu.

— Até que enfim alguém falou a altura com essa aí! Ninguém tem essa coragem... — comentou Alice. — Mas isso é até bom, que ela não tenha vindo falar conosco, porque se não iria dar uma bela resposta para ela.

Eu ri.

— Ela fala assim com todo mundo. — ela disse.

— Comigo, não. — eu apontei.

— Liga para elas não. — Davi beijou meu rosto. — E vamos embora porque nossa primeira aula já vai começar. — ele apontou.

— Uau! É mesmo. Bom, depois nós nos falamos O.K.? — eu me despedi de todos. — Edward.

E me virei. E todos me acompanharam.

— Bom, por onde começamos? — perguntei enquanto nos afastávamos...

— Pela secretaria, ainda não temos nossos horários. — Igor respondeu.

— Então vamos. — a palavra final foi de Janyelle.

Assim que chegamos ao final do corredor, tive de pedir licença, para alguns veteranos que nos olhavam de boca aberta e cochichavam entre si.

— Hmmm. Bella acho melhor você entrar sozinha e pedir nossas cadernetas. Nós vamos esperar aqui. — argumentou Igor.

Eu os olhei com ceticismo.

— É impressionante, tudo que envolve esta família, sobra apenas para mim!

Eles riram.

Lá dentro o ambiente mai quente do que eu previra. Havia um balcão; a sala era bonita. Bem equipada, e bastante aconchegante. A ruiva olhou para mim. E pareceu me conhecer, e rapidamente abriu um belo sorriso para mim. Endireitou-se e perguntou.

— Posso ajudá-la?

— Pode sim. Meu nome é Isabella. Isabella... Swan. — Soltei o sobrenome, com dificuldade.

— Ah, eu sei. É claro. — ela cutucou uma pilha de folhas, e me passou minha caderneta. Ela franziu os lábios. — Vai querer os de seus irmãos também, ou prefere deixá-los virem buscar?

Eu balancei a cabeça.

— Não, hmmm, me dê os de todos, é melhor.

Ela assentiu. E se inclinou para cima do balcão, e me explicou absolutamente tudo e um pouco mais, ela sorriu e me desejou boa sorte. Uma sorte que eu iria precisar.

Eu saí da secretaria.

— Pronto, aqui estão a cadernetas e... Estão me devendo uma. — avisei.

Eles riram. De novo.

Fomos até o refeitório e rapidamente localizamos o prédio 3. Percebi que não era apenas eu que estava nervosa. Meus irmãos atrás de mim pararam para respirar fundo.

— Prontos? — eu perguntei. Isso parecia um filme.

— Não — Igor riu.

— É, nem eu. Vamos.

Eu abri a porta. E como o esperado, todos se viraram para nos ver assim, que nos perceberam um grupo de pessoal um tanto grande. Alguns nos olhavam com cara de: "Ela é filha de Sam Swan Brown, o que faz em uma escola como essa?" outras como quem diz: "Olha só para eles! Não acredito que estou estudando com eles!" Para mim não fazia diferença, por mim estudaria em uma pública, pelo menos no Brasil — e pelo que eu saiba — há uma grande vantagem de estudar em escolas publicas; mas Sam se recusou a permitir uma façanha dessas. Assim que a professor nos viu — Sr. Mason — nos olhou com bastante surpresa, e rapidamente se tornou mais simpático. Assinou a caderneta e rapidamente nos mandou sentar. Quando o sinal tocou, não tivemos tanta sorte; nossas aulas seriam completamente separadas, cada um ia para uma assim demorei mais tempo para sair da sala, para evitar perguntas e curiosos. Pelo visto não adiantou muita coisa.

— Você é Isabella Swan, filha de Sam Swan? — um garoto magricela me abordou.

— Bella. — todos ainda presentes na sala, apesar de não serem muitos, pararam para me olhar.

— Qual sua próxima aula? — ele perguntou.

Tive de olhar a caderneta.

— Hmmm, educação cívica, com Jefferson, no prédio seis. — Os curiosos começavam a aumentar.

— Não é minha aula, mas, é caminho para mim; posso lhe mostrar. — ele fez uma pausa. — Meu nome é Eric.

— Valeu — sorri simpática, como sempre tinha de ser.

Ele fez vários comentários sobre eu ser brasileira e tal, até perguntou como era o clima lá. Pensei bem antes de responder.

— Na verdade depende... Hmmm, no sudeste, nunca é equilibrado, quando é frio: é muito frio e quando é calor... É muito quente. Já no nordeste, quase não chove, todos andam de chapéu, não por causa da chuva, mas, por causa do sol. — eu ri.

— Uau! — ele murmurou. — Como deve ser isso?

Eu dei de ombros.

— Ensolarado.

Todos os anos — praticamente todos — nós íamos para lá. E o clima afetava todos, na maioria das vezes todos — inclusive eu — ficávamos ardidos, e de 2 a três dias sem se mexer direito. Eu quase podia ouvir os gritos de Sam: "Eu avisei: não fiquem expostos demais ao Sol!". Eu ri de novo.

— Por isso que você é tão morena. — comentou ele. — Mas é um moreno diferente, meio-claro, sei lá é difícil explicar...

— Pois é. Não tem como ser branca no Ceará, mas é que na verdade, minha mãe era branca e meu pai era bem moreno, aí juntou os dois e ficou assim. — eu disse gesticulando para meu corpo. E ele me olhou de forma estranha, como se me avaliando — talvez não conhecesse o estado, sei lá —, eu ia perguntar por que, mas, não iria fazer muita diferença, ia esticar o assunto e já estávamos em frente à porta da sala — onde seria minha próxima aula. Ele me desejou boa sorte — como todos fizeram —, e desejou que tivéssemos outra aula juntos.

Era tão diferente mudar de escola, ter de passar por todo o processo de adaptação novamente; era meio chato, embora eu me acostumasse com uma facilidade impressionante.

Entrei na sala, e o mesmo episodio aconteceu; a diferença é que desta vez o professor fez questão de me apresentar.

— Turma, essa é nossa nova aluna, Isabella Swan Brown.

— Olá — acrescentei timidamente; aquilo estava passando dos limites. Pensei nos meus outros irmãos, o que não estariam passando — provavelmente o mesmo que eu. A sala ficou absolutamente em silencio, alguns sussurraram um oi, mas a maioria permaneceu em silencio. Absoluto. Isso seria mais difícil do que eu imaginara.

— Como se alguém não te conhecesse — murmurou o professor, quase baixo demais, para que eu não ouvisse.

Oh, meu Deus até o professor! Só mais três aulas... Eu acho, murmurei para mim mesma. Eu corei, embora não fosse quase perceptível, por causa de minha pele.

— Pode sentar-se, ali. Separei um local para você.

A aula não foi tão ruim, foi até boa, mais ou menos. Mas como nada é perfeito, uma turma me parou no meio do corredor, quando eu ia para o refeitório. Avistei Jany e Igor e acenei; David ainda não estava ali.

— Olá, desculpe incomodar, sei que prefere ser mais reservado, — minha boca escancarou; isso não estava acontecendo!

— O que?

A menina — cujo nome eu não sabia — riu.

— As noticias correm, querida — ela pensou por um tempo. — Hmmm, eu sou da equipe do jornal e...

Eu arfei. E a interrompi antes mesmo dela terminar.

— Olha, se você está pensando em fazer uma matéria...? — eu parei sugestivamente.

Ela deu um sorriso amigável, como se já me conhecesse.

— É essa a idéia.

Ah, merda!

— Por favor, não faça nenhuma matéria, sobre m...

Desta vez ela me interrompeu. Insatisfeita, acatou meu pedido.

— Hey, sem estresse, sem matéria — ela deu de ombros. E saiu rapidamente. Apenas um menino permaneceu — eu o conhecia, mas não lembrava o nome —, e logo, sem perder tempo, puxou conversa.

— Desculpe.

Eu balancei a cabeça.

— Não tem o que desculpar. — eu disse. E completei sorrindo. — A não ser que você seja da redação.

Nós rimos.

— Meu nome é Mike, lembra?

— Não. — eu admiti e sorri.

Ele riu. E coçou a nuca.

— Costuma ser sempre assim?

Eu ri.

— O que você acha?

Ele sorriu.

— Sim?

Eu assenti.

— Com certeza.

— E aí, vi você e seus irmãos conversando com os Cullen. Os conhece? — ele perguntou isso como se fosse uma coisa incomum.

Tombei a cabeça.

— Sim, eu os conheço. Médico particular do papai, o Dr. Cullen. Por quê? — eu estava realmente curiosa. O que havia de errado eu conversar com as pessoas que eu conhecia?

Dãã!

Ele pareceu desconfortável.

— Não sei. Quer dizer, nada. É que eles são tão reservados.

Eu franzi a tez. O que havia de errado nisso? Eu também era.

— Tudo bem, vocês também são, mas tem um motivo e eles simplesmente não tem nenhum. — e então ele avistou alguém. — Hmmm, desculpe, preciso ir. Nos vemos depois. Tchau.

Caminhei até eles. Davi já estava ali. O que Mike havia dito sobre os Cullen ainda me perturbava. Porque ele se preocupava tanto assim com os Cullen? Sim, já havia reparado que eles eram estranhos, mas nada que me preocupasse. Na verdade todos já haviam reparado isso. Jany no começo era bem mais distante deles, por um medo que eu não entendia e não tinha, simplesmente gostei deles de cara. Embora eles — realmente — fossem distantes não vi problema nenhum e não vejo. E aquilo, com certeza, iria ficar martelando na minha cabeça.

— Pelo visto, já arrumou um amiguinho, não é Bella. — provocou Janyelle.

Revirei os olhos.

— É Bella. Amigo bom que você arrumou. — disse Davi.

Me virei para ele, com as sobrancelhas erguidas, pelo seu tom de voz não estava tudo bem.

Eu ri.

— Você tem de parar, de sentir tanto ciúme de mim. Quando eu começar a namorar, você vai enlouquecer.

Ele franziu a testa.

— Não quero falar sobre isso. E... Vamos almoçar.

Eu ri de novo.

— Bom, se você está dizendo, vamos almoçar.

Ao chegar ao refeitório foi difícil encontrar um lugar para sentar.

E como sempre a maioria dos alunos no refeitório — que estavam perto — parou para nos olhar.

Baixei a cabeça e passei rapidamente por todos e avistei uma mesa.

— Vem gente uma mesa.

Davi se sentou ao meu lado e Igor ao de Janyelle... Puxei conversa com ela, mas, como sempre acontecia algo, Davi me interrompeu.

— Vamos comprar o almoço, sim?

— É vamos. — murmurei, distraída. Levantei-me.

— Algum problema Bells? — perguntou Jany, seguindo meu olhar; não percebi que estava esquadrilhando o refeitório. Até que achei um par de olhos conhecidos também me olhou, baixei a cabeça. Ele me olhava com a mesma frustração de um tempo atrás e isso me constrangia, não só pelo fato de ele estar me encarando, mas estar me olhando de um jeito tão... Estranho.

— Hmmm? Esta tudo bem.

Ela rebateu:

— Não está não, você está viajando, faz tempo que não te vejo assim. — e sussurrou baixinho em meu ouvido. — Pensando no Edward?

— Cale a boca. — sibilei.

Ela riu.

Entramos na fila, que não era muito extensa, cada um pegou uma bandeja, cada qual com um cardápio bem diversificado. Eu optei, por uma pizza, maçã e soda. E rapidamente paguei a comida, voltando ao meu lugar. Sentei e fiquei sentada pensando por um bom tempo, no que Mike me disse. O que os Cullen podiam esconder? Pouca coisa, mas não era a pergunta certa. O que os Cullen escondiam que não podiam interagir com ninguém? Fiquei brincando com as opções, até Janyelle me cutucar e me alertar da próxima aula; o refeitório estava quase vazio.

— Tem certeza de que você está bem? — perguntou ela, agora realmente preocupada, enquanto nós andávamos para o prédio 4 onde seria nossa próxima aula (desta vez eu iria assistir aula com o Igor). Um vinco em sua testa confirmava sua preocupação. — Você está muito quieta. Qual o problema?

Eu olhei seu rosto.

— Depois nós conversamos.

Ela ficou ansiosa.

— O assunto é sério?

Eu ri, ela levava tudo tão a serio.

— Não, na verdade, só besteira minha. Quando chegar a casa eu te conto. — eu a olhei nos olhos por um tempo, e cogitei mentir para ela. Porque contar para ela algo tão fútil e totalmente infantil. Era ridículo.

— Qual é a sua próxima aula Bells? — perguntou Davi, tirando-me do olhar penetrante de minha irmã. Sacudi a cabeça. Não, eu seria muito covarde para mentir para ela, ela me conhecia muito bem. E eu estava sufocada com aquilo.

— Hmmm, — olhei minha caderneta, que já estava em mãos — de biologia II. E a sua qual é?

Ele bufou um suspirou.

— Educação Física.

Eu suspirei e parei na porta da minha aula. Janyelle e Igor haviam ido na frente.

— Então, está bem. Beijo. Agente se vê na saída.

Dei um beijo em seu rosto.

— Tchau.

Ele sorriu para mim.

O dia fora exatamente como eu esperava, muitos olhares e até perguntas, dos que tinham coragem de chegar até nós e perguntar algo. Tudo foi exatamente como o esperado, até nós chegarmos à aula de biologia e eu ter de sentar com o Edward. Lindo. E eu fiquei irracionalmente satisfeita, ao me sentar ao seu lado.

O que estava havendo comigo?

Decidi puxar conversa. Falando — dessa vez — em português, pois sabia que ele falava.

— Oi Edward. Quanto tempo.

— Pois é. Como vai seu pai? — ele respondeu relutante.

— Bem.

— O filme do seu pai, estava ótimo, você atua muito bem.

Essa eu não esperava.

Eu corei.

— Hmmm, obrigada. — eu coloquei uma mecha atrás da orelha. — Você é o primeiro aqui que fala isso; quer dizer, que me elogia, esse pessoal só sabe se meter — eu reclamei.

Ele pareceu confuso.

Eu ia puxar mais conversa. Só que o professor chamou a atenção.

— Vocês são muito sortudos. Nossa escola foi escolhida para cantar e dançar no festival de final de ano — que arrecada fundos todos os anos. Já que nós conseguimos renda o bastante para reformar o nosso "palco", lá no teatro, e então eles acharam que nós temos capacidade de fazer o show acontecer aqui.

Eu ouvi pouco, os risos e gritinhos que encheram a sala. E continuou.

— E como todos os anos, vou explicar o que vocês já sabem. Só que agora o festival irá durar quase um mês, pois é isso é uma forma de arrecadar mais dinheiro. E serão vários os artistas e 5 musicas de cada um.

Olhei apavorada para Janyelle, eu havia me esquecido deste detalhe. Sam todo o ano, era o responsável por este evento. Olhei para baixo e torci para ele não me chamar, mas depois de 5 minutos falando, ele completou:

— Todos aqui sabem que... Esse festival é organizado por Sam Brown e nós temos aqui os dois filhos deles, e os quatro na escola — algumas risadas encheram a sala. —, então somos privilegiados. Hmmm...

POR FAVOR! NÃO ME ESCOLHA, NÃO ME ESCOLHA. QUALQUER UM MENOS EU!

— Isabella, porque não vem aqui explicar melhor.

— Droga! — murmurei baixinho.

Edward ao meu lado riu. E falou baixo, que eu tive certa dificuldade para ouvir; não tive certeza absoluta de que ele queria que eu ouvisse o que ele tinha a dizer.

— Você tem uma sorte, que assusta.

Fiquei olhando para ele feito idiota, com um sorriso no rosto. Era a primeira vez que ele agia normalmente comigo. Embora estivesse duro na cadeira, o mais longe o possível de mim, pelo menos a voz era bem gentil.

— Isabella? — o professor chamou-me novamente.

— Sim professor? — perguntei falando em inglês; era impressionante como aquele garoto ao meu lado me deixava inebriada e me fazia esquecer-se do mundo à minha volta. Sacudi a cabeça para clareá-la.

— Por favor? — e ele apontou com a cabeça, sugestivamente para o lugar ao seu lado.

Eu me levantei hesitante e fui lá à frente da sala. E vi vários pares de olhos me encarando — eu nunca tivera vergonha quando se tratava de platéia, mas também não queria chamar mais a atenção.

— Hmmm, O.K., como vocês sabem, esse evento ocorre no final deste ano e a segunda parte ano que vem, mas, como se trata de uma grande produção, os ensaios começam ainda este mês. Hmmm, nós iremos competir este ano com a escola de Seattle. E os grupos serão separados hoje — me virei para o professor. — Pode ser agora?

Ele hesitou e assentiu. E me passou o pincel.

— Vamos escolher um menino e uma menina. Numa votação?

— A menina será você e o garoto você escolhe. — o professor interferiu. Falando em voz alta.

— Tem muitas meninas querendo essa vaga também, não é justo. — rebati alto o suficiente para todos ouvirem também.

— Só cumpro ordens, não as faço.

Uma menina levantou-se indignada, no fundo da sala... Ela não me era estranha... Ah, sim. A praticinha do corredor de hoje, antes da aula.

— Deve haver algum erro professor — ela apontou furiosa. — Todo o ano eu separo e coordeno o grupo!

Suspirei.

— Não há problema algum você pode coordenar, não me importo...

— Exatamente — um menino do fundo da sala interrompeu. — Você vai isso todo o ano, deve dar a oportunidade para alguém...

— Quem não precisa ser eu. — eu o interrompi. E respirei fundo. — Tem certeza de que ninguém quer este... Hmmm, cargo?

Ninguém respondeu. Levei isto como um não.

Droga! Suspirei, e parecia que eu havia feito isso umas mil vezes.

— Quem será o menino responsável pelo grupo I?

— Eu! — Mike, se não me engano, levantou a mão.

— Mike não é?

— Uhumm — ele pareceu feliz por eu lembra o nome dele.

Eu dividi o quadro em duas partes, o grupo I com o nome de Mike e o segundo com o meu.

— Então ficará assim, eu comando o grupo dois e você comanda o grupo um tudo bem? — falei com Mike. — Agora venha aqui para frente para me ajudar com os grupos. — ele se levantou animado e correu até meu lado. — O grupo I é só para meninos — dança e música — e o meu apenas para meninas. Então quem quiser cantar levante a mão. E esqueci de avisar... Não é obrigatória a participação O.K., mas isso vocês devem saber. — eles assentiram. — Quem não quiser participar, não precisa. Mas é uma coisa, se inscreveu, não pode mais sair ou desistir, por isso, pensem bem. O.K., quem vai cantar levanta a mão.

Eu rabisquei rapidamente a lousa. Escrevendo os nomes, das pessoas com as mãos levantadas, com a ajuda de Mike. Embora pouquíssimos — se a sala tivesse 20 alunos 5 participaram das meninas foram 3 tirando eu e dos meninos apenas 3 — também. E voltei a falar. As meninas eram: Jessica, Lauren e a metida da Tifany. E os meninos eram

— Por exemplo, se eu participo do grupo 2, eu vou treinar a voz e vou aprender a coreografia que eu tenho de aprender e o mesmo estará acontecendo com os meninos, nós poderíamos fazer isso tudo junto, meninos e meninas, mas ano passado nós fizemos isso e ficou muito tumulto... Resumindo: nós iremos treinar separadamente e depois iremos juntar tudo. Mas, é claro que haverá algumas exceções caso tenham que se formar pares, e em casos como estes, nós só iremos ensaiar, depois.

Eu rabisquei rapidamente a lousa. Escrevendo os nomes, das pessoas com as mãos levantadas, com a ajuda de Mike. Embora fossem muitos.

— Isabella? — chamou um menino.

Eu me virei e vi um menino louro e — muito bonito, perguntar.

— E quem quiser fazer os dois? — ele me perguntou, com uma sobrancelha erguida.

Eu segurei o riso, a expressão era ótima. A pergunta também.

— Pode me chamar de Bella. — Ele mordeu os lábios, me olhando com interesse (eu tinha de admitir que alem de bonito era convencido) e eu não consegui segurar a risada.

— O que? — ele perguntou confuso.

Eu balancei a cabeça.

— Nada. E boa pergunta. Pode sim, quer dizer só e você fosse gay ou bissexual, se você não me escutou no meu são apenas as meninas e no dele apenas os meninos — eu ri.

Alguns alunos me acompanharam. E a separação dos grupos continuou — nem todos participaram. Depois que todos estavam devidamente separados, eu anunciei:

— E agora a lista de artistas. — eu corri até minha carteira, e peguei meu caderno. — E enquanto escrevia no quadro, eu dizia em voz alta. — Beyoncé Lady Gaga, Rihanna, Katy Perry, Kesha, Paramore, Justin Bieber, Justin Timberlake, Usher, Black Eyed Peas, David Guetta, Train, Bruno Mars, Akon, Avril Lavigne, Alicia Keys, Taio Cruz, Ludacris, Taylor Swift, Pink, 50 cent, Far East Movement, Lady Antebellum, Chris Brown, Eminem, Jay-Z, Ciara, Britney Spears, B.O.B., Demi Lovato, Miley Cyrus, Mariah Carey, Pussycat Dolls, Shakira, Snoop Dogg, Shania Twain, Edward Maya, 30h3, Evanescence, Linkin Park, Christina Aguilera, Drake, Akon, Jonas Brothers, Kelly Clarkson, e Michael Jackson — Quando eu terminei me virei. — Pronto, são esses. E como vocês podem perceber. São muitos, mas esperem que não é tão simples assim, serão feitos testes de voz, por esse motivo você não pode simplesmente dizer: "eu vou interpretar a Beyoncé", você tende passar no teste, e eu aviso agora, só e escrevam que tiver a voz boa, por que os jurados que comparecerão serão duros. Então quem acha que tem capacidade... Boa sorte.

"Outra coisa. Como quase ninguém participa do festival, hmmm terão vários e vários casos em que uma pessoa faz 3, 4 artistas ao mesmo tempo, e isso acontece muito por que eu imagino que da escola toda irão participar uns quarenta 50 alunos, mas alguns serão barrados nos testes e existem o dobro de artistas. E pelo visto neste ano não será diferente nessa sala apenas três meninas e dois meninos, então cogitem mudar de idéia por que esse festival é muito importante e se tudo der certo, nós iremos bater o recorde de publico", algumas pessoas gritaram e outras bateram palmas; eu ri, "e se depender da escola nós vamos conseguir. Hmmm, nós teremos ensaios uma vez no mês a partir do mês que vem e ano que vem duas vezes no mês, está bem? Hammm, nós iremos começar os testes no próximo final de semana, sábado, às I0h, aqui na escola, lá no teatro. Convidem amigos, parentes, vizinhos, namorados, periquito, papagaio... o importante é fazer propaganda. Os folhetos já foram criados e para serem impressos contarão apenas com a aceitação da gente. Por que queridos, nós somos importantes, nada é confirmado sem votação."

"E não é por que, hmmm, o Mike é louro que ele não pode interpretar, ou cantar — chamem do que quiser — o 50 cent. E não é por que eu sou morena que eu não posso fazer a Lady Gaga — tudo bem, é obvio que eu não vou fazê-la — mas... vocês entenderam; e outro exemplo, não é por que a Jessica é nova que não pode fazer a Madonna. Outra, vocês farão dois tipos de ensaios, certo? Um antes do teste e o outros para o festival. O primeiro será apenas para vocês terem uma noção de palco, música, microfone, etc.. E os testes. Os jurados serão convidados; dois pelo meu pai e um pelo pai da Tifany. E todos serão 'julgados' juntamente conosco, mesmo por que ano passado foi muito injusto, nós fomos julgados separadamente. E por falar em jurados eles já estão confirmado; só uma dica tem um que é bastante nojento, então quanto mais você sorrir e agradá-lo, mais chance de ele admitirem vocês", eu ri, "olha, mas é segredo, viu? Eu só estou dizendo isso por que ele é aquele tipo de pessoa nojenta, que ave Maria!"

Todos riram. Eu cocei a nuca, sem graça.

— Que exemplo eu dou, não é? Outra dica; nós não vamos enfrentar a outra escola? Pois é. Então, eu estava pensando que tipo assim, eles são o tipo de escola que humilha qualquer um, por que eles contratam até bailarinos para ajudá-los, até professores de dança; então...

— Se bem que eles ganharam ano passado com uma diferença de I00 pontos para a outra escola. — me interrompeu Janyelle.

— É verdade — concordei. — E eles botam para quebrar. Então eu ia conversar com o nosso pai, e perguntar se ele podia nos ajudar, por que só com a gente, nós não iremos dar conta.

O que ia falar agora?

— E então... — eu iria continuar, mas, fui interrompida pelo toque da próxima aula. —, próxima aula de biologia, nós continuamos, e quem anotou isso, por favor, me passe depois. — e saí rapidamente — depois de pegar minha mochila e guardar o material —, sem prestar mais declarações.

Do lado de fora da sala. Todos eles me esperavam, rindo da minha cara — eles riam como se isso fosse acontecer apenas comigo. Menos Davi

— Você foi ótima, não liga para eles não.

— Sei. — disse sarcasticamente. — Vamos correr... Se não iremos perder a próxima aula.

— Hey, Bella, espere! — um menino me chamou; o mesmo que me cantou. Ou pelo menos me deu uma brecha. — Pega a lista que você pediu. E eu queria falar com você. — ele parecia nervoso.

— Bells, nós vamos perder a próxima aula. — apontou Igor.

— Podem ir à frente, eu já vou.

Igor e Davi lançaram um olhar para o menino.

— Já está falando. — voltando a falar com ele.

— Não é serio. Eu queria saber se você estava a fim de ir ao baile dos alunos, quer dizer, vai todo mundo junto e eu queria saber... Se você estava a fim de ir comigo. — ele me olhou do mesmo jeito que me olhou na sala. E eu cogitei por um momento, sim, ir. Porque não? Só que de repente eu vi um deslumbre de eu indo para o baile dos alunos com um jogador e vários fotógrafos tirando fotos e eu tendo de pousar. E depois, no dia seguinte, a imprensa caindo em cima de mim, perguntando se enfim eu havia achado um cara legal. Sacudi a cabeça para clareá-la. Hmmm, não, com certeza não era uma boa idéia.

— Olha, — eu comecei cuidadosamente. — Eu... Infelizmente não vou poder ir, mas, quem sabe você não convida outra menina, e ao que parece há muitos pretendentes. — e eu olhei sugestivamente para as meninas que me encaravam e de vez em quando, olhavam para o menino, do qual nem o nome eu sabia. — Bom, porque você não me diz seu nome?

Ele pareceu sem jeito.

— Lucas. Lucas Mars. Capitão do time de basquete da escola.

Eu respirei fundo; capitão. Isso só fez fortalecer minha idéia e resposta. Não!

— Olha Lucas, valeu, mas, não.

Ele colocou a mão e colocou o meu cabelo atrás da orelha.

— Qual é gata? Eu sei que você está afim, quem sabe agente até estica a noite depois.

Eu arfei. Mas que cara-de-pau! Eu dei um tapa em sua mão.

— Tira a mão de mim, e vou te falar uma coisa, fique a 50 metros de mim O.K.? Você não me conhece, e faz o seguinte vê se acha outra otária para sair com você. Porque tem de ser muito cega para sair com um cara com você. Se enxerga garoto!

Lucas desta vez arfou e se endireitou.

— Ninguém fala assim, com o Mars!

— Bom, eu falo.

Ele me deu as costas.

E eu gritei para as suas costas.

— Vai, vai tirar as fraudas vai!

Então eu vi uma menina — uma das que me encarava — chegar perto de mim e sussurrar ansiosamente:

— Qual seu problema? Não devia ter falado assim com ele! Ele é Lucas Mars, ninguém fala assim com ele.

— Porque qual o problema? — Não havia sentido eu ficar calada quando um garoto qualquer, é folgado comigo.

— Sei lá, — ela deu de ombros. — mas aqui todos os respeitam. Ele deve estar bufando no banheiro uma hora dessas.

E ela saiu rapidamente. E quando eu vi à hora, já havia me atrasado para a próxima aula: educação física; já havia começado.

— Sinto muito professor, tive um probleminha.

Ele riu.

— Primeiro dia de aula.

Ele assinou rapidamente minha caderneta.

— Isabella, quero que seja levantadora O.K.?

— Bella. — corrigi.

— Bella. O.K.. Agora vá pra lá.

Eu sempre gostei de esportes, fizera natação com dois anos — quando bebê eu era tão gorda, mamei até três anos, que só meu padrasto me aguentava no colo. —, para emagrecer e fizera balé durante quatro anos; comecei com quatro. Anos. E eu me dava super bem com o vôlei.

Por fim, nos encontramos na porta da secretaria. Jany estava conversando com Igor, e Davi ouvindo música.

— Oi!

Davi pulou de susto.

Eu ri.

— Não tem graça Bella!

Igor chamou minha atenção.

— Bells...

— Não.

— Mas Bells... — ele argumentou.

— Não Igor, eu fui de manhã, vá você agora.

— Jany? — ele chamou.

— Nem olhe para mim. — ela virou as costas, indiferente.

— David, vai lá cara! — implorou.

— Não estou nem vendo.

Ele respirou fundo. E baixou os olhos.

— Ta, está bem, deixe que eu vou. — eu praticamente arranquei as cadernetas assinadas de sua mão.

E quando eu entrei na sala, tive uma surpresa. Edward Cullen falando com a secretária, e rapidamente entendi a conversa; ele queria mudar o horário, e quando me viu seus olhos ficaram frios. Meu Deus! Aquilo era só por causa de mim? Pelo que eu sabia na sala de aula estava tudo bem, e agora ele pareceu ter um surto e me olhava como se eu tivesse matado um familiar próximo dele. Depois eu achava que eu era anormal.

— Obrigado, vejo que é impossível, acho que vou ter de aguentar essa. — e saiu em disparada. Meus olhos encheram de lágrimas.

Fui até o balcão, olhando para baixo. Lutando contra as lágrimas, lágrimas de raiva, eu não merecia aquilo, o que eu havia feito?

— Como foi o primeiro dia de aula, Srta. Swan.

— Bom.

Pela minha voz rouca não convenci ninguém, nem a mim mesma.

— O primeiro dia de aula sempre é assim. Amanhã melhorará, você vai ver.

— Eu espero que sim. — eu tremi por dentro.

Eu saí rapidamente.

— O que aconteceu Bella? — David perguntou.

— Nada. — continuei olhando para baixo, não queria que me vissem chorando.

Ele pegou pelos ombros, e levantou meu queixo.

— Porque você está chorando Bells?

— Depois eu falo não é nada.

Ele passou o braço pelos meus ombros e eu me apoiei nele. Eu aguentei olhares, e cochichos até chegar a casa; combatendo cada lágrima e a enxugando cada uma antes que caísse. Mas aquele olhar de ódio que Edward dirigiu a mim, havia acabado comigo mais do que eu esperava. Assim que entramos na garagem, eu disparei escada acima e fui direto para o meu quarto, passando por eles — Mel e Sam — sem falar nada, nem dar boa tarde. Abri a porta do meu quarto, batendo-a com força. Me joguei na cama. E foi só ai que eu percebi que depois de meses ouvindo minha irmã e amiga, falando o nome daquele garoto, que tinha de admitir: eu gostava dele, não, eu o amava. E eu sabia que não poderia mentir para mim mesma. Então a ficha caiu.

— Bells, abre a porta! — alguém me chamou — Sou eu. Abre! É a Jany.

— Está aberta. — murmurei alto o suficiente para ela ouvir.

— Ata.

Murmurou e abriu a porta cautelosamente, eu me virei preguiçosamente a tempo de ver, ela estava com uma cara de "eu disse!".

— Fala aí! — ela parou perto da cama e cruzou os braços. — E aí vai dizer que eu estou errada? — ela arqueou uma sobrancelha.

Eu franzi a testa.

— Você sabia que eu não sei fazer isso. — comentei inocentemente. — não consigo arquear uma sobrancelha só.

Ela me lançou um olhar de desdém.

E eu suspirando me sentei, cautelosamente.

— Você tem razão. — eu admiti.

Ela assentiu, e se sentou na cama.

— Bells, — ela começou. — Você sabe que eu te amo, Bells. Meu bem você pode mentir, para o papai... Até para o David, menos para mim e para o seu coração, minha irmã sabe por quê? — ela deu dois tapinhas em meu peito. — Para esse aqui você nunca poderá mentir. Oh, minha amiga. Respira e pensa no que você irá fazer agora, porque querida se tem alguém que conhece um olhar apaixonado, sou eu. Então meu bem, corre atrás.

Eu dei um salto da cama.

Ela estava pirando! Correr atrás? Qual era o problema dela?

— Você pirou? Edward Cullen nem olha para minha cara e quando olha parece que está com ódio de mim! Eu queria muito que isso dependesse de mim, mas não depende! — eu respirei fundo. E parei, fui até o nosso banheiro e joguei água na cara. Eu me olhei no espelho.

— Olha aqui, eu nunca vi você dar bandeira — ela apareceu na porta do banheiro e apontou para o espelho, eu não me virei para ela. — Mas, com aquele Deus quem não dá não é? Bom, eu só sei que quem não vê que vocês estão simplesmente doidos um pelo outro é cego.

— Você acha? — perguntei estupidamente. Ela revirou os olhos. — Quer dizer, ele me olha com tanta raiva, e sei lá. Olha-me como... Como se pudesse me matar.

Ela revirou os olhos de novo.

— E o que você acha que o cara vai te esfaquear no meio da sala... Poupe-me Isabella.

— Ai, eu não sei... Juro que eu não sei.

Ela me olhou inexpressiva.

— Não sabe de que, Bells?

Eu arfei, passando por ela e saindo do banheiro.

— Não sei o que fazer! — eu gemi.

Ela me olhou pensativa: parada no meio do quarto.

— Esse menino realmente mexe com você.

E saiu do quarto.

— O que você está fazendo? — perguntei, gritando.

— Deixando você sozinha, não é óbvio? — ela falou fechando a porta.

Eu me joguei na cama, pela segunda vez.

O que eu iria fazer? Essa era a questão. O que fazer. Na verdade, eu estava dividida entre duas coisas; talvez uma mais inteligente que a outra. A primeira ignorá-lo. E a segunda, fazer o que Janyelle me sugeriu, correr atrás. Mas como? Como correr atrás de uma pessoa que não te dava à mínima? Como tentar se aproximar de uma pessoa que simplesmente te olha, como se tivesse ódio de você, embora só tivesse te visto dois ou 3 vezes? Fiquei martelando isso por um bom tempo, até que me dei conta de que já estava na hora de jantar — eu havia ficado no quarto por mais de uma hora: acho que cochilei um pouco.

Eu tomei um banho rápido, e coloquei meu inseparável short jeans e uma blusa baby look. Com um casaco de lã por cima. E desci.

Como eu já esperava, Sam estava de braços cruzados, na soleira da porta da copa.

— Posso saber o que você tem que subiu e não falou nada, com ninguém.

E eu usei a desculpa que sempre usava para os meus ataques.

— TPM e dor de cabeça. — o pior que eu achava que estava mesmo, estava me sentindo tão... Esquisita.

Ele franziu os lábios, pensando no assunto por um tempo.

— Certo.

Eu ia passar por ele, mas, ele me impediu.

— Não faça mais isso, não foi assim que eu te criei.

— Sim senhor.

Ele sorriu levemente para mim.

— Vamos jantar crianças.

— Vamos, estou caindo de fome. — respondeu Igor.

— Tudo bem Belinha? — perguntou Kevin enquanto eu entrava na copa e me sentava na mesa, todos já estavam lá.

Eu assenti e sorri para Kevin.

— Estou sim, ó crise emocional.

Ele franziu a testa.

— Crise emocional?

Eu suspirei ao lhe dar detalhes:

— TPM, Kevin.

— Ata — ele murmurou.

— Cuidado fiquem longe de Bella, as TPM's das mulheres daqui de casa, são perigosíssimas. — murmurou Joe.

Eu o olhei com certo ceticismo.

— Sem graça.

— É sério. — ele insistiu.

— Ah, era por isso que você estava chorando hoje? — perguntou Davi.

— Chorando? — murmuraram Sam, Kevin e Joe juntamente, num uníssono.

— Uhumm — murmurei dispensando o assunto. — Hey, o que tem no jantar de hoje?

— Lasanha. — Foi a Mel quem me respondeu. Ela entrou na copa e colocou a travessa na mesa. Ainda borbulhava, e sorriu para nós.

Eu a olhei fingindo mal humor.

— O que foi Bella? — ela perguntou preocupada.

— Você está a fim de me engordar não é? — eu resmunguei enquanto me servia de um pedaço.

Ela riu.

— Uma vez não mata não.

Então me urgiu uma idéia.

— Hey, Mel, você já comeu?

Ela balançou a cabeça.

— Só estou esperando vocês acabarem.

Eu revirei os olhos.

— Por que não se senta com a gente, e aproveita enquanto a lasanha ainda está quente.

Ela hesitou.

— Oh, não, não, que isso? Eu como lá na cozinha mesmo.

— Não, sente-se conosco, não vai jantar lá não, vai jantar aqui com a gente. — eu rebati. — Ah, qual é? Vem senta.

Ela hesitou mais um pouco. Até que Sam interferiu.

— Vamos Mel sente-se.

Mel sentou-se, meio sem graça. E pegou um prato, serviu-se e começou a comer. Eu ri.

— Não precisa ficar encabulada não, menina! Aqui nós somos todos em família e vacinados.

Ela franziu a testa.

— Vacinados?

— Uhumm — eu coloquei para dentro um pedaço de lasanha.

Ela ainda estava confusa.

— Contra o que?

— Contra frescura.

Ela riu.

O resto do jantar foi tranquilo, com bastantes brincadeiras e conversas; o que era bastante comum. Até que um assunto — do qual eu tanto fugi — surgiu.

— Bells, como foi à escola Srta. Swan? — perguntou Sam.

Eu engoli com um gole de suco, o pedaço de lasanha que ficara entalado.

— Bem. — e continuei comendo.

— Hmmm. — ele murmurou.

— Por que você só pergunta isso pra mim pai? — eu perguntei.

Ele estranhou minha reação e franziu a testa.

— Por que você é a mais responsável daqui, e a que mais fala. Por quê?

Dei de ombros.

— Sei lá. Só curiosidade. — e mastiguei com cuidado para eu não engasgar.

— Bells? — chamou Sam.

— O que foi pai? — perguntei olhando inocentemente para ele.

— Está tudo bem? — perguntou ele.

Dei de ombros novamente.

— Claro. Porque não estaria?

— Não sei você está esquisita. — ele murmurou.

— Concordo. — eu olhei para David, advertindo-o, que abaixou a cabeça.

— Pai, eu sou esquisita. Eu não sou normal lembra? — apontei para a minha cabeça. — Bati muito a cabeça quando era pequena. — expliquei.

Todos riram e eu suspirei aliviada, por estar livre do assunto. E a conversa partiu para temas mais leves.

— Joe, porque não leva suas irmãs para fazer compras em Seattle ou Port Angeles. Você já conhece o centro e aproveita que elas vão podem compra roupas para nós, sem precisarmos ficar o dia inteiro no shopping...

Eu o interrompi.

— Pai, não precisa. Hmmm, nós nos viramos. Não há problema, na verdade eu posso ir sozinha, sábado, e a Janyelle sai com o Igor. — eu sorri para ela; eu sabia que ela queria sair com ele.

— É pai. Eu queria sair com o Igor e a Bells pode até sair com algumas garotas da escola. — ela sugeriu. Até que não era má idéia.

— E amanhã mós vamos nos sentar com os outros. — disse Davi do nada.

— Por que, B? — eu perguntei.

— Sei lá, eu prefiro me misturar, porque quanto mais rápido nós fizermos isto mais rápido eles iram se acostumar com a gente. Porque toda esta atenção que eles dão para a gente, é só falta de costume, lá em Phoenix.

Pensei um pouco no assunto.

— Pode até ser que você tenha razão, mas, nós vamos chegar assim: ou e aí, nós podemos nos sentar com você hoje?

Davi fechou a cara para mim.

— Pode até ser, mas com certeza eles vão convidar de novo.

— É pode até ser. O que acham? — me virei para Igor e Janyelle.

— Pra mim tanto faz.

— Idem. — murmurou Igor.

— Então fica assim.

Assim que terminamos de jantar, ajudei a Mel com os pratos.

E como sempre, assistimos televisão. E na hora de dormir chamei Janyelle para conversar.

— Jany, você está acordada? — eu a chamei.

— Estou, do que precisa Bells?

Eu hesitei.

— Lembra do que você disse sobre os Cullen serem esquisitos? — perguntei cautelosamente.

— Hmmm, sim, o que tem? — ela me respondeu como uma pergunta.

— Pois é, acho que você tem razão. Hoje um menino, disse que os Cullen eram muito reservados e simplesmente ninguém conversava com eles e levou um susto quando nos viu conversando com eles.

— Jura? — ela parecia surpresa.

— Pois é.

— Por que você acha que eles... São assim?

— Não sei, mas alguma coisa tem.

— Pois é eu te avisei. — ela parecia presunçosa.

Ouvi-a bocejar.

— Desculpe, estou te impedindo de dormir, foi mal. — me desculpei.

— É, foi mal, eu estou mesmo cansada.

— Jany?

— Hmmm? — sua voz saiu arrastada; ela estava realmente cansada.

— Boa noite.

— Boa... Noite.

E então ela dormiu diferente de mim, que fui dormir apenas dois e meia da manhã e para agilizar peguei meu mp3 e coloquei Clair de Lune, baixinho e isso me distanciou da consciência, e fiquei assim encolhida em uma bola, até conseguir esquecer, o que havia acontecido hoje. E amanhã seria outro dia, e eu veria Edward Cullen novamente e fiquei mais reconfortada com esse pensamento; nós sentaríamos na mesma carteira, e conversaríamos. E amanhã seria outro dia, um longo dia assim como hoje, só que mais calmo — ou não —, pelo menos era isso que eu esperava...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Ficou ruim? Sim, não, um pouco?

Não se esqueçam...COMENTEM!

E acredito que o próximo capitulo será menor.

Ah, e próximo capitulo tem uma surpresinha para vocês, O.K.?

Beijos.

Inez.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma História Diferente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.