O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 6
V.


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, mais um capítulo hoje ^^ Espero que gostem :D



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V.

O homem caminhou despreocupado pelo corredor. Em sua mão uma mala preta. A sua frente dois de seus capangas, à suas costas mais dois.

Um dos que estavam mais a frente apertou o botão do elevador. Não foi preciso esperar, a porta imediatamente se abriu para que os dois membros da segurança de Vladimir Maisha entrassem e subissem primeiro.

Era procedimento padrão para proteger o mafioso. Dois capangas chegavam ao local, verificavam se tudo estava certo e então mandavam uma mensagem em código para os outros dois colegas que ficavam com o poderoso. Se tudo estivesse ok, os três se dirigiam para o lugar indicado.

Hoje não houve problemas e o homem – que mais parecia uma caricatura do poderoso chefão vestindo um grande sobretudo cinza e um chapéu em sua cabeça – pode seguir seu caminho.

Sempre com três riscas em sua testa e um bigode bem aparado Vladimir é um homem de feições severas.

Seu principal negócio é a exportação e importação de mulheres para serem exploradas pela prostituição. Muitas delas são enganadas com a proposta de mudar de país e arranjar um emprego digno, mas quando chegam a seu destino acabam sendo obrigadas a se prostituir através de ameaças contras suas vidas e as de suas famílias.

27 anos atrás o russo foi pego pelo agente Swan que trabalhara mais de 6 meses como infiltrado na máfia. Na época Vladimir fora enganado de tal maneira que ficou completamente chocado quando Charlie lhe dera voz de prisão. Diabos! Seu sotaque russo era perfeito! E seu nome não era tão americano! Acolhera o homem como se fosse um filho, permitira que namorasse sua filha, contara seus problemas particulares! Nunca fora traído de tal maneira.

Nos 20 anos em que esteve preso – ficaria por mais tempo se não fosse seus excelentes advogados e sua conta na Suíça – estabeleceu em seu peito um gigantesco sentimento de vingança. Não importava a ele o quanto fosse demorar, mas na hora certa destruiria Charlie Swan. Assim como ele destruiu sua vida e o coração de sua filha.

A hora finalmente chegara. Juntou-se com outros 14 bandidos e juntos executariam o plano perfeito.

*/*/*

- Ele não é louco... Quer dizer, não da maneira que estão imaginando.  – disse a doutora.

- Então ele é somente alguém muito sádico? – perguntou cético o chefe.

- Exato.

Edward, Rosálie e Charlie reviam a gravação do interrogatório feito por Emmett. O agente McCarty não estava presente já que teve que ser tirado a força de dentro da sala antes que acabasse matando o informante.

É estranho que o Chefe do FBI esteja trabalhando em um caso especifico. Logicamente ele recebia relatórios de todos os casos que a central estava trabalhando, porém após ser promovido ele nunca mais trabalhou diretamente. No entanto esse caso lhe chamou a atenção, tinha certeza que era algo grande.

- Percebam que seus olhos não desviam do agente McCarty, seu sorriso é astuto e suas mãos não fazem movimentos inconscientes pelo nervosismo, pelo contrário, estão repousadas tranquilamente sobre a mesa. Ele não tem medo do que aconteça com ele aqui dentro, está muito confiante. – analisava a Dr. Halle. – De acordo com a minha experiência, acredito que ele saiba exatamente o que está fazendo. Está apenas aguardando o momento certo de dizer o que lhe foi mandado falar. Em quanto essa hora não chega ele apenas fica brincando com a mente dos agentes. Ele possui uma perfeita habilidade em observar a psique das pessoas e usá-la a seu favor.

Chefe Swan estava com a ficha do homem, não conseguia tirar de sua cabeça que o conhecia de algum lugar. Mas por mais que analisasse a foto não conseguia resgatar de sua mente quem diabos era ele.

- É estranho que um homem como ele esteja metido nessa história. Não tem antecedentes criminais e não é tão jovem para estar se metendo com drogas pela primeira vez. Ele foge completamente do padrão. – ponderou Edward.

- Garrett Moore... Garret Moore... Há! Lembrei!

O agente Masen e a Dr. Halle observaram Charlie correr até sua mesa e digitar rapidamente uma seqüência de números e letras. Alguns segundos depois na tela plana – em que assistiam o interrogatório – apareceu outra tela.

CASO TURNER

Mulher culpada por assassinar o marido com o objetivo de ficar somente com seu amante e melhor amigo da vítima, Garrett Moore.

[...]

Os detalhes do caso estavam escritos no decorrer do texto. Porém Charlie preferiu explicar.

- Este foi um trabalho estranho. Suspeitávamos de que Moore havia matado seu melhor amigo para ficar com sua esposa já que ela não queria se separar. Mas então descobrirmos que quem não queria que ela se separasse era Garrett, pois segundo ele, não queria magoar o melhor amigo. A mulher em um ataque de fúria matou o marido e depois resolveu ir se consolar com ele... No fim ela foi presa e Garrett Moore se separou da esposa que mantinha em segredo em outra cidade.

- Que rolo.

- Você nem imagina a confusão na época, a mulher da outra cidade invadiu a delegacia para puxar os cabelos da outra. Foi um grande barraco.

Os dois homens riram ao imaginarem em quanto Rosálie revirava os olhos.

- Mas ainda não existe uma ligação com o tráfico. Tudo o que podemos dizer sobre esse cara é que ele é um perfeito canalha, mas esse tipo não costuma se meter com drogas.

- Bem... Faremos um novo interrogatório amanhã. Já está tarde e não quero chegar atrasado em casa. Irá no jantar hoje Edward?

O agente não conseguiu evitar a careta em sua mente, mas respondeu com entusiasmo.

- Claro!

Rosálie riu por dentro, conhecia a fama dos jantares do Chefe Swan. Ele gostava de levar seus agentes preferidos para conversar em sua casa. Geralmente eram pequenas festas para comemorar algum caso grande. Muito divertidas diziam os agentes. Mas ela sabia do por que Edward estar sempre sendo convidado e tinha vontade de gargalhar cada vez que seu amigo vinha pedir socorro para inventar alguma desculpa convincente ao chefe.

Surpreendeu-se quando Charlie dirigiu sua palavra a ela.

- E você Dr. Halle? Está convidada também. Pode levar um acompanhante se quiser.

- Oh! Eu não sei senhor, não gosto de deixar meu irmão sozinho em casa, ele está em uma idade difícil.

Ela sorriu de maneira sem graça.

- Quantos anos tem seu irmão?

- 17.

- Um ano mais velho que minha Alice, sei como é essa idade. Pode levá-lo junto se for o caso.

A loira se sentiu ainda mais sem graça. Não sabia como recusar e achava um inconveniente levar Jasper na casa do seu chefe. Seria estranho.

- Me ajude Masen. – pediu Charlie divertido ao ver a hesitação de Rosálie.

- Vamos lá Rose! Jasper não é o tipo de adolescente problemático. Posso buscá-los mais tarde e então vamos juntos.

- Que eu saiba motos só levam duas pessoas.

- Minha moto está no concerto. Saindo daqui buscarei meu carro na casa de meus pais.

Edward jogou um de seus braços sobre os ombros da loira e lhe mandou um de seus sorrisos sedutores. Rosálie estreitou os olhos para o amigo, ela sabia exatamente o que ele estava fazendo e não gostou nadinha. O agente então lhe mandou um olhar suplicante e ela bufou se rendendo.

- Tudo bem, mas nem pense chegar atrasado como da ultima vez.

Vendo os dois daquela forma e trocando olhares tão cúmplices Charlie não conseguiu evitar seus pensamentos. Oh Deus! Será que estavam namorando? De fato formavam um belo casal. Mas e quanto a sua filha?

Os dois se despediram rapidamente do chefe que estranhamente ficou quieto em sua mesa.

Edward gargalhava em quanto a loira lhe dava tapas em seu braço. Já estavam bem longe da sala de Charlie.

- Isso é maldade Edward!

- Você viu a cara dele? Agora ficará horas imaginando se estamos ou não juntos.

- Nem pense em confirmar essa história!

- Não vou, relaxe! Mas pelo menos ele largará do meu pé por alguns dias.

- Era mais fácil você se fingir de gay, então com certeza ele não pegaria mais no seu pé. Além do mais eu ainda não consigo entender esse seu medo em conhecer a mulher. O que de tão ruim pode acontecer?

- Ele perguntar o que eu achei de sua filha. Então se eu não disser a verdade ele vai continuar jogando-a em cima de mim e se eu disser a verdade eu serei demitido.

- É um ponto. Mas você pode estar errado a respeito dela.

- Tenho certeza que não.

- Pretensioso.

O ruivo riu mais uma vez.

- Mas tem outro motivo para eu não querer conhecê-la.

Rosálie ergueu uma sobrancelha para o tom meloso do amigo.

- Por quem se apaixonou desta vez?

- Por uma morena que vi na rua.

- Você não toma jeito.


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Notas finais do capítulo

Bom amores, agora o próximo capítulo sai somente sexta que vem, não deixem de comentar. Preciso saber o que precisa ser melhorado, se estão gostando... ^^