O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 5
IV.


Notas iniciais do capítulo

Amores, a história ainda está bem no inicio em uma fase de apresentação das personalidades dos personagens, mas prometo que logo toda essa bagunça se desenrola (ou enrola mais xD), mas acho que voc~es vão gostar ;)



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IV.

McCarty e Masen seguiram pelo corredor do distrito rumo à sala de interrogatório. Os dois possuíam seriedade em seus semblantes, em suas mentes teorias do por que o bandido que estavam prestes a interrogar disse a Charlie Swan que o tráfico não era o objetivo principal deles e que serem capturados fazia parte de um plano maior.

O plano maior era o seqüestro de Isabella Swan, obviamente a GTCCS não possuía entre seus integrantes pessoas inexperientes – a grande maioria nunca havia sido fichada antes de Charlie – então eles sabiam que tinham que tomar o máximo de cuidado possível, mesmo que o Swan não fosse mais um agente de campo ele ainda era dono de um faro sobrenatural.

Os dois melhores agentes não sabiam o objetivo dos maus elementos, mas em breve descobririam.

Edward foi o primeiro a entrar na sala seguido por Emmett, se apresentaram rapidamente e sentaram a frente do homem de cabelos loiros cortados curtos e olhos azuis claros, sua feição era visivelmente perturbada.

- Então, a que grupo pertence? – perguntou o agente Masen sem olhar para o infeliz a sua frente, mas sim olhando para a ficha em suas mãos.

Emmett encarava o homem e não entendia como ele poderia ser perigoso, por Deus um magricela desses! Lembrava muito bem que ele fora preso como um dos viciados e mesmo assim tem um maldito sorriso debochado no rosto.

Ao não escutar a resposta Edward ergueu o olhar para o loiro e o encarou. Fitou-o de maneira que o bandido se sentiu mal, aquele olhar parecia saber o que se passava dentro de sua mente.

Quando ele desviou o olhar o ruivo ergueu um canto da boca em um meio sorriso, conseguira o que queria. Deixara o homem com medo, inseguro. Tinha a mais pura certeza que ele iria falar mais do que fora mandado falar, por que sim, apenas o olhando sabia que ele não era nada mais além do que um mensageiro.

Edward aprendera isso com seu chefe, uma vez o desafiara a interrogar um homem acusado de matar a mulher e seqüestrar seu filho e foi só Charlie olhar dentro dos olhos do homem para ele começar a chorar desesperado dizendo que fora um acidente e que não queria que tirassem a guarda de seu filho. O agente Masen se impressionou tanto com a técnica que pediu para que o chefe lhe ensinasse. Desde então Charlie não larga do pé do amigo para que ele conheça sua filha.

Emmett e seu parceiro já estavam ficando com muita raiva. O motivo? O bastardo não respondia as perguntas dos dois. Após o olhar de Edward o bandido sentiu medo, porém lembrou-se de quem estava entre os integrantes do grupo e riu. Sim, ele riu. Mesmo sentado a frente dos dois melhores agentes do FBI, dentro de uma sala de interrogatório que se localizava dentro de um prédio cheio de agentes ele foi capaz de rir.

Sua risada podia até ser caracterizada como psicose, porém era de puro prazer, pois ele sabia que planos feitos pelo Arquiteto sempre davam certo e que não havia chance dele não ser resgatado após fazer o seu trabalho.

Edward estava começando a acreditar que o cara era realmente demente.

- Vamos Emm.

Emmett o ignorou, ele estava com muita vontade de quebrar todos os dentes do feliz individuo a sua frente e descolar seu maxilar. Aí sim ele teria motivo para ficar quieto e quem riria seria o agente.

- McCarty! Vamos! – disse o outro agente com a voz dura para o amigo.

Finalmente ele se levantou, porém antes de seguir para a saída ele deu um grande tapa sobre a mesa. O ato não só fez o loiro pular como também Edward e os outros dois homens na sala ao lado que observavam o interrogatório através do vidro escuro.

- Eu acho bom você abrir a porra da sua boca quando eu voltar aqui! – grunhiu o grandão.

Edward apenas ergueu as duas sobrancelhas e então revirou os olhos dando as costas para o parceiro. Geralmente era assim que as coisas aconteciam. Emmett sempre perdia a paciência antes do ruivo.

*/*/*

O homem tinha uma barba por fazer, olhos negros profundos e maldosos. Alto, mas não tinha uma boa forma física. Roupas suas e rasgadas. Um tipo que se nós olhamos vindo em nossa direção mudamos nosso caminho com medo de um assalto ou coisa pior. 

Não é um bandido, seu nome também não é conhecido no lado escuro da cidade, muito menos alguém considerado perigoso pela policia. Mas é depressivo suficiente para fazer a loucura que estava prestes a fazer.

Perdera a mulher há dois meses. Fora morta por um policial que perseguia um homem que roubara uma senhora na saída do banco. Infelizmente ela estava no lugar errado na hora errada e acabou levando o tiro por engano.

O homem se revoltara no primeiro mês, ele queria se vingar, mas sempre fora um bom cidadão e completamente atrapalhado. Toda ação que tentava saía totalmente diferente do que havia planejado. Com a obsessão por vingança perdeu emprego, amigos e família. Com os constantes fracassos perdeu a pouca dignidade que lhe restava. E sem mais forças para seguir sua vida entregou-se ao álcool.

Cansou-se de amanhecer jogado nas calçadas em frente a bares, cansado da solidão, da dor, da vida. Egoísta demais não percebia que sentir pena de si mesmo não ajudaria. Então quando recebeu a proposta de Fernandez não pensou duas vezes em aceitar. Seria lembrado por algo, nem que fosse por uma tragédia.

R. J. Fernandez é mais um integrante do GTCCS. Do tipo malandro latino. Fala demais, esbanja o que tem e o que não tem. Tudo uma máscara para esconder sua grande inteligência – ou falta dela, já que entrou na vida do crime – e astucia. Pele morena, alto, cabelos negros e compridos presos em um rabo de cavalo baixo. Usa camisas coloridas demais e sempre tem um cigarro na boca.

É o maior traficante da America do norte. Conhece pessoas de todas as áreas, comanda uma facção em cada ponto cardeal. Sua lábia é seu ganha pão, seu foge da policia, seu ganha mulheres, seu foge de brigas, seu foge de mulheres corneadas... Acho que vocês entenderam o que eu quero dizer.

O malandro fora incumbido pelos seus colegas de grupo terrorista de achar um homem disposto a entregar um recado e não se importar caso desse errado e viesse a morrer.

Fernandez conhecia Deus e o mundo, porém nenhum louco disposto a se entregar em uma missão suicida. Geralmente quem fazia isso eram pessoas de coração nobre e que nunca aceitariam a proposta.

O moreno deu sorte. Andando na calçada com as mãos nos bolsos da calça e assoviando uma música qualquer parou de andar quando encontrou um homem sentado com as mãos na cabeça em frente a um bar.

Sorriu matreiramente e se aproximou. Com a sua lábia arrancou do homem sua história e concordou que ele realmente deveria se matar. Mas se fosse fazê-lo deveria chamar a atenção do mundo. O malandro sorriu orgulhoso ao realizar seu trabalho com êxito. Não possuía consciência, por tanto não se importava com a vida daquele pobre homem.

Combinou um encontro mais tarde no qual explicaria todos os detalhes do que o bêbado deveria fazer.

*/*/*

Emmett entrou novamente na sala de interrogatório. Sua feição séria. Em sua mente diversos métodos de socar o infeliz antes que os seus colegas pudessem interferir.

Do outro lado do vidro escuro estava Edward, Charlie e Rosálie observando a situação.

O agente Masen pediu ao chefe que a Dra. Halle analisasse o bandido durante o interrogatório, suspeitava que ele tivesse algum complexo que sua amiga desvendaria e ajudaria a solucionar o caso.

- Não acho uma boa idéia Emmett o interrogar sozinho. – murmurou Edward.

- Por que não?

A loira fitava o amigo sem entender, afinal Edward sempre falara de seu amigo como alguém de estrema confiança.

- Emm está com raiva desse cara, ele odeia os que se fazem de mudos, vai perder a cabeça.

- Talvez um pouco de ação faça o magricela abrir o bico. – ponderou Charlie com um sorriso divertido.

Edward riu levemente e Rosálie revirou os olhos. Homens!


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Notas finais do capítulo

Vou postar o próximo capítulo amanhã ;)