O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 7
VI.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, mas voc~es devem ter percebido que o site estava ruim de entrar esses dias... Então a culpa não foi minha.

Espero que curtam o capítulo ^^



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VI.

O agente McCarty terminou de se ajeitar em tempo Record. Normalmente demorava horas tomando banho de perfume. Porém hoje ele estava chateado consigo mesmo. Não acreditava que tinha caído na conversa mole daquele traficante de merda. Que porra! Não era burro! Sabia exatamente que ele estava o provocando e mesmo assim se deixou levar.

Bem, Emmett não é um exemplo de autocontrole. Adora irritar os outros, mas também se irrita fácil. E no fundo tinha certeza que aquele cara traria muitos problemas futuros.

Trancou a porta de seu apartamento e seguiu rumo à casa de seu chefe.Sua residência era pequena, apenas um quarto, um banheiro, cozinha e uma pequena sala. Tudo simples, porém nada organizado. Emmett tinha o dom de tornar qualquer ambiente em um caos habitado por ele. Em seu apartamento não era nenhum absurdo encontrar as chaves do carro dentro do frízer ou o telefone dentro do forno. Bem, acho que não seria muito apropriado contar-lhes aonde ele deixava suas cuecas sujas.

Como se ajeitara mais rápido do que do costume, nem percebeu que havia saído de casa cedo de mais. E acabou chegando mais de uma hora antes do combinado. Conseqüentemente nem Charlie nem a esposa estavam em casa, mas quem atendeu a porta foi a filha mais nova.

- Posso ajudá-lo? – perguntou Alice hesitante.

A garota possuía um corpo miudinho perto de pessoas de estruturas normais. Agora imagine ela perto de alguém como o agente McCarty que é enorme em qualquer parâmetro.

- Você é filha do senhor Swan não é?

Emmett de repente teve essa curiosidade. Não conhecia as filhas de seu chefe, geralmente nesses jantares elas não estavam presentes. A mais velha por fugir do papelão que seu pai lhe faria passar e a mais nova por ser nova de mais e até ano passado estava mais interessada em ficar conversando com suas amigas pelo telefone ao descer as escadas e socializar com os colegas de seu pai.

- Quem é você?

- É a filha mais nova ou mais velha?

- Por que quer saber?

- Estou curioso?

- Por que está curioso?

- Estamos jogando aquele jogo que só fazemos perguntas? Por que eu sou realmente bom nisso.

O homem abriu um largo sorriso convencido em quanto a garota revirava os olhos.

- Não estamos jogando... E se estivéssemos você teria acabado de perder.

A baixinha sorriu triunfante ao ver o agente abrir e fechar a boca inúmeras vezes em quanto pensava em algum argumento para contrariá-la. Por fim desistiu e deu de ombros.

- Sou subordinado do seu pai, ele é meu chefe do FBI.

- Veio para o jantar... Entre. Você chegou meio cedo, papai e mamãe foram ao mercado buscar sorvete para a sobremesa. Hey! Você é um agente não é?! Legal! Você corre perigo todos os dias? Você tem uma arma? Deixa eu ver seu distintivo? Uau! Legal!

Alice começou a tagarelar empolgada andando em direção a sala com o agente em seu encalce. Emmett de inicio ficou perdido nas tantas palavras que aquela garota conseguia dizer em tamanha velocidade e apenas assentia as suas perguntas ou mostrava o que ela queria. Ao vê-la saltitar a sua frente gargalhou. Percebeu que esse era o jeito da menina e não conseguiu evitar se encantar por ela. Teve certeza que se um dia tivesse uma irmã, esta seria como Alice.

*/*/*

- Você só pode estar brincando com a minha cara! – esbravejou o russo dando uma forte batida na mesa com seu punho fechado.

Sua face vermelha de raiva. R. J. Fernandez acabara de falar sobre o homem que faria o primeiro atentado e ninguém ficou muito feliz com a idéia de que fosse alguém comum e que nunca tivesse cometido nenhum crime.

- Não vou jogar meu dinheiro no lixo! – apontou com sua mão o centro da mesa na qual estava a maleta preta que trouxera mais cedo.

- Ninguém aqui vai! Só convenhamos que um homem que não tem mais nenhuma esperança em sua vida é o cara perfeito para o primeiro ataque. – argumentou o malandro.

Ao ver que ninguém ali dera o braço a torcer ele bufou se jogando na cadeira.

- Eu quero acabar com o Swan tanto quanto vocês! Ele acabou com tudo aquilo que levei anos para conseguir! Vocês acham que é fácil se tornar um ícone no que se faz? Qual é? Acham mesmo que eu vou dar um furo destes com vocês?

Após um momento tenso de silêncio, James foi o primeiro a dar o braço a torcer.

- Que seja! Precisamos do sujeito para a primeira parte do plano. O carro já está lá embaixo. Segunda-feira Caius faz sua mágica com a pólvora e depois Amun leva o otário até o local indicado e ele faz o que lhe foi mandado. Pronto! Primeira parte concluída. – bufou revirando os olhos e então resmungou. – Vocês levam as coisas tão a sério.

- Tudo dará certo... Se o estalinho de São João não explodir o cara antes da hora. – provocou Aro.

- Cala a porra da sua boca! Do meu trabalho cuido eu!

Marcus soltou a respiração fechando os olhos e massageando suas têmporas. Lá vamos nós de novo! Pensou cansado. Bem... Ele estava certo.

Caius e Aro começaram a discutir novamente. Era sempre assim: todos conversavam sobre o plano e quando o assunto rumava para armas e bombas os dois começavam a se estranhar numa disputa ridícula entre eles.

Aro é expert em armas. Conhece todos os tipos, todos os tamanhos, todos os calibres. Sabe onde encontrá-las, como montá-las, como limpá-las e até mesmo como produzi-las. Era um grande fornecedor de equipamentos “de fogo” para todo e qualquer tipo de bandido, desde ladrões de rua até policiais corruptos. 

Caius é o PhD em bombas. Ou seja, ele é tão bom com a pólvora pura quanto Aro é com balas. Tem seu estilo próprio. Em toda bomba que produz, coloca uma marca especial em formato de “C” como se fosse uma assinatura. Um toque excêntrico em suas obras de arte – como ele mesmo dizia.

Os dois bandidos se odeiam. Não só por trabalharem com diferentes equipamentos, mas por terem sido pegos por Charlie justamente quando trabalhavam juntos em um crime.

Estavam assaltando um banco. Caius ficou incumbido de estourar a porta do cofre em quanto Aro com duas metralhadoras em mãos ameaçava todos em sua volta. A ação era extremamente rápida devido a excelência no trabalho dos dois indivíduos e com isso conseguiram assaltar mais de sete bancos em diferentes estados – o que fez com que o FBI se envolvesse na história – até serem pegos pelo agente Swan que engenhosamente conseguira encontrar o fornecedor de equipamentos dos dois.

Charlie fez com que o homem vendesse aos dois produtos com um dispositivo implantado. Então no momento exato do assalto – ao comando do agente através de um controle remoto a curta distância – as armas de Aro falharam juntamente com a bomba relógio de Caius.

Os dois não fazem nem idéia de que fora Charlie que – com ajuda do departamento de inteligência – fizera seus equipamentos falharem e até ouso dizer que se soubessem o sentimento de vingança seria ainda maior.

Agora os dois estavam unidos novamente para mais um crime, porém desta vez não queriam dinheiro – assim como nenhum dos outros 13 membros do GTCCS – eles queriam vingança.

*/*/*

Jogou-se no sofá da pequena varanda de seu apartamento e ficou a olhar o céu. Bufou revirando os olhos e voltou para dentro. Droga de cidade poluída!

Sentia falta se enxergar as estrelas no céu, sempre adorara avistá-las quando criança. Iam ao sítio fora da cidade para descansar do dia-a-dia estressante que era a carreira de seu pai, mas escondida de seus pais não ia dormir na hora que era mandada e passava as noites em claro deitada na relva em quanto observava as constelações.

Depois que Charlie foi promovido, nunca mais levara sua família para o sítio. Não por sua vida estar menos estressante – muito pelo contrário – mas era impossível se ausentar com tantos problemas.

Isabella sabia que se ele se esforçasse só um pouquinho conseguiria alguns dias de férias. Porém desistira da idéia de pedir a ele, pois tinha certeza que seus olhos brilhariam em quanto ele sorriria largamente e então deixaria de sorrir tomando aquela feição de agente aposentado para finalmente falar com falso pesar: “Infelizmente não posso deixar a corporação nesse momento minha filha... Mas por que não vai sozinha? Ah! Mas por que ir sozinha? Lembrei-me agora que Edward acabara de me pedir alguns dias de férias e lhe concedi! Vão juntos! Assim poderão se conhecer melhor!”. Seu pai tornaria a sorrir como se aquela idéia grotesca fosse uma ótima idéia.

Edward Nerd Cullen! Quando afinal pararia de assombrar sua vida? Por Deus quem nos tempos de hoje tinha aquele tipo de nome?! O cara vivia em que época afinal? Século XVIII?

Sentou-se no sofá da sala e ligou a televisão em um canal qualquer. As imagens passavam pela tela, mas a morena não se concentrou no filme romântico que passava. Sua mente viajou até o jantar que estava prestes a começar.

Oh Deus! Espero que papai não comece a mostrar o álbum de quando era criança! Ou pior ainda! Os filmes de quando eu dançava balé! Oh Deus! Não me castigue! Eu tenho sido uma boa pessoa! Ok, minto de vez em quando para meu pai! Mas não é grande coisa, não é mesmo? Oh! O que estou falando? Isso é horrível! Castigue-me Deus! Sei que estou sendo uma péssima filha, mas não seja tão rígido. Qualquer coisa, menos os filmes de balé!

*/*/*

A mulher de cabelos castanhos claros e rosto em formato de coração gritou se jogando no pescoço do filho. Estava tão feliz por vê-lo que nem pensou que assustaria o marido que estava distraído com um de seus livros de medicina.

- Também estou feliz em te ver mãe. Faz tanto tempo que não nos vemos... Acho que um dia e meio talvez? – disse divertido o ruivo.

Esme fez uma careta se largando de Edward e o puxando para dentro de casa. Reparou que ele estava bem arrumado e cheiroso.

- Sabe muito bem que eu preferia que você morasse conosco até hoje! – reclamou a mulher.

Edward sempre fora completamente carinhoso com seus pais. Porém sempre fora muito mimado pela mãe pelo fato dele ter sido seu pequeno milagre. Esme tivera quatro abortos antes de finalmente conseguir ter Edward, então toda a dor que ela sofrera com os outros quatro filhos se transformou em amor para o quinto. Para que o garoto não crescesse feito um filhinho de papai, Carlisle teve que ser o pulso firme da casa.

- Olá filho! – cumprimentou o homem de cabelos loiros e olhos da mesma cor que os do filho.

- Como vai pai? Muito trabalho no hospital?

- O de sempre... Mas não foi para nos visitar que está tão arrumado. Vai sair?

Edward sorriu para o pai assentindo, mas logo fez uma careta ao se lembrar para onde estava indo.

- Jantar nos Swan.

Carlisle gargalhou quando Esme sorriu largamente e disse com a voz maliciosa.

- Vai conhecer a Bella.

O ruivo se segurou para não revirar os olhos. Seus pais e os pais da garota só podiam estar de brincadeira com ele!

- Tenho que ir... Só vim para pegar meu carro, minha moto está no concerto e...  – sua fala foi interrompida por sua mãe que procurava no corpo do filho qualquer hematoma provocado por uma queda da moto. – Estou bem Dona Esme.

Sempre achou absurdo todo esse protecionismo de sua mãe. Ele era homem! Sabia se cuidar muito bem! Hun! Só de lembrar o escândalo que ela fez quando ele contou que iria entrar para o FBI, ou então quando teve que ir para o Iraque... Dava dor de cabeça só de lembrar. Mas nada dessas ocasiões se comparava ao que viria a seguir.

- Ok mãe... Agora eu preciso ir. Ainda tenho que buscar Rose. – Edward se arrependeu na hora em que as palavras saíram de sua boca.

- Quem é essa tal de Rose?

- Boa sorte filho...

- Namorada?

A voz de Esme estava seca em quanto seus olhos estavam vazios.

- Quem é ela Edward Antony?

- Qual é mãe...

- Edward?!

- É minha amiga do traba...

- Dês de quando mulher é amiga de homem bonito?

- Ah... Mãe. Rose é psicóloga do FBI e somente minha amiga. Relaxe que seu filho ainda está solteiro e pretende por um bom tempo. – Pelo menos até encontrá-la novamente.

Edward antes que conseguisse sair de casa teve que responder um interrogatório de sua mãe. Deus! Ele preferia ser torturado em guerra a ter que responder todas aquelas perguntas de Dona Esme.

Suspirou quando finalmente se encontrava sozinho dentro de seu Volvo e seguia diretamente até a casa de Rosálie. Rezava para que seu chefe e a tal garota acreditassem que ele estava junto com a loira. Assim ele finalmente ficaria livre de qualquer relacionamento forçado. Droga! A quem queria enganar? Rosálie não é o tipo de mulher que se envolve nesse tipo de armação. Se ele a metesse nessa história a doutora comeria seu fígado.

Seria uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

Então? O que estão achando?