O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 4
III.


Notas iniciais do capítulo

Olá :D Estou MUUUUITO feliz com os comentários! Obrigada pelo carinho amores, espero que gostem do capítulo ^^



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III.

- Não acredito que você não vai de novo Bella! – dizia indignada Alice ao telefone.

- Não começa Licinha, já disse que não vou conhecer esse cara! Nem que ele esteja pintado de ouro!

- E se estiver bordado de diamantes?

A morena gargalhou sendo seguida de sua irmã adotiva e melhor amiga.

Marie Alice Brandon é seu nome. A garota de expressões miúdas foi adotada por Renée e Charlie quando Bella tinha 12 anos. A pequenina de apenas três aninhos era a boneca viva da morena. Alice odiava que lhe chamassem de Marie achava um nome brega para uma futura diva das passarelas.

Apesar da diferença de idade as duas sempre foram muito amigas. Bella estava sempre de olho na irmã e a ajudando na escola – apesar dela não ter problemas já que é mais popular do que sua irmã mais velha poderia chegar a imaginar em sua época de ensino médio. – com os garotos e professores.

- Sério baixinha eu não vou mesmo.

- Ah! Tudo bem Belzinha, já cansei de escutar todos os motivos possíveis para você não conhecer o cara... Mas poxa... Eu estou com saudades.

- Eu posso até imaginar seus olhinhos de cão sem dono e seu biquinho, mas não vai colar, não estou te vendo não maninha!

- Chata!

- Eu também te amo pentelha.

- Mas sério Bella vê se vem me visitar tenho novidades! Mas você só vai saber quando vier aqui em casa!

Bella grunhiu quando a linha ficou muda, a irmã adorava a deixar curiosa.

*/*/*

Alice saltitava pelo seu quarto de tanta felicidade, primeiro porque ela finalmente iniciara um “romance” com sua paixão platônica, o veterano Jasper Halle. A verdade é que ele apenas lhe mandou um sorriso quando passava pelo corredor. Inocente e sonhadora sua mente tornou milhares de fantasias em verdadeiros futuros fatos. Conseguiu até vê-los se casando, tendo filhos e envelhecendo sentados em cadeiras de balanço na varanda do lindo chalé de madeira. Mal sabe a garota que ele apenas sorriu ao se lembrar da irmã mais velha no café da manhã discutindo ao telefone com um cara que não saía de seu pé.

Dês da sétima série quando o viu pela primeira vez seu coração batia forte. Armava muitos planos para esbarrar, conversar e até mesmo agarrar o garoto. Já fez isso com outros, não tinha medo, mas com Jasper era diferente. Quando ela estava prestes a fingir que tropeçaria e esbarraria nele com aquela famosa cena de filme meloso... “Oh! Desculpe-me eu estava distraída!” “Não tudo bem eu deveria ter prestado mais atenção!” troca de olhares “Você quer que eu leve seus livros?” “Por favor, eu não quero abusar.” olha para o chão timidamente “O que é isso?! É o mínimo que posso fazer após esbarrar com tão encantadora criatura!” bochechas coram e ele sorri torto lhe estendendo o braço e ela o enlaça com vergonha e felicidade.

Alice adora ver filmes românticos... Er, antigos.

Jasper nunca a notou realmente. É muito distraído para fazê-lo. Sempre foi o tipo do garoto tímido para falar com as garotas, bem, ele não precisava já que elas se jogavam em cima. Tudo o que ele fazia era aproveitar. Nunca gostou de alguém de verdade, ficava com as meninas apenas para seus “amigos” não lhe encherem a paciência. Sua popularidade vinha de sua beleza natural, mas por dentro ele era somente mais um intelectual, no caso da escola o nome seria NERD. Ou seja, ele escondia quem ele realmente era para não ser zoado.

Mas talvez quando ele conhecer uma certa encantadora criatura ele possa rever seus conceitos e o quanto importa a ele a sua popularidade.

Perdeu os pais quando tinha apenas 10 anos, sua irmã que na época possuía apenas 18 anos assumiu a guarda do irmão para que o menor não fosse para um abrigo qualquer. Ela podia ser jovem, mas possuía grande responsabilidade e não deixaria de cuidar do irmão só porque achavam que ela ainda tinha uma vida inteira para aproveitar antes de se tornar mãe.

Afinal, mesmo que fossem irmãos, sua função como tutora era a de criar e educar aquele garotinho traumatizado com a morte violenta dos pais. Seu papel não era apenas de irmã, mas também de pai, mãe e psicóloga.

O saldo bancário que seus pais deixaram para ela e o irmão não foi de grande quantidade, mas a sua parte foi suficiente para ela se formar em psicologia em uma conceituada faculdade como a melhor da turma e conseqüentemente conseguir um excelente emprego no FBI. Problemas psicológicos naquele lugar eram o que mais existia.

Rosálie Halle é uma mulher de fibra, completamente observadora, determinada em tudo o que faz e dona de um caráter exemplar. Porém não possuía somente qualidades internas sé que você me entende... A mulher causa inveja em todo o departamento feminino do seu andar. Com uma beleza escultural fazia tanto rostos masculinos quanto femininos virarem para observar melhor a linda mulher de pele clara, cabelos perfeitamente lisos de uma cor única platinada e olhos tão azuis quanto o céu ao anoitecer.

Por ser psicóloga continha uma paciência admirável para qualquer tipo de problemas ou relações, mas a paciência evaporava em menos de segundos quando escutava qualquer cantada infame. A loira virava no diabo e mandava o engraçadinho se foder sem um pingo de timidez.

Os novatos no departamento eram os que mais sofriam. O trote dos mais velhos era dizer a eles que Rosálie era a mulher mais fácil do lugar e bastava mandar uma cantada que ela saía agarrando. Inocentes e cafajestes eles tentavam e realmente a loira saía agarrando... Agarrando a primeira coisa que via na frente para jogar no infeliz que a desrespeitou.

Rosálie se tornou grande amiga do agente Masen. Os dois se conheceram em uma consulta de Edward. Ele havia acabado de voltar do Iraque no qual passou os piores 6 meses de sua vida. Estava um tanto abalado depois de tanto tempo sobre grande pressão e grande medo de perder a vida, além do mais ele conviveu em um ambiente de mortes, perversidades, torturas, insegurança e desconfiança.

Sua mãe praticamente enlouquecera com medo do que poderia acontecer ao seu filho único. Mas Edward voltou, não do mesmo jeito que fora. Uma guerra muda qualquer pessoa. Porém voltou com todas as partes do seu corpo e queria voltar a trabalhar como agente do FBI. Para isso era preciso uma avaliação psicológica a qual Rosálie se encarregou de fazer com todo o seu profissionalismo.

Depois dessa consulta os dois se encontraram por acaso na cozinha do prédio e então conversaram sobre o clima o qual puxou outros assuntos e por conseqüência tornaram-se grandes amigos.

*/*/*

Os agentes McCarty e Masen seguiram para as suas respectivas salas assim que chegaram ao FBI. Edward ainda estava chateado com o amigo que simplesmente ignorou tudo o que lhe falara sobre a misteriosa morena, será que seu irmão de consideração não entendia que desta vez era diferente?

Mas o que o ruivo não entendia é que a história era por demais absurda e seu parceiro de trabalho achava que a garota era apenas mais uma “pistoleira” que ele encontrara na rua, assim como as dezenas que ele já ficara.

Tudo bem que ele não era o melhor exemplo de cara que escolhe bem as suas companhias, mas Edward conseguia ser pior. O jovem agente Masen tinha o dom para atrair as piores mulheres que alguém pode conseguir atrair. Geralmente bonitas, quase sempre biscates que só queriam a parte divertida, porém nunca um relacionamento sério. Não que ele pensasse muito em relacionamentos sérios... As que queriam um relacionamento sério eram estranhas, no estilo de Zafrina que falava com os esquilos e ele logo que percebia que as garotas não eram normais como ele pensava as dispensava com a maior desculpa esfarrapada de todas: Não é você, sou eu.

Mas o agente McCarty não reparou no brilho diferente nos olhos de seu amigo e nem se quer imaginava que Edward – agora sentado em sua cadeira em quanto olhava para uma parede de seu escritório – cogitava pela primeira vez a hipótese de se casar. Não pode evitar rir em imaginar a alegria de sua mãe com os preparativos do casamento e a espera do neto que estava prestes a nascer já que sua linda namorada estava com uma barriga enorme de 8 meses.

O telefone tocou tirando-o de suas fantasias.

- Masen.

- Edward, poderia vir ao meu escritório?

- Claro chefe!

Edward colocou novamente o telefone na linha e suspirou rezando para que o chefe não quisesse falar da filha. Se Charlie mandasse mais alguma indireta pediria desculpas e diria que já estava apaixonado por outra mulher. O que não era uma mentira. Ele só esperava que o chefe não pedisse detalhes sobre a garota, detalhes como o nome dela.

Emmett que também fora chamado encontrou com seu amigo na porta do escritório de Charlie. O grandão sorriu largamente para o amigo e lhe deu um leve soco no braço que fez Edward cambalear e revirar os olhos. Sim eles fizeram as pazes. Com eles sempre fora desse jeito, pedidos de desculpas silenciosos, mas os dois sabiam que estavam bem.

Entraram no escritório do homem de postura rígida e feições duras, porém os dois agentes conheciam Charlie o suficiente para que o considerassem além de chefe um grande amigo e sabiam que o homem de cabelos castanhos avermelhados e olhos castanhos era na realidade alguém extremamente gentil e engraçado.

Porém neste momento ele demonstrava preocupação.

Emmett e Edward aguardaram um ao lado do outro em pé em frente a mesa do chefe Swan que sentado em sua cadeira mantinha os cotovelos sobre a madeira da mesa e as mãos em punho apoiando sua cabeça.

Os dois amigos trocaram um olhar se perguntando o que acontecera para deixá-lo desta maneira.

O chefão do FBI então finalmente ergueu sua cabeça e mandou que os dois sentassem. Começou a contar a situação que o preocupava. Os agentes tomaram feições confusas e preocupadas como era de se esperar de qualquer um ao escutar o que Charlie Swan dizia.


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Notas finais do capítulo

Não me matem com o final! Prometo que o próximo cap sai semana que vem sem falta!