O Cativeiro escrita por Paola_B_B


Capítulo 15
XIV.


Notas iniciais do capítulo

oLÁ AMORES :D Quase que o cap não sai hoje... Estive concentrada em minha outra fic essa semana e para voltar a escrever nesta foi díficil.

Sei que havia dito que nesse cap eles já iriam se falar, mas conforme fui escrevendo percebi que não tinha jeito, só no próximo ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/124655/chapter/15

XIV.

Seus dedos se esticaram com dificuldade após muito tempo parados. Sentia seu corpo cansado, dolorido. Abriu os olhos lentamente se deparando com um solitário teto branco. Escutou um bip chato soar ao seu lado. Confuso ergueu a cabeça o quanto conseguia. Deparou-se com a televisão ligada sem som algum. A repórter transmitia os últimos acontecimentos na grande Nova Iorque.

Parece que um grande roubo de jóias ocorreu ao mesmo tempo em que a filha do chefe do FBI fora seqüestrada. As perseguições acabaram se encontrando na metade do caminho causando um grande acidente. Os bandidos acabaram se saindo melhor. Foi isso que ele entendeu ao ler no rodapé da televisão. Mas tudo veio a sua mente quando a reportagem começou a lembrar de acontecimentos de pouco mais de duas semanas. A foto da garota o fez arfar.

Seu coração bateu mais rápido e o bip em seus ouvidos repetiu-se mais vezes. A agitação do garotou chamou a atenção da mulher de longos cabelos loiros do lado de fora do quarto.

Teve que sair para atender uma ligação, porém deixou a porta entreaberta caso seu irmão acordasse. E foi o que aconteceu.

Desligou o telefone rapidamente e sentiu todas suas preocupações com o caso no FBI se esvaírem. Sua consciência dali alguns minutos iria lhe chamar a atenção, mas neste momento nada mais importava além de seu irmão.

Adentrou o quarto com seus olhos marejados.

- Hey! Bom dia dorminhoco. – disse com a voz suave conforme se aproximava de Jasper.

- Alice. – a voz do loiro soou baixa e muito rouca.

A doutora surpreendeu-se por suas palavras, mas então sorriu acariciando os cabelos do irmão.

- Ela está bem. Você a salvou Jazz.

Os olhos do garoto dispararam para a televisão fazendo Rosálie fazer o mesmo.

- Não foi Alice que foi seqüestrada, foi a irmã dela. Isabella. O FBI está em pandemônio. A coitadinha da Alice deve estar arrasada.

- Quero vê-la.

- Quando o médico te liberar Jazz. Não creio que ela virá te visitar como estava fazendo todos os dias, pois era Bella quem a trazia. Além do mais não acredito que o chefe Swan vai deixar sua pequena longe de seus olhos. Tenha paciência maninho, logo você sairá desta cama.

Assim ele esperava.

*/*/*

As pessoas viravam o rosto para observar. Estavam espantadas com o que viam. O agente nem se quer reparou nesse detalhe. Seus olhos estavam escuros de raiva, seus pés marchavam pelos corredores. Nunca ninguém vira aquela expressão em Edward. Já o viram muitas vezes sério, preocupado, mas nunca com tanta sede de sangue estampada em seu olhar.

Sua roupa estava suja. Sua calça possuía rasgos na extensão dos joelhos. Seus cotovelos e braços extremamente ralados. Em seu rosto o sangue escorria do corte a cima de seu supercílio.

Apesar dos diversos cortes pelo corpo não sentia dor. A raiva servia como um excelente entorpecente.

Ao chegar finalmente ao seu andar percebeu que aquela sem dúvidas era uma boa definição para caos. Viu a sua frente muitos rostos que conhecia, porém todos tinham a mesma expressão chocada ao olhá-lo. E se chocaram ainda mais quando o agente voou no homem algemado que estava indo para a sala de interrogatório.

O soco foi tão forte que foi possível escutar o bac de uma boa distância. Edward segurou o homem pela a gola da camisa o levantando e o batendo na parede de um dos escritórios.

- Para onde a levaram?! – exigiu em um rugido.

O homem em suas mãos arregalou os olhos espantado com a sua afirmação, mas então seu olhar tornou-se malicioso.

- Uau! Você foi rápido para me ligar aos fatos. – elogiou de maneira doentia.

Edward desferiu mais um soco sem piedade.

- Para onde a levaram?! – rugiu mais uma vez.

O infiltrado apenas sorriu com uma careta por causa da dor e nada mais disse pelo resto do dia. O que não impediu Edward de socá-lo mais e mais vezes até ser segurado com muita dificuldade por Emmett.

McCarty afastou seu amigo de Garrett. Diabos! Nunca o vira desta maneira. O agente Masen estava completamente transtornado. O levou até a sua sala sob olhares do departamento.

- Deixem Garrett no interrogatório. – mandou antes de jogar Edward para dentro e fechar a porta.

O homem de grande estrutura estava prestes a encher o amigo de perguntas sobre o que diabos acontecera com ele para agir daquela forma impensada. O advogado do homem estava bem ao seu lado. Sem sombras de dúvidas ele teria seu nome em um belo de um processo. Mas parou com a boca aberta quando viu Edward de mais uma maneira que ele nunca vira.

O ruivo tinha sentado em uma das poltronas e apoiado seus cotovelos em suas cochas. Seu rosto escondido em suas mãos. Ao abrir seus olhos e olhar seu amigo mostrou toda a desolação que havia dentro de si. Sentia-se derrotado. Aqueles bandidos fugiram com sua amada. Ele não conseguiu protegê-la, muito menos resgatá-la. Agora sabe-se lá o que eles fariam com ela.

Emmett decidiu não falar nada naquele momento. Pegou o telefone e ligou para um de seus subordinados para que mandassem alguém para cuidar dos ferimentos de Edward.

O ruivo não se opôs a ser tratado pela enfermeira. Sua mente estava vazia, não ousava pensar em nada, muito menos imaginar o que fariam com sua pobre morena. Assim a velha mulher saiu do escritório de McCarty o mesmo quebrou o silêncio.

- Como você está?

Edward apenas ergueu a cabeça para fitar o amigo e suspirou.

- Estou me sentindo um merda mano. Mais merda do que aqueles policiais que cruzaram o meu caminho e me atrapalharam. – a raiva estava contida em sua voz e então a raiva deu espaço para o desespero quando completou. – Eles a levaram Emmett! A morena que eu vi na rua. Era ela mano! E eu não pude fazer nada para impedir.

O agente de cabelos escuros não pode deixar de sorrir tristemente. Em qualquer outra circunstância gargalharia e jogaria na cara do amigo quanto tempo ele perdeu em não querer conhecer a filha do chefe. Mas era uma grande ironia do destino toda essa merda.

- O nome dela é Isabella Marie Swan. É a filha mais velha do chefe. – esclareceu Emmett com um olhar de pena.

- Eu sei. – murmurou. – Reconheci a voz de Alice antes de me levantar. Mas ainda não tive tempo para pensar sobre isso... Eu só queria tê-la salvo.

Edward sentiu-se envergonhado por tudo que já havia dito a respeito dela. Agora sabia que ela nunca fora aquilo que ele imaginara. Sentiu-se pior ainda ao imaginar que se não fosse por sua teimosia em conhecê-la, talvez estivessem juntos hoje e então ela nunca teria sido seqüestrada.

Então algo dentro de si mudou. Ainda não sabia o que era, mas foi o que lhe deu forças para empurrar o sentimento de derrota para o lado e levantar-se de cabeça erguida. Seguiu para o centro do departamento agora com uma expressão mais calma, porém não menos determinada.

Estavam todos reunidos ali. Os dois agentes trocaram um olhar tenso e então entraram entre os outros agentes para saber o que estava acontecendo. Seus olhos arregalaram ao assistirem o vídeo em que ninguém ousava desgrudar os olhos.

*/*/*

Colocar um vídeo ao vivo em horário nobre na principal emissora de TV dos EUA foi uma verdadeira jogada de mestre. Vladimir com seu sotaque forte não conseguia parar de elogiar o jovem Corin. Infiltrar-se daquela maneira foi... Perfeito.

Teve que se segurar para seguirem com o roteiro.

A câmera ficou posicionada filmando a pobre moça sentada a uma cadeira e um saco de tecido cobrindo-lhe o rosto. O lugar estava com baixa iluminação para que ninguém pudesse sequer imaginar o local.

Os primeiros a se juntarem com a garota foram os trigêmeos. Alec, Demetri e Felix. Estavam sem máscaras, nenhum membro do GTCCS usava máscaras. Não queriam se esconder, pelo contrário queriam mostrar ao mundo o que fariam e como fariam. Demetri que ficara atrás da cadeira retirou o saco da cabeça da refém.

Isabella estava desacordada. As drogas ainda faziam efeito em seu sistema. Mais um membro do GTCCS entrou em ação, mas desta vez foi a única mulher do grupo. Victória possuía um copo d’água em mãos e não teve dó em jogar o conteúdo no rosto da pobre garota que acordou assustada levantando-se da cadeira.

Percebeu que seus pulsos estavam amarrados a suas costas. A cadeira caiu ao chão. E a morena olhou a sua volta apavorada. As lembranças das últimas horas passando como flashes em sua cabeça. Deu alguns passos para trás tentando por instinto alguma saída, mas tudo o que encontrou foi uma parede em forma de homem chamado Demetri.

Desencostou-se dele como se tivesse acidentalmente se encostado ao forno quente. Ficou perdida diante daqueles estranhos que a cercavam. Principalmente por serem tão intimidantes.

- Uau! Sabe que até que papai Swan não faz filhas de se jogar fora. – quebrou o silêncio James olhando maliciosamente para a garota.

Os homens deram risadas maliciosas enquanto Victória revirava seus olhos. O loiro aproximou-se de Isabella acariciando-lhe o rosto. A morena desviou do afago com nojo. Em seu peito o medo foi transformando-se em ira e assim que James aproximou-se mais ela usou seu joelho para acertar-lhe as partes baixas.

- Ela é durona como o pai também. – gargalho Vladimir aparecendo em cena.

James rugiu de raiva e de dor enquanto se contorcia no chão para só então levantar-se com o resto de dignidade que possuía.

- Não se preocupe papai, não vamos fazer esse tipo de coisa com a sua filha... – o tom do homem de cabelos grisalhos e olhar doentio deixava claro que eles fariam outras coisas, talvez piores.

Este homem chamava-se Eleazar e fora preso por Charlie sob a acusação de tortura. Sem dúvida alguma o membro mais frio do grupo terrorista. Fazia parceria com Laurent que arrumava os melhores locais para seus experimentos psicóticos.  

A câmera não conseguia captar todos de uma vez, então Marcus que estava a segurando afastou-se um pouco mais para que os outros membros aparecessem também. Aro, Amun, Corin e Caius que acenaram como se estivessem em um programa de TV.

O Arquiteto então focou a imagem em R. J. Fernandez que iniciou o seu discurso.

- Povo dos EUA... Não se preocupem, nosso problema não é com vocês. – iniciou com um sorriso maroto.

Ao fundo foi possível escutar uma reclamação impaciente.

- Vai direto ao ponto imbecil! Não era para você começar com essa merda!

O malandro riu. Sabia que os comparsas reclamariam, mas achou essa primeira frase tão impactante!

- Continuando... Nosso problema é com Charlie Swan, por este motivo pegamos sua primogênita. Queremos 5 milhões para trocar por ela. As instruções sobre a troca chegaram ao FBI, ou melhor, já estão aí. Talvez em uma sala de interrogatório quem sabe...? E é melhor seguir a risca, sabe que planos arquitetados não falham.

O Arquiteto fora o único que não aparecera na filmagem, mas pelas palavras de Fernandez era claro que ele estava envolvido.

Marcus soltou a câmera no chão. Pés passavam de um lado para o outro e então um grito desesperado ecoou antes que a imagem ficassem completamente preta e a transmissão normal da TV voltasse.

No cativeiro Isabella era dopada novamente. No FBI ninguém mexia um músculo, exceto Edward que já estava com um envelope que o advogado de Garrett deixara com ele. Lá havia as instruções do local e de como o dinheiro deveria ser levado.

Não aguardou ordens muito menos opiniões, apenas agiu com a certeza de que faria tudo o que fosse possível para tirar sua amada das mãos daqueles bandidos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom gente, espero que vcs tenham gostado, pois eu me quebrei para escrevê-lo inteirinho hoje para postar para vcs.