The Missys Diary - Before Its Too Late escrita por Janine Moraes, gabis, Meri, Lady B


Capítulo 10
Capítulo 10 - 2012. Oi?


Notas iniciais do capítulo

N/A(Janine) Entãao. Hoje é só eu aqui. kkk
E aí? Como vocês estão? Sumi por um longo tempo, eu sei. Estava curtindo minhas férias, que a propósito foram absolutamente maravilhosas. As melhores férias da minha vida em vários sentidos.
Não sei se vcs sabem. Mas a minha amizade com a Gabi começou por aqui pelo Nyah! E há uns dois anos planejavamos nos conhecer pessoalmente. FINALMENTEE nessas férias conseguimos. Finalmente pude abraçar a Gabi e dar risada com ela. Ver as caretas dela e brigar com ela pessoalmente KKK Sério, foi tão... Incrível. Esperei tanto por isso e foi como se finalmente as coisas tivessem se ajeitado quando eu finalmente pude abracá-la. Quem tem um amigo, um amor que mora longe, sabe como é angustiante não poder sentir o abraço da pessoa. E eu consegui! zõ/ Aí lá fui eu pra Porto Alegreee visitar a Gabi nas férias. (Sou de Sampa, pra quem não sabe kkk)
E, vlh... Porto Alegre é linda. Só tem gente linda, pelo menos os amigos que eu fiz lá. Adorei ver gente malhando lá pelos lados da Usina do Gasômetro (66). Na verdade, eu amei de paixão o pôr-do-sol de lá. Lindo demais. Sem contar outros lugares da cidade que são lindos de morrer. E eu fui numa festa aí, colegaaaaaaas. Que nussinhora. Parques, lugares muito bonitos, gente muito legal. E O SOTAQUE? Me apaixonei pelo sotaque. Experimentei a carne gaúcha, o churrasco, sabe? Então... Churrasco gaúcho é muito bom, vlh. AUAUHSHUA foi super legal. Curti minha amiga bastante, fiz novos amigos, ganhei uma corzinha. Ah, foi o máximo! Mas senti muita falta de postar. Da minha cidade poluída. De vocês. KK Enfim, não escrevi nada lá, só fiquei curtindo the life.
Bem, já vou me desculpando pelo capítulo. Que foi feito nos últimos dias na empolgação. KKK
Porque Gabi e Meri estão ocupadas, viajando e etc. Então eu escrevi o capítulo sozinha. TENHAM MEDO.
kkk Não respondi os reviews, pq to meio sobrecarregada com escola eee minhas outras fics. Não sou ninja igual essas autoras que conseguem fazer tudo. Desculpem
Mas amei cada review. Sério. Mt fodas.



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Capítulo 10


Segunda feira. SE-GUN-DA-FEI-RA. S-E-G-U-N-D-A. (Soletrando pra dar mais impacto.) O capeta da semana. O Voldemort das feiras (dia das semana, sacas?). O tão sonhado pote de sorvete num dia infernal de verão que tem feijão dentro, no domingo. Segunda! Destruidora da felicidade. Ó mãe eterna do tédio e das reclamações... Parece até que to fazendo macumba ou orando. Enfim. Odeio segunda feira.


E segunda feia é dia de escola! Claro que eu tinha que acordar atrasada. Lógico! Eu sou a pessoa mais azarada do mundo! Eu acordar na hora certa? Puff. Então... Levantei da cama num pulo que quase me espatifei de cara no chão e saí correndo pela casa procurando alguma roupa pra vestir e olhando desolada meu cabelo. Mergulhei no banho, mais pulando do que me lavando, só com Um olho aberto. Odeio estudar de manhã. Você já acorda sequelada, de mal humor e feia. Você acorda de ressaca praticamente.


Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo solto e vesti meu jeans mais surrado (e amado), um tênis e uma blusa com casaco. Estava uma manhã muito fria. Eu amo frio. Só não gosto de frio logo de manhã. Peguei minha mochila, enfiei tudo as pressas e saí correndo. Mal notando como a casa estava uma baderna. Minha mãe fazia falta nessas horas. Eu tinha arrumado a casa. Mas sei lá, mãe tem dedinho da limpeza. Você pode arrumar a casa do melhor jeito possível. Nunca ficara tão limpo quanto a sua mãe faria.


Enfim, normalmente eu iria com Breno pra escola. Mas estávamos brigados e né. Não rola. E era uma droga isso. Porque eu não tinha dinheiro nem pra comprar pão de queijo! Aquele desgraçado faz uma falta da preula nessas horas. Parei depois de muita corrida até o ponto de ônibus. Parecia que meu pulmão tava no joelho. PQP! Sorte minha que o ônibus passou rápido e bônus extra, estava sem o Breno. Olha sóo. Achei uma palavra que rima com ônibus. BÔNUS! Sempre quis descobrir algo assim desde a quinta série. Eu não sou o máximo? Já posso até compor músicas. Saca só.


Hoje acordei com uma puta raiva de tudo.

Minha maior vontade era dar um tiro em todo mundo.

Enfim... Fui pro ônibus.

Então de bônus.

Acabei dando a maior sorte.

Não precisei ameaçar o Breno de morte.


Épico! Poético. Cadê a Manu Gavassi pra cantar esse sucesso pra mim? Enfiiim, a viagem no ônibus foi uma bosta. Não paguei mico. Não ri com o Breno. Não briguei com o Breno. Não suspirei pelo Breno. Não mandei o Breno se ferrar. Não paguei mico. (again). Isso é muito estranho. Desci do ponto de ônibus irritada. Então ouvi passos. Virei dando de cara com o Fernando. Ele era um dos caras que Breno mais odiava na face do mundo. Talvez porque eles eram rivais desde criancinhas e aquelas babaquices masculinas. Acho que Breno ganhou dele naqueles jogos de card há anos e o Fernando mulherzinha não tinha superado. Como eu era do time verméio (da paixão, bate vermelho coração! Parei) do Breno... Nunca tinha falado com Fernando muito, sabe?


_O que é?_Perguntei, mal-humorada. Fernando estava com uma jaqueta jeans por cima de uma camada de roupas quentes. Ele era baixo, 1,75, se você for comparar com a girafa do Breno. E tinha uns olhões escuros e cabelos meio revoltos. Era bem ordinário.


_Ahh queria saber se você queria companhia pra aula.


_Não, obrigada. Estou legal._Virei a cara tentando me livrar dele.


_Soube que você e o Breno brigaram.


_Interessante..._O olhei confusa.


_Então você está disponível._Ele sorriu, posicionando-se de modo a ficar inclinado na minha direção. Olhei para cara dele com a minha melhor expressão de mal entendida. E na verdade, eu não estava entendendo porra nenhuma mesmo.


_Disponível? Hãn... você está entendo errado. Eu e Breno nunca fomos um casal.


_Na verdade, quem não entende é você, Missy. Ninguém chega perto de você, pelo Breno. Ele sempre foi meio protetor contigo. E ciumento.


_Pensei que as pessoas não chegassem perto de mim porque sou retardada._Não era esse o motivo de certa de 90% das pessoas me olharem de um jeito esquisito? Dãaa. Claro que era.


_Sério? Pelo jeito você está errada. E cara... É realmente bom saber que você não ta mais na asa dele.


_Hãn... É alguma pegadinha?_Olhei pros lados procurando as câmeras. Silvio Santos, aloow. MAOE, cadê as câmeras? Ele tava mesmo dando em cima de mim? GAROTOS NUNCA DÃO EM CIMA DE MIM. Não conscientemente, ou sem estarem bêbados, ou necessitados. Eu sou a garota que pega os ceguetas e retardados, aqueles que não escolhem muito, sabe?


_Talvez a gente pudesse sair.


_Ou talvez você pudesse bater a cabeça na parede seguidas vezes pra ver se volta a tomar juízo. Enlouqueceu? _Ri baixo, ainda meio assustada. Hoje é a segunda do crack. Todo mundo doidão._ Mas é cada uma...


_Ei, espera._Ele segurou na ponta do meu casaco e eu cambaleei até bater nele. Ele me segurou pelos ombros. Me olhando nos olhos e se aproximando. PQP! S.O.S. E agora, quem poderá me defender? Tentei me afastar, mas tava difícil. Ainda estava meio em transe e choque.


_Mas que putaria é essa?_Ouvi o grito/brado retumbante do Breno e olhei para ele. Assustada._Que putaria é essa, Melissa? Hein??


_Putaria?_Olhei de olhos arregalados para Breno e me desvencilhei de Fernando sem jeito. Levantei as mãos num resto de rendição._ Olha... pra minha defesa não tem nenhuma putaria acontecendo.


_Ainda._Fernando comentou, sorrindo malicioso e voltando a me puxar, dessa vez pela cintura.


_Que isso, novinho. Me respeite, ó!_Ai que indignação isso. Um homem bonito e alto dando em cima de mim e ainda me segurando forte. INDIGNEI.


_Tira a mão dela. Agora!


_Ou você vai fazer o que? Me assistir beijando ela?_OPA, OPA, OPA! QUISSO, NOVINHOS? QUISSO? Tão pensando o que? Af!


_Mas que putaria é essa?!_Gritei. Rodei a baiana ao som de Ximbalaiê. Tão pensando o quee? Que sou objeto. Pega, aperta e larga? Não gosto disso não, ow._ Vai tirando as patas de mim cachorro loucão do batidão. Não é assim que o trem funciona não. Nem se tu latir quando to passando funcionaria. Não é agarra e pega não, só às vezes, porque né... Enfim. Tira as patinhas._Tirei as mãos dele da minha cintura, dei dois passos pra trás e fui jogada pro lado para o Breno, que segurou meu braço com força e possessão._Opa, opa! Tira você também as patas!


_Ah, pelo amor de Deus, Melissa!


_Não me chama de Melissa, carambola podre caída do caminhão da feira e atropelada por uma motocicleta!


_Não quero você perto dele._Ele disse olhando nos meus olhos. As veias da testa saltando (ok, nem tanto). Manooo. Ele tava muito pu-to.


_Você não tem é que querer nada!_Reclamei. Andei sem querer para perto de Fernando que pegou de um lado do meu casaco. E Breno do outro.


_Ela escolhe se ela quer ficar perto de mim ou não._Fernando me puxou prum lado.


_O caramba que ela escolhe._Breno pro outro. Eu estava ficando troncha já.


_Parem de me puxar, seus dementes retardados! Me soltem!_Eles me soltaram, praticamente sem ouvir meus lamentos.


_Já avisei um milhão de vezes pra você._Breno apontou o dedo para Fernando. A diferença de altura notável._ E eu vou repetir de novo, pra ver se entra na sua cabeça de uma vez: Chega perto dela e eu te arrebento!_Ui, que masho. Masho com SH. Ai ai, cara. Não suspira Missy. Não derrete pela pose de masho! Ai ai...


_To pagando pra ver. _Ele empinou e queixo e ficaram naquela posição de macho, sacas? Com cara de que vão brigar, mas fazendo beicinho. Coisa de viado da porra.


_Vocês vão se bater?_Kari pulou toda animada. Nem tinha reparado que tinha um monte de gente parada olhando para nós. Que bosta._Esperem, deixa eu pegar minha câmera. Tenho que gravar pra botar no youtube.


_Quieta, Karina. Ninguém vai brigar._Fui para perto dela, p da vida._E eu preferia que nenhum de vocês dois ficassem perto de mim, falou?


Puxei Kari pelo braço, irritada. Esta ria de se acabar, toda animada. Tentei me lembrar onde ficava a sala de Biologia, mas estava difícil.


_Foi maaaassa. Dois caras brigando por você. _Ela fez gesto de lutinha e me deu um mino soco no ombro. Ainda pulando igual um Canguru._ Você ta diva! Ta top! Ta Garnier!


_Cala a boca, Kari.


_Porqueeee??? É a verdade! Mas aí... Conta tudo!


_Estamos atrasadas pra aula de Biologia.


_Fernando deu em cima de você, não foi?


_Não! Nem sei o que aconteceu direito. Foi meio confuso._SUPER confuso na real.


_Ele deu em cima de você siiim. Ele sempre teve uma quedinha por você. Todo mundo tem uma mini quedinha pro você. Porque você é cruel... E homem a-do-ra ser maltratado. Por isso que eles sempre chutam quem gosta deles e vivem sonhando com a estranha agressiva que xinga todo mundo. Como você._Ela falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Toda alegre e saltitante.


_Nossa, obrigada. Muito gentil da sua parte. Estranha agressiva? Adorei os elogios!_Ela nem deu bola pra minha cara de braba. Continuou toda animada, ignorando as pessoas que passavam olhando pra mim e cochichando. E eu cheia de vontade de alguém pra me ajudar a jogar praga pra elas.


_Já to até vendo o tanto de briga que vai ter. Minha conta no youtube vai bom-bar!


_Cala a boca, Karina!_Comentei, já super irritada._ Onde fica a porra da sala de Biologia?


_Ah é, duas primeiras aulas de Biologia._Ela murchou instantaneamente. Aí depois sorriu maliciosa._ A gente tem trabalho pra terminar, né? Com o Breno! Isso vai ser engraçado._Oh, mas que merda! Tinha mesmo o trabalho que tínhamos começado e só faltava terminar. A pesquisa era feita com o professor na sala de leitura/biblioteca. E estávamos até adiantados no trabalho, mas agüentar duas aulas com o Breno era demais pra minha sanidade._ Ei... No que você ta pensando?


_Em suicídio.


~*~


Estávamos na sala de leitura/biblioteca. Havíamos conseguido achar a sala de Biologia com a ajuda de uns garotos muito prestativos do primeiro ano. Mas não foi por mim que eles ajudaram. Foi pela Kari, que abriu um sorrisão e piscou e logo todos eles estavam marchando obedientes e quase se jogando no chão pra ela pisar em cima. Homem é um treco burro, né? Af. Enfim, depois o professor nos conduziu para a Biblioteca, mais animado que o costume.


Mexi nos meus livros de pesquisa, super consciente de que Breno estava atrasado. Karina me cutucou ansiosa e apontou a porta. Breno estava chegando, alto e bravo, a expressão fechada severamente, e com o boné afundado na cabeça de forma raivosa. Ainda devia estar irritadinho e caminhou para nós apressadamente, sentando na cadeira com estrondo.


_Olha aqui, Melissa..._Olhei para ele apertando meu lápis com força. Melissa não, capeta! Ele me chamar de Melissa já era ruim. Na frente de todo mundo? Puff, pior ainda! Mas me chamar três vezes seguidas é demais pra mim.


_Me chama de Melissa mais uma vez, só mais uma!, que eu enfio esse livro no teu ralo! Mas que inferno!


_Missy..._Ele falou meu nome rispidamente, num suspiro rápido. Pqp! Arrepiei até a sobrancelha agora com essa voz. Kari começou a rir da minha expressão, os cotovelos apoiados na mesa e super concentrada em nós. Era perfeito! Ela tava assistindo uma briga de casal ao vivo. Exatamente o tipo de barraco que ela gostava. Pra que assistir Big Brother quando você pode ver dois amigos quase se matando no meio da biblioteca da escola?


_E as pessoas ainda pagam Paper View do Big Brother! Amadores!_Ela comentou, como se tivesse assistindo Tv mesmo. Não falei que era exatamente isso que ela estava pensando? Eu e Breno a olhamos confusos, mas logo deixamos pra lá. Era a Kari! Podia ser bem pior...


_Vocês podem se concentrar na parte de vocês do trabalho? Quero terminar logo essa porcaria!_Empurrei os livros pra eles. Breno bufou e procurou algo na mochila. Me entregando um papel.


_Toma! Aí está. Minha parte do trabalho.


_O QUE???????? _Peguei o papel e li de leve. Depois olhei pra ele de boca aberta. INCREDITÁVEL.



_Eu adiantei meu trabalho._Ele falou como se fosse a coisa mais natural do mundo. Meu queixo foi pro chão, chão, chão.


_Mas por quê?_Eu comentei de olhos arregalados.


_Como assim?!?_Kari estava tão abismada quanto eu.


_Hãn??????


_Já é dezembro de 2012?!_Ela quase gritou, olhando de olhos arregalados pro Breno.


_Engraçadinhas vocês duas. Hahaha._Ele fingiu uma risada, assumindo o ar sério e irritado em seguida._Eu adiantei meu trabalho, oras.


_Você nunca adianta seu trabalho.


_Eu nem sabia que você sabia o que era fazer um trabalho!_Kari comentou, rindo.


_Tive muito tempo livre essa semana._Ele olhou para mim sugestivo.


_E todos os seus encontros, suas ‘amiguinhas’?_Sugeri, cruzando os braços. Ele deu de ombros._Então...?


_Não tem graça sair com elas. _Mordi o lábio. Bem-feito!_Enfim. Já terminei meu trabalho, podemos conversar?


_Não. Não podemos._Olhei para o meu livro que falava algo sobre... Reprodução. Mas que porrá. Eu tinha que abrir logo naquela página? Virei a página rapidamente e Kari começou a rir da minha expressão. Breno ignorou minha resposta. Logo soltando um monte de perguntas.


_O que o Fernando queria exatamente com você? Pode ir me contando tudo que ele disse, ok? E porque vocês estavam tão perto, hein? Qual o seu problema? Pode ficar longe dele, entendeu?


_Isso não é da sua conta.


_Se você tiver ‘interessada’ naquele idiota, pode esquecer!


_Muito engraçado isso, Breno. Estou me matando de rir!


_Estou falando sério. Não quero você perto desse idiota ou de qualquer outro aqui dessa escola._Ele tirou o boné nessa hora, os cabelos revoltos, indicando que ele tinha passado a mão por eles muitas e muitas vezes.


_Mas fora da escola, pode, não é? Porque se não puder... Se fudeu, Breno._Kari começou a rir e eu chutei ela com força por debaixo da mesa. Ela choramingou e então quando viu a cara vermelha do Breno, ela notou a merda que tinha dito.


_O que você disse, Karina?_Ele a olhou sério e de forma profunda como se fosse ler o que ela estava pensando, com aqueles grandes olhos. Ui, poetizei.


_Eérr... Bem...


_Nada. Ela não disse nada._Tentei me salvar, já sentindo o nó sendo amarrado na minha garganta. Gente, serei enforcada. SOCORR.


_Fala de uma vez, Karina._A voz dele foi assustadora, cara. MUITO assustadora. Kari não resistiu a pressão, falou baixinho e rápido. No melhor estilo metralhadora:


_AMissyficoucomumgarotoontem.


_MAS O QUE???????????????_Breno gritou e todos olharam pra ele. Me encolhi na cadeira, assustada com o grito. Ele bufava e então olhou pra mim e pra Kari._É uma piada, né? SÓ PODE SER PIADA.


Então desatou a rir, meio descontrolado. Só parou de quando o professor brigou com ele. Mas ele ainda ria de leve, meio bufando, sei lá. Muito assustador. Mas então o riso dele começou a me irritar. Porque ele me olhava incrédulo. Como se eu fosse incapaz de ficar com um cara que não fosse ele. Ta, bem pudera, eu não havia ficado com ninguém desde que ele se mudara pra cá. Então me amaldiçoei por não ter pegado mais. Por não ter esfregado na cara dele que eu posso sim passar o rodo sem qualquer respeito. Porque EU POSSO. Não precisa de Carnaval. De nada. Pego geral. ~piada


_Porque ta rindo tanto? Acha que eu não posso ficar com ninguém?


_Convenhamos... Você pegando alguém? Por favor, né.


_Eu já peguei garotos, sabia? VÁRIOS._Vários = 5. Enfim...


_Claro que já.


Então ele ficou assim, dando risinhos durante o trabalho e durante o resto das aulas. Até o intervalo. Irritando até a Kari, que começou a mandar mensagem DO MEU celular (essas amigas pobres, sem crédito. Af) pra sabe se lá quem. Ela só disse: Breno vai se arrepender desses risinhos. E fez uma cara maléfica. Ai gente, adoro quando minha amiga resolve se vingar. O único problema é que a vadia não disse como. E eu tive que agüentar aqueles risinhos irritantes. E eu ficava irritada. E queria trucidar. Me sentia patética. E queria abrir um buraco na testa do Breno e ao mesmo tempo chorar de humilhação.


Na hora da saída,o riso parou. MAGICAMENTE.


~*~


Choraminguei, afundada no meio daquela mesa repleta de casais. Nina com um garoto lá do quinto dos inferno, um ano mais velho que ela. Kari que conversava com Elton sobre o tipo de cabelo de um carinha de uma série nerd aí. E Elton parecia envolvido no jeito como ela explicava como eles conseguiam manter o cabelo do cara tão seboso, e o maldito estava tão compenetrado como se ela falando de algo político. Amaldiçoei a raça humana. Pa-té-ti-cos. Então, quando eu estava distraída alguém sentou do meu lado.


_Ah, pelamor. Sai daqui._Empurrei Fernando como se ele tivesse alguma doença. Já irritada com qualquer tipo de contato com um ser que possuísse o cromossomo Y.


_Por quê? Breno mandou é?


_O Breno não manda em mim. Não manda em nada. Só não quero você aqui. Vaza!_Ele me ignorou. Como se eu tivesse falado em grego. Ainda sorrindo. Imune ao meu mal humor.


_Queria pedir desculpa, sabe? Não foi legal aquilo de manhã. Ter te feito passar por aquilo._Então ele passou a mão pela mecha de cabelo solta no meu pescoço. ISSO MESMO SENHORAS E SENHORES. Ele passou o dedo pelo meu pescoço! Aí eu comecei a rir. DÁ CÓCEGAS, DEMAIS, DEMAIS. Eu tenho ataque epilético quando tocam meu pescoço. Dependendo do momento. Porque quando se está no vuco-vuco... Nem sinto cócegas. Sinto, né. Enfim.


_Sério, cara... Vai embora. _Eu disse, entre risadas. Então, surgido do além, Breno se enfiou no meio de nós dois. Sério, deu um empurrão monstro no garoto. E ficou ali, sentado no banco, virado pra mim com cara de assassino. Aí me irritei. Ele ria da minha cara. Me irritava. E ainda vem perturbar? Empurrei Breno com tudo e ele caiu junto com Fernando.


_Que se explodam vocês dois. Seus puto! _Eles me olharam chocados._Cansei de vocês. CAN-SEI.


Então me refugiei numa mesa sozinha, que a cada segundo aparecia um cara pra me dar ‘oi’. Aí emputeci ainda mais e decidi vir pro corredor da Biblioteca, que é sempre vazio. Sério, essa situação já ta ficando uma mierda. Ainda mais com Breno tratando com tão pouco caso meu pega. Quer dizer... Ele riu! Riu de mim! Era... Humilhante. Demais.


Claro que eu ainda gostava dele. O por que... Nem tinha como dizer por quê. Eu não sabia. Eu sentia raiva dele. E às vezes sentia tanta falta, que até quase esquecia que ele tinha me magoado. Queria que nada daquilo tivesse acontecido. Que eu conseguisse o ver apenas como amigo. Mas andava difícil... Na maioria das vezes eu só queria bater nele. Com um saco de batata e pedra dentro. Até deixar ele roxo.Era o que eu queria no momento.


Bem, as próximas aulas foram chatas e cansativas. Kari parecia mais alegre, e Breno ficou de longe de olho em mim. Uma cha-ti-ce. Eu tava quase pegando um estilingue e jogando uma borracha assassina no olho dele. Pra cegar. Ainda ia escrever amor na borracha. Pra dizer que o meu lindo amor cegou ele. Bem romântico. Declaração LIN-DA. Na hora da saída, Kari começou a tagarelar.


_Sério, na boa. Breno é um babaca.


_Aprovado.


_Mas Fernando é gatinho, né?


_Não._Começou a palhaçada....


_É gatinho sim. Repara na batata da perna. Suculenta que só. Os pais caprichaaaram naquela batata. SÉRIO. Na boa. Pegava pela batata da perna.


_Fala sério, sua tarada.


_É séeerio. Já reparou?


_Não.


_Então, repara. Prova. Pega. Faz batata-frita com aquela batata. Mostra pro Breno o que ele ta perdendo.


_Não sou disso.


_Arran, ta. Sério, fica com o Fernando na frente do Breno pra ele aprender.


_O que você anda fumando?


_Não sei. _Ela riu._Mas quero que o Breno sofra.


_Ele ia ficar irritadinho, mas no final das contas nem ia ligar.


_Um dia eu gravo a reação do Breno ao ver você ficando com um garoto. Ele precisa aprender que você não está a disposição, não acha? A te valorizar.


_Certo. Talvez... Mas já chega desse assunto.



_Missy, imploro. Pega o Fernando. Ele ta caidinho por você. Haha.


_Não quero o Fernando. Desiste.


_Mas e o Arlindo, hein?


_Arlindo?_Parei confusa. Depois lembrei do ordinário. Ai ai._Foi legal...


_Gostou mesmo?


_Queria ter tido mais tempo._Fiz cara de meia meia (66’). E ela riu junto comigo. Ai como somos depravadas. Adooooro.


_Bem... Como eu sou uma ótima amiga. Te arranjei mais tempo.


_Como é?


_Ele te mandou uma mensagem. Você nem viu. Eu sim... E respondi.


_COMO É?_Arregalei os olhos, ainda não acreditando na cara de pau da Kari.


_Ele queria saber podia vir te ver hoje. E eu disse que adoraria. Bem, você disse, no caso.


_Você enlouqueceu?


_Fernando não vai conseguir nada com você, ainda, e você quer se livrar dele. Breno precisa de uma lição. E..._Ela olhou pro outro lado da rua._Olha ali seu tempo, Missy!


Olhei para onde ela apontava. E ali estava o garoto de mãos nos bolsos sorrindo pra mim. Aquele da festa. AQUELE LÁ DO AR. DO RALA ORDINÁRIA. Fiquei estática, sem saber o que fazer. Então ele atravessou a rua e a Kari simplesmente desapareceu, evaporou, puff.


_Oi._Ele disse suave e me olhando nos olhos.


_O-oi.


_Então... Eu queria saber se você gostaria de sair comigo. Eu sei que podia ter perguntado por mensagem. Mas né... Achei melhor falar pessoalmente. Além do mais, tem algo que eu quero fazer que só pode ser pessoalmente.


_O que?


_Depende da sua resposta.


_Sério que você quer sair comigo?_Olhei desconfiada. Isso era estranho. Um garoto NUNCA pedia pra sair comigo. E os que pediam não batiam bem das idéias #fato. Talvez ele fosse meio retardado sim. Mas ele parecia tão normal e tão fooofo sorrindo pra mim. E seguro. Ai gent... Nem fiquei confusa.


_Óbvio... Quero sim._Mordi o lábio pensativa._Então...?


_Hum, ok. Vai ser... interessante.


_Isso é bom.


_Então, o que você ia fazer?


_Terminar o que a gente tinha começado._Então ele se inclinou e colou os lábios nos meus. Ali. Na frente da escola inteira. Foi um beijo tão... Possesso. Daqueles com vontade mesmo, sabe? Até perdi o ar. E não foi por causa do nariz (sé.ri.o) Quando ele se afastou sorrindo, o olhei de olhos arregalados e meio roxa.


_Éer...


_Você tem que ir pra casa agora?


_Tenho.


_A gente podia amanhã a noite.


_Pa-parece ótimo pra mim.


_Então, eu te ligo pra combinar o horário, ta?


_Arran._Murmurei meio abobalhada. Ele continuava sorrindo.


_Te vejo amanhã.


_Arraaan._Eu devia estar com cara de retardada. Sem dúvidas. Mas eu não conseguia me situar! S.O.S


_Tchau._Então ele me deu outro beijo, mais calmo dessa vez. E mais uma vez eu me senti meio perdida. Ele se afastou sorrindo e quando desapareceu olhei ao redor. Tinha muitas pessoas me olhando de olhos arregalados. Kari correu quase gritando na minha direção e eu olhei na direção do Breno. Ele estava de boca aberta e vermelho

.


_Breno está catatônico._Kari comentou._Voto para corrermos antes que ele pire loucamente e comece a gritar.


_Concordo. Vambora._Kari me arrastou enquanto eu, ainda vermelha, tentava pensar.


_Ai, deus! Que beijãaao foi aquele?_Ela disse, enquanto íamos por outro caminho. Preferindo ir a pé pra falar de tudo.


_É, todo mundo viu, né?


_Arraaan. Você chocou a escola inteira. Haha, ainda bem que eu gravei.


_QUEEE?


_Gravei oras. Foi um momento único. Quando você ver a cara do Breno... Vai me agradecer. _Então ela começou a rir._E aí, ele te chamou pra sair?


_Arran.


_Séeeeeerio?


_É...


_OMG! MISSY TEM UM ENCONTRO! FINALMENTE._Ela gritou no meio da rua.


_Isso, grita mesmo pra todo mundo saber que sou encalhada.


_Quando cair a ficha, até você vai gritar.


_Vai sonhando....


_Quanto tempo até cair a ficha... 30 segundos?


A ignorei enquanto ela contava. Aí estanquei.


_20


Eu tinha um encontro.

_21


E não era imaginário.

_22


Era com um cara. (dã) E ele era bonito e legal (bônus).

_23


E esse garoto não era o BRENO! ~Aí começou a piração.

_24


EU NUNCA FUI EM UM ENCONTRO.


_25


QUE ROUPAVESTIR?


_26


COMO AGIR?


_27


E se ele me achasse estúpida?


_28


E O BRENO COMO FICA?


_29


Ah quer saber? QUE SE FODA, EU TENHO UM ENCONTRO.


_30!


_OMG! EU TENHO UM ENCONTROOOOOOOO._Comecei a gritar e a Kari junto comigo. Ela de contentamento e porque não resistia a gritar. E eu histericamente. E morrendo de medo do que isso daria.



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Notas finais do capítulo

N/A(Janine) Missy tem um encontrooooooo. Está sendo disputada. KKK garotos dando mais atenção #atoron.
Quanto as pessouas perguntando qual o objetivo do Arlindo. Kari explicou bem. BRENO TEM QUE APRENDÊ A VALORIZAR, SENÃO PERDE. u.u KKK
Ai, por favor. Digam se gostaram do capítulo e tenham paciência cmg, ta? kkkkkkkk Brigada, suas lindas. nhac *0* Logo as meninas tão de volta pra dar mais graça a fic. Bjs ;*



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