A minha mãe manteve segredo sobre a nossa casa, mas pelo que eu vi não seria prédio porque naquela área não tinha quase nenhum. Passados três quarteirões da escola o carro parou e eu vi um sonho se realizando, eu pulei do carro e corri para a porta de casa. Eu sempre morei em apartamento e sempre odiei, quando eu vi aquela casa linda toda creme com detalhes em madeira bem escura eu fiquei doida de felicidade, não conseguia nem me mexer.

"É parece que você gostou..." disse minha mãe com os olhos cerrados por causa do sol. A casa era linda por dentro e já estava toda decorada eu subi as escadas e vi o meu quarto: uma suite, parecia que tinha pertencido a um menino porque era toda azul, mas isso não tirava a beleza do quarto, da janela eu vi a rua cheia de árvores  e uma casa na frente que estava à venda.

O resto do dia eu descansei da viagem e arrumei o quarto, mas à noite me deu um ataque de pânico quando eu lembrei que ia para a escola no outro dia eu separei uma roupa toda produzida e coloquei em cima da cômoda, como não vi nenhuma pessoa indo de skate eu deixei o meu guardado para ir a pé. Eu jantei com meus pais e fui para cama nove horas, mas só consegui dormir meia-moite eu estava com medo do outro dia e com saudade de Mike, ele me passava toda  a segurança que eu precisava.

A escola era oito horas eu me levantei com muita dificuldade às sete tomei banho e coloquei a roupa, mas eu fiquei parecendo uma Barbie e decidi usar o básico que sempre dá certo: camiseta branca, calça jeans e um All Star preto, se fosse para ir a um casamento eu lutaria para usar isso.

Tomei um suco e sai andando com minha mochila vermelha nas costas não tinha ninguém na rua, virei a última esquina e o colégio já estava cheio eu parei e respirei fundo pegei na mochila um panfleto que nós recebemos lá na Austrália que tinha uma espécie de mapa e fui caminhando rápido para a secretaria, quando estava colocando o panfleto na bolsa ouvi um barulho familiar o som das rodas do skate no chão olhei para o lado e vi um menino alto e de cabelo loiro que andava lerdamente pela rua, aquilo fez eu me senti em casa eu entrei pela porta da frente em direção a uma porta enorme com o nome secretaria. Bati na porta e uma senhora muito simpática veio falar comigo no balcão:

"Posso ajudá-la?" perguntou com um sorriso

"Pode, eu sou Hayley Williams eu vim buscar o conteúdo das aulas..."falei, rápido demais.

"Ah... você é a menina da Austrália?! Prazer, eu sou Jenny, aqui está seu  conteúdo, espero que você goste da cidade" ela me entregou uma fichário cheio de papéis.

"Eu já estou gostando, é linda."

"Qualquer coisa pode vir e falar comigo, certo?"

"Certo, muito obrigada" eu me despidi e coloquei os papéis na bolsa.Saindo da secretaria, eu segui o mapa até a minha sala, a escola tinha vários prédios e o meu era o primeiro vi o número e entrei na sala.

 A sala já  estava quase cheia e todos olharam para mim eu pude sentir meu rosto ficando vermelho e fui direto para a mesa que eu vi vaga atrás de um menino de cabelo castanho era quase na última carteira do canto da sala e todos se viraram para olhar para mim, inclusive o menino que estava na minha frente:

"Oi, meu nome é Josh" disse com um sorriso

"Oi, eu sou Hayley."

"Você é a menina da Austrália?! O diretor nos falou sobre você..." nessa hora chegaram mais duas menina. " Essa é Susie e essa é Rachel" ele me apresentou.

"Oi... todo mundo tava muito ansioso pra te ver, não acontece nada nessa cidade..." disse Susie, uma loira bem alta seria difícil andar do lado dela sem parecer um anão de jardim.

"Eu achei a cidade linda..." disse surpresa

"Finalmente uma pessoa que concorda comigo... "disse Josh com os olhos brilhando. Nossa conversa foi interrompida quando o professor chegou. Susie estava sentada na frente de Josh e Rachel pegou a sua mochila  e sentou atrás de mim:

"Não liga pra ela não, você vai adorar a cidade"  sussurrou Rachel no meu ouvido.

O dia passou e todo mundo da minha sala veio falar comigo curioso para saber da Austrália eu não me incomodei todos eram amigáveis, mas Josh e Rachel eram bem mais ligados a mim e me mostraram o colégio inteiro, mas eu não consegui ver o menino que chegou de skate.