Me Ame escrita por Lúcia Hill


Capítulo 33
Capitulo - Estou Aqui.


Notas iniciais do capítulo

Aos poucos a jovem Ellen esta se recuperando, talvez esteja perto do fim ou apenas do um começo feliz.



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A recuperação de Ellen a cada dia melhorava, deixando assim seus familiares descansados. Jensen permaneceu na sala o tempo todo para apoiar sua amada, enquanto a jovem observava seu pequeno Dylan sobre seu leito, com os olhos brilhantes.

— Reconhece? — perguntou o jovem médico.

Ellen balançou a cabeça de forma negativa. O choque causado pela doença deixara sua memória um pouco fraca.Parecia querer lembrar.

— É seu filho, querida. — respondeu suave.

Jensen se levantou e caminhou a passos lentos até o leito, pousou a mão sobre a testa dela e fez pequenos afagos, fazendo surgir um leve sorriso sobre o rosto ainda pálido de Ellen.

— Afinal, quem é você? — perguntou à jovem.

Houve um breve silêncio. Aquilo, mesmo doendo no jovem médico, tinha que ser suportado, pois era passageiro, como uma simples dor de cabeça, e sabia que não podia deixá-la ainda mais confusa.

— Sou seu esposo. Sei que não se recorda, mas este pequeno que está sobre suas pernas é nosso pequeno Dylan. — disse, afagando os bracinhos da criança.

Ellen fez uma careta ao ouvir o nome da criança. Dylan parecia-lhe um nome familiar. A criança se divertia com o lençol branco, que cobria as pernas de sua mãe.

— Meu filho? — questionou risonha.

Jensen apenas balançou a cabeça. Rapidamente a jovem tomou a criança em seus braços e a embalou, com um largo sorriso, Dylan retribuía a forma de amor com pequenas risadas.

— Nosso filho. — disse Jensen.

A atenção de ambos foi dispersa pelo barulho na porta. Dr. Jonnhy continha um largo sorriso no rosto cansado, carregava uma prancheta entre as mãos. Aproximou-se de Jensen e o saudou, fazendo o mesmo com a jovem e o bebê.

— Que lindo ver mais uma família reunida. — disse emocionado. Logo se voltou par encarar Jensen. — Temos que conversar, será que pode me acompanhar? — pediu.

Jensen novamente beijou a testa de Ellen e seguiu o velho cirurgião para fora do quarto. A expressão dele havia modificado, o que não era uma boa para o jovem.

— Há algo de errado, Jonnhy? — perguntou afoito.

O velho cirurgião aproximou-se da janelinha da porta, retirando seus grossos óculos de grau e soltou um longo suspiro, deixando Jensen ainda mais afoito e preocupado.

— Diga? — insistiu.

— Na verdade, acho que o laudo de sua esposa está equivocado.

Antes de terminar sua conclusão, o jovem médico interrompeu-o bruscamente.

— Errado?

Dr. Johnny coçou o queixo, ansioso.

— Não é bem errado, mas equivocado. Digamos que há algo que não constatamos. — Jensen encostou-se a parede e tapou os olhos com as mãos.

— Então, não sabe do que ela sofre?

A dúvida novamente pairou sobre a cabeça de Jensen, mas não sabia se a medicina seria tão avançada para o que ela tinha. Poderia ser qualquer tipo de doença incurável, isso esmagava o coração do rapaz.

— Digamos que mais ou menos, filho, é que ela tem isso em seu gênero, entende? É algo de gerações anteriores, da linhagem de Ellen, é como uma pressão psicológica que poderá matá-la a qualquer momento. — indagou.

— Psicológico e genético? Como assim? — grunhiu confuso.

— Temos que ter calma. — pediu.

Jensen desencostou da parede gélida e andou em círculos, afoito.

— Calma, Johnny? Minha esposa sofre doenças psicológicas! É grave isso tudo. — respondeu.

Antes de dizer algo mais, a voz da enfermeira Louise pediu que aparecesse com urgência na sala de cirurgia de alto risco. Sem demora, o velho cirurgião desapareceu entre as enfermeiras.

Jensen ficou observando a jovem através do pequeno espelho da porta. Tinha que se dedicar a sua esposa o máximo possível. Amava-a de forma surreal e, se preciso, daria sua vida por ela. Assim que ele entrou no quarto, a jovem afagou o rostinho de Dylan.

— Olha, o papai chegou. — disse de forma maternal.

Jensen sorriu satisfeito e aproximou-se do leito, sorrindo largamente. Fez uma pequena carícia sobre os cabelos da jovem e sobre os de Dylan.

— Logo estaremos em casa. — disse.

Dylan soltou uma risada, despertando sorrisos.

— Por onde anda Abuela? — do nada a jovem perguntou.

Jensen assustou-se de princípio, mas logo entendeu.

— Ela foi tomar um café, pois há dias não está repousando direito. — disse.

Logo a jovem se voltou para o pequeno em seu colo, estava agitado e risonho. Jensen precisava ir até a lanchonete comer algo ou acabaria desmaiando ali mesmo.

Assim que saiu do elevador, deu de cara com Ryan parado, esperando o elevador. Sua expressão se modificou bruscamente ao ver seu primo indesejado em sua frente.

— Olá, primo. — disse Ryan amargo.

Jensen passou por ele e, por mais que desejasse socar aquela cara de arrogante, controlou-se e respondeu ríspido.

— Oi.

— E como vai, Ellen? — perguntou.

Aquele clima entre os dois era pesado e muito negativo, pois ambos se odiavam por motivos antigos e por mais esse, que ainda não deixava Jensen em paz.

— Bem. — grunhiu.

— Sei que me odeia da mesma forma que eu a você, mas tenho que te contar algo. — disse.

Jensen cruzou os braços, aguardando a tal conversa.

— Sua mãe me pediu algo que nunca faria, mas devo te contar.

A expressão de Jensen se modificou. Sua mãe? O que ela tinha pedido a Ryan a essa altura do campeonato?

— Vamos, diga. — pediu.

Ryan coçou o queixo e soltou um longo suspiro.

— Pediu para destruir suas chances com Ellen. Por mais que eu não te ache o melhor parente que tenho, nunca faria algo para ferir ela, pois a amo da mesma forma que você, entende? — disse.

Jensen não descartou quebrar aqueles dentes, após Ryan dizer que amava Ellen da mesma forma que ele, mas tinha sido um choque ouvir aquelas palavras. Sua própria mãe estaria ou está disposta a dar um fim na vida dos dois?

— Não diga mais nada. — disse Jensen.

O jovem médico caminhou, desacreditado, até o final do corredor enquanto Ryan permaneceu parado, observando a reação de seu primo.

Ele a ama de verdade. — pensou, sem jeito. Sabia que nunca teria o coração da jovem só para si, pois ele já tinha dono.

Jensen sentou-se na cadeira próxima ao balcão e desabou sua cabeça sobre seus braços no balcão gélido de mármore. A jovem atendente se aproximou.

— Deseja algo? — questionou.

— Café forte. — murmurou.

Era o que mais precisava para tentar esquecer que sua vida era um campo de batalha, e parecia que tudo estava contra ele naquele momento, inclusive sua mãe quem mais deveria apoiá-lo.

“Relembre dos velhos e bons momentos que a vida nos proporciona antes que as neblinas do destino as levem embora e deixe sua mente vazia.”


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Notas finais do capítulo

Boa Leitura!