Dias Depois...

Ellen já estava em sua casa no residencial Camp Dallas, aquela manha estava agradável com as leves brisas de verão, Abuela carregava o pequeno Dylan nos braços, como de costume o jovem porteiro saudou-os com uma alegria imensa.

–Sejam bem vindos de volta. - disse risonho.

Jensen sabia que sua esposa não estava totalmente recuperada, as lembranças ainda eram fracas mais estava sã, assim que virou a pequena esquina para estacionar pode notar um carro sedan preto, o rapaz sentiu seu coração gelar, não podia mais tinha quase certeza que era sua mãe e aquele motorista arrogante.

Assim que parou o carro na garagem viu sua mãe encostada no carro, tinha um semblante frio como sempre teve.

–Droga. - praguejou baixinho.

Ellen a encarou por um breve momento desconfiada sentia se mau com a presença dela, aquela mulher tinha de fato uma negatividade imensa que exalava pelos ares, Jensen foi o primeiro a sair do veiculo prata abrindo em seguida a porta para ajudar Abuela e logo para sua esposa.

Lilian com passos lentos se aproximou, o imenso óculos preto de sol cobria seus olhos.

–Que surpresa, você aqui? - questionou o jovem confuso.

Jensen segurou na mão de Ellen deixando à confusa, Lilian retirou os óculos escuros e avaliou a jovem da cabeça aos pés, Abuela sem dar muita moral aquela granfina metida à besta passou por ela.

–Pois é às vezes devemos fazer caridades, não acha querida? - disse ironizando ambos.

Jensen virou se para Ellen e com uma forma carinhosa disse.

–Querida pode ir descansar, pois vai ser um assunto chato e tedioso, e você ainda esta de recuperação. - disse por fim beijou lhe a face carinhosamente.

Ellen não questionou o desejo dele e caminhou rumo a porta de entrada, Lilian mau a encarou continuou com os olhos fixos em seu filho mais novo. Assim que a jovem entrou, Jensen fechou sua expressão e encarou sua mãe ou a mulher que dizia que era.

–Afinal o que quer aqui? - vociferou.

Lilian se aproximou de seu filho, de fato sua mãe estava diferente parecia mais fria e calculista, nunca lhe passou na cabeça que sua genitora poderia ser assim, tendo essa reação tão mesquinha e egoísta.

–Não foi assim que te eduquei, Jensen Carter Peterson, a convivência com essa gentinha de baixo nível está te deixando um ogro. - grunhiu trincando os dentes.

Jensen cruzou os braços sobre o peito e soltou um longo suspiro, como se quisesse dizer "deixe-me em paz" sua expressão aos poucos foi se normalizando novamente, nunca foi de ser estúpido ou ignorante com as pessoas principalmente com sua mãe.

O clima entre eles não era bom, o jovem não a via mais como a doce e dedicada mãe que Lilian foi ao passado, principalmente por ela ter utilizado Ryan como seu ajudante.

–Me desculpe, mais não quero que retorne aqui novamente. - pediu cabisbaixo.

Era dolorido para ele ter que pedir isso a própria mãe, mais era necessário, Lilian o encarou totalmente sem reação rapidamente levou a mão até a boca em forma de protesto.

–Se é para a senhora destruir minha vida, então por favor não faça parte dela. - disse.

Lilian meneou a cabeça para trás.

–Você não sabe meus motivos, querido estou apenas defendendo aquilo que é meu. - respondeu chorosa.

Jensen a encarou por um instante, como assim os motivos dela, então tinha algo escondido que não queria revelar.

–Seus motivos? Quais. - questionou confuso.

Ela soltou uma risada nervosa.

–Diga? - insistiu.

–Jensen, não posso te dizer algo que não é assim tão fácil. - respondeu.

Jensen se aproximou e grudou no braço de Lilian, tinha que saber o que ela estava escondendo dele naquele momento, o porquê não deveria ficar com Ellen.

–Vamos me fale, não sou mais criança. - pediu novamente.

Lilian se livrou das mãos de seu filho e caminhou até perto do carro, apertava os óculos entre as mãos, Jensen permaneceu parado encarando a.

–Você, Jensen... é - disse nervosa, paralisando e tampando a boca, deixando o silêncio prevalecer, o encarou e antes de continuar mirou seus olhos aos céus e disse. - Por que eu amava o pai daquela garota, eu fui trocada por aquela maldita enfermeira, droga Jensen, nunca amei seu pai é por isso que odeio James ele me afastou de Ramón Rodrigues, tive um caso com Luke foi uma noite de besteira, bebidas e por fim engravidei dele, mais Ramón não entende meus motivos e resolveu me deixar, eu era pobre e sem ter onde cair morta... - parou dominada pelos soluços - Me casei com seu pai por piedade de mim mesma, Deus por que não lutei.

Jensen caminhou rapidamente até onde Lilian estava parada, aquelas noticias caíram feito bombas no rapaz, então ela não queria que ele se casasse com a filha do homem que sempre foi apaixonada, o rapaz a abraçou de forma carinhosa.

–Não posso te perder como perdi Ramón, não entende meu filho. - disse entre soluços.

Jensen afagava os cabelos de sua mãe tentando acalmá-la.

–Sempre serei seu filho não entende. - disse fitando o nada.

Lilian se afastou bruscamente de Jensen, limpou as lagrimas e rapidamente se compôs, o encarou de forma indiferente.

–Não partir do momento que se juntar a essa mulherzinha. - vociferou.

Jensen arqueou a sobrancelha confuso, sabia que ela nunca perdoaria Ellen pelo que o pai dela havia feito, sua mente estava descontrolada.

–Ellen não tem culpa pelo que o pai dela fez, não vê. - grunhiu.

Lilian mostrou um sorriso sarcástico deixando o sem reação pela tal atitude.

–É da mesma raça, e sabia Jensen que farei de tudo para destruí-la assim como fez aquela vagabunda latina, guarde bem minhas palavras. - vociferou.

Jensen permaneceu imóvel vendo a entrar no carro, antes do veiculo sair, Lilian baixou o vidro e novamente ameaçou.

–Farei da sua vida o mesmo inferno que tive que passar por causa dela, entendeu Jensen. - disse.

O rapaz não teve resposta naquele momento, ficou perplexo com aquelas palavras ríspidas e cheia de ódio, Jensen ficou ali parado encarando o veiculo desaparecer.

Então agora sabia o real motivo de tanto ódio, nunca havia lhe passado na cabeça tais acontecimentos, com passos lentos o rapaz caminhou até a porta de entrada estava cabisbaixo.

Abuela abriu lhe a porta, ele a encarou como se pudesse ver que ela sabia desses fatos.

–Sei que. - antes que ela terminasse seu falar, o rapaz levantou a mão protestando contra.

Temia por Ellen e o pequeno Dylan, mais nunca permitiria que algo acontecesse de ruim a eles.