Depois de ter seu pedido renegado por Jensen, Ellen decidiu cair no jogo que o destino estava lhe proporcionando as regras ainda eram desconhecidas para ela, mas jogaria doa a quem dor, era apenas um pequeno lema.

“SE A VIDA TE DER LIMÕES FAÇA UMA SABOROSA LIMONADA, OU AMARGUE COM AS CONSEQUENCIAS” *

Noite de segunda, apenas 24 horas depois do gelo, estava pronta para começar seu serviço novamente. Estava na sala dos medicamentos preparando as dosagens para uma cirurgia daquela manhã seguinte.

Nossa não acredito que estou pensando nele ainda... Será que nem minha própria mente tem dó de mim – pensava angustiada, colocou a seringa na bandeja fechou os olhos e respirou fundo contou até três.

–Atrapalho? - era uma voz bem familiar.. sim era Ryan.

–Ora não. - abriu os olhos rapidamente e o encarou. - Precisa de alguma coisa?- as palavras saíram confusas.

–Não eu estava apenas passando e. - coçou a cabeça e voltou a fitá-la. - E... vi você ai ajeitando as seringas para amanhã.. e .- gaguejava.

–Resolveu me ajudar. - completou a frase dele e depois mostrou um belo sorriso.

–É.. me desculpe acho que estou atrapalhando?

–Não .. imagina uma companhia seria muito boa agora , principalmente se são umas 2h30 da manha de terça. - sorriu.

Ele se aproximou dela e começou a mexer nas seringas a ajudando, não tinha argumentos para iniciar uma conversa naquele instante.

– O que esta achando do Hospital? - uma pergunta sutil, ela o encarou.

–Bom... amo lidar com a vida.- sorriu sem a encarar.

–É por isso que é medico. - soou sarcástico - Brincadeira.

Ele riu a pequena piada, que convenhamos sem um pingo de graça.

–Mas e você?- e a encarou.

–Eu o que?- o fitou.

–Ora ... sempre quis ser enfermeira?- mostrou um sorriso timido.

–Não... praticamente , é apenas pra manter as contas em dia. - riu.

–Ata entendi, mas.

–Qual é ... outra faculdade seria fora dos meus custos se é que me entende.- voltou a mexer nas seringas.

Ryan se aproximou ainda mas dela, Ellen podia sentir seu rosto arder com aproximação repentina do medico, tentou se afastar para não perder o chão ali.

–Sempre pensei que... - parou e a fitou.

–O que?- o encarou.

–Que as mulheres fossem, mas é flexível.

–Você acha que todas as mulheres são FLÉXIVEL- repetiu com ironia.

–Não é por maldade.

Ellen se enfurecido e deu um passo para trás e o encarou seu rosto estava pegando fogo.

–Olha aqui, Doutor... já te disse que não vou uma vadia e muito menos fico me atirando em cima de qualquer um... e flexível é a PUT...

Foi interrompido por um beijo ardente e desesperado, não deu, mas para tentar se controlar e acabou saindo de si, mas algo dentro dela a fez reagir contra, ela o afastou bruscamente e acabou sentando um tapa no rosto de Ryan.

– Fique o, mas longe de mim entendeu - limpou a boca com a costa da mão.

Jogou a luva sobre a mesa e saiu enfurecida da sala o deixando sozinho, a moça tinha algo que o deixava fora de si... apesar de não ser só ele que sentia isso perto dela , com passos firmes Ellen foi até o banheiro, se mirou no espelho seu rosto ainda estava vermelho, estava cada dia mas confusa apenas fechou os olhos.

Aqueles olhos azuis de Ryan é uma ponte para a perdição– pensou de olhos fechados.

Desejava que a madrugada terminasse antes de acabar fazendo, mas besteiras.