Eternamente Juntos escrita por Bianca Dias


Capítulo 4
Verdes Novamente


Notas iniciais do capítulo

minha leitoras queridas!!!!
eu sei que demorei, e tals mais eu axu q valeu a pena!
esse cap ta otimo e espero que gostem!!!
eu dedico ele a minha melhor amiga, Gisele!!!
te adolu Gi!!!!!



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Cap. 4 – Verdes Novamente

         Eu tinha que admitir.  Alice era boa.

         Quando chegamos ao parque, o sol já estava novamente coberto pelas nuvens, então todos poderiam andar tranquilamente pelas ruas sem parecerem purpurina ambulante.

         Eu tinha que admitir outra coisa também. Apesar de minha mente ser extremamente avançada, eu tinha meus momentos de recaída e o meu lado criança cheia de energia falava mais alto. Assim como agora.

         Quando nós chegamos, e vi todos aqueles brinquedos que pareciam me chamar, eu senti meus olhinhos brilhando e por um minuto esqueci que eu me sentia uma adolescente que esqueceu de crescer, e corri em direção ao brinquedo que estava mais próximo de mim, e é claro, com Emmett no meu encalço. Ele não perdia uma.

         Quando entrei naquele escorregador enorme, mais lembranças da minha vida vieram átona: eu com um shortinho rosa e uma camisetinha branca, sentada na calçada em frente a minha casa, sob o sol escaldante de Phoenix, brincando com o cascalho que tinha ao redor das plantas que Renée tentava inutilmente manter vivas com aquele calor. Ótimo. Já estava me lembrando de quase toda a minha infância.

         Já passava um pouco das onze da manha, quando notei a falta de Emmett e Rosalie. Estranho. Eles estavam aqui ainda há pouco.

         - Onde estão Emm e Rose? – perguntei a Alice que estava ao meu lado. Jasper também estava por perto, mas ainda sim mantinha uma distancia segura para não arriscar minha vida.

         - Rose conseguiu arrastá-lo para algum canto. Até onde eu sei, ela se cansou de vê-lo brincando.

         Soltei uma risada nervosa. Não queria nem imaginar o que estaria acontecendo nesse momento.

         Eu já estava cansada de tanto brincar, então resolvi dar uma volta ao parque para conhecer o lugar. Desde que Alice me encontrou nós estamos morando em Vancouver no Canadá. É uma cidade linda, e raramente tem seus dias de sol. Mas agora estávamos no verão, então é um pouco mais quente, mesmo assim era agradável, apesar da falta que eu sentia de Forks.

         O parque era realmente lindo. Tinha uma área verde com alguns bancos  encostados, não tinha muita gente por aqui, então achei que seria um ótimo lugar para descansar.

         Foi quando eu ouvi. Aquela linda melodia que eu conhecia de algum lugar invadiu meus ouvidos e foi direto ao meu coração. Era a minha canção de ninar.

         Minhas pernas ganharam vida própria, e quase inconscientemente, segui em direção a linda musica que estava cada vez mais perto de mim. Meu coração estava a mil, como se pudesse antecipar o que aconteceria a seguir.

         Me aproximei de uma arvore, e vi que tinha alguém atrás dela, mas a única coisa que via daquele ângulo, era um pesinho balançando de acordo com o ritmo da canção. Me aproximei mais, eu sentia que meu coração iria pular do peito a qualquer momento.

         Passei direto pela arvore e girei os calcanhares, olhando diretamente para a figura que estava encostada na mesma.

         Meu coração que estava acelerado perdeu uma batida, e soltei a respiração que havia percebido que prendia. As lembranças me atingiram feito uma bala no peito.

         Pude me lembrar claramente daqueles olhos negros me olhando “como se pudesse me matar”, no meu primeiro dia de aula, me lembrei da primeira noite em que dormi em seus braços:

         “- Você tem um sono profundo, não perdi nada. – seus olhos cintilavam. – o falatório veio antes disso.

         Eu gemi.

         - O que você ouviu?

         Seus olhos dourados ficaram muito suaves.

         - Você disse que me amava.

         - Você já sabia disso.

         - Mesmo assim, foi bom ouvir.

         - Eu te amo – sussurrei.

         - Agora você é a minha vida – respondeu ele, simplesmente.”

         Meus lábios se abriram num sorriso com a lembrança. Ele agora estava bem a minha frente, com o mesmo cabelo acobreado, pele clara – no mesmo tom da minha –, pequenino, devia ter a minha idade.  Mas o que mais me chamou a atenção foram os olhos. Os olhos que antes pareciam ouro derretido, agora eram como esmeraldas. Verdes novamente. Assim como Carlisle um dia descreveu para mim.

         Em suas mãozinhas tinha uma gaita azul. Percebi que era dali que vinha a minha canção de ninar. Meu sorriso que estava cada vez maior, se desfez. Me lembrei que apenas eu teria as lembranças da outra vida. Ele só se lembraria quando chegasse a hora.

         - Oi – sua voz doce me fez sair do transe. Seus olhos incrivelmente verdes estavam fixos nos meus, como se me avaliasse.

         - Oi. – Eu finalmente pude responder. Me aproximei em passos hesitantes e me sentei ao seu lado, encostada na arvore.

         - Qual o seu nome? – ele me perguntou, assim que me sentei.

         - Bella Cullen.

         - O seu nome me parece familiar. – ele respondeu quando dava aquele meio sorriso que eu adorava. – Sou Edward Swan.

         Minha boca se abriu num perfeito “o”. Como assim, Swan? Fiquei olhando para ele, tentando entender as palavras que ele disse. Eu devia ter ouvido errado. Não tinha lógica.

         - Desculpe, mas... como é o seu nome mesmo? – eu tinha que ter ouvido errado.

         - Edward Swan. – ele respondeu confuso.

         Respirei fundo. Isso não tem lógica. Resolvi deixar essa passar. Depois eu perguntaria Alice. Ela deveria saber alguma coisa.

         Meus olhos caíram na gaita que ele ainda segurava. Resolvi então mudar de assunto.

         - você toca? – perguntei apontando para o objeto em suas mãos.

         - Só sei duas musicas. – ele respondeu. – quer ouvir? – assenti com um movimento com a cabeça.

         Ele colocou novamente a gaita na boca. A minha canção de ninar invadiu o ambiente. Meus olhos já estavam úmidos e tentei a todo custo refrear o choro. Mas já era tarde. Só notei que as lagrimas escorriam, quando uma pequena mão de Edward deslizou pelo meu rosto, secando as lagrimas, sem deixar a musica parar.

         Quando a canção chegou a suas notas finais, ele olhou para mim, ainda secando as minhas lagrimas e perguntou:

         - Por que você ta chorando? – olhei nas suas orbes esmeraldas intensas e as palavras saíram antes que as pudesse conter.

         - É lindo Edward. – disse sinceramente – onde você aprendeu? – não pude refrear minha curiosidade.

         - Eu não sei. – seus olhos eram sinceros. – eu ganhei essa gaita hoje da minha mãe e me deixei levar pela musica.

         Eu sorri. Ele nunca esqueceria essa musica. Mas a curiosidade voltou com força total de novo.

         - Quem é a sua mãe, Edward?

         - Sue Swan. Ela é minha mãe adotiva. – sua voz era meio tristonha.

         Pude sentir que o meu sorriso estava cada vez maior. Meu pai e Sua já eram um pouco velhos. Depois que morri devem ter adotado Edward. Isso me deixou aliviada. Com certeza ele estava em boa família.

         - Você não se lembra de seus pais? – talvez esse fosse o motivo da sua tristeza.

         - Não sei ao certo. Charlie e Sue me adotaram quando eu ainda era um bebê. Mas me lembro de um homem loiro e uma mulher de cabelos cor de mel. Não sei se eram os meus pais.

         Minha mão, que parecia que tinha vida própria agora, foi em direção ao rostinho de Edward, fazendo um leve carinho ali. Eu tinha uma estranha vontade de querer conforta-lo.

         Eu sabia que era de Carlisle e Esme que ele falava, mas resolvi ficar calada. Ainda estava cedo para falar qualquer coisa desse tipo para ele.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Finalmente eles se encontraram!!!!!
espero que tenham gostado!
bjos!
até a proxima!!!