E Você Está...desqualificado! escrita por Arizinha


Capítulo 7
Capítulo 7 - Sorte Casal!!




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-“Bella, você está namoraaando! Que lindo, amiiga!” – dizia Alice enquanto íamos ao colégio sexta. – “Só não pode esquecer as amigas! Não pode esquecer-se de mim em especial.” – disse fazendo bico.

- “Claro que não, Alice.” – eu disse rindo – “Eu acho tão estranho estar namorando com ele, sabe? Não que eu não goste dele, né? Mas é que sei lá...foi uma vida toda vendo ele só como amigo.”

- “Eu te entendo, foi assim quando eu comecei a namorar Jazz...” – ela fez uma carinha de choro – “Eu também achava estranho.”

- “Vai passar, eu sei. Ele me faz bem.” – disse sincera.

- “É ótimo, amiga! Mas e ai? Que você vai vestir na festa de noivado de Esme e Carlisle?”

- “Festa de noivado?” – ela assentiu – “Não sabia que eles iam fazer uma festa de noivado.”

- “Como você é desinformada! Você sabe que é uma dama de honra e que vai ter que discursar, não é?”

Freei abruptamente minha velha caminhonete fazendo os pneus gritarem. – “O que? Falara em publico está fora de cogitação!”

- “Ai, Bella, não surta” – menosprezou-me . “Você só tem que falar o que lhe vem a cabeça ou fazer um discursinho básico falando do casal.” – disse enquanto eu voltava a dirigir. – “E se você não quer matar esse zumbi mecânico pare de frear desse jeito!”

- “Não fala assim da minha caminhonete.” – disse afagando o volante – “Mas me diz, quando vai ser essa festa de noivado?”

- “Sábado que vem. Eu estou organizando!” – disse com os olhos brilhando.

- “Você é rápida.”

- “É um dom!” – ela riu.

Chegamos na escola e Jake me esperava na porta. Sorrindo abertamente pra mim. Fui estacionar minha caminhonete e senti um jipe colando na minha traseira. Era Emmett. Demorei o máximo que eu consegui para estacionar, enquanto ele buzinava e me xingava de brincadeira. Alice ria do nosso pequeno escândalo.

- “PASSA POR CIMA, Ô BARRAQUEIRO!” – Alice gritou.

- “DESCE E ME ENCARA SE TU É BEM MACHO, Ô ANÃ!” – morri rindo disso. Emmett era muito engraçado.  Desci do carro vermelha por causa do pequeno fiasco.

- “Cada vez te desconheço mais, Bella!” – disse Jake me dando um selinho.

- “Ué, ué! Você está pegando a Bella?” – perguntou Emmett chocado.

- “Namorado.” – disse ele, casualmente.

- “Aê Bellinha, pegadora!” – disse Rose.

Edward estava com os olhos arregalados e parecia não respirar. Depois ele começou a rir feito um idiota. Todos olharam estranho pra ele. E ele saiu olhando para os lados como se procurasse alguma coisa. Ele havia bebido?

- “hãn...Bem...Hehe...Vamos para a aula?” – disse Jasper, sem graça.

Hoje, eu tinha aula de biologia no primeiro período. E era um daqueles dias em que eu queria tudo menos ter aula com ele, não só pelo fato dele sempre, em todas as aulas não me deixar prestar em nada, mas também porque agora eu estava namorando. A minha pequena ‘demonstração de afeto’ em Jake, desencadeou milhares de olhares feios pra mim no corredor e inúmeras risadinhas enquanto eu passava de mão com ele, fingindo estar tranquila. Na verdade eu ligava muito pra tudo isso, eu me sentia até... Mesmo que seja complicado de admitir, envergonhada da situação. Era difícil ver ele como um namorado, mas ele era sempre tão doce. Ele me fazia sentir bem. Mas se eu pudesse, o esconderia, principalmente de Edward.

- “Boa aula, amor!” – disse, dispersando meu pensamento som seu selinho – “Não olhe para os outros menininhos!”

- “Engraçadinho!” – ri.

Outra coisa que me incomodava era essa forçada de barra. Quero dizer, “Amor”? Namoramos há três dias!

Entrei na aula e o Edward ainda estava com o surto autista dele. Ele olhava para todos os lados rindo de alguma piada interna. Mal sentei na mesa e ele já foi dizendo.

- “Tá, diz onde estão!” – ele riu.

- “Estão o que, Edward?”

- “As câmeras!”

- “Câmeras?” – perguntei sem crer.

- “Claro! Só podem ser uma pegadinha, e você é uma das atrizes.”

- “E você é doente, Edward.” – suspirei – “Não há câmeras, não sou atriz e não acho um porquê de ser uma pegadinha.”

- “COMO NÃO?” – ele gritou, me fazendo ficar um tomate – “Primeiro eu venho para Forks, morar nesse fim de mundo,” – Irritou-se identificando os itens nos dedos – “depois eu descubro que vou morar no meio do mato! E agora, a única criatura que me trata diferente e eu vejo que dava para manter um relacionamento por mais de dois dias, está namorando com Jacob Black! Jacob Black! Sabe o que é isso? É a minha decadência!” – disse indignado, mas em um tom normal. 

Acho que ele reparou que ele disse que ele tinha se interessado por mim e corou, junto comigo, claro, que já estava mais vermelha que um pimentão. Mas nenhum de nós quis sequer tocar no assunto de novo.  Minha indiferença fez ele se interessar por mim. Não consegui conter um sorriso. Eu gostava muito de saber disso, apesar de ser errado. Ele me olhava de canto de olhos novamente.

- “Você poderia ser, ao menos, não tão direto, sabia?”

- “E você poderia ser menos chata!” – disse rindo de mim e me jogando uma bolinha. 

Ó timo ele voltar ao normal. Maravilha! Revirei os olhos e tentei ao máximo me concentrar na aula de biologia. Já perdida a essas alturas. Ele disse que comigo poderia manter um relacionamento de mais de dois dias...Isso era bom ! Todas as garotas me invejariam...Hei! Foco, Bella, Foco! Você tem o Jake, isso é ótimo...Não é?

- “Bella! Você vai jantar comigo em La push hoje!” – disse Jake animado. – “Quero que nossos pais saibam que estamos juntos.”

- “Só se você fizer pizza.” – sorri.

- “Perfeito!” – disse me dando um selinho – “Apareça com sua mãe lá pelas oito. Estarei esperando.” – me deu um ultimo beijo e saiu.

Aquilo ao mesmo tempo que era incrível era estranho. Eu sentia que estava gostando dele, mas não tanto quanto ele gostava de mim. Aliás, nem perto disso. Esme ficaria extremamente feliz por eu estar namorando Jake, assim como Billy. Ambos faziam gosto da nossa amizade e aposto que ficariam extasiados com esse romance. 

Eu estava estressada.

Fazia dias que eu não chegava em casa as três como convencional. Do colégio eu ia direto para a aula da Mary, ensaiava até as cinco e meia e chegava em casa as seis da tarde exausta. Comia alguma coisa, nada de muito porque eu não podia passar dos cinqüenta e cinco jamais e me atirava na cama e estudava para as provas, antes mesmo de começarem os primeiros testes, porque se eu deixasse pra ultima hora, poderia não passar. 

Aquelas semanas que Alice passou comigo, foram igualmente assim. A diferença era que ela estudava e me fazia companhia, me ajudando com algumas coisas. Agora com Jake, minha rotina mudaria. Provavelmente ele me buscaria na aula de patinação, viria para casa comigo, assistiríamos filmes, estudaríamos alguma coisa. Ele talvez me chamasse pra sairmos em alguma festa ou coisa assim nos finais de semana, ia ser bom. Mudaria tudo e por enquanto isso estava bom pra mim.

Nunca namorei ninguém exatamente por causa da rotina, Jake havia me pego de surpresa dizendo que estávamos namorando hoje cedo. Nunca pensei em dizer não, afinal, ele pediu uma chance e é isso que eu vou dar pra ele, aliás, pra nós dois. 

- “ANDA MÃE! VAMOS NOS ATRASAR!” – gritei, pela terceira vez lá de cima. Minha mãe iria na janta no Jake junto com o Carlisle.

- “Já estou pronta, Bella. Desça! Carlisle já chegou.”

Desci as escadas me sentindo desconfortável. Eu estava com um vestido bordo, acima do joelho e sapatilhas pretas. Acompanhados de um sobretudo preto.  Jake queria fazer a janta em La push porque ele sabia que aquele lugar era ‘sagrado’. Era superstição. Seria muito mais fácil se ele fizesse na casa daqui. Era mais quente, maior e mais confortável. Não que eu não achasse a de lá confortável, porque era bastante. Mas eu não gostava nada da estrada pra lá.

- “Fiu-Fiu!” – assoviou carlisle – “Vocês estão deslumbrantes!”

- “Você está muito bem também, Carlisle!”

Minha mãe tinha razão, ele estava mesmo. Estava com um jeans azul escuro e um blusão branco.

A viagem a La push foi tão calma, que eu nem senti. Eles passavam o tempo todo falando do casamento, dos preparativos da Alice. De onde iriam passar a Lua de Mel. Esme iria ver o vestido semana que vem, o dela e o das damas de honra. Mas eu tenho a estranha certeza de que quem escolhera essas coisas será a Alice. Ela tem o dom de argumentar e manipular os outros de forma que nem sintam. É uma coisa boa, afinal de contas. Mas era bom pra ela.

Saímos do carro e Jake já estava na porta, ele me abraçou carinhosamente e sussurrou no meu ouvido que como seria uma surpresa os beijos seriam depois.  Eu ri dele e daquela animação contagiante. Ele me puxou para dentro sem eu ter ao menos a chance de falar com o Billy, que só piscou pra mim. 

- “Toma, Bella, você vai ser minha ajudante hoje.” – disse me atirando um avental e um chapéu de cozinheiro.

- “Nem nos seus sonhos eu vou por isso.” – ele colocou os dele e se aproximou.

- “Você vai sim! E vai ser a cozinheira mais sexy do mundo.” – falou colocando o chapéu na minha cabeça.

- “Você é algo, Jake!” – disse rindo. – “Tá, então o que eu vou fazer?”

- “Primeiro quero que corte esses tomates para o molho.”

- “Pro molho, Jake? É muito mais fácil comprar um molho pronto!”

- “Não fica com o mesmo gosto.”- disse fazendo careta – “ Corte bem pequenininho.”

Comecei a cortar tranqüilamente os tomates do molho do Jake, enquanto ele picava algumas cebolas. Ele, às vezes, comia um dos meus tomates discretamente e eu fazia careta

Depois dos tomates ele me fez cortar alhos, pimentões, alcançar orégano, cortar o presunto e queijo em tiras, picar calabresa e bacon e finalmente as azeitonas.

Ele colocou a primeira pizza no forno e pegou taças com vinho e levou pra sala. Ele estava muito garçom hoje. Ri disso.

- “Do que a senhorita está rindo?” – disse me abraçando por trás.

- “Bem, primeiro porque eu estou cheirando a alho.” – ele riu – “Depois porque estou namorando meu melhor amigo, e por ultimo e não menos importante” – disse me virando pra ele – “Porque você está extremamente cavalheiro essa noite.”

Ele me deu um selinho – “Sou sempre cavalheiro.”

- “E modesto, costumar ser?” – ele gargalhou. Aquela gargalhada gostosa que só ele sabia dar.

- “Costumava, sabe? Mas daí eu comecei a namorar a garota mais bonita do colégio e fiquei convencido.” – gargalhei. 

- “Minha nossa! Estou sendo traída!” – disse em falso pânico.

Ele gargalhou e me beijou. Aquele beijo cheio de carinho me fazia sentir mal, não que eu não gostasse de ficar com ele. Claro que eu gostava. Mas quando nos beijávamos eu me sentia estranha.  Ele colocou uma das suas mãos na minha nuca, aproximando mais ainda nossos corpos, enquanto a outra continuava na minha cintura nos grudando. Ele aprofundava cada vez mais o beijo, o meu pulmão estava começando a pedir oxigênio quando o fogão apitou nos fazendo pular. Gargalhei demais, quando ele bateu a cabeça no armário aéreo que ficava em cima dos balcões convencionais de cozinha. Ele saiu resmungando coisas em direção ao fogão.

- “Fogão idiota!” – disse irado – “Você só ri porque não foi você quem bateu a cabeça.”

- “Sorte a minha.” – ele me colocou a língua. O que só me fez rir mais.

Depois de prontas e servidas, Jake pediu pra que todos escutassem ele e disse:

- “Bom, isso parece mais uma coisa tipo de noivado do que sei lá o que...” – ele riu constrangido – “Mas a verdade é que nós – eu e Bella -  queríamos oficializar nosso namoro”

- “Heei, jake! Finalmente desencalhou! Eu já estava ficando preocupado” – Billy brincou.

- “Engraçadinho!”

- “Filha isso é ótimo! Parabéns!”

- “Obrigada, mãe. De verdade.”

Fomos cumprimentados e zoados por quase toda a sala.  Carlisle em seguida teve que sair porque ficou com medo que os filhos tivessem posto fogo na própria casa. Senti pena dele. Minha mãe e eu, fomos pra casa com o Billy, porque ele e Jake não iriam dormir em La push hoje. 

Amanhã era sábado e o melhor dia da semana pra mim. Jake viria a noite pra nós assistirmos um filme qualquer porque eu me neguei a ir a Port Angeles pra vermos um no cinema.  Jake disse que eu já estava começando a se chata!

Eu também tinha que fazer um discurso pra falar na festa de noivado pra minha mãe. Eu não sabia nem como começar a escrever aquilo.  Coloquei um pijama qualquer e me atirei na cama. Espreguicei-me e liguei o abajur. Detestava me acordar de noite e estar tudo escuro.

Desde pequena meu maior medo foi o escuro.

Eu também tinha outros medos idiotas, tipo: não me tapar os pés e alguém os puxar a noite, alguma coisa se mexer em baixo das minhas cobertas sem ser eu, aparecer um monstro na minha janela. Bom, é infantilidade e tudo mais, eu sei. Mas agora, nos dias de hoje o meu maior medo era eu ter que ir morar na mesma casa que os Cullens. Não tinha nada contra eles, mas aturar o Edward todos os dias ia me fazer mal. E eu sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Só era chato.

Estava ansiosa pra os meses passarem, pois afinal, tudo iria mudar. 


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Notas finais do capítulo

EEEEEEEE! Eu disse que seria rápidooo!
Obrigadão pra quem comentou. Mesmooo, adorei adorei adorei!! Vocês valem ourooo!!!!
Beijosssssssssssssss, se comentareem tem mais!



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