A Grande Profecia escrita por MayMay_Miau


Capítulo 6
Rumo Tomado e o Deus Atrevido


Notas iniciais do capítulo

Oie gente! Como vao as minhas adoradas meninas?!?
Desta vez vocês nao podem me xingar, ameaçar ou qualquel outro tipo de agressao, pois nao demorei muito para postar esse capítulo.
Eu, particularmente, o acho interessante.
Agradeço a Bellazita e a Biah_123 por terem comentado o cap anterior! Espero que gostem deste também ^^
Sem mais encheçao de saco....
A FIC!



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                        Já havia se passado mais de uma semana desde a reunião com as meninas de Afrodite e meus dias se resumiam em uma única palavra: tédio. Puro e simples.

                        Eu não fazia nada de novo. E isso estava me irritando. Muito.

                        Bem, se uma espécie de batalha de chalés versus chalés fosse alguma novidade. Eu admito que fiquei um pouco surpresa quando Annabeth comentou dele comigo, mas logo percebi que era a mesma coisa que treinar, com pouquíssimas diferenças. Eu fiz aliança com os chalés de Percy e Felipe e tive que ir contra os de Ninna e Annabeth. As duas eram muito opostas, mas quando se juntavam para trabalhar em equipe, devo dizer que eram excepcionais. Thalia participou com as Caçadoras.

                        Resultado final: perdemos. Ninna esfrega na minha cara – e na de Felipe – até hoje. E olha que já faz mais de três dias. O sorriso orgulhoso de Annabeth parece ainda maior e sua cabeça me parece ainda mais erguida.

                        E em relação aos sonhos esquisitos e sincronizados, o grupo ainda estava temeroso, mas já acostumado.

                        Rotina é algo realmente terrível.

                        - Silícia! – ouvi Felipe falar – Está divagando de novo! Estou achando que está sendo muito influenciada pela cria de Atena. – ele se referia ao tempo que passava com Annabeth e seus meios-irmãos. Era divertido.

                        - E se eu estiver? – fui meio grosseira, sem paciência para aturar suas brincadeiras – O que você quer Felipe? Já são mais de 21h00min e você deveria estar no seu chalé, roncando feito um porco.

                        - Por Nêmesis! Que mau humor! Eu só vim dizer que uma amiga do Percy chegou e ele quer que nos a conheçamos! – Felipe levantou as mãos, em sinal de rendição. – Mas se estou atrapalhando um momento de esclarecimento, me desculpe...

                        - Vá embora de uma vez – grunhi. Esse menino me tira do sério.

                        - Okay nervosinha! Vá ao chalé de Poseidon quando terminar a seção de meditação. – ele riu torto – E vá com um humor melhorzinho. Não queremos que você bote a pobre coitada pra correr para trás da mamãe. – ironizou ao final, acenando enquanto ia ao chalé 3. Esses filhos de Nêmesis não estão fazendo bem para Felipe.

                        Creio que se passaram mais de 15 minutos antes deu reunir vontade e paciência para seguir o mesmo caminho de meu amigo. Cheguei rapidamente e logo vi a nova figura. Ruiva, com uma expressão pra lá de sinistra.

                        Será que não existe ninguém normal aqui, não?

                        Ela me olhou, seus olhos ficando opacos e sua voz saindo como se três pessoas falassem ao mesmo tempo, em coro:

Primeiro seguirá onde a bússola costuma apontar

Depois da falha o anoitecer perseguirá

Corre, corre para onde os sonhos levam

Veja os sentimentos que se quebram

As Parcas gostam de brincar

E juntas dois destinos vão emendar

No portal infernal verá o padecer pela promessa

E na sede de vingança se verá imersa

O brilho da alma se apagará

E só pelo rei devolvido será.

                        É o que?

                        - Como é que é ruiva? – Ninna cruzou os braços – Que palhaçada foi essa?

                        - Ahn? – a menina indagou, parecendo confusa.

                        - Profetizou novamente, Rachel – Percy apareceu, pondo uma das mãos no ombro esquerdo dela. – Silícia, Ninna, bem, Rachel é o Oráculo de Delfos.

                        - Em palavras que entendamos – pedi.

                        - Ela dá com a língua nos dentes. Tem visões enigmáticas sobre o que acontecerá no futuro – Nico apareceu, ficando bem longe de mim. Podia ver um curativo em sua perna.

                        - Belo acessório, Pirralho Punk – Ninna gozou dele, apontando para a perna – Dá próxima vez, eu quebro-a para você. Considere um presente meu.

                        - Eu dispenso, Cabeça de Fogo. Mas se você se jogar de um precipício, aí sim será um ótimo presente. – Nico começou a troca de farpas habitual com Ninna. Pirralhos problemáticos.

                        - Tá certo, mas o que isso tem haver comigo? – perguntei, olhando para a tal Rachel e para Percy, que suspirou.

                        - Significa que essa profecia fala de você. – ela simplificou, não aliviando.

                        Em que diabos em me meti?

                        - Droga, vamos logo falar com Quíron – bufou Nico, após aparentemente ter perdido a batalha verbal com minha irmã. Bota moral, Ninna!

                        Nós contamos tudo e o velho centauro, preocupado, contatou Dionísio no mesmo instante. Meu pai disse que as coisas no Olimpo estavam tensas, e que logo poderia haver uma guerra entre os deuses. Percy torcia as mãos o tempo todo, assim como Annabeth mexia no cabelo. Thalia tinha aparecido um pouco depois, mas sua cara não era boa. Nico continuava indiferente.

                        - Mas e quanto a Prometeu? – perguntei. Os deuses ficavam discutindo entre si enquanto um cara louco de pedra comandava o Inferno no lugar de Hades? Eles podiam ser tão idiotas assim?

                        - É também um dos motivos das brigas – respondeu Dionísio – Uns querem jogar o cara no Tártaro e outros querem que a coisa se desenrole. Tá a maior confusão.

                        - Mas o senhor também participa desse conselho, certo? – perguntou Felipe.

                        - E você acha que eu vou me meter nesses assuntos complicados? – Dionísio fez uma cara de desgosto, e Ninna sussurrou para mim:

                        - Parece você de TPM.

                        - Cale a boca – sussurrei de volta.

                        - E pelo jeito, você vai se meter, não é mesmo Peter Johnson? – Dionísio olhou para Percy, que torceu o nariz pela confusão com seu nome – E ainda vai enfiar minha filha no meio.

                        - Eita. O que eu tenho haver com isso? – perguntei, vendo que falavam de mim. Que complicado.

                        - A Profecia falava de você. Além disso, tem uma ligação incontestável com a Grande Profecia anunciada por Rachel um ano atrás – Annabeth me explicou, o que só me deixou mais confusa.

                        - A Grande Profecia falava:

Sete meios-sangues receberão o chamado

Em tempestade ou fogo o mundo terá acabado

Uma promessa a cumprir com o alento final

E inimigos com armas as Portas da Morte afinal.

                        Por que será que eu não gostei dessa Profecia? Será que foi pelo fogo, tempestade, inimigos ou Portas da Morte?

                        - Isso não me cheira bem – comentou Felipe.

                        - E na Profecia feita para Silícia, algumas foram comentadas – Percy observou meio desesperado. Grover tinha me contado sobre as coisas que Percy tinha passado nos últimos cinco anos e eu me apiedava dele. Não sei se aguentaria algo assim.

                        - Bem, sete meios-sangues... – balbuciou Annabeth – Eu, Percy, Nico, Felipe, Ninna, Thalia, Silícia! – ela contou nos dedos, dando o número 7.

                        Minha cabeça começou a trabalhar depois disso.

                        - Chamado... um chamado... Os Sonhos! – exclamei, colocando as mãos na boca, em sinal de pavor.

                        - Tempestade... O pai de Thalia, Zeus. Fogo... O pai de Nico, Hades, ou no caso, Prometeu – Percy se juntou ao raciocínio.

                        - Ah droga! É possível ter um ano normal nesse lugar? – enfureceu-se Thalia.

                        - Vejo que não – Nico suspirou pesaroso, fechando os olhos e cruzando os braços.

                        - E o que isso significa? O que teremos de fazer? – Felipe pareceu ansioso, remexendo os bolsos da bermuda que usava.

                        - É simples – concluiu Ninna – Vamos ir para o Inferno e dar uns chutes na bunda daquele pirado do Prometeu.

                        - Não fale como se fosse simples assim, Ninna – a repreendi.

                        - Bom, eu concordo – decretou Percy – Temos que seguir para o Central Park.

                        - Percy – chamei sua atenção – Nós queremos ir para o Inferno, não ir brincar de parquinho.

                        - Tem um atalho para o Inferno lá – o menino explicou como se fosse simples. – Mas vamos precisar do Grover. A Passagem de Orfeu só abre com música.

                        A tá, né. Bem simples, na verdade.

                        - Partimos de manhã? – sugeriu Thalia, cruzando os braços.

                        - Pode ser. Vamos, chutamos o traseiro do cara, salvamos o mundo, resolvemos a briga com os deuses e voltamos. – Ninna simplificou. Com um bocejo, concluiu – Bem, eu vou tentar dormir. Vou pegar umas armas com os filhos de Hermes. – eu sabia que quando ela falava “pegar armas”, não significava pedir emprestado e sim, furtar, ou como era o caso de Ninna, roubar mesmo.

                        - Vou pedir para Pólux me emprestar seu arco-e-flecha – suspirei, pensando no arco pesado e horroroso que meu irmão possuía, mas como eu não tinha um melhor teria de me conformar. Meu pai, Dionísio, olhou para mim.

                        - Tome. – sua mão brilhou e apareceu um arco prateado e adornado com desenhos em dourado. Era inesperadamente leve e vinda junto de uma bolsa cheia de flechas semelhantes ao arco. Seriam perfeitas se não fosse o simples fato de pessoas normais estranharem uma menina andando de um lado para o outro com um arco e flecha. – Diga alguma palavra.

                        Como é? Melhor não discutir.

                        - Muffin – eu falei e tudo se transformou em um anel. – Isso é muito legal! – exclamei, recebendo confirmações – Obrigada... Er... – fiquei na dúvida sobre como chama-lo.

                        -... Pai – ele completou.

                        - Isso! Obrigada Pai!

                        - Não foi nada, agora, sumam da minha casa!

                        Picamos o pé depois da carinhosa despedida. Quíron e Rachel nos esperavam do lado de fora. O velho centauro se retirou e conversamos um pouco mais, planejando o amanha. Até que a ruiva era legal. Tive a impressão de que ela gostava mais do que deveria de Percy.

                        Bando de gente complicada.

                        Despedi-me deles e fui me deitar.

                        Tive os costumeiros sonhos que agora descobrira ser o tal chamado, que eram relacionados a Prometeu, mas depois deles, veio algo inesperado.

                        Eu estava em um jardim que não parecia ter fim. Flores gloriosas e exóticas ocupavam cada canto do local, rodeando as árvores frutíferas, o pequeno lago e o caminho feito de seixos brancos, que brilhavam com a luz do sol em tons arco-íris. Sentado ao lado do lago, um rapaz, de no máximo 18 anos olhava diretamente para o sol. Ele usava óculos escuros, jaqueta de couro sob uma blusa comum e calça jeans. Eu daria minha mão à palmatória dizendo que ele era uma das pessoas mais comuns que eu já havia visto – excluindo o fato de ser bem mais bonito que elas – se não fosse o fato de seu ser brilhar e de seus pés que se encostavam à água pisarem nela sem afundar.

                        Isso é muito estranho, mas é tão legal!

                        - Não vai se sentar? – ele falou, virando suavemente a cabeça, olhando pra mim por debaixo dos óculos. Pensei que ele estivesse falando com outra pessoa, antes de completar – Você mesmo Silícia Phillips, Filha de Dionísio.

                        Obedeci meio cismada com a voz profunda e brincalhona ao mesmo tempo. Sentia já a ter ouvido antes. Cruzei as pernas e passei a observar o lago, sentindo seu olhar queimar minha nuca.

                        - O que vai fazer agora, heroína? – ele perguntou.

                         Tome mais cuidado heroína.

                        - Ahhh! – eu exclamei, o assustando minimamente – É você! Foi você que me salvou da dracanae há algumas semanas!

                        Ele mesmo pareceu surpreso, retirando os óculos de sol e me analisando. Juro que quase caí de cara no chão.

                        Como alguém podia ter olhos assim?

                        Eram azuis. Eu já imaginava isso pelo cabelo loiro, mas não imaginava que fosse azul desta forma. Imagine o céu de verão, limpo de qualquer nuvem, some com o lago mais cristalino do mundo e ainda acrescente todos os tons de azul imagináveis e inimagináveis. Acho que assim, você conseguiria visualizar aqueles olhos.

                        - Sim, sim, claro. – ele não pareceu certo ao dizer – Vejo que conseguiu chegar com segurança no Acampamento Meio-Sangue.

                        - Apesar de ter sido pura sorte. – comentei – Se não fosse por você e por Percy, eu, minha irmã e Felipe nunca teríamos conseguido. A propósito, quem é você?

                        O garoto pareceu ponderar se devia ou não contar quem era, mas ao final falou:

                        - Sou Apolo.

                        Eu ouvi bem? Pode repetir?

                        - Tipo... Apolo, o Deus do Sol, da Música e tal? – perguntei meio abestada.

                        Ele riu com gosto, mostrando todos os 32 dentes impecavelmente brancos.

                        - É isso aê! Conhece outro de mim?

                        Pelos deuses! Eu estou conversando com Apolo! Tá, eu sou uma meio-sangue, filha de um deus, e provavelmente ver deuses é algo que se torna comum na minha vida... Mas ele é Apolo! Tenho certeza que nenhum outro deus é lindo assim!

                        Parecendo ver essa minha confusão com seu nome, Apolo foi se aproximando lentamente de mim, encostando uma das mãos em meu rosto e me puxando para bem perto de si.

                        Aí meus deuses! O que ele pretende fazer?!?

                        Meu coração parecia que ia explodir tamanha era sua agitação. Apolo parecia cada vez mais perto, e seus olhos já se encontravam minimamente cerrados. Sentia sua respiração quente e pesada soprar meu rosto. O sol conspirava contra mim, tornando-o cada hora mais belo e iluminado. Sua mão direita – a que estava em meu rosto – o acariciou levemente e faltava cerca de míseros centímetros de distância entre nós.

                        Por Dionísio! Ele vai me beijar!

                        Posso ser considerada louca pelo que vou fazer agora, mas eu não vou desperdiçar meu primeiro beijo em um deus mulherengo que não conheço! Eu moro atualmente no Acampamento Meio-Sangue e garanto que o chalé desse deus loiro é um dos mais cheios!

                        Por esse motivo, rapidamente o empurrei para longe, levantando-me em seguida, pondo a mão no coração para tentar acalmar sua batida. Sentia-me ofegante e parecia que todo o sangue do meu corpo tinha ido parar na minha cabeça. Olhei de soslaio para Apolo, que parecia um tanto quanto atônito. Devia esperar que eu simplesmente aceitasse essa tão repentina aproximação. Ora que atrevido!

                        - O que... O que estava... O que estava pensando em fazer? – balbuciei ainda meio incerta – Você ia me beijar?!? – me exaltei, olhando diretamente naqueles olhos azuis e tentando não me perder.

                        - Eu...

                        Quando ele ia começar, bom, eu acordei. Bem nervosa por sinal e com o rosto queimando de vergonha. O sol já começava a aparecer, o que significava que eu tinha que me dirigir para a saída do acampamento para finalmente seguir em direção ao titã pirado que agora controlava o Mundo Inferior.

                        Catei minha mochila que tinha deixado pronta no dia anterior, a joguei sobre meus ombros e saí do chalé, deixando um recado para Pólux, dizendo que ia sair e tentar salvar o mundo.

                        Encontrei Annabeth, Percy, Thalia, Ninna e Felipe esperando perto de um carvalho gigantesco que tinha um dragão dormindo com tranquilidade. Mal cheguei e Nico, que era seguido por Grover, também apareceu. O grupo estava todo lá.

                        - Vamos? – perguntou Percy, começando a andar. Os outros seguiram atrás dele, deixando a mim, Ninna e Felipe para trás. Eu sabia o que era isso. Todos nós estávamos com medo do que viria a partir do momento que deixássemos o solo seguro do Acampamento Meio-Sangue. Minha irmã queria se fazer de forte, mas eu podia sentir sua ansiedade.

                        Felipe tentou fazer a única coisa que poderia... Consolou-nos.

                        - Ora essa, não vamos amarelar agora! – brandiu levantando os braços de forma afetada – Ninna, Silícia, eu prometo que aconteça o que acontecer, eu vou protegê-las!

                        Sorri um pouco e apertei suas bochechas, que imediatamente coraram.

                        - Você fica fofo fazendo esse tipo de promessa! – disse brincando com ele.

                        - E você acha que pode nos proteger? – Ninna riu sarcástica – Do jeito que tu é mole, nós é que vamos ter que te proteger!

                        - Humpf! – ele bufou, correndo para acompanhar os outros, que chamavam pela gente. Ninna revirou os olhos, deu de ombros e eu abafei um risinho.

                        Meninos!

                        Tá, caminhamos a beça e pegamos um ônibus que nos levava diretamente ao Central Park. Thalia e Annabeth discutiam sobre possíveis formas de dar uma surra em Prometeu, Percy conversava com Grover, minha irmãzinha brigava com Nico, como tinha se tornado um costume, Felipe olhava para a paisagem por detrás do vidro e eu, bem, eu observava eles. Era a primeira vez que eu vinha à Nova Iorque e devo dizer que fiquei um pouco surpreendida. Eu já tinha morado em muitos lugares, desde San Francisco até Seattle, mas nada era assim.

                        Seguimos para o Norte até enfim descermos na parada do Central Park.

                        Oh uau. Era mesmo grande!

                        Percy e Grover nos guiaram até uma pedra.

                       - É aqui – anunciaram, enquanto Grover pegava sua flauta e tocava uma melodia que meus ouvidos já tinham escutado em algum lugar. Seria Nirvana? Bem, ignorando o detalhe, continuei olhando para a pedra, esperando que alguma coisa acontecesse.

                        Hmm... Até agora, nada.

                        ...

                        ...

                        Meus deuses, será que demora tanto assim para abrir uma porta sobrenatural ou coisa parecida?

                        - Ei, Cabeça de Alga, já não passou da hora disso aí abrir? – perguntou Ninna, cruzando os braços em sinal de impaciência.

                        - Não sei o que está acontecendo – Percy comentou, bagunçando o cabelo e andando de um lado para o outro – Já devia ter abrido.

                        - Deixe-me tentar algo – Nico se pronunciou de surpresa, me fazendo lembrar de sua presença. Ele aproximou-se da pedra, colocou o ouvido nela e ficou quieto; mais que o de costume – É, Prometeu fechou esse portal. Não entramos aqui nem que a vaca tussa.

                        Oh ótimo! Adorei a notícia, Pirralho Punk!

                        - E se chamássemos a Sra. O’Leary? – Percy olhou para Nico.

                        - Não ia dar certo. Mesmo que desse, ela não conseguiria levar todo mundo para o Mundo Inferior – Nico respondeu, exasperado – Isso é uma afronta a mim, filho de Hades... – aí ele começou a tagarelar ultrajado e eu deixei de prestar atenção.

                        - Quem é Sra. O’Leary? – indagou Felipe.

                        - É um cão infernal – respondeu o garoto, da forma mais natural possível.

                        Essa cadela devia ser adorável... A tá, nem nos sonhos.

                        - Vamos ter que entrar a moda antiga – Thalia bufou, descontente.

                        - Eu concordo – Annabeth a seguiu – Vamos para Los Angeles, Hollywood.

                        - Que maravilha – Percy riu sem humor – Estava morrendo de saudades dos chiliques de Caronte. Será que Hades aumentou o salário dele?

                        - Duvido muito, meu pai é mão de vaca – Nico deu de ombros.

                        - Vamos logo! – Thalia reclamou – Temos que pegar um trem, porque táxi eu não pago!

                        E, antes que sobrasse para mim, me mandei junto das meninas, deixando os meninos para trás reclamando sobre como mulheres eram apressadas.

PoV Autora

                No Olimpo, Apolo permanecia pensando, parecendo um tanto quanto confuso. Ficava sentado em seu trono, com a mão no rosto e um olhar distante, e não havia grito de Afrodite que o acordasse. Suas musas podiam estar cantando a pior das melodias que ele não repararia, bem como não se importaria se Ares começasse com suas brincadeirinhas insuportáveis e maliciosas. Artémis olhava para o irmão, chocada, imaginando as mais diversas possibilidades para tanta distração.

                        O Deus do Sol se sentia um pouco inconformado com o fato de Silícia o ter dispensado. Nunca, nem mesmo uma única vez, durante os últimos 2ooo anos ele tinha sido rejeitado. Isso o deixava nervoso, curioso, interessado e realmente bem desafiado. Agora, conquistar aquela bela filha de Dionísio não era somente um ardente desejo de seu coração apaixonado, era uma questão de honra para seu orgulho ferido.

                        Zeus, Poseidon e Ares estavam se estranhando, assim como Hera, Hermes e Atena não se entendiam de maneira alguma. Hefesto continuava quieto em seu canto, como Dionísio, que não se interessava por esses assuntos. Afrodite punha lenha na fogueira entre Hermes e Atena, enquanto Artémis andava preocupada demais com o irmão e com suas caçadoras para prestar devida atenção à confusão armada. Deméter parecia tão alheia quanto Apolo, e já tinha se acostumado com toda aquela confusão. A pobre Hestia, bem, ela ficava vendo o fogo crepitar, cansada da bagunça.

                        O Olimpo estava uma baderna, e bem longe dos deuses maiores, Psiqué observava os passos dos semideuses apreensiva, sem saber o que fazer para ajudar. Sentia-se aliviada por Silícia ter sido capaz de resistir a primeira investida de Apolo, mas sabia que a partir de agora, as coisas só piorariam.

                        E como piorariam.

                         

                       

                       

                       


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Notas finais do capítulo

Quem gostou levanta a mao!
Quem gostou dá um UP!
Quem gostou manda review!
Sério gente, cinco minutinhos de atençao compensam as várias horas que fico escrevendo para vocês.
Além disso, reviews trazem ideias e ideias, trazem atualizaçoes...
Bjs =*