A Grande Profecia escrita por MayMay_Miau


Capítulo 5
Jogo Entre Deuses


Notas iniciais do capítulo

O-Oiee *se esconde atrás de alguma coisa*
Vocês devem estar querendo me matar, não estou certa?
Eu realmente sinto muito! Eu estava atolada de coisas e minha internet não gosta de cooperar. Além disso tudo, eu tive que reescrever o capítulo inteiro, pois meu amado pc estragou e teve que formatar TT.TT
Traumatizei TT___TT
Agradeço a Bellazita, a Beea_Cullen, a Biah_123 e a annalia_valdez pelos reviews!
Espero que não tenham desistido de mim e da fic...
Aproveitem XD



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O que Nico queria dizer com Grande Profecia? E o que isso tinha haver comigo? Esse negócio era bom ou ruim? Eu ia me meter em uma furada?

                - Explique isso pirralho! – ordenei, voltando a olha-lo. Surpreendi-me ao ver que Nico tinha sumido. Minhas videiras tinham murchado. Percebi que tinha me distraído.

                Ahh! Eu ainda pego aquele pirralho!

                Fui desviada de meus pensamentos por um tapa excessivamente doloroso nas costas. Quando virei-me, encontrei Ninna, com um sorriso estampado na face. Ela era minha irmã, mas mesmo assim, ainda estranhava vê-la com um sorriso que não fosse desdenhoso ou sarcástico.

                - Eu vi aquilo mana! Porque você soltou o Mané? Se tivesse continuado por mais uns minutinhos, ele ficaria sem as pernas! Como fez isso? – Ninna contou animada, apontando para as plantas mortas.

                - Aff! Aquele pirralho me irritou e sei lá... As videiras simplesmente apareceram! – expliquei a ela – Mas perdi a concentração e elas murcharam!

                - Pena... – suspirou Ninna. – Ele ficaria mais simpático aleijado! Me deixaria muito feliz. Mais feliz do que agora, depois de vê-lo mancando.

                Por que não me surpreendo com minha irmãzinha?

                - Não acho. Nico sabe mais do que imaginava... – comentei – Vamos! Temos que encontrar Percy! – apressei, começando a correr em direção ao chalé de Poseidon. Isso mesmo. Ele era filho do deus dos mares. Sortudo.

                Quando cheguei lá, vi uma coisa que me fez rir. Percy e Annabeth estavam juntinhos, se encarando de maneira apaixonada. Sabia que se tivesse chegado instantes antes, teria visto algo um pouquinho mais íntimo.

                - Pombinhos! Chega de mel que eu já estou doce! – cantarolou Ninna.

                Espera aí! Minha maninha cantarolou? Ela estava tão feliz assim por eu ter machucado Nico? Isso só pode significar uma coisa! Minha irmãzinha está gostando de alguém! Que fofo!

                Bem, mas para isso não me trazer futuros problemas em relação ao meu corpo e mente, preferi ficar calada. Ninna descobriria por si mesma.

                Pelo menos, eu acho.

                - Er... Hmmm... Hã... – Percy tentou pronunciar algo, corado. Enrolou-se totalmente com as palavras. Admito que quase morri de rir. A cara dele e de Annabeth eram simplesmente impagáveis!

                Mas voltei a ficar séria ao lembrar-me o que tinha ido fazer ali primeiramente.

                - Percy, Annabeth – chamei-os – Acho que sei o que está acontecendo conosco – eles me olharam, também sérios. – Ou melhor, Nico acha que sabe o que está acontecendo. O pirralho me contou sua teoria...

                -... Contou depois de quase perder as pernas – interferiu Ninna, com um risinho. Annabeth continuou olhando para mim, esperando que eu continuasse.

                - Bem, ele me contou que podia ter algo haver com uma tal de Grande Profecia.

                Como explicar o que aconteceu depois? Percy e Annabeth ficaram extremamente pálidos, tanto que pensei que iam sumir. O céu escureceu e começou a chover fortemente, encharcando todos. Ninna soltou um grito e senti alguma coisa agarrar meus tornozelos.

                Gritei como Ninna ao perceber que eram mãos. Não mãos comuns. Mãos com garras, dedos faltando e ossudas.

                - Ahhh! Soltem-me! – ouvi Ninna bradar, tentando pisar nas mãos que a seguravam.

                Percy e Annabeth ainda pareciam atônitos demais para fazerem alguma coisa. Tive que gritar para que voltassem à realidade.

                - Percy!! Annabeth!! Ajudem-nos!! Façam alguma coisa!!

                Parecendo finalmente despertar, Percy tirou uma caneta do bolso. Ao destampa-la, ela transformou-se em uma espada. Ele pulou para fora da varanda de seu chalé e começou a cortar os membros dos monstros que agarravam Ninna.

                Se não estivesse muito ocupada em tentar me livrar dessas coisas, eu praguejaria e xingaria Percy. Eu peço ajuda e ele vai ajudar outra?

                Balancei a cabeça com o pensamento absurdo. Essa “outra” era minha irmã, e tanto quanto eu precisava de ajuda.

                Só então vi que outros campistas estavam em situações parecidas com a nossa.

                Ouvi a voz de Nico bem distante dizendo:

                - PAREM!! COMO FILHO DE HADES, ORDENO QUE PAREM!!

                E parou? Para minha infelicidade e a de vários outros em situações semelhantes, não parou nada.

                Isso até meu pai, Dionísio, aparecer. Usava roupas de um surfista de meia idade e tinha uma cara de tédio.

                Como alguém podia sentir tédio diante de um momento como esse?

                A resposta: Dionísio.

                Ele simplesmente viu o que estava acontecendo, bocejou e estalou os dedos.

                E em segundos, os esqueletos começaram a regressar para dentro da terra, finalmente me soltando. A chuva parou abruptamente.

                Aquilo fora... rápido.

                - O que estão fazendo parados? Voltem logo para as suas tarefas insignificantes! QUÍRON!! Onde está aquele cavalo inútil? – berrou Dionísio, a expressão de tédio se mudando para uma de fúria. Não era algo agradável de se ver.

                - Epa! Teu paizito tá nervoso, né mana? – perguntou Ninna, descontraída e como se nada tivesse acontecido. – Agora eu sei a quem você puxou quando está de TPM.

                - Cale a boca. – falei, já começando irritar. Droga, ela estava certa.

                - Não está aqui quem disse. Tô me mandando! Minha barriga vai começar a falar daqui a pouco. – e foi embora.

                Minha barriga reclamou. Ainda consegui falar antes de segui-la:

                - Ei! Ninna me espere!

                Tinha que comer bem, hoje teria que participar de uma “reunião” no chalé de Afrodite. Graças aos deuses que Thalia e Annabeth também foram convidadas. Ninna ficara de fora e duvidava que mesmo que fosse chamada, compareceria.

PoV Psiqué

            Caminhava novamente por um dos infinitos jardins do Olimpo. Às vezes, a imortalidade se tornava cansativa. Meu filho Stulus Passion* estava aprontando em algum lugar do mundo, brotando paixões insensatas, como seu próprio nome sugeria (N/A: Stulus Passion significa Paixão Insensata). Meu filhinho amado dava tanto trabalho às vezes.

                Antes mesmo de ele chegar, minha conversa mental foi interrompida pela presença divina de meu marido. Eros voltava de mais um de seus trabalhos.

                Quando sua imagem perfeita apareceu diante de mim, sua expressao não era a das melhores.

                - Meu marido, o que aconteceu? Seu belo rosto está trincado de raiva – disse a ele, deslizando minhas mãos por sua testa, relaxando-o.

                - Ah Psiqué! É Apolo! Como se não ele a encher-me os nervos? Novamente me desafias a um duelo de arco! Já não provei ser o melhor ao longo de tantos éons?

                - Meu querido, mesmo com tantos duelos, ambos se encontram em um mesmo nível! Suas vitórias sempre causaram dor a Apolo, por isso ele insiste em duelar!

                - Desta vez, sessarei de uma vez com essa moléstia! Minhas flechas já o acertaram antes, e vão acertar novamente. Será uma paixão tão ardente quanto a que um dia ele já sentiu por Dafne!

                - É disto que tens certeza? Cuidado, Apolo és um habilidoso conquistador e as mulheres destes tempos se tornaram fáceis de manipular.

                - E é exatamente onde entras. Quero que procures no Acampamento Meio Sangue uma garota que resista às investidas de meu adversário! São mais espertas que as comuns.

                - Por que a mim?

                - Pois eres tu a alma humana! Tu que reconhece alguém capaz de realizar tal ato.

                - O que não faço ao olhar para tal face? Pois bem, assim o farei.

                - Eres um amor – Eros se aproximou de mim, selando brevemente nossos lábios, antes partir para mais um de seus serviços. Era um deus muito ocupado. Ousaria dizer que era até mais ocupado que Hermes. O amor não nascia sozinho, certo?

                Era hora de fazer o que meu marido pedira. Fui até uma das fontes espalhadas pelo jardim e olhei dentro de suas águas cristalinas, visualizando um chalé do Acampamento Meio Sangue que rapidamente reconheci. Minha sogra sempre estava envolvida em assuntos do gênero. Parecia uma pequena festa, com meninas de outros chalés no meio da beleza clara das minhas meias-cunhadas. Uma delas começou falando:

                - Psiqué e Eros? Por qual motivo esse é seu conto favorito?

                Isso me chamou a atenção. Então tinham posto meu marido e eu em uma conversa. Interessante.

                - Conheço poucas histórias. Mas de todas elas, sempre me surpreendi com o amor desses dois. Psiqué errou, mas Eros a perdoou e a ajudou, além de transforma-la em uma deusa, para passar a eternidade ao seu lado. Acho isso muito bonito e romântico. Também gosto da Guerra de Troia de A Cegueira de Dafnis.

                Era sincera. Gostei da garota. Sua alma me parecia pura e era arroxeada, significando ser filha de Dionísio. Além disso, era bonita para uma mortal. Isso tornaria as coisas mais fáceis.

Havia outras duas que poderiam resistir a Apolo. Filha de Zeus e de Atena. A de Zeus usava uma tiara de Caçadora, então rapidamente desconsiderei usa-la. Presava Artémis demais para isso. A filha de Atena, reconheci como uma das “amigas” de Perseu Jackson, um rapaz que tinha salvado o Olimpo ano passado. Descartada. Intrigas amorosas eram para Afrodite.

                Teria de ser a filha de Dionísio. Era a melhor opção. Mas, de alguma forma, senti que isso não seria uma coisa muito fácil. Apolo, quando decidia algo, não desistia de forma alguma. Essa garota poderia não resistir. Também tinha gostado dela. Eu zelaria por sua segurança.

                Estava resolvida: Seria ela.

PoV Autora

            Quando o sol estava perto de se surgir duas figuras foram avistadas, vindo do céu.

                A primeira, a leste, era a de um luxuoso Maserati vermelho, que era dirigido por um jovem imortal perfeito. Apolo. Mesmo de óculos escuros, era possível ver ser rosto contraído em satisfação e um pouco de desdém. Venceria.

                A segunda, vinda a oeste, era mais clássica, conservando o que se repetia desde o inicio dos tempos. Eros voava com suavidade, bailando pelo ar. A túnica e as sandálias o tornavam o total oposto do outro deus, que usava roupas modernas e tênis. Isso será fácil. Principalmente agora que já sei como o atingir. Era o que Eros decretava mentalmente.

                - Chegou cedo querubim. Isso é realmente inusitado vindo de você.

                - Cale-se. Tu me chamaste aqui para duelarmos. Imponha tuas regras.

                - Tenha dó! Estamos no séc. XXI cara! Ninguém mais fala tu, vós... E blá-blá-blá. E como hoje estou de muito bom humor, pois sei que vou ganhar, pode escolher o que vamos fazer.

                Isso poderia tornar-se tão fácil? Pensou Eros com um sorriso brilhante. Apolo facilitaria as coisas a tal ponto? O deus não era burro e podia estar planejando algo.

                Mas ignorando essa linha de pensamentos, Eros sugeriu um jogo dentro do Acampamento Meio Sangue, sem que os campistas ou Dionísio descobrissem. Poucos escapavam da astúcia oculta do deus do vinho. Essa era a parte divertida, segundo Eros.

                Apolo rapidamente aceitou.

                Os dois foram para o local, não muito distante de onde estavam. Devia ser difícil entrar no Acampamento com um dragão, o Velocino de Ouro, Dionísio e centenas de campistas rondando, mas nem tanto. Eros se tornou invisível, e Apolo facilmente assumiu a forma de um campista qualquer. Ninguém perceberia um a mais.

                Perto dos campos de morango que decidiram o que fazer. Bem distante de tudo e de todos, havia dois pequenos botões de flor, brancos e sem atrativos. O objetivo era acertar esse botão no meio. Eros começaria.

                Ele pegou uma das suas flechas mais finas e afiadas, para garantir a rapidez dela. Posicionou-se acima de uma pequena pedra, apoiando-se nela. Apolo tinha que admitir que mesmo depois de tantos milênios, a postura e graça de Eros continuavam as mesmas.

                O primeiro botão foi rapidamente acertado e por uma questão de milímetros, não foi em seu exato meio.

                Era a vez de Apolo. Sua postura e elegância não o deixavam abaixo de Eros em momento algum. Sua flecha cortou o ar e o pequeno botão teve seu meio perfeitamente atingido.

                - É meu caro querubim... Parece que eu ganhei! Apolo 8.233 e querubim 8.232!! Sinto muito por ter te derrotado... Ou melhor... Não sinto muito nada!! Bem feito pra você e... Ué? Onde ele foi?

                Eros tinha sumido, e nem estava ligando muito no resultado desse jogo. O verdadeiro estava apenas começando. Foi até o chalé de Dionísio. Não havia ninguém. Viu alguns objetos que pertenciam a uma menina e pegou um minúsculo frasco de creme corporal. Tinha cheiro de uvas, hortelã e orquídeas. Pegou uma de suas flechas com a ponta feita de ouro: amor. Passou uma pequena quantidade de creme na flecha, e foi invisível, para onde Apolo estava.

                O deus do sol, como um bom conquistador, ficava olhando as filhas dos outros deuses, para decidir qual era a mais bonita entre elas. Nem mesmo percebeu a presença de Eros, que mirou, e acertou facilmente o seu coração.

                Apolo não pareceu perceber a flecha que acabara que atingir seu coração, mas seu nariz captou um cheiro que o fez estacar. Andando com algumas meninas, a garota mais linda que ela já vira na vida fez seu coração acelerar. Era um cheiro embriagante, vindo de uma pessoa embriagante.

                - Silícia! – Apolo ouviu uma voz dizer, antes de ver um garoto meio gorducho correr na direção da menina – Já está tarde, temos que dormir! – o garoto pegou a mão da sua garota e começou a puxa-la. Uma sensação de ódio percorreu o corpo de Apolo. Quem ele era para ter esse direito de toca-la?

                - Ah Pólux! Você está se saindo um irmão mais velho pra lá de chato!! Tá bem, vamos dormir! – a fala de Silícia acalmou Apolo, então só ai pode perceber a aura roxa que ambos emanavam. Meio-irmão. Bem melhor.

                Com a cabeça confusa, o deus do sol se retirou para o Olimpo, sem poder o sorriso de vitória de Eros.


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Notas finais do capítulo

Ui! Quem gostou levanta a mão e manda review!
Só dói se você tiver algum problema nas mãos.
Bem, novamente peço desculpas pelo meu super atraso!
Prometo que não demoro muito para postar o próximo!
Beijos a todas! =*
Ps: O Stulus Passion é criação minha e não vai interferir na fic. Bom, eu acho...
ps2: Leiam os Mitos comentados se não entenderem.



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