Amor por Compaixão escrita por CarolFernandes


Capítulo 8
Capítulo 6 – Seus Sonhos




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Estava cansada da viagem quando cheguei em casa – incrível como eu me sentia bem naquela casa, como se ela fosse minha também. Comi algo rápido e corri para o meu quarto, para tomar um banho e pôr roupas confortáveis.

Eu ia para a sala, ver algo na TV com Alice e Emmett, mas tive vontade de ver Edward. Foi algo repentino. Eu simplesmente me vi sendo levada para a porta do seu quarto, e batendo. Quase como se eu não fosse dona do meu corpo.

“Entre.” Era a voz de Esme. Entrei, mesmo que um pouco envergonhada. “Ah, querida! Ele esta dormindo, no momento. Tentei fazê-lo comer, mas ele apenas vomitou.” Fez uma cara triste.

“Ele esta muito mal?” Minha voz falhou no meio da pergunta, e ali percebi que realmente me preocupava com Edward. Não era apenas educação, era algo mais.

“Vai ficar bem.” Suspirou. “E você, vai ficar por aqui?” Perguntou com os olhinhos brilhando.

“Pode ser...” Dei de ombros.

“Se ele acordar, dê esse remédio.” Entregou-me o copo de água e os comprimidos que eu precisava entregar a Edward. Assim que ela saiu, vi os olhos de Edward abrir.

“Pensei que estivesse dormindo.” Falei tentando não parecer rude.

“Só estava descansando os olhos...” Se esticou para apagar a luz do abajur, nos deixando em um escuro cômodo. “Não tenho conseguido dormir.”

“Quer que eu vá embora para você tentar?” Perguntei dando-lhe os remédios. Ele negou.

“Eu odeio esse remédio.” Fez uma careta. “Eu sempre falo coisas sem pensar quando ele esta no meu organismo.” Ele o tomou, de todo jeito.

“Então já esta fazendo efeito.” Brinquei.

“Obrigada.” Respirou fundo, fechando os olhos e abrindo repetidas vezes.

“Posso fazer uma pergunta?” Antes que ele respondesse, eu voltei a falar. “E não diga, ‘você já esta fazendo uma pergunta’, isso é tão clichê.” Ele deu uma risada tão espontânea que me fez sorrir.

“Eu ia dizer isso mesmo.” Disse ficando mais serio, até que houvesse uma ruga entre suas sobrancelhas. “Pergunte, só não sei se terei a resposta.”

“Como você... Hum...” Mordi o lábio, tentando elaborar a pergunta sem magoá-lo. “De onde você tira a sua força?”

“Não sou forte.” Respondeu rápido.

“Eu digo, sua força interior. De onde você tira sua força para suportar as coisas da vida?” Perguntei tentando não parecer filosófica demais.

“A sua pergunta já foi respondida. Preciso responder essa também?” Perguntou brincalhão. No meio do meu revirar de olhos, acabei rindo também.

“Responda...” Pedi um pouco frustrada. Eu queria saber a resposta logo, e aquilo estava demorando mais do que o esperado. “Não vai responder?” Perguntei vendo que ele estava perfeitamente parado, olhando para a parede.

Perfeitamente no sentido de perfeição. O quarto escuro deixava a beleza dele destacada. E, o que eu estou pensando?

“Ótimo!” Ironizei. “Se queria mesmo me ignorar, simplesmente devia ter dito não.” Levantei bastante brava, rumo a porta. Seu silêncio me fazia parecer uma idiota e eu odiava isso.

Talvez não devesse estar naquele lugar, talvez não devesse estar tentando sentir e ter algo com Edward Cullen e talvez devesse ir embora e nunca mais voltar.

“Espere.” O sussurro dele foi tão fraco e pareceu vindo de tão longe, que eu fiquei em dúvida se era verdadeiro ou apenas ilusório. Ao me virar, percebi que ele não tinha se mexido. “Não quis te ignorar, só estou pensando.” Respirei fundo, constatando que não estava louca realmente.

“Certo...”

“É uma pergunta interessante... Difícil de ser respondida.” Se virou para mim, sorrindo e pedindo que eu sentasse na cama, perto dos seus pés.

“Já descobriu a resposta?” De repente, a raiva que eu sentia dele estava indo embora tão rapidamente quanto veio. Era estranho... Estranho, mas bom.

“Sim. Dos meus sonhos. É de lá que eu tiro as minhas forças. Dos meus sonhos, e das coisas que eu ainda quero fazer.”

“Que tipo de coisas?” Perguntei curiosa.

“Hum...” Divagou, pensativo. “Eu poderia fazer uma pequena lista para você.”

E eu não podia perder a oportunidade.

“Nós podemos fazer essas coisas juntos.” Isso era algum tipo de flerte, da minha parte? Eu tinha que flertar com Edward, afinal, mas porque eu me sentia tão envergonhada?

“Podemos.” Ele deu um sorriso que me acalmou.

Assim que sentei na mesa do café da manhã, pude perceber pela minha visão periférica Edward passando atrás de mim e pondo um pedaço de papel entre o meu colo e a minha mão, antes de se sentar em seu lugar. Ele me olhou teatralmente, com um sorriso que de real tinha simplesmente tudo. Eu soltei uma risadinha antes de pôr a carta dentro do meu casaco largo.

“Então, Bella, vamos ir às compras hoje?” Alice praticamente saltitou na cadeira.

“Alice, eu não sei...” Como recusar a aqueles olhinhos brilhantes?

“Bella parece cansada.” Edward falou, surpreendendo a todos nós. Ele era sempre tão calado. Eu esperava que ele tivesse sentido o meu agradecimento silencioso.

“Ela realmente parece.” Carlisle entrou no jogo.

“Eu estou.” Corei com a atenção. “Pode ser outro dia? Vou me isolar no meu quarto, por hoje.” Tentei ser engraçada, mas a coisa mais perto de uma risada que apareceu foi um sorriso de Edward. Logo ele.

“Tudo bem, outro dia nós saímos.” Alice suspirou, fazendo um beicinho e indo colocar seu prato na pia. Eu quase voltei atrás na minha decisão.

“Não dê para trás, ela fez de propósito.” Carlisle falou rindo.

“Eu ouvi isso.” Alice gritou, soltando uma risada também.

Senti que estava sendo observada, e era Edward. Ele me olhava como se eu não estivesse lá, como se não enxergasse. Ele parecia pensativo demais para reparar em qualquer coisa, mas de qualquer jeito eu não conseguia deixar de me sentir lisonjeada por ser a pessoa pela qual ele ‘olhava’ enquanto pensava.

Corri para o meu quarto, fechando a porta sem nem me sentar na cama. Eu apenas precisava ler logo o bilhete de Edward.

Dizem que um homem antes de morrer tem que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro.

Acho que você já ouviu isso, certo? Bem, estou como todos nós a cada dia mais perto da morte, mas em especial sou mais vulnerável a esse monstro desconhecido. Ok, estou sendo dramático demais.

Quando você fez aquela pergunta, fui pego de surpresa, mas admito que pensar na resposta foi uma oportunidade interessante. Então, eu queria dizer obrigada.

Eu até poderia escrever um livro, mas demoraria muito e eu encontraria uma concorrência grande. Eu também poderia ter um filho, mas não acho interessante apenas ter um filho... Tem que haver mais do que isso, não apenas ter, como educar e deixá-lo pronto para a vida adulta. Eu infelizmente não tenho tempo para isso também.

Minha terceira coisa a se fazer seria plantar uma árvore, então, peço sua ajuda. Esse é o meu desejo. Pode ser que eu tenha outros futuramente, mas agora é isso que eu posso e acho interessante fazer.

Pode ser aqui no jardim (que precisa de umas plantas novas), então me diga o dia e o horário?

Cullen.

Sorri lendo o bilhete pela terceira vez. Deus! Ele era tão bom. Estava arrependida de ter pensado coisas horrorosas ao seu respeito.

Tive a impressão de que Edward queria estar comigo, tanto quanto eu precisava estar com ele.

Depois de escrever um milhão de coisas idiotas, ter rasgado quase um bloco de anotações inteiro e gastado uma caneta novinha, finalmente resolvi o que iria falar.

Dia e horário? Hoje e agora.

Swan.

Respirei fundo, indo até seu quarto entregar o bilhete. Eu iria pedir que ele lesse quando eu saísse, mas o encontrei dormindo. Ele estava simplesmente jogado na cama e mal coberto. Estava frio, então pus um cobertor quente até sua clavícula e um beijo maternal na sua testa. Meu bilhete se localizava em cima da sua cômoda e esperava que ele o visse.

“Aconteceu alguma coisa?” Alice perguntou vendo-me sair do quarto de Edward. Seu rosto que estava sempre muito sereno tornou-se preocupado em segundos.

“Não.” Falei rapidamente e ela pareceu desconfiar de algo. “Eu ia perguntar se ele tinha visto o meu anel prateado, mas ele esta dormindo.”

“Você esta usando o seu anel prateado, Bella.” Alice disse soltando uma risadinha. Eu era uma péssima mentirosa e Alice uma ótima observadora, ou seja...

“É outro anel.” Falei soltando um sorriso sem graça. “Tenho que ir.”

“Certo, se eu achar algo, te falo.”

“Obrigado.” Gritei, já longe dela.

Fui até a cozinha, perto da hora do almoço, beber uma água ou simplesmente sair do meu quarto, eu não sabia bem o motivo.

“Oi.” Ouvi Edward murmurar atrás de mim. Eu dei um pulo, assustada. Ele soltou uma risadinha, com as mãos para cima. “Desculpe.” A cozinha parecia o nosso ponto de encontro natural.

“Tudo bem...” Respirei fundo, jogando o resto da água na pia.

“Vamos fazer aquilo agora?” Perguntou inocentemente, mas a frase saiu engraçada demais. Soltamos juntos uma gargalhada.

“Acho que precisamos dar um nome para aquilo.” Brinquei.

“Acho que seria mais fácil uma sigla.” Brincou de volta.

“Qual sigla?”

“Não sei.” Respondeu fazendo uma careta engraçada. “Acho que ‘aquilo’ é um bom jeito de chamar aquilo.” Deu de ombros.

Eu sentia Edward ainda um pouco na defensiva – o que eu odiava -, mas mais aberto do que jamais esteve e eu amava isso. Ele estava se sentindo cada vez mais confortável comigo e vise-versa.

Fui até meu quarto, colocar uma roupa diferente. Passou pela minha mente a ideia de colocar algo mais sensual ou ousado, mas logo ri, percebendo que Edward não era assim. Se eu me vestisse como uma vadia, ele iria se afastar e não se aproximar. Resolvi que eu só precisava ser eu. Então, pus um jeans escuro, uma camiseta preta e um casaco cinza de linho que esquentava bastante. Batia um vento forte e Edward também estava bastante agasalhado.

Caminhávamos rumo ao jardim na parte de trás da casa. Eu já tinha visto ele através da janela de vidro do escritório. Era um lugar bonito, mas não tanto quanto o jardim principal, que tinha flores rasas, mas coloridas e consequentemente deslumbrantes. Naquele jardim, apenas víamos árvores altas e secas. Era um pouco doloroso de se olhar.

“Eu amo neve.” Comentou e mudei minha atenção para ele. Edward soltou uma risadinha irônica, olhando para o chão. “Espero conseguir vê-la esse ano.” Pelas minhas contas, em dois ou três meses estaria nevando.

“Porque não veria?” Mordi o lábio inferior, esperando a resposta. Ele gaguejou um pouco, me fazendo perceber que era difícil falar sobre sua doença... Mas não impossível.

“Você sabe... Amanhã eu posso acordar pior e...”

"Eu também posso acordar pior amanhã." Interrompi. "Sabe, é a vida." Sentei em cima de um tronco, bem a frente de uma terra afofada. Edward continuava em pé. "Você nunca sabe se estará vivo no dia seguinte."

"Do que você esta falando?" Fez uma careta. Mexi com o pé na terra, consciente de que ele estava me olhando intensamente.

"Edward, você é humano e não é o único no mundo." Minha voz aumentou um pouco. “Meu pai dizia que Deus da um presentinho para cada um de nós, a cada dia. Sabe que presente é esse?” Olhei para ele, vendo que continuava parado. Ele parecia pensar, pensar, até que um minuto depois negou. “São vinte e quatro horas de vida. Sabe, quando você acorda, você não pode prever se vai ter seu presente ou não. Pode ser que o seu carro bata, ou um tiro ache você, ou qualquer outra coisa... Mas você não pode perder a fé.”

Edward continuou imóvel, me olhando, só que dessa vez não podia dizer que estava pensativo, e sim, boquiaberto. Eu quase sorri orgulhosa. Estava surpreendendo-o. Isso era algo bom, certo?

“Não sabia que você era religiosa.” Sussurrou.

“Não sei se sou.” Ponderei, balançando a cabeça de um lado para o outro. “Você trouxe uma semente?” Perguntei, vendo que a terra estava fértil o suficiente. Edward pareceu despertar e se lembrar do motivo para estarmos ali.

“Não, pensei que você iria trazer.” Falou se esquivando, como se fosse levar um tapa meu.

Edward ainda parecia como uma criança; inseguro, sincero, frágil e inocente. Eu achava aquilo tão adorável. Tornava as coisas muito mais fáceis para mim.

Estou pensando como uma mulher mesquinha.

Havia uma árvore ressecada, de porte médio em um canto. No chão pude ver algo que me pareceu uma semente e peguei.

"Como você sabia que isso era uma semente?" Perguntou franzindo o cenho e vendo eu me aproximar do buraco já cavado.

"Minha mãe gostava de plantas... Lembro de algumas coisas que ela me ensinou." Dei de ombros. “E você?”

“Esme cuidava de tudo isso.” Apontou para o redor.

“E como as coisas ficaram assim?” Perguntei confusa. Parecia como um lugar abandonado a anos.

“Ela não tem muito tempo.” Edward deu de ombros.

“As plantas sentem a falta dela, da para perceber.”

Edward pegou a semente e começo a colocá-la no buraco. Ele olhou para mim e sorriu. Retribuí sem esforço.

“Qual sua flor preferida?” Perguntou com animação.

“Não sei ao certo... Tem uma árvore que eu vi na televisão, que às vezes fica tão carregada de flores que você nem percebe que é uma árvore. Parece um buquê em tamanho gigante... Eu não me lembro o nome.” Eu podia apostar que meus olhos estavam brilhando com a lembrança. Edward sorria.

“É o Ipê.” Respondeu rapidamente. “É comum na América do Sul. Eu particularmente prefiro as margaridas, que apesar de comuns, nunca perdem a vivacidade. Você sabia que a margarida não é uma flor?”

“Não... O que ela é, então?” Tentei não parecer animada demais, mas falhei. Era como Esme tinha dito. Eu precisava achar assuntos em comum com Edward. Depois de achados, poderíamos conversar por horas.

“A margarida é um conjunto de pequenas flores.”

“Como você conhece essas coisas?” Sorri, encantada. Edward sentou-se ao meu lado, e deduzi que seu trabalho estava terminado.

“Alice quis fazer um curso sobre flores, mas não quis fazer sozinha, então eu e Emmett fomos meio que obrigados a fazer junto com ela.” Fez uma careta brincalhona. “Mas ela enjoou do curso em duas aulas e o Emmett foi embora junto com ela. Só eu fiquei completei o curso.”

“E porque você ficou?” Perguntei e Edward abaixou a cabeça, corado. “Ah, responde, fiquei curiosa!” Toquei seu braço e senti de novo aquele arrepio na espinha. Edward tremeu levemente abaixo de mim, e posso apostar que sentiu o mesmo.

“Foi por causa de uma garota, mas ela não valeu a pena.” Falou mais sério.

“O que aconteceu?” Eu não podia conter minha curiosidade nem o fato de – naquele momento – gostar nem um pouco da timidez de Edward. “Edward, você pode me contar tudo.” Apertei seu braço outra vez, me aproximando. Nossos ombros se tocaram e eu prendi um suspiro.

“Nós namoramos durante alguns meses...”

“Foi bom?” Interrompi, mordendo os lábios. Edward soltou uma risadinha.

Bella, que merda você esta fazendo?

“Não, definitivamente.” Soltei a respiração, sem nem perceber que estava prendendo-a. Ele não pareceu reparar e isso fez eu me sentir melhor.

O que te fez se sentir melhor foi a resposta dele, admita.

“Ela se afastou quando soube que eu estava doente.” Edward parou, olhou bem fundo nos meus olhos, depois voltou a olhar para o chão. “E disse que não tinha tempo para mim.” Fez uma careta.

“Que ridícula!” Praticamente cuspi. “Eu não acredito nisso!” Minha voz estava alta e brava demais. Edward soltou uma risada.

Bella boba!

Ele estava rindo de mim. Claro, eu também riria da minha reação exagerada e inusitada.

Isso me parecia uma coisa. Seria ciúmes? Eu estava com ciúmes do Edward? Por quê?

“Ótimo.” Bufei, reparando que estava fazendo um grande papel de idiota. Levantei, querendo voltar para casa, ou na melhor das hipóteses, me enterrar no buraco junto a semente.

“Não, espere.” Ele disse, pegando no meu braço e desencadeando ações um pouco embaraçosas.

Caí de costas na terra, levando Edward comigo, em cima de mim. Gemi pela dor leve na minha cabeça e abri os olhos. Edward estava respirando com dificuldade e, bem, ele olhou para a minha boca.

1, 2, 3... 3 segundos depois ele aproximou seu rosto do meu. Aproximei-me também, instintivamente. Ficamos a poucos centímetros um do outro, quase nos beijando. Minhas mãos estavam agarradas na terra, suadas de nervosismo e apreensão. Eu já estava quase chegando perto o suficiente para beijá-lo quando ele se afastou e ficou em pé.

“Desculpe.” Murmurou de cabeça baixa, entrando correndo para dentro de casa. Parecia ter acordado de um transe.

Fiquei surpreendida em como um simples ‘plantar uma árvore’ se transformara em algo tão íntimo. Talvez não fosse tão difícil. O fato era que se ele quis me beijar, eu também quis beijar ele.


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Notas finais do capítulo

Eu amo esse capítulo em especial. Tanta coisa legal acontece... *--* Quero morar com os Cullen’s também!

Calma! O grande beijo vai chegar!

Já comecei a postar o ponto de vista do Edward. Na verdade, só postei o prólogo, mas em breve teremos um primeiro capítulo bem interessante... (a Fanfic se chama 'O Poder do Amor'. Visite!)

Cáh

Deixem reviews porque eu sofri para postar esse capítulo...