Colored escrita por Ruggi


Capítulo 3
Memories? Imaginary Friend? My Secret?


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE!
Aleluia, postei o próximo capítulo!
Me desculpem, mas eu não tive tempo, nem criatividade antes.
Mas espero que gostem desse cap.
Fiz com muito carinho, pessoal!

Ah, eu não se preocupem, pretendo postar o próximo cap mais rápido que esse. haha.

Aproveitem!



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Uma semana havia se passado desde o incidente com Tadase. Mantive minhas distâncias dele. Não queria correr o risco de ele me atacar outra vez, e conseqüentemente machucar alguém. Reviro-me na cama. São cinco e meia da manhã, e não consigo encontrar o sono. Deve ter ido dar uma voltinha lá no Brasil, o maldito. Levanto-me meio rabugenta. Não vai adiantar em nada ficar na cama.

Meio sonolenta, cambaleio até a porta do banheiro. Nada melhor do que um bom banho pra espantar a fadiga matinal.  Tiro meu pijama, e me jogo em baixo do chuveiro. Sinto o frio, que antes sentia, ser substituído pelo mormaço agradável da água. Pra mim, esse é o melhor momento do dia.  Sinto as gotas d’água descerem gentilmente pelo meu corpo, até chegarem ao fim do trajeto, alcançando o chão. É incrível como relaxamos tomando  banho. A tensão que antes sentia, apenas cessou. 

Sai do boxe, e me enrolei na toalha. Como não trouxe roupa comigo, fui me trocar em meu quarto. Chegando lá, logo começo a colocar o meu uniforme. Algo me incomodava. Com certo receio, olhei ao meu redor. Acho que deve ser só minha imaginação afinal, né? Enganei-me ao pensar nisso. Ao dar uma última checada, algo me chamou a atenção na varanda de meu quarto. Ao me virar, apenas tive tempo de avistar um vulto. Sinto o medo correr em minhas veias. Peguei o taco de beisebol, que por mero acaso possuia perto de minha cama, e lentamente caminhei em direção a sacada. Engoli em seco. Dava um passo atrás do outro. Olhei pela vidro da porta, e vi que não tinha niguém lá. A abri. Olhei outra vez ao meu redor, cuidadosamente, e avistei um objeto vermelho no chão. Aproximei-me e peguei o objeto em minhas mãos. Era uma presilha de cabelo. Tinha um formato de "X", e que por um acaso, me era muito familiar. Tentei me lembrar de onde a conhecia. Mas falhei miseravelmente, e para minha sorte, senti uma tremenda dor na cabeça. Franzi o rosto com a dor que me atingira.

Voltei ao meu quarto, e me olhei no espelho. Percebi que a presilha combinava perfeitamente com meu  uniforme, então decidi colocá-la. Em seguida, fui terminar de me preparar, e aproveitei para tomar uma aspirina. Essa dor de cabeça estava me matando. Com isso feito, olho para o relógio, e vejo que ainda são seis e quinze da manhã. Ou seja, muito tempo livre antes das aulas começarem. Desci as escadas. Meu estômago roncou. É, pelo jeito eu estou com fome. Bem que eu poderia cozinhar, se não fosse por aquilo... Aquilo. Rangi os dentes. É melhor eu comer fora mesmo.

Peguei minha mochila, um pouco de dinheiro, e sai de casa. Não sabia bem aonde poderia tomar café da manhã a este horário, então apenas me deixei levar por minhas pernas. Qualquer coisa, comeria algo na cantina da escola, mais tarde. Como aproveitava a brisa gelada que batia em meu rosto, mal percebi que me encontrava em frente ao parque " Le Parc". Uma passadinha não vai fazer mal nenhum, afinal. Ainda são quinze para as sete. Tenho tempo.

Era primavera. As cerejeiras estavam mais lindas do que nunca. Estava sentada no chão, sob a sombra de uma árvore.

-Kiseki!

-Não fale comigo!

Duas pessoas estavam discutindo não muito longe de onde me encontrava. Mas não conseguia vê-las.

-Largue de ser mimado! Só porque eu lhe falei que não queria mais esconder minha verdadeira personalidade.

-Não! Vai muito além disso Tadase! Desde quando você passou a ser um mero plebeu?

Tadase? O que será que ele está fazendo aqui a essa hora da manhã? E o que ele quer dizer com verdadeira personalidade? Começo a prestar mais atenção a discussão.

-Kiseki, você está exagerando! Aliás, eu não me torno um plebeu por não querer mais machucar ninguém. Muito pelo contrário!

-Você está se recusando a fazer Chara Change comigo só por causa de um acidente! Um verdadeiro rei não se deixa abalar tão fácil!

Chara Change? Que porcaria é essa? Pleubeu, rei? Ãhn?

-Você não entende! Eu tenho que ver uma de minhas amigas machucada, e por minha culpa! Além dos olhares que me lançam desde o incidente! São ainda piores que os de antes! Não espere, por sua culpa, já que você me força a fazer Chara Change para ir para a escola! No começo, eu não queria, mas como acabou virando rotina, e como comecei a me enturmar melhor, eu parei de resistir. Mas de uns tempos pra cá, as coisas mudaram. Todos começaram a ter medo de mim, e a me verem como uma má inflência. Então eu não quis mais. Mas você não desiste, né? Continuou fazendo, mesmo sem minha permissão... Tudo que eu queria era me enturmar, mas isso, acabou tendo efeito colateral! Olha agora, estou sem amigos! Nem o Nagihiko fala mais comigo... Eu... Eu...

Me levanto, e vou em direção das vozes. Mas claro, tomando cuidado para não ser vista. Então, me escondo atrás de uma cerejeira, onde podia vê-lo claramente. Espera. Vê-lo? Olho com mais perspicácia, e nada. Não vejo ninguém além de Tadase, que por um acaso estava com uma cara de choro, bem engraçada até, mas de certa forma, fofa. Mas isso não vem ao caso. O que eu quero saber é de onde... 

-Tadase-kun, eu não sabia que...Me desculpe! Eu não quero te ver triste! É só que eu pensava que seria melhor para você assim!

Olho para o lugar de onde a voz vinha e nada. Estranho. Muito estranho.

-Me desculpe!

-Kiseki! Espere! Não fuja outra vez! - Tadase começou a correr. Só que só tinha um problema. em minha direção. Ótimo. Agora vou parecer perseguidora! - Volta aqui Kiseki!

Ele foi chegando cada vez mais perto! Mais perto... Mais...

-Tadase! Temos uma intrusa! -gritou a vozinha, bem perto de mim, como se estivesse voando, bem na minha frente. Mas é claro, eu não via nada. Olhei para os lados. E... Nada.

-O que? Do que você está falan... A-amu-chan?! O-o que você está fazendo aqui?!

Merda! Fui descoberta... Estava com os olhos fechados, esperando que, se eu não pudesse ver ele, estando de olhos fechados, ele também não me veria. Como sou retardada! Fui abrindo lentamente os olhos, até encarar completamente o Tadase. Ele estava... Ele estava, de certa forma, corado.

-H-hotori-san! E-eu estava só d-de passagem! Ha, ha, ha. - acho que não consegui convencer ninguém com essa gagueira.

-Só de passagem? - ele me olhava com um olhar inquisitor.

-S-sim. - ele continuou me encarando.- Hm, bem, mais ou menos. Eu estava de passagem sim, mas resolvi me sentar um pouco por aqui... E foi quando eu comecei a escutar você e... - olhei ao meu redor, procurando um outro alguém, que por um acaso estaria ali presente, para encontrar somente árvores, e mais árvores.- E... Você por um acaso tem um amigo imaginário? Que não seja tão imaginário, já que eu tenho certeza de escutar uma voz....- digo meio pensativa. Tadase fica tenso.

-Como ousas me chamar de amigo imaginário sua humilde plebéia?! Como ousas ofender a um rei?!

-Viu, viu , viu! Você escutou? Eu tenho certeza de ter escutado alguém, ou algo...

-Você consegue escutar ele?

-Ele? Você quer dizer um tal de Kiseki?

-Um tal de Kiseki, não! O Kiseki!

Olho para os lados apreensiva...

-Sim, ele mesmo. Mas você não consegue vê-lo, certo?

-Hm, não.

-Interessante...

Dou um sorriso torto. Bem, eu não vejo o que é interessante em escutar uma voz, que nem sei de quem é. É... Aterrorizante. 

-Amu...- viro-me, e o encaro.- E-eu queria me desculpar, pelo que te fiz, semana passada. Eu não tive tempo de me desculpar apropriadamente antes, então eu lhe peço desculpas agora.

Ele está se desculpando. Para mim. Ele parace tão... Tão diferente da pessoa que me, hm, atacou semana passada. Ele parece, gentil. E esses olhos... Tão lindos! Hipinotizantes...

-A-ah, t-tudo b-bem! N-não se preocupe! - ele sorri. Retribuo.

-Fico feliz, então. Mas... Eu não entendi muito bem o que aconteceu. Eu só sei que eu tentei te beijar, e de repente, você desmaiou. E claro, Rima também. Só não entendi a razão dela ter desmaiado... E o pior são os cortes! De onde eles vieram? Eu fico me perguntando isso toda hora. E como se fosse uma punição por você ter beijado... Ha ha, que besteiras estou falando? Me desculpe.

Congelei. Senti meus múculos ficarem cada vez mais tensos. Preciso sair daqui. Agora! Olho em meu relógio. Sete e meia. Perfeito!

-Ha ha, olha as horas! Já são sete e meia da manhã. Preciso ir! Tchau Tadase! -digo, já me afastando rapidamente.

-Ãhn? Ah, tchau...

Após ter certeza de que Tadase não podia mais me ver, comecei a correr em direção da casa de Rima. Corri o mais rápido que pude. Não! Ele está desconfiando de algo. Mas ele não pode descobrir a verdade. Niguém pode! Logo avistei Rima, que já me esperava em frente a sua casa. Senti-me aliviada, mas meus olhos continavam úmidos. Ela acenou para mim, sorrindo. Retribui ambos, mesmo meu sorriso sendo um pouco fraco.

-Bom dia Amu-chan!

-Bom dia Rima-chan.

-Tudo bem com você? Você parece um pouco abalada. - Rima tinha uma expressão preocupada.

-Hm, mais ou menos. Bem...

-Fala logo!

-Bem, eu acordei muito cedo hoje, pois não conseguia voltar a dormir. Então resolvi ir dar um passeio pelo parque, sabe? Então...

Comecei a contar para ela o mais detalhadamente possível sobre minha manhã. Contei sobre o Tadase, e seu amigo não tão imaginário, sobre ele não querer mais fingir ser quem não é, mesmo não entendendo o que ele queria dizer com isso. Contei tudo. E claro, ela escutou atentamente. Mas eu continuava tensa. Ele não podia descobrir...

-Relaxa Amu. O Tadase é meio lento, ele não vai decobrir...

-Você acha mesmo?

-Sim.

-Pois espero que sim...Olha, o sino já bateu! Temos que ir rápido para as salas de aula. - E então saímos correndo em direção das salas de aula.

Rima's POV
Alguns minutos antes.

Após terminar de me arrumar, tomar meu café da manhã, e vestir meus sapatos, fui esperar Amu onde nós nos encontrávamos todo dia, para irmos para a escola juntas. Não tive que esperar muito, logo vi Amu correndo em minha direção. Acenei. Ela retribuiu.

-Bom dia Amu-chan!

-Bom dia Rima-chan.

Nossa, a Amu parece tão desanimada. O que será que aconteceu?

-Tudo bem com você? Você parece um pouco abalada. - não pude evitar de fitá-la com uma expressão de preocupação. Afinal, era minha melhor amiga.

-Hm, mais ou menos. Bem... - ela hesitou.

-Fala logo! -encorajei-a a continuar.

-Bem, eu acordei muito cedo hoje, pois não conseguia voltar a dormir. Então resolvi ir dar um passeio pelo parque, sabe? Então...

Ela começou a me contar sobre a manhã dela. Tudo detalhadamente.

-Então eu estava deitada, quando escutei duas pessoas discutindo. -assenti.- Logo percebi que era Tadase, discutindo com uma tal de Kiseki, que por um acaso é uma amigo não tão imaginário, so...

-Espera. Um amigo não tão imagnário?

-É. Bem, eu não consigo vê-lo, mas eu escuto. Então ele não é tão imaginário assim, né?

-Hmm...

Será que..

-Enfim. Ele estava discutindo sobre não querer mais esconder a verdadeira personalidade dele, e que não queria mais fazer, hm, como chama mesmo? Hm, acho que era Vara Guange, para vir para a escola. Essa parte da conversa, eu sinceramente não entendi nada.

Então é isso! Ele com certeza tem...

-Mas isso não vem acaso. Depois ele, acabou me descobrindo. Mas ele não ficou bravo comigo, só se desculpou comigo pelo que fez semana passada. O problema, é que ele achou estranho o que aconteceu. Será que ele vai decobrir?

-Relaxa Amu. O Tadase é meio lento, ele não vai decobrir...

-Você acha mesmo?

-Sim.

-Pois espero que sim... Olha, o sino já bateu! Temos que ir rápido para as salas de aula. - Dito isso, saímos correndo.

...um Shugo Chara.

-Hi hi hi! - Kusu-Kusu, minha Shugo Chara, que na verdade, mais parecia uma bonequinha voadora, ria. Ela tinha cabelos loiros e compridos, e vestia roupinhas de palhaço.

Assim como eu.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam??
Por favor deixem reviews!
São minha fonte de energia, nunca se esqueçam disso! haha!


Beijos, Ruggi