Colored escrita por Ruggi


Capítulo 2
So Much For My First Day


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora para postar esses capítulo.
Primeiro estava abarrotada de coisas para fazer, e depois quando finalmente terminei de escreve-lo, fiquei sem internet no computador em que salvei a fic.
E é só isso.
Espero que gostem desse capítulo, estava meio que confusa para escreve-lo. Muitas idéias ao mesmo tempo, sabe?
Enfim, peço-lhes que deixem reviews.
Gostaria de saber o que acham que poderia melhorar, ou até mesmo o que gostaram.
Obrigada, pela atençaõa de todos.

P.S: Me desculpem pelo capítulo ser pequeno.



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Lutei contra o peso de minhas pálpebras para conseguir abrir meus olhos. Pisquei algumas vezes acostumando-os com a luz solar que entrava pela janela. Olhei ao meu redor me perguntando onde eu estaria. Estou na enfermaria, mas por quê? Comecei a rever meu primeiro dia escolar. Então, me lembrei. Arrepiei. Olhei novamente ao meu redor, mas dessa vez mais freneticamente, procurando uma pessoa ferida. Quem estava próximo de mim quando Tadase me beijou a bochecha? Pensa Amu, PENSA! Hm, tinha o Nagihiko na sala, um garoto de cabelos castanhos e a Rima. Rima... Essa não!

Levantei-me em um só pulo da cama, sobre qual eu descansava, e comecei a procurar por Rima. Ela tem que estar aqui em algum lugar! Mas onde? Empurrando uma cortina de tecido que se encontrava ao lado de minha cama, eu a vi. Ela estava deitada também. Aproximei-me. Lágrimas começaram a se acumular em meus olhos. Olhei-a dos pés a cabeça, e não agüentei quando vi seus braços, chorei. Eles estavam cheio de cortes profundos.  Entrei em desespero. Lágrimas não paravam de cair, até que comecei a soluçar. Rima se virou e me encarou.

-Rima, me desculpe! É tudo minha culpa! Ah Rima! Eu não consegui impedi-lo! –digo, chorando cada vez mais. – É tudo minha c..

-Amu! Não se preocupe, a culpa NÃO é sua. A culpa é do idiota do Tadase de querer te beijar a força. Não se preocupe, eu estou bem. Sério, não é nada demais, são só alguns arranhões.

-Só alguns arranhões! Quem me dera fossem apenas míseros arranhões! Não Rima, olha seu estado! Os seus braços foram praticamente mutilados, e não apenas arranhados como você diz. Eu...Eu...Eu não podia ter deixado ele fazer isso!

-Chega! Você não podia contra ele! Estou falando sério Amu! Eu não te culpo.

-Mas eu...

-Oh Rima e Amu, vejo que vocês acordaram. –diz a enfermeira, entrando no quarto. - Amu, deite-se. Você desmaiou, não é bom ficar de pé logo depois de se recuperar. Descanse um pouco, que logo será dispensada.

Olhei hesitante para Rima. Ela apenas sorriu. Suspirei, e fui me deitar.

-E você Rima, precisamos fazer uns curativos nesses seus braços. Mas como você conseguiu se machucar tanto em uma sala de aula? Falaram-me que vocês duas apenas desmaiaram, e quando foram socorrê-la, você já estava com os braços assim!

-Quem vai saber, não é? –responde Rima, desviando o olhar.

-Ai ai, esses jovens de hoje em dia!

Olhei para Rima com um olhar preocupado e culpado. Ela levantou a mão, fechou-a em um punho, deixando apenas o dedão para cima. Ela mexeu os lábios e disse, sem emitir som algum, “Eu estou bem, não se preocupe!”. 

Ainda com peso na consciência, me reviro na cama para encarar a janela a minha direita. Havia uma bela e grande cerejeira logo em frente a ela. O vento soprava, e algumas flores se soltavam de seus galhos, e voavam sem rumo, até caírem levemente sobre o chão. Como sempre, isso me acalmou.

Adorava passear em parques justamente por isso. Era tudo tão calmo, tão sereno. Toda vez que passeava neles, me sentia normal. Senti algo salgado em minha boca. Levei minha mão até meu rosto, e só então percebi que chorava. Enxuguei-as. Eu precisava sair dessa sala, precisava tomar um ar. Voltei a me levantar.

-Com licença? – a enfermeira se virou para me olhar- Eu já estou me sentindo melhor, será que eu já poderia ir embora?

-Claro, mas me deixe apenas medir sua pressão antes.

Ela logo a mediu, e viu que eu estava normal.

-Agora sim, você pode ir embora.

-Ok, muito obrigada. Rima...-me viro em sua direção- eu volto mais tarde para ver se você está melhor. Eu só preciso de um tempo a sós agora.

-Tudo bem Amu. Fique tranqüila. Demore o quanto quiser. –ela sorri. Retribuo o sorriso.

-Tchau Rima. –aceno para ela e deixo a sala.

Desço as escadas principais da escola, e após passar pelo portão, me vejo livre dali. Inspiro profundamente. Penso um pouco e logo começo a caminhar.

Após alguns minutos, avistei o que eu tanto esperava.  Uma grande placa dizia: “Le Parc”. Sorri. O que seria melhor do que um parque em momentos como esses? E para melhorar, este parque era cheio de cerejeiras. Minha árvore favorita. Apertei o passo, e logo chegando a sua entrada. O aroma que era emitido pelas cerejeiras me extasiava.

Segui pelo parque aproveitando cada segundo, e cada sensação. Sentei-me em um dos bancos brancos que ali se encontrava. Deixei o peso da minha cabeça cair para trás, e meus olhos se fecharem, aproveitando para inspirar um pouco mais daquele delicioso perfume.

Ouvi um leve barulho em cima de mim. Por pura curiosidade abri meus olhos. Sobre os galhos da cerejeira que ali se encontrava, havia um vulto, mas não pude identificar exatamente quem era. Apenas constatei que era uma pessoa, por poder ver claramente dois olhos safira me encarando. Não pude deixar de me assustar, e em um só pulo, me levantar na defensiva. Sinto um frio na barriga. Aqueles olhos me eram terrivelmente familiares.

-Q-quem está aí?

-Não me reconhece mais, Amu-chan? – a pessoa ri, mas em meros segundos desaparece. Deixando uma vazio entre os galhos, onde estava.

Olho ao meu redor, me certificando que a pessoa já se fora. Aquela voz...

Não queria mais ficar ali. Estava transtornada, pois a pessoa e sua voz me eram tão familiares. Mas quem seria? Meus pés me guiavam pelas ruas.  Após algum tempo, me encontrei em frente a escola. Decidi, então, visitar Rima, e ver se ela estava melhor.

Segui pelos corredores,  e portas que a pouco passara, e logo cheguei ao meu destino. Entrei.

Uma mulher de cabelos longos e castanhos me olhou, sorrindo. Retribui.

-Olá, gostaria de saber se a Mashiro Rima ainda está aqui.

-Está sim, se quiser pode visitá-la. – ela apontava para uma porta a sua direita.

-Ok, muito obrigada.

Segui por onde ela me indicara a pouco. Abri a porta. Pude notar que Rima não estava mais deitada. Ela estava arrumando suas coisas.

-Oi Rima-chan, você está melhor? O que está fazendo?

-Amu-chan! Eu estou ótima, já te disse para não se preocupar. Eles já me deram alta. Viu? – ela me mostra seus braços, que estavam cobertos por grandes curativos. – Vamos para casa juntas?

-É impossível eu não me preocupar, já que é tudo minha culpa. Fico aliviada em saber isso. – respiro fundo – Claro vamos sim, mas onde você mora?

-Ai ai, não vamos entrar nesta discussão outra vez, a culpa não é sua. É do Tadase, e ponto final. Mas enfim, eu moro aqui perto. Pra falar a verdade, é perto daquele parque “Le Parc”, sabe?

-Bom, pelo jeito pensamos diferente. Ah, sei bem qual é. Aliás, estava lá agora mesmo, passeando. –quis lhe contar sobre a pessoa, mas achei melhor não. Pelo menos não com ela nessas condições. –E eu também moro lá perto, então podemos, sim, voltar juntas – finalizo, sorrindo para ela.

-Você e seus passeios, hein? – ela ri. E não posso deixar de rir junto. Relaxei um pouco –Então, vamos?

-Vamos sim.

Um pouco mais tarde. Perto da casa das meninas.

-Rima-chan, não acredito que você é minha vizinha!!

-Nem eu!!

Rimos com a coincidência. 

-Ai ai...-limpo uma lágrima, que pelos risos, escapou. – Melhor eu ir agora. Já está tarde, e meus pais já devem estar preoupados. Tchau Rima-chan, até amanhã. E... Que tal irmos juntas para a escola amanhã?

-Ok Amu-chan, melhor eu ir também. E claro além de já estarem preocupados tenho que arranjar uma desculpa para isso. – Ela aponta para seus braços. Arrepio. – Mas não se preocupe.  E claro! Então ás 7h45 exatamente aqui, pode ser?

-Me desculpe mais uma vez Rima. E pode ser sim. Então até amanhã.

-Até! –Ela acena, e eu aceno de volta já entrando em minha casa, e ela na dela.

-Estou em casa! –grito assim que entro em casa.

-Amu-chan!!! Nunca mais faça isso com o seu papi! Ele estava preocupado! O que aconteceu? – pergunta meu pai com cara de choro.

-Papi, é uma longa história. Tudo bem se falarmos disso amanhã, no café?

-Claro meu amor, você parece estar cansada. Melhor você se deitar. Ou está com fome? Quer comer algo? – pergunta minha mãe, impedindo que meu pai dissesse qualquer outra coisa.

-Obrigada mãe, mas acho que vou só tomar um longo banho e me deitar. Estou morta. –digo já subindo as escadas

Corri para o banheiro, para que ninguém nem mesmo tenha a chance de falar comigo. Queria apenas relaxar. Ligo a torneira, no mais forte possível, para que a banheira se encha o mais rápido possível. Alguns minutos se passaram, e ela estava cheia. Entrei e lá fiquei por um bom tempo.

Após ter tomado banho e posto meu pijama, fui direto me deitar. Pensei. Pensei em tudo. Tudo que aconteceu hoje. ARG! Que dia cheio! Aconteceu muita coisa para o meu gosto. Lembro-me do vulto que vira em meu passei no parque. Quem seria? E, ele/a me chamou de Amu-chan, isso significa que me conhece? Mas quem? Quem? E foi com esse último pensamento, que entrei na incosciência.


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