Innocence escrita por Anna, Thalia_Chase, bibi_di_angelo


Capítulo 2
Capítulo 2 - Será que...




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POV Percy

Meu despertador tocou. Sabia que se demorasse mais, estaria atrasado. Levantei e fui fazer minha higiene matinal. Nem tomei café, nunca sinto fome nessa hora. Tomei banho, botei a primeira roupa que encontrei pela frente. Baguncei o cabelo. Sabia que essa hora, meu irmão já estaria na creche, meus pais já tinham saído e a empregada estaria no mercado. Meu iPhone vibrou na minha cama desarrumada, anunciando a chegada de uma nova sms. Era uma mensagem de Nico, dizia: Luke irá te encontrar, nos vemos no estacionamento”. Calcei meu All Star. A campainha tocou. Luke. Toda semana é isso. Eu acordo, Nico me manda uma mensagem, Luke passa na minha casa, vamos juntos a escola e ficamos conversando no estacionamento. Quando o sinal toca, esperamos três minutos e vamos à aula. Fui descendo as escadas, peguei a chave do carro e abri a porta. Dei de cara com Luke, soltei um “Bom dia”.

A propósito, meu nome é Percy Jackson, tenho 16 anos. Minha mãe se chama Jéssica  australiana, de 35 anos , e meu pai, David  alemão, 33. Possuo um irmãozinho mais novo, de dois anos.

Nasci na Austrália, morei lá até os quatro anos. Aos cinco anos, me mudei para Paris  tivemos que nos mudar pelo motivo de emprego do meu pai. E depois, aos onze, me mudei para Nova York, onde estou até hoje. Por causa do emprego da minha mãe em uma empresa bastante famosa, mantida por ela mesma, e meu pai... bom, ele é sub-gerente da empresa da minha mãe.

Nunca tive muitos namoros, sou bastante popular na escola. Faço parte do time de basquete. Sou moreno, cabelos pretos e olhos verdes. Meço 1,75.

Dentro do carro, estávamos no meio do caminho e conversávamos sobre coisas banais. Até que me deu uma infeliz ideia.

 Vou ligar o rádio.

 Certo  Luke concordou. Liguei o rádio e estava tocando, justamente, o que eu mais amo na vida: “Baby, baby, baby...” Desliguei na hora. Bufei.

 Eu odeio esse cara.  Luke anunciou.

 E eu, não sei o que as meninas vêem nele.  falei. Decidi não ligar mais o rádio. Porque se não, da próxima vez estaria cantando: “Amo você, você me ama...”. Como eu sei dessa música infeliz? Simples, quando meu irmão estálá em casa, ele vê esse merda o dia inteiro. Agora, a minha cabeça está muito bem. Avistei Nico na estrada e mandei ele me seguir. Entramos pelo portão da escola. Estacionei em uma vaga qualquer e Nico fez o mesmo ao meu lado esquerdo.

(...)

 Fala sério  Nico disse.

Tô falando  Eu falei rindo.

 Tá bom...  Luke comentou, indignado  Eu vou acreditar que você tava andando na rua aí uma velha começou a te seguir e...  um carro prata chegou e estacionou do lado direito ao meu. De lá, pelo vidro traseiro pude ver que eram três garotas. Parecia que elas estavam rindo. Até que uma loira saiu do carro  pelo lado do carona , era muito bonita, devia ter 1,60. Seus olhos eram azuis, tinha cabelos lisos e loiros, um belo corpo e usava uma blusa roxa, colete preto, jeans skinny preto e All Star roxo, usava vários acessórios  entre eles, um bracelete xadrez roxo e preto. Logo em seguida saiu uma outra, devia estar para 1,70. Olhos castanhos, cabelos pretos, também tinha um lindo corpo, usava uma blusa larga preta com uma caveira, jeans skinny e All Star preto com branco. Uns dois segundos depois, o carro desligou e de lá saiu a mais bonita de todas. Era loira de cabelos cacheados, tinha os olhos também azuis, mas esses estavam mais pra... cinzas. Usava uma blusa tomara-que-caia rosa, jeans e All Star rosa.

 Mas...  Luke tentou falar completamente abobalhado.

 Nossa...

 Vocês... Vocês estão pensando o mesmo que eu?  perguntei, nervoso. Nico sacudiu a cabeça como se estivesse tomando sentido. Luke ainda olhava as garotas.

 Luke  chamei. – Luke. LUKE!

 Hã? O quê? Quando? Onde?

Bufei e falei:

 Olha, se vocês não estão vendo, tem três garotas muito lindas bem ali. — olhei novamente e elas estavam rindo. Uma nos olhou e comentou com a outra. Logo em seguida, estavam todas olhando para nós. Até que a loira  a mais bonita de toda  corou e elas voltaram a conversar.

 Eu vou indo — falei.

 Pra onde?  Nico perguntou.

 Falar com elas, ué. — respondi como se fosse óbvio. E era, de fato.

 Tô com você, cara  Luke disse.

 E eu também.

Fomos andando até elas. Cheguei perto o bastante para ouvir a risada das garotas. Eram... doces. Sabia que nenhum dos dois iam falar nada. Então tomei a iniciativa quando chegamos perto:

 Oi.

 Oi.  disse, alegremente, a loira dos olhos... Cinzas.

 São alunas novas?  perguntei, tentando não parecer envergonhado. Elas negaram.

— Como a gente nunca... esquece.  Nico tentou perguntar. A loira de olhos azuis assentiu. Não parecia nem um pouco interessada. Parecia que alguém tinha uma pequena quedinha por ela.

 Bom... então temos que apresentar, certo?  Luke nos perguntou. Assenti, estava torcendo para que Nico tivesse me acompanhado.  Sou Luke Castellan.

 Nico Di Ângelo.

 Percy Jackson  me apresentei.

 Thalia Grace  a da camisa de caveira falou.

 Silena Beauregard  a de olhos azuis disse.

 Annabeth Chase.  a última disse.

 Espera  Nico disse  Annabeth Chase, filha de Natalie Chase e Danniel Chase?  ela assentiu, um pouquinho vermelha  Que legal.  Ele parecia impressionado.

 Obrigada.  foi só o que ela disse. Se instalou um silêncio desagradável entre nós. As três pareciam bastante envergonhadas. Nico olhava Silena e Luke, Thalia. Já eu... bom, digamos que eu achei a Annabeth bastante... bonita. Olhava ela de vez em quando. Ela foi a primeira a quebrar o silêncio:

 É...  parecia nervosa.  O sinal já tocou, estou certa?  eu assenti.  Vejo vocês mais tarde.  Ela passou a mão no cabelo e botou alguns fios para trás da orelha.  Venham, meninas.  Ela chamou. Saíram de lá e nos deixaram com cara de “Acabei de sair do hospício, vem me matar?”.

(...)

Estávamos no caminho da aula de Geometria quando me veio à cabeça:

 Nico, como assim, conhecer a Annabeth é “muito legal”?

 Nossa, quer dizer que você nunca ouviu falar da empresa dos pais dela?  ele me perguntou assustado.

 Não...

 Credo  Luke interveio , fala sério. É simplesmente a empresa mais famosa de toda Nova York.  Nico assentiu. — Empresa Chase's, cara.

 Certo... Vamos matar aula? – indaguei.

 Qualquer coisa é melhor do que aturar o professor de Geometria. Nico falou. Ele odiava o Sr. Evans, ninguém nunca descobriu o porque. Se um dia você me perguntar alguma coisa do Nico, eu não sei. Ele me dá arrepios. Acredite, um dia estávamos andando pelo colégio. Até que alguém esbarrou nele. A pessoa amanheceu doente. Ficou internada por duas semanas.

 Concordo  Luke falou. Ficamos andando pelo colégio.

POV Nico

Estávamos passando pelo corredor dos dormitórios masculinos. Os inspetores iam de um lado para o outro em busca de alunos que fazem... digamos assim, “horrores” pra não dizer pior. Tentávamos ficar o mais longe possível dos inspetores para eles não nos pegarem. Íamos andar pelo colégio. Passar pelo corredor da sala de Biologia e perambular até o sinal tocar. Decidi ir ao banheiro. Nem sei o porque de eu ter feito isso, mas eu fiz:

 Vou ao banheiro  dito isso, Luke e Percy me encararam com as sobrancelhas arqueadas.  Será que as pessoas não podem ir no banheiro em paz aqui? Credo.  saí andando, passei pelos corredores. Notei que uma cabeleira loira saía do banheiro feminino. Era Silena, ela falava ao celular.

— "O.K., eu falo com elas... Até mais”  Decidi pegá-la de surpresa.

 BÚ!  ela gritou e ia começar a correr. Segurei-a pelo braço. Estava ofegante. Comecei a rir loucamente.

 Não... não tem graça.  ela disse recuperando o fôlego, mas também estava rindo.

 Tem, sim.  rebati. Ela tinha um sorriso deslumbrante. Até que eu percebi que estávamos colados. E eu tinha colocado ela contra a parede. Acho que ela também percebeu isso, porque... bem, ela estava extremamente corada. Me distanciei.

 É... Bom...  ela parecia tentar encontrar as palavras certas.

 Hmm... Desculpe.

 Não... Não se desculpe. Isso sempre acontece comigo.  arqueei as sobrancelhas.  Não... Não esse tipo de coisa, quero dizer... é... eu...  parecia irritada consigo mesma.  Eu me assusto fácil.

 Bom... Com quem você estava falando?  ela me olhou interrogativa No telefone. Eu ouvi você falando com alguém.

 Ah... — fez uma pausa. — Meu irmão.

 Hm.  não sabia o que falar.  Eu... eu tenho que ir.

 Claro... É... Tchau.

 Tchau.  saí de lá aos passos rápidos. “Com quem você estava falando?” Que pergunta idiota. Pensei.


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