Parallel Souls escrita por Nuvenzinha


Capítulo 4
Soul's Report II


Notas iniciais do capítulo

AEAEAE'

É NÓIS QUE VOAAA!
Mais um cap dessa budega de crossover 8DDD




Como sempre, espero que gostem!



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Oh vida, estou de novo aqui.

Não é que eu tinha razão sobre Axel?

Depois da reunião que presenciei ontem, percebi o quanto Axel vai ser necessário para eu sair daqui.

Aconteceu o seguinte. Depois que eu saí daquele quarto do demônio (que, aliás, até agora não entendo como abre a porta), o Axel me guiou pra tal da sala de reunião, onde estavam TODOS aqueles caras de casaco preto. Eles discutiam como eles conseguiriam mais corações. Um deles, um de cabelo azul e orelhas pontudas, disse que queria os sentimentos dele de volta logo.

-Mas... Os sentimentos não residem na alma?

Argumentei. Imediatamente olharam feio para mim, como se eu tivesse dito "Deus não existe" dentro de uma igreja católica. Eu já ia mandar todos eles olharem pra bunda um do outro ao invés da minha cara, mas o Axel disse pra eles que eu não estava bem naquela manhã e todos se aquietaram. Continuaram discutindo como se eu nem estivesse ali.

Até que um deles, o que parecia ser o líder, mandou que eu fosse à busca de corações para eles. Não demorei a perguntar como eu conseguiria isso. Eles riram de mim.

-Então o escolhido da Keyblade não pode conseguir corações?  - debochou um homem loiro com uma carta na mão - Pare de jogar, Roxas, estamos todos falando sério aqui.

-Eu não estou brincando!- Respondi, bravo - Estou falando tão sério quanto vocês!

-As if.  -Disse um homem de cabelo preto com faixas acinzentadas, mirando seus olhos amarelos para mim - Que vergonha, você esqueceu o porquê de estar aqui, na Organization XIII.

-E-Eu não esqueci!- Disse. Tecnicamente, estava dizendo a verdade. Afinal, eu não havia esquecido. Eu simplesmente não sabia. Mas eu sou suficientemente inteligente para saber que eu não deveria dizer aquilo ali. - Eu quero um coração tanto quanto todos aqui querem!

Aquilo foi o bastante para fazer todos ali tirarem os olhos desconfiados de cima de mim.  Fiquei quieto o resto do tempo, só pensando em como e quando eu deveria contar ao Axel quem realmente sou. Afinal, não vou fingir ser esse Roxas pro resto da vida! Quero minha vida de volta. Viver a vida de outra pessoa não é maneiro. Ainda mais porque eu não faço a mínima idéia do que possa estar acontecendo com meu corpo!

Bom, o Axel não levou muito tempo pra perceber que eu estava pensativo, pelo jeito. Depois das horas que passamos naquela reunião chata dos infernos, quando Axel estava me acompanhando de volta ao meu quarto, digo, ao quarto do Roxas, que, por ora é meu... Ai, coisa confusa! Enfim. Quando Axel estava me acompanhando para o quarto, ele me perguntou no que tanto eu pensava, com seu olhar sacana novamente me encarando. Como eu ainda não sabia o que fazer, eu simplesmente disse que não era nada que ele precisasse saber ainda.

-Está bem, então. -disse ele - Quando quiser falar, estarei aqui para ouvir.

Percebi que ele tem a mania estranha de ficar bagunçando o cabelo dos outros. Nada maneiro.

Fiquei sozinho no quarto o resto do dia, pensando no que estava acontecendo comigo. Tá bom, eu estava em outro corpo. Aceito. Mas o que não aceitei, e nunca vou aceitar, é que talvez nunca voltar ao normal seja uma realidade. Levantei num súbito da cama, onde estive deitado até pelo menos o meio da tarde, e resolvi que iria atrás de respostas. Respostas para sair daqui.

Novamente, fui até a porta. Mas, antes de tentar arrombá-la, como fiz de manhã, tentei achar uma maçaneta ou qualquer coisa que a abrisse normalmente. Nada. Fixei na mente que eu iria perguntar ao Axel a respeito assim que pudesse. Me desesperei. Só iria conseguir sair dali no dia seguinte?! Não posso ficar guardando isso até amanhã! Foi o que eu pensei. Soquei a porta com raiva e nada aconteceu. Só pude ouvir a tremedeira da porta e alguém gritar: 'Vai socar a sua avó, vagabundo!'. Senti o suor correr pela minha cara. Suspirei e me afastei da parede, sentando na cama de novo. Resolvi não insistir com a porta, não queria pagar mais uma de idiota.

A noite foi tranqüila. Passei boa parte dela deitado, olhando para cima, pensando no dia e no que faria quando acordasse. Suplicando para que "coletar mais corações" não fosse um ato tão nefasto quanto imaginei ao receber esta ordem. Achei que eu teria que matar alguém para conseguir isso. Se bem que eu estive quase sempre coletando ovos de Kishin, e, tecnicamente falando, para se conseguir isso, era necessário matar o portador dessa alma... Enfim. Conseguir um coração pareceu bem mais assustador do que conseguir um ovo de Kishin.

Pai do céu, por que eu tive que vir parar aqui?! Coloquei a mão no meu rosto, como se me escondesse daquilo tudo. Acho que é a primeira e a única vez que direi isso, mas tudo que quero agora é levar um Maka Chop e ir para a Shibusen!

-Poxa... Minha vida era ótima e eu não sabia!

Lembro de dizer isso pra mim mesmo em voz alta, antes de fechar os olhos e apagar de vez.

Acordei meio agitado de manhã. Sonhei que eu tinha ido de pijamas à Shibusen, que o Black Star levou um chute no saco e eu tava na biblioteca quando o Kid veio falar comigo sobre um livro, que aparentemente eu tava segurando. Não me lembro de nada disso ter acontecido em todos os anos que eu moro na Death City. Foi muito bizarro.

Axel bateu à porta e a abriu, quando respondi que eu estava acordado. Ele entrou no quarto com um picolé azul na boca e outro na mão direita. Me entregou um do sorvetes com um sorriso e me disse que estava determinado a me ajudar, mesmo não sabendo no que eu estive pensando, me levando pra um lugar onde eu poderia achar qualquer tipo de resposta.

-Qualquer uma?

Perguntei, desconfiado. Axel deu uma risada sarcástica e disse que tinha certeza de que na biblioteca em que ele me levaria eu acharia tudo. Concordei. Afinal, não custava tentar! Axel me pareceu saber do que falava. Então ele abriu um buraco negro na parede, eu acho, e entrou nele. O que diabos era aquilo?! Pra onde me levaria?! Não sei. A única coisa que sabia é que poderia me levar à minha salvação e isso me deixava feliz.  Entrei, com os olhos fechados.

Abri os olhos e estava em outro lugar. Estava sobre uma rocha azulada, que flutuava por cima de uma água cristalina. Olhei para frente e vi mais rochas. Eu e Axel subimos por aquelas pedras e na mais alta delas vi um castelo gigantesco. Maior que o de Arachne.

- A biblioteca fica no centro do castelo.

Disse Axel, apontando para o edifício.

A biblioteca de um castelo? Parece promissor.

Estou sentado em uma das mesas da biblioteca neste exato momento. Agora vou atrás de algum livro que me ajude.

Boa sorte para mim! ~


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