Parallel Souls escrita por Nuvenzinha


Capítulo 3
Roxas' Report II


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAAAAAAAAAAAAAAY
NOVO CAPÍTULO, RÇ


Sem o que dizer.

Curtam 8D



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Bom, estou aqui de novo, escrevendo essas cartas que nunca irei enviar.

Meu primeiro dia neste outro corpo não foi de completo inútil, apesar de assustador no começo.

Depois que eu saí daquele apartamento, andei pelas ruas pra me tranqüilizar um pouco. Fico óbvio pra mim que eu levaria bastante tempo para sair dali e voltar pro meu corpo.

Pude observar a cidade neste tempo. Por algum motivo, a cidade me lembrava Twillight Town. A tranqüilidade das ruas, as pessoas andando calmamente e o ar puro. Quase que consegui sentir o gosto único de um Sea-Salt Ice Cream em minha boca e o vento que bate no alto da torre do relógio em meu rosto.

Uma emoção de nostalgia fluía em mim.  Junto com uma saudade de meus amigos. Axel, Xion... Queria que eles estivessem comigo. As coisas seriam bem mais fáceis.

Enfim.

Minha tranqüilidade não durou muito tempo. Aquela menina de olhos verdes me alcançou, assim que vi uma placa com uma caveira bem grande e parei de susto. Por que aquelas caveiras estavam espalhadas por todo o lugar, não pude compreender.  A menina pegou no meu braço e começou a me arrastar numa direção, falando brava. Ela reclamava que eu tinha saído de pijamas e que eu não teria tempo de me trocar, por estarmos atrasados.

Perguntei-me porque ela se importou tanto comigo. Passou pela minha cabeça algumas possibilidades, mas não achei nenhuma plausível.

Ela me arrastou para um prédio grande, que logo de cara pude ver vários pilares vermelhos pontudos, que saíam do que pareciam ser os olhos e os narizes de enormes caveiras incrustadas nas paredes do lugar, e um pátio bem grande. Ela de repente soltou meu braço e correu para dentro do prédio. Como não sabia o que fazer, segui-a.

Andei atrás dela por corredores e mais corredores, até que ela parou em frente à uma porta e entrou. Entrei também, claro. Conforme andava, mais pessoas olhavam para mim com a cara torta. É, eu estava mesmo de pijamas.

Passei a aula teórica sobre armas, coisa que não entendi nada, recebendo comentários idiotas vindos de um cara chamado Black Star, pelo que entendi, que estava sempre dizendo o quanto ele era grande e zombando de eu estar de pijamas. Mas fora isso, ignorei. As coisas estavam indo bem até aquele momento.

Chegou a aula prática.

Foi extremamente bizarro. Gente virando os mais variados tipos de arma, gente usando essas armas... E, pelo jeito, naquele momento, era pra eu ser uma arma também.  A menina de olhos verdes, que descobri que chamava Maka por causa da chamada, segurou minha mão e disse para eu me transformar.

-Transformar? - perguntei, sem saber o que fazer.

Maka ficou furiosa. Saiu esperneando, berrando, chutando tudo que viu na frente. Até mesmo Black Star, que caiu agonizado pela dor do chute que recebeu... Vocês sabem, nas suas partes... Íntimas. Coitado. Ela foi direto falar com o professor Stein sobre isso. Não sei exatamente o que ela disse para ele, mas percebi que ambos me olhavam.

-Soul Eater Evans, vá para a enfermaria, por favor . -Disse o Professor - Depois de  ouvir o que Nygus disser para você, pode ir pra casa, se quiser.

Saí tranquilamente do ginásio. Tive que seguir algumas placas para chegar à tal enfermaria, onde fui recebida por uma mulher de jaleco branco e parte do rosto enfaixado com um pano branco. Ela me examinou inteiro. Depois disso, me olhou apreensiva e confusa e me mandou para casa.

Mas, ao invés disso, saí da enfermaria e fui para a biblioteca.

Como pude perceber, eu poderia achar muita informação útil nessa escola. Então fui atrás destas informações, que estavam contidas nos livros antigos e grandes guardados em estantes mais escondidas.

Encontrei algo que me chamou a atenção.

Encontrei um livro empoeirado, com a capa dura desgastada, que tinha um título que sugeria um mundo paralelo. No começo, pareceu ficção científica, mas ao ler as primeiras páginas percebi que era sério.

Abri na primeira matéria de que o livro tratava: Almas.

No livro dizia que na alma residia nossa essência. Não acreditei. Se nossa essência reside na alma, então, por que eu e meus colegas da Organization XIII procurávamos tão cegamente pelo coração? Não fez sentido algum para mim. Pelo que me lembrasse, a essência humana são nossa personalidade e nossos sentimentos. Outra pergunta me veio à mente.

- Espera! - falei para mim mesmo - Se os sentimentos residem na alma, por que Nobodies não tem sentimentos?

Refleti e então percebi. Nobodies tem sentimentos sim. Pelo menos, meus colegas da Organization XIII e eu temos. Afinal, não haveria grupo se não sentíssemos a necessidade de agrupamento. E, se não nos agrupássemos, a organização não existiria.

Li o livro inteiro, mas nada que estava escrito ali me ajudou a entender o que eu fazia ali, só ajudou a questionar minha existência. Pensei por um tempo em silêncio, quando ouvi uma voz dizer meu nome , digo, o nome pelo qual todos me chamavam naquele mundo.

-Soul, o que você faz com este livro?

Olhei para trás e vi um garoto não muito alto, com os cabelos negros fazendo contraste com a pele branca, três faixas brancas que cortavam a metade esquerda do cabelo dele e os olhos amarelos me encarando com algo que me soou como indiferença.

Era o filho do diretor. O menino dos boatos.

Seria ele capaz de me ajudar?


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