- Oi, bebê. Eu já estou em casa.

- Ai que alívio. Tudo bem?

- Sim, e você?

- Tudo ok, mas estou morrendo de saudades.

- Eu tambem, meu amor. Amanhã a gente se encontra?

- Não sei. Mas vou fazer o possível. Afinal, é nosso aniversário de 1 mês de namoro.

- Você sabe que esse namoro escondido está quase indo por água abaixo, né?

- Sei. Minha mãe está desconfiando, já.

- Não é melhor contar?

- Eu acho, amor. Mas depois eu penso melhor nisso.

- Você quem decide, linda.

- Vou dormir, amor. Boa noite. Te amo muito.

- Também.

Desliguei o celular e me ajeitei na cama. Peguei Jella mas não conseguia dormir. Eu amava tanto Edward, queria que nosso amor fosse mostrado ao mundo. Eu só queria ser feliz ao lado dele.

Levantei-me da cama e fui até a varanda, me enrolando no roupão de seda. Debrucei na grande e fiquei olhando o céu estrelado.

Vi passar uma estrela cadente fiz um desejo; que eu e Edward fossemos felizes, sem que ninguém fosse contra nosso namoro.

Eu tinha certeza absoluta de que esse desejo se realizaria daqui mil anos... ou mais. Ou melhor, não se realizaria.

Acordei de manhã e Jella estava na varanda. Fiz minha higiene matinal mas quando fui abrir a porta para ir tomar café, estava trancada. Olhei para baixo e havia um bilhete.

“Se você se encontrar com aquele marmanjo de novo, vai ser pior.”

Olhei para trás e decidi pular a varanda. Já sou desastrada, e ainda pular a varanda... ai ai ai ai ai. Já sabem né? Me esburraxei lá embaixo. Corri tudo que consegui e fui até o parque.

Encontrei Angela e sentamos em um banco para conversar.

- E aí, Bella? Firme e forte no namoro?

- Sim. Ai, Angela, eu estou tão feliz...

- O Edward é um ótimo garoto, mesmo. Eu estava errada quando disse aquelas coisas sobre ele.

- E você, com o Eric?

- Bom, meus pais gostaram muito dele. Ele não têm tanto dinheiro quanto a gente, mas meu pai aprovou.

- Queria que o meu fosse assim.

- Bom, Swan é a família mais rica da cidade né. Seu pai deve ter algum passado específico, que fez com que ele ficasse assim.

- É verdade... nossa, eu já devia ter pensado nisso. Ele não está em casa. Vou correr pra lá e procurar alguma coisa. Beijinhos, e brigada pela ajuda amiga!

- Por nada!

Fui caminhando até em casa e quando cheguei, Marie arrumava a sala. Entrei no escritório de Charlie e comecei a procurar os livros.

Não achei nada, e de repente ouvi uns barulhos de passos. Saí correndo e entrei em meu quarto.

- Posso entrar? - Renée bateu na porta de meu quarto.

- Claro, mãe.

- Filha, você e o Cullen... estão namorando?

- Mãe, não fica brava... Por favor. Mas eu amo o Edward... MUITO.

- Não se preocupe filha. Eu não vou contar pro seu pai sobre isso. Só quero que saiba que você pode contar comigo.

- Brigada mãe. – a abraçei o mais forte que consegui. – Mas, mãe... por que Charlie tem todo esse preconceito?

- Eu... – enrolou. – Eu não sei. – eu sabia que ela estava mentindo.

- Não minta.

- Bella, pergunte a ele se quiser.

- E você acha mesmo que ele vai me falar?

Renée saiu do quarto sem responder. Eu sabia que ela sabia algo sobre o passado de meu pai. É claro que sabia.

Dormi decidida de que iria procurar informações sobre isso.

Acordei e liguei para Edward no mesmo instante.

- FELIZ ANIVERSÁRIO! – berrei no telefone.

- Bella, brigado por me acordar.

- Tá bom. Mais tarde eu ligo.

- Não... fica.

- Tá bom...

- Feliz aniversário, meu amor. Então, nós vamos sair?

- Edward, eu queria muito. Mas infelizmente não vai dar. Eu tenho que descobrir uma coisa. Que eu prometo te contar mais tarde. Eu posso ir dormir aí, se você quiser.

- Tudo bem. Vou te esperar.

- Pode esperar. Depois me manda uma mensagem ou me liga, marcando a hora.

- Pode deixar. Beijos, amor.

- Te amo.

Peguei meu notebook, sentei na cama e entrei no Google.

Digitei: Swan – Washingnton, Forks

Entrei no primeiro link e comecei a ler. Nada.

Segundo link: nada.

Depois de algumas horas, achei o que eu precisava. Imprimi e corri para o quarto de Renée.

- O que a senhora me diz sobre isso? - joguei os papeis sobre a cama que ela estava deitada e tranquei a porta do quarto.

- Bella, o que é isso?

- Eu sei que tem algo no passado de Charlie, que vocês estão me escondendo. Quero que me explique isso, e já!

- Ok, Bella. Eu vou te explicar. Mas se ele souber, estamos as duas mortas!

- Ele não vai saber.

- Bella, quando seu pai tinha a sua idade, ele se apaixonou pela filha da empregada da casa do Swan. Isso em 1977. E ele sabia que mais cedo ou mais tarde, acabariam descobrindo esse amor. Algumas noites, seu pai saía do quarto e ia dormir com a moça. Eles se amavam muito e eu admirava muito esse namoro.

- Como você sabia?

- Eu estava prometida para seu pai.

- Na década de 70... existia isso!

- Não mais. Mas nossas famílias eram muito próximas e queriam se unir, casando eu com Charlie. Pois bem, continuando... Um dia, descobriram que a moça havia engravidado, e ninguém sabia quem era o pai da criança.

- Charlie?

- Exato. Seu avô, pai de Charlie, que já desconfiava, aceitou o namoro. Mas era tudo uma farça, e em um mês ele descobriu que o pai do bebê era Charlie. Quando a criança nasceu, seu avô fez com Charlie a tirasse da mãe e a levasse para a adoção. Charlie não queria, mas não teve escolha. Ele mesmo entregou a filha para um orfanato. Quando voltou para a mansão, ouviu uma gritaria, e foi ver o que era. Os guardas mataram a moça a facadas, e seu pai viu a hora que ela morreu.

- Mas, porque ele faz isso comigo?

- Se você fizesse o mesmo que ele, ia acontecer a mesma coisa.

- Ele me faria sofrer do jeito que ele sofreu?

- Ele não. Mas o resto da família sim. Nosso casamento aconteceu 1 mês depois da morte, e seu pai quis ir embora de New Orleans. Nos deixamos nossas familias e fomos. Eu mantenho contato com a minha familia, e de vez em quando, seu pai fala com os pais, tios e primos. Todos eles são fiéis à familia e tudo. Eu adoraria poder te ajudar filha, mas não há nada para se fazer.

- Claro que há!

- Não, Bella. Seu pai não quer que você passe pela mesma dor que ele.

- Mas mãe...

- Não Bella. Você pode até namorar com o Edward, mas mais cedo ou mais tarde vocês vão ser descobertos. E algo horrivel pode acontecer.

- Brigada por me contar isso, mãe.

[...]

“Edward, me encontra no campo de futebol perto da escola. Agora.” – mandei essa mensagem para o celular de Edward.

Peguei meu carro e fui para o campo. Quando cheguei lá, Edward ainda não havia chegado, e fui em direção à arquibancada.

De repente, fui puxada por dois braços, prensada na parede e beijada. Retribuí o beijo com todo amor, mas ele parou.

- Se não fosse eu, você sairia beijando assim?

- Edward, eu conheço muito bem a sua pegada. Sabia que era você.

- Mentirosa.

- Você que sabe se vai acreditar ou não.

- Estava com saudades... – me deu um selinho.

- Eu também. Meu amor...

- Fala, Bells.

- Me dá um beijo. – Edward lentamente enlaçou seus braços em minha cintura e me puxou para si.

Dei uma risadinha o que fez com que ele risse também. Nossos lábios foram se aproximando até que se chocaram. Eu os movia em um ritmo maravilhoso com os de Edward, até que ele pediu passagem e eu cedi.

Nossas línguas valsavam enquanto nossos lábios mantinham o ritmo. Meus braços envolta do pescoço dele, impedia que o beijo terminasse.

Depois de minutos, meus pulmões começaram a protestar e larguei Edward.

- Uau.

- Que beijo bom.

- Quer mais?

- Uhum... – comecei a acariciar os lindos cabelos loiros de Edward durante o beijo, e senti ele desenhando um coração, nas minhas costas, com a ponta dos dedos.

- Bella?!?! – ouvi me chamarem e me virei rapidamente, largando Edward.

Passei a mão na boca, depois ri de Edward, que estava com a boca cheia de batom.

- Kate?

- Bella Bella Bella...

- O que você está fazendo aqui?

- Bom, teve jogo, e acabou faz 1 hora. Mas o idiota do meu motorista está atrasado.

Edward pegou minha mão e se aproximou mais de mim.

- Vejo que cheguei na melhor parte.

- Kate... – Edward disse e o mandei ficar quieto.

- Vocês achavam que iam conseguir esconder isso por mais quanto tempo?

- Mais do que isso. – riu. – Mas vai lá, conta pra todo mundo que eu estou junto com o Edward.

- Não se preocupe Bella. Não vou contar para ninguém o segredo de vocês.

- Não?!?! – perguntei assustada.

- Não. Se vocês quiserem uma cúmplice, eu posso ser de grande ajuda.

- Kate, você está falando sério?

- Sim, eu estou aqui há um tempinho, e foi o suficiente pra ver como vocês dois estão apaixonados. Eu não quero acabar com toda essa felicidade. É tão difícil achar alguém que te ame, ainda mais quando você têm dinheiro. Você nunca sabe se a pessoa está com você pelo que você têm ou se ela está com você por que gosta mesmo de você.

- Está tudo bem?

- Sim. É que eu já gostei de tantos meninos durante essa vida. Mas nunca nenhum me correspondeu. É difícil sabe.

- Kate, não chora.

- Bella, não se preocupe, seu segredo estará bem guardado.

- Obrigada, amiga.

- Continuem o namoro. Já estou indo. – Kate olhou no celular vibrando. Pelo visto o motorista havia chegado.

- Bells... – Edward estava encostado na parede, com os braços cruzados, e um pé na parede.

Virei-me e ele desencostou da parede abrindo os braços. Fui correndo até ele e pulei em seu colo. Fiquei com uma perna de cada lado de seu corpo e nos beijamos. O beijo mais apaixonado e carinhoso daquela noite.

- Nosso namoro tá em perigo, amor.

- Confie na Kate. Ela não vai fazer nada.

- É o que eu espero.

- Bom, o que acha da gente aproveitar mais um pouco? Antes de ir embora pra sua casa...

- Uma ideia tentadora, mas prefiro o que vamos fazer na cama.

Edward me pôs no chão e fomos caminhando de mãos dadas até meu carro, já que ele estava sem.

Ele abriu a porta para mim e entrei. Em menos de um minuto, senti Edward me empurrando para o banco de trás com os lábios colados aos meus e suas mãos dentro da minha blusa chegando em meus seios.

Eu precisava dele. Pulei pro banco traseiro e o coloquei sobre mim. Como eu amava aquele homem! O MEU homem.