Better Than Revenge escrita por luciana_seixas


Capítulo 12
Café da manhã


Notas iniciais do capítulo

Continuando...



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Elisabeth acordou agitada. Demorara a pegar no sono na noite anterior. E quando finalmente conseguir dormir, sonhara com Damon. “Também, pudera!” pensou ela com desgosto. Ainda podia lembrar da sensação do corpo dele colado ao seu, o hálito quente lhe acariciando o pescoço.

“Abstrai, mulher!” ela balançou a cabeça e levantou-se. Não ia deixar que ele a afetasse ainda mais. Liz tomou banho, trocou a roupa e respirou fundo, antes de descer as escadas da mansão. Podia ouvir vozes, mas não teve interesse em aguçar a audição para saber de quem se tratava.

Ao chegar na cozinha, encontrou Damon e Alaric conversando. Damon a olhou de cima a baixo e lhe deu um sorriso de aprovação.

“Bom dia, flor do dia. Dormiu bem?” ele perguntou, amistoso.

“Claro!” Ela tentou parecer sincera. Mas pelo sorriso dos dois, ficou evidente que falhara. Tentou se desviar do assunto. “Conseguiram tudo da lista, Alaric?”

“Sim, até que foi fácil. Só o Jeremy que não ficou muito feliz.” Ele acrescentou ao ver o jovem entrando na cozinha.

“Mas é óbvio. A Elena é toda corajosa pra lutar com a Katherine, mas tem nojo de minhoca! Vai entender!” ele resmungou. “Em vez de caçar vampiros, tive de passar a tarde de bunda pra cima colhendo mato!”

Liz segurou o riso. “Não é mato. São ervas.”

“Tanto faz. Foi verde e eu não como, é mato!”

“Quer dizer que o Shrek é mato?” Alaric gargalhou. Jeremy virou-se para ele com cara de poucos amigos. “Vamos logo, Bozo, ou a gente vai chegar atrasado. Só viemos trazer toda aquela porcaria, senão a Jenna ia surtar se achasse aquilo no meio da casa.”

“E aí vocês decidiram trazer ‘toda aquela porcaria’ pra cá?” Damon perguntou divertido.

“Claro!” responderam os dois ao mesmo tempo. Despediram-se e caminharam para a porta. Antes de sair, Jeremy se virou:

“Ah, já ia esquecendo. O Stefan pediu pra avisar que vai direto pra escola. Mas que correu tudo bem ontem com o Tyler, e ele vai tentar trazê-lo aqui hoje a tarde.”

Logo Elisabeth estava novamente sozinha com Damon. Ele serviu uma xícara de café e entregou a ela com um sorriso. “Espero que esteja bom. Alaric que fez porque essa hora da manhã eu só bem whisky”. Ele levantou o copo num brinde.

“Era pra eu me surpreender?” Liz perguntou. Não tinha dormido direito e estava de mal humor. E ele não estava ajudando nem um pouco.

“Parece que alguém acordou com o pé esquerdo hoje. Será que a cama era grande demais?”

“Damon, se eu for bem sincera com você, você para de me encher?” Era a sua única saída. Negociar.

Ele concordou coma cabeça. Ela sorveu um gole do café, que estava surpreendentemente bom, e falou: “Eu não dormi bem. Porque eu estava cansada demais, com raiva demais e pensando demais. E quando dormi, tive um pesadelo. Então, como você pode ver, hoje eu tô estressada.”

“Foi mesmo?” Ele deu um passo na direção dela. “O pesadelo foi tão ruim assim?”

“Foi horrível.” Na verdade, nem tanto. Ela sonhara que ele a tomara nos braços e a beijara, até que ela implorasse por mais. E ela acordara realmente querendo mais. Mas ele não precisava saber disso.

Ele caminhou até parar na frente dela, a centímetros de distância. “É nisso que dá ser teimosa. Você não teria tido pesadelos se eu estivesse lá pra te proteger”

“Se você estivesse lá, eu não teria dormido!” Apenas quando ele escancarou o sorriso, ela percebeu o duplo sentido da frase. “Você sabe que não é disso que eu estou falando”.

“Eu sei?” Ele deu outro passo, e ela recuou. Continuou andando até que ela estivesse presa entre a parede e seu corpo. “O que eu sei, princesa? Você mesma disse. Eu não sei nada sobre você.”

“E se depender de mim, vai continuar sem saber!”

“Então, ainda bem que não depende de você.” Quando ela achou que ele se desistiria, ele passou o braço por sua cintura e a puxou para si.

“Damon, não se atreva!” Ela tentou empurrá-lo, mas estava fraca demais. Droga, havia esquecido de se alimentar direito. Nunca mais trocaria sangue por pizza!

“Princesa, nós dois sabemos que você quer isso tanto quanto eu.”

“Você quer mesmo, Damon?” ela ainda tentava se soltar. “Tem certeza de que você só está tentando provar pra si mesmo que ainda pode ter quem quiser?”

“A única coisa que eu estou tentando provar” Damon disse abaixando a cabeça “é você!”

Quando os lábios dos dois se encontraram, Liz se surpreendeu. Achou que o beijo seria violento, feroz. Mas foi delicado, gentil, quase uma reverência. Damon a puxou ainda mais para perto e aprofundou o beijo, acariciando-a de forma suave enquanto explorava com a língua a boca de Liz. Ela não resistiu mais e enterrou os dedos nos cabelos escuros, soltando um gemido rouco junto a sua boca. Tinha esperado tanto por aquilo que cada parte de seu corpo parecia ter vida própria.

Sem romper o beijo, Damon a segurou pela cintura e a levantou, para sentá-la sobre a bancada. Posicionou-se entre as pernas dela e passou a acariciar-lhe as costas por sob a blusa. Liz sentiu-se arrepiar ante o toque, gemendo novamente. Também queria tocá-lo. Suas mãos puxaram a camisa de Damon, e seus dedos percorreram o tórax definido.

Damon então beijou-lhe o pescoço. A sensação era tão boa que ela jogou a cabeça para trás, dando-lhe maior acesso. Ele depositou uma trilha de beijos, acariciando-a com os lábios e torturando-a com a ponta da língua. Ela não pensava mais. Apenas reagia. Passou as pernas em torno da cintura dele e ele sorriu.

“Eu disse que você queria.”

“Cala a boca, Damon!” Ela puxou a cabeça dele para si, e os lábios se encontraram novamente. Mas não por muito tempo, logo ele já estava mordendo-lhe o lóbulo da orelha, enquanto ela beijava-lhe o pescoço. As mãos dos dois tocavam, exploravam, e quando ele acariciou seus seios por sobre o sutiã, ela enterrou as unhas em seus ombros.

Mais um pouco e ela não conseguiria mais parar. Droga, mas ela não queria parar. Queria que ele continuasse a doce tortura de acariciar-lhe os seios, enquanto dava mordidinhas em seu pescoço.

“Você é tão gostosa, princesa” ele disse com a boca junto ao seu ouvido. “Adoro o seu perfume. Tem cheiro de rosas.”

Foi como um balde de água fria. Ela se lembrou do motivo de tê-lo expulsado do quarto na noite anterior. Rose. Ela estava dormindo com ele e Liz era só a substituta. Ele a sentiu se reprimir e parou com os beijos pra olhá-la nos olhos.

“O que foi, princesa?”

“Nada. Eu acho melhor a gente parar.”

“Eu não acho!” Ele tentou beijá-la novamente, mas ela se afastou. “O que foi? O que eu fiz? Um minuto atrás você estava se derretendo nos meus braços e agora já virou de novo a rainha do gelo.”

“Me chame do que quiser” ela soou magoada “mas nós temos que parar. Além do mais, eu preciso me alimentar.” Ela desceu da bancada num pulo e Damon deu um passo pra trás.

“Então é assim? Você atiça e depois sai correndo?” ele perguntou.

“EU? Pra começo de conversa, você me beijou sem eu querer!”

“Eu percebi que você fez muito esforço pra parar!” ele retrucou irônico.

“E o que você queria que eu fizesse? Que arrancasse sua cabeça? Também não é pra tanto, afinal foi só um beijo.”

Ele se aproximou de novo. “Não foi só um beijo e você sabe”. Eles ouviram passos, mas ele não se afastou. “Da próxima vez...”

“Nos seus sonhos, Salvatore!” ela respondeu enquanto ouvia o chamado vindo da sala. Era Rose que retornara. “Não vai ter próxima vez!”

“Ah, vai sim. E da próxima vez, você vai implorar pra terminar o que começamos.”

Ele saiu antes que ela pudesse responder.


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Notas finais do capítulo

Sorry não ter postado antes, mas se serve de consolo, vou tentar postar o próximo capítulo ainda hoje!

E aí, gostaram do primeiro beijo de Liz e Damon? Nossa fic já está chegado na metade, e eu tinha que movimentar as coisas, não é?

Nos próximos capítulos, Liz e os outros vão tentar recuperar a pedra da lua... será que eles vão conseguir? Além disso, alguém vai dar adeus à história! Aguardem!

Beijos...