Slytherin Pride escrita por Gaia


Capítulo 12
Hogsmeade




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Finalmente, eu estava pronta para ir para Hogsmeade. Junto com Suzanna, partimos para aquele lugar tão encantador. Beatrice ainda não olhava na minha cara e eu também não fazia questão de fitá-la, depois de tudo que aconteceu.


A verdade era que Jesse preferia a minha companhia do que a dela e isso só a deixava mais irritada.

Mas aquela viagem não era sobre Su, nem Cece e muito menos Jesse. Era sobre Draco. Eu ia me dedicar completamente em descobrir os reais motivos do loiro para querer consertar aquele armário.

Pensando nisso, eu fui com Suzanna em todos os lugares que ela queria rapidamente, para que depois gastasse todo o meu tempo tentando seguí-lo. Admito que me permiti gastar mais tempo na Dedos-De-Mel, aquele lugar era dos deuses, não estou exagerando.

Eu até cheguei a pensar que a nova e reformada Liz do sexto ano não babaria pelos doces tão magicamente deliciosos, mas isso era só uma ilusão. Todas as Lizes que eu possa inventar vão babar por aqueles doces. Tenho sorte de ter o metabolismo rápido.

Enfim, quando Su estava finalmente satisfeita com o seu passeio, resolvi seguir Draco indiretamente e sugeri que fôssemos na Travessa Do Tranco. Simplesmente porque era o lugar que todos iam no fim da tarde. Imaginei que ele estivesse lá.

Estava certa. Assim que cheguei, me deparei desnecessariamente com Ginny Weasley beijando exageradamente um menino do meu ano que eu nunca soube o nome. Acho que ele era da Grifinória.

Não era possível que só eu percebera que aquilo era encenação da parte dela.

Fingi que não vi e desviei o olhar, procurando outra mesa para sentar. Vi Potter e seus dois amigos inseparáveis e imaginei que era para aquela mesa que Ginny estava encenando.

Fiquei feliz por pensar que Harry Potter era tão burro a ponto de não perceber, mas logo depois me arrependi de tal pensamento. Que tipo de maldade era aquela agora? Cada minuto que passava eu me deparava com novos pensamentos nada decentes…

– Vamos sentar ali. – Suzanna disse de repente, me salvando de uma provável recaída.

Notei que ela escolhera uma mesa bem longe da de Cece e Jesse, que estava com uma cara de quem preferia estar morto. Sorri novamente com o sofrimento alheio e me assustei com a minha recente postura.

Tentando pensar em outras coisas, passei a procurar Draco pelo ambiente. Finalmente, o encontrei inquieto na porta do banheiro feminino. Estava pensativo, aflito. Precisava de mim, pensei imediatamente.

Para a minha sorte, Jesse levantou-se e foi até o balcão bem na hora em que eu estava pensando em uma desculpa para fazer o mesmo. Ele era o meu álibi perfeito.

– Su, vou ali no balcão falar com o Jesse, ele parece estar precisando de uma força. – menti como uma profissional.

Ela riu e acenou com a cabeça, concordando.

Não me senti mal por mentir, estava até me sentindo um pouco bem por ter me saído tão convincente.

A verdade era que eu não me sentia mal por Jesse, ele que escolhera sentar com Beatrice. Ela resolveu perdoá-lo por sei lá o que ele tinha feito e ele, por culpa provavelmente, quis dar a ela uma segunda chance.

Imagino que ela ainda não saiba que eu não sou a Elizabeth que ele gosta. Ou que ao menos somos familiares.

Por mais doentio que seja, eu não me importava nem um pouco. A única coisa que eu sentia era vergonha alheia pelo pobre Jesse. Nem dó me consumia mais.

A Liz do quinto ano estaria se remoendo e tentando achar um milhão de formas de se redimir e agradar a todos.

De repente, parei para pensar que minhas ações e pensamentos estavam me surpreendendo mais do que o normal, eu não era assim…. Aquilo estava me assustando, mas eu decidi lidar com isso depois. Não tinha tempo para redenção.

Me dirigi a porta do banheiro e olhei sugestivamente para Draco, esperando que ele me pedisse ajuda. Nosso orgulho nos impediu de falar qualquer coisa por alguns minutos, quando finalmente, por pura ansiedade, ele disse:

– Você tem que fazer alguma coisa para mim.

Eu ergui as sombrancelhas e retruquei, fria:

– Eu não tenho que fazer nada para você, Malfoy. Se eu quiser te ajudar, eu ajudo. É só pedir, sabe?

– Eu nunca disse que preciso da sua ajuda! – ele ralhou, impaciente.

Ele me parecia mais angustiado e nervoso do que nunca e vê-lo naquele estado fez com que meu coração apaixonado falasse mais alto que o meu orgulho.

– Só me diga o que você quer que eu faça.

– Você já disse que não faria. – ele murmurou, com ódio.

Então, lembrei-me de nossa conversa e olhei para suas mãos, que seguravam firmemente um pacote. Não consegui deixar de notar o suor que molhava suavemente o tecido do embrulho.

Preocupada e um tanto curiosa, peguei o objeto de suas mãos e o fitei, séria.

– Se eu fizer isso, você me conta o que é depois?

Eu sabia que era golpe sujo, sabia que com tal desespero, ele toparia qualquer coisa. Mas novamente, era uma daquelas coisas que já não me importava, como quando fiz o armário quebrar de novo. Tudo para descobrir os motivos de Draco, eu simplesmente sabia que o que ele estava tentando fazer era grandioso e…. Bem… Mal.

Ele bufou e ficou um tempo sem responder, mas vendo que horas eram, ficou ainda mais deseperado e disse, em uma voz afetada:

– Conto, vai logo! E não ouse falhar.

Acenei que sim, achando graça e entrei no banheiro. Vi Kate lavando as mãos e percebi que já tinha perdido muito tempo.

– Oi, Kate. – disse, tentando ser simpática demais.

– Olá, Liz. – ela respondeu sorrindo pelo espelho.

– Vocês estão fazendo um ótimo trabalho no time de quadribol esse ano. – falei, esperando que ela ignorasse o fato de eu ser do time rival.


– Você acha? – acenei e ela abaixou a cabeça, envergonhada. – Você deveria falar isso para Harry, ele ficaria muito feliz, já que é o Capitão esse ano.

Acenei novamente pensando quais seriam as chances disso realmente acontecer.

– Certamente que falarei. – concordei e quando ela estava prestes a sair, acrescentei, rapidamente: - Escuta, Kate, você pode me fazer um favor?

Ela acenou gentilmente com a cabeça e eu tentei pensar em um jeito decente de pedir aquilo.

– Você pode entregar esse presente para Dumbledore? Sabe, eu me sinto um pouco intimidada e desconfortável com ele, mas meus pais fazem questão de entregar…

Kate estreitou o olhar no pacote e eu percebi naquela hora que a tinha perdido. Talvez minhas habilidades de persuasão estavam falhando.

– Não sei não, Liz. Eu também não gosto muito de ir até a sala do diretor e, não sei, não quero perturbá-lo, entende? Mas se você quiser, eu te acompanho.

Soltei um gemido e murmurei, tentando parecer o mais desolada possível:

– Não, tudo bem, obrigada.

Ela suspirou e disse, parecendo culpada:

– Me desculpe mesmo.

Acenei com a cabeça e assim que ela virou para abrir a porta, lembrei do olhar cinzento de Draco, de sua eterna ansiedade e angustia. Do jeito que eu estava me aproximando dele, conseguindo extrair cada vez mais a sua essência.

Estava o conhecendo, como sempre sonhei, estava o ajudando, tentando impedí-lo de fazer algo terrível, de repente, só eu era capaz disso.

Com a imagem de seus olhos na cabeça, fiz uma coisa que nunca me imaginei fazendo na vida.

– Imperio.

Kate parou abruptamente e eu, sem pensar duas vezes, coloquei o pacote no chão e me escondi, ainda com a varinha a controlando. A fiz pegá-lo e sair do banheiro sem que me visse.

Em minha mente, me concentrava completamente em fazê-la levar o pacote até Dumbledore, sem interrupções. Sai do banheiro quase logo depois e vi Draco ainda mais ansioso me esperando.

– Eu estou a controlando. – cochichei assim que coloquei Kate para sentar junto com Leanne.

– O que?! – ele berrou, atraindo todas as atenções para aquele canto. O fuzilei com os olhos e tentei manter minha varinha escondida.

– O que você queria que eu fizesse? – perguntei de volta. – Eu perguntei carinhosamente, ela se recusou!

Malfoy bufou furioso e ficou olhando de um lado para o outro, freneticamente.

– Se fosse pra fazer isso, eu mesmo faria! – exclamou baixinho.

– Não sei porque não fez! – retruquei, um tanto brava. Eu havia feito um favor, estava infringindo a lei e ele ainda estava reclamando?

– Tanto faz, faça-a ir para o castelo rápido! – Draco ordenou, desaparecendo de repente.

Revirei os olhos furiosa e fiz Kate sair do recinto acompanhada com uma Leanne preocupada, que não parava de fazer perguntas para a amiga.

Encontrei com Su e inventei qualquer desculpa para sairmos do local. Ela engoliu e se posicionou estrategicamente comigo atrás de Potter e seus amigos que estavam logo atrás de Kate e Leanne.

Com a minha varinha escondida, conversava despreocupadamente com Suzanna, quando, de repente, o trio a nossa frente parou de andar, me forçando a prestar atenção na cena que ocorria.

Um pouco mais a frente, Kate estava inconsciente no chão.

Entrei em pânico. Se ela lembrasse de algo antes de ser amaldiçoada, ela ia achar que quem jogou o feitiço foi a última pessoa que ela viu antes de Leanne.

Que era… Bem… O Draco.


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Notas finais do capítulo

Oooi, gente, nem sei como começar, hahahaha. Primeiro quero dedicar esse capítulo à Miss Hoppe Goyle PDs que escreveu uma recomendação liinda pra fic e me cobrou (literalmente) o próximo capítulo. ♥
Ai gente, mil desculpas pela demora eterna, mas eu tive que por essa fic em hiatus para eu terminar a outra e então, quando eu terminei, aconteceram MUITAS coisas que me impediram de continuar (faculdade, viagem, problemas no pc....). Uma delas, admito, foi a estreia de HP7 (o filme) que me deixou arrasada, eu tava mega triste porque HP tinha acabado de vez etc e não conseguia tocar em nada que me lembrasse.
Então, desculpas MESMO. Mas quero que saibam que eu nunca vou abandonar de vez. Posso demorar anos para postar, mas abandonar: NUNCA.
É isso ai, vou voltar a postar de 1 em 1 mes (provavelmente), espero que tenham gostado desse capítulo (:
Beijão :*



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