Eu, não bebia nada, claro. Mas eu adorava aquela boate porque tinha dezenas de drinks sem álcool maravilhosos. E a policia não batia lá por nada.

Eu e Tom fomos pra um canto mais reservado atrás de uma mesa, e os garotos vieram logo atrás e sentaram-se na mesa ao lado.

A musica estava alta, e ouvi Tom dizer:

- Vamos dançar?

Agora que ele vai ver!

- Claro- aceitei

Ele me pegou pela mão e fomos para o meio da pista.

Ele começou a dançar tímido, mas eu , que não posso ouvir musica agitada- logo me soltei. Me esfregava em seu corpo, descia até o chão, e ele logo entrou na onda. Dançamos durante um tempão. Até que me virei e fiquei de frente para seu rosto. Ele sorriu de um jeito, um pouco malicioso e mexeu com a boca as seguintes palavras:

- Esta pronta?

Meu sorriso de resposta foi imediato. Assim, ele se aproximou de mim, segurou a minha cintura e nos beijamos. Esse beijo foi quase tão bom quanto o primeiro daquela noite. Nos agarramos um pouco e depois, peguei sua mão e fomos em direção a mesa em que os meninos (ainda) estavam.

O sorriso de Bill era maior do que se podia imaginar. Eu peguei o drink que estava tomando e levei a boca, Tom estava tomando ICE eu acho. A minha cara deve ter sido de muita felicidade, pois Tom me pegou de novo nos braços e me beijou

- É melhor vocês dois dizerem algo logo, se não eles não vão parar de se pegar na nossa frente- Bill brincou

- Isso é serio?- ouvi Georg perguntar

Tom me soltou e apenas se agarrou em minha cintura

- Seriíssimo- ele respondeu. ELE.

- Salve, Salve Tom Kaulitz!- Gustav comemorou

Georg apenas riu.

- Eu não vi isso vi?- Jost de repente apareceu

- Pois é, milagres acontecem- Georg murmurou

- Então ela é a causa de toda a mudança no final?- dessa vez ele perguntou para Bill

- É isso ai.- Bill respondeu

Tom, que estava segurando minha cintura por trás. Me puxou para a pista de dança novamente

- Vocês não vêm?- gritei para os garotos que estavam na mesa

Eles logo se levantaram e vieram para a pista de dança também. Tom me virou para ele, e começamos a dançar de novo. Trocamos mais alguns beijos, e tudo mais. Eu já estava cansada de dançar, então avisei Tom e fomos pra mesa. Os outros ficaram na pista de dança se divertindo.

Tom não me largava em nenhum segundo, suas mãos estavam sempre em mim, ou na minha mão, ou na minha cintura, ou no meu rosto. Sempre.

Ainda ficamos lá por algum tempo, Tom e eu trocamos caricias e beijos a toda hora.

- Acho que já quero ir- disse no ouvido do Tom

- Então vou avisar aos outros- ele disse

- Avise que vamos a pé- cochichei

- Tudo bem. Vem junto?- ele pediu- Não quero largar de você- se justificou

- Tudo bem- terminei o sexto drink e o segui. Tom me puxando pelo braço

Ele trocou algumas palavras com Bill e Jost e depois foi a minha vez

- Não é perigoso ficarmos aqui?- Bill perguntou

- Não seu bobo. Você fechou a boate, e se Jost checou quem esta aqui dentro não tem problema algum. Depois vocês voltam todos juntos.- expliquei

- Tudo bem. Boa noite para vocês- ele falou

Eu sorri e Tom me puxou para irmos embora.

Saímos da casa noturna.

A rua em que a casa fica é movimentada, mas aquela hora ( eram pouco mais de duas da manha) tinha pouco movimento. Só umas viaturas policiais passando de vez em quando. O hotel não ficava muito longe, o único problema era eu, de carro, você tinha os semáforos e as outras proibições.

Tom caminhou o tempo todo de mãos dadas comigo, não me largou por nenhum segundo.

- O que quer fazer amanha?- perguntei

- Alem de ficar com você?- ele falou

- Alem disso.- afirmei

- Sei lá. Da pra gente ir a praia?- ele perguntou

-Da sim. A gente fala com o Jost então.

- Que bom- ele sorriu contente

Ele de repente parou e me fez parar junto. Pegou a minha mão e me girou

- O que foi?- perguntei assustada com o ato

- Quero só tentar imaginar você só de biquíni

Eu corei, mas ele provavelmente não viu. Eu tive vontade de responder: “ você não precisa esperar ate amanha” mas fiquei quieta.

Continuamos andando e logo avistamos o hotel. As fãs já tinham ido embora, e não tinha mais nenhuma movimentação perto do hotel.

Tom e eu subimos. E, ele ia se despedir de mim, quando eu disse:

- Posso dormir contigo? Não quero largar de ti- eu pedi

Ele sorriu e me puxou pela mão

Entramos em seu quarto, e ele logo trancou a porta. Correu e me beijou. Deitamos na cama e ficamos ali, trocando caricias.

- Tom- chamei- Como vamos fazer quando você for embora?- perguntei triste de ter que tocar no assunto

Ele ficou quieto e pensativo.

- Voce já terminou a escola?- ele perguntou de repente

- Sim. Como já disse, eu sou nerd. Terminei um ano adiantada- respondi

- Então você vai embora comigo- ele concluiu por fim

- Ah ta! Voce acha que a minha mãe vai deixar?

- Não sei. Liga pra ela.- ele disse

- Acho que vou mesmo. Lá já são quatro e meia da manha. E ela sempre acorda as quatro

- Então faça isso- ele pegou o celular e eu disquei o telefone da minha mãe

No quinto toque ela atendeu

- Alo?

- Oi mãe, sou eu Fernanda- eu disse- Tudo bem contigo?

- Fernanda? Tudo bem sim. E com você? Porque ta me ligando a essa hora?

- Mãe, preciso falar com você. Não se preocupe, não aconteceu nada de demais. Pelo menos, nada perigoso ou algo assim

- Então fala minha filha- ela disse paciente

- É o seguinte. Eu me apaixonei.

- Serio filha! Que maravilha- ela comemorou do outro lado da linha

- Pois é, também gostei.

Tom me olhava com uma cara tensa como se esperando a resposta da sua morte.

- Bom, mãe. –eu hesitei- Acontece que... ele não mora no Brasil, e vai ficar aqui só uma semana.

- Ah! Que pena querida!- ela disse com a voz realmente triste

- Bom, então eu queria saber se a senhora deixaria eu ir com ele para a Alemanha- pedi

O telefone ficou mudo

- Mãe? Mãe, você ainda ta ai?- chamei-a

- Sim, estou. E não. Esta fora de cogitação, você não vai sair do pais antes de ser dona do próprio nariz

Minha cara de felicidade se desmanchou com a bomba que ela soltou. Tom percebeu a minha cara e também não ficou muito feliz com o que viu em meu rosto.

- Mas, mãe. Por favor! Ele é tudo pra mim! Sempre foi!

- Negativo.

Eu comecei a chorar, e Tom soltou umas lagrimas junto comigo.

- Mãe! Voce não pode fazer isso comigo! Não pode!- e desliguei o telefone na sua cara

- Ah! Tom- desabei no colo do Tom que estava quase tão aflito quanto eu. Chorei tanto, que ensopei sua camisa com minhas lagrimas.

- Ela não deixou, não foi?- ele perguntou com uma voz triste

- Ela não deixou. Claro! Que ódio dela!- gritei

- Não fale assim. Ela só faz isso pro seu bem- ele tentou me acalmar

- Ela não sabe que meu bem vai ser estar perto de você

- Acalme-se.

- Mas Tom, como vou fazer para ficar longe de ti? Não posso te perder

- E eu também não. Não sei como vamos fazer- sua voz mostrava segurança, mas seus olhos mostravam a dor que ele sentia. E, se não bastasse eu estar infinitamente triste, eu fiquei triste por Tom também.

Eu bocejei.

- Esta com sono?- ele perguntou gentil

- Sim.

- Então vamos dormir- ele me deitou

- Claro.

Ele deitou ao meu lado.

A única luz que tinha naquele quarto ligada no momento, era o abajur que ficava ao lado da cama. Ficamos deitados alguns minutos.

- Tom- chamei

- Fala Fe- ele disse com a voz ainda acordada

Fiquei sem graça de pedir isso, mas com aquela roupa não dava pra dormir.

- Posso dormir só de lingerie?- perguntei mais vermelha que um pimentão

- Por que ta me pedindo isso?- ele perguntou assustado

- É que essa roupa é muito desconfortável de dormir, e já que estamos juntos, pensei que não teria problema. Mas eu queria saber se você vai conseguir APENAS dormir comigo ao seu lado de lingerie. –falei ainda sem graça

- Vou tentar me controlar.- ele disse com a voz, mais safada do mundo

- Tudo bem- levantei e fui ao banheiro

Tirei a blusa e tive a sorte de ter colocado um conjunto de renda preta novo que eu achava lindo, eu. Dobrei a minha roupa e sai do banheiro de cabeça baixa.

Tom me esperava ansioso, estava sentado na cama novamente. Quando me viu, seus olhos se arregalaram e ele disse:

- E-eu- gaguejou – Voce é linda!

Eu corei. Era a primeira vez que alguém falava assim de mim.

Fui para a cama e antes de deitar, dei-lhe um beijo demorado, que ele correspondeu fervorosamente.

- Eu te amo!- ele disse

- Eu também. Muito- devolvi

- E não se preocupe, com você vai ser diferente.

De repente, entendi do que ele estava falando.

- Pois saiba, que comigo, agora e sempre você pode fazer o que quiser

Quando disse isso, ele me agarrou e me jogou de costas na cama. Beijou-me avidamente. E quando achei que ele ia fazer o que esperava, ele para de me beijar e diz:

- Ainda assim, com você vai ser diferente- deitou-se ao meu lado. Eu ainda está ofegante do seu ultimo beijo, mas ele desligou a luz e nos ajeitamos para dormir. Ele agarrou meu corpo e ficamos dormindo abraçados.