A Lenda escrita por Cchan


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, minha semana foi bastante cheia... Espero que gostem!



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Separaram os lábios buscando fôlego para continuarem, mas ouviram os gritos alegres de Miroku:

- EU VOU SER PAI! EU VOU SER PAI! FINALMENTE! SANGO TERÁ UM FILHO MEU! OBRIGADO, BUDA! - ele saltitava alegremente, entrando pelo cômodo - AGORA O KAZAANA JÁ PODE ME SUGAR!

- Nem brinque com isso. - falou Sango seriamente entrando na sala montada em Kirara.

- O quê?! - Inuyasha estava abalado com a notícia - Mas, mas... COMO?! O QUÊ?! QUANDO? ONDE? POR QUÊ? SEU MONGE SAFAAAAADO!

- Deixa disso, Inuyasha! - riu Kagome puxando levemente o braço do hanyou.

- O importante é que ele será muito bem-vindo. - falou o monge alisando o ventre da exterminadora.

- E amado! - completou.

- Claro, Sangozinha, claro. - o monge deu-lhe um beijo na testa.

- E quando vai sair o casamento? - brincou o meio-youkai.

- Em breve! - respondeu a jovem alisando o ventre levemente crescido.

- O QUÊ? MAS EU ESTAVA SÓ BRINCANDO!

- Mas nós não, Inuyasha. - respondeu Miroku - Nos casaremos o mais rápido possível!

- Que lindo! - derreteu-se a miko.

- Quanta baboseira... Keh, vamos embora daqui.

- EI! ESPEREM POR MIM!

- Shippou? Onde você estava? Por que está tão cansado? - perguntou desconfiadamente Kagome.

- Eu fiquei encarando uma daquelas gárgolas esquisitas e vocês se esqueceram de mim! - choramingou - Por que vocês sempre se esquecem de mim? Eu também faço parte da equipe! Me odeiam tanto assim? Só porque não luto tão bem quanto vocês...

- É, talvez... É UMA HIPÓTESE... - bufou Inuyasha.

Kagome pôs o pequeno filhote de youkai raposa nos braços e fez:

- Eu jamais me esqueceria de você, meu pequeno.

- Eu esqueceria...

- INUYASHA!

- O que foi? É a verdade!

- OSUWARI!

- Ha-ha, se deu mau!

- CALADO, SHIPPOU! - gritou levantando-se.

- Não grite com ele!

- Isso mesmo, seu hanyou burro! Não grite comigo!

- ORA... CALEM A BOCA!

- OSUWARI!

- Eu se fosse você não provocaria a Kagome, Inuyasha. Ela tem A força! 

- A FORÇA DO KOTODAMA! - riu a miko vitoriosa.

A discussão rolou por um longo tempo, Miroku, Sango, Kirara e Nekohi apenas assistiam, não tinham coragem de interromper. Depois de tantos "osuwaris!", o linóleo chegou a quebrar, mas... nada de mais.

Quando retornaram ao vilarejo, já estava escuro, logo se acomodaram e adormeceram.

Aproximadamente à meia-noite, a jovem miko acorda com alguém afagando seus cabelos, sentou-se assustada pensando que fosse algum youkai, estava prestes a gritar pelo susto, mas ele tapou a sua boca:

- Calma, Kagome! Sou eu!

- Que susto, Inuyasha! - cochichou raivosamente.

- Estava sonhando comigo? - brincou.

- Não, com o Kouga.

- Ah, claro. O Kouga. - o hanyou fez uma cara de cachorro chutado, abondonado e atropelado à beira da estrada. - Pelo menos eu estava sonhando com a Kikyou...

- Você não tem jeito...

- Nem você. - resmungou.

- Por que você me acordou no meio da noite?

- Vem cá. - ele puxou-a suavemente pela mão, levantando-na.

- Ei, espere! Mas e eles?

Olharam em volta, repararam que os amigos dormiam angelicalmente. Miroku perto de Sango, Shippou dormia encostado em Kirara (que estava em seu "tamanho GG") que por sua vez estava encostada em Nekohi, de patas cruzadas e a cabeça deitada sobre as mesmas. A senhora Kaede dormia dentro da choupana enquanto os outros dormiam do lado de fora com uma fogueira acesa.

- Eles que se danem! - respondeu brincalhão - Vamos!

O casal seguiu por uma trilha um tanto apagada pelo tempo, por dentro de algumas árvores.

Caminharam, caminharam e caminharam. Até que chegaram em uma enorme "parede" de bambu. Eram tantos, tantos, tantos que mais pareciam, de fato, uma parede.

Inuyasha abriu uma passagem usando as mãos, puxando alguns babus com a mão esquerda e outros com a direita.

Kagome passou pela passagem (N/A: conclusão filosófica) e o que viu deslumbrou seus olhos.

Estavam num pequeno morro, não era muito alto, mas tinha uma belíssima vista, eram hectares de plantações de rosas. Todas vermelhas, claro.

- É que eu meio que... Acabei com a sua, então pegue quantas quiser aqui. Não ligo mesmo... - disse o hanyou abraçando-na por trás.

- Eu te amo muito, sabia? - ela sentiu seus olhos marejarem.

- Feh. - disse com um sorriso orgulhoso nos lábios.

- Bobo...

- Baka...

- Um pouco... - riu.

- MINHA baka. Nada daquele lobo fedido, está entendendo? - disse beijando-na suavemente - Vamos? - estendeu a mão.

- Claro. Juntos. Sempre juntos. - sorria como uma criança feliz enquanto o hanyou revirava os olhos âmbares e abria um pequeno sorriso.

Andaram pelos hectares repletos de rosas, belíssimas, as pétalas caíam pelo cabelo do hanyou e os espinhos que de vez enquando roçavam em si, pareciam não incomodar. A miko estava com o cabelo repleto de rosas, todas as vezes que via uma grande e bem vermelha, colocava no cabelo. Inuyasha meio que a arrastava sem querer, afinal é um pouco difícil controlar sua força youkai, mas a moça parecia não se importar.

- Inuyasha, olhe!

Ele olhou para onde ela apontava e percebeu o que queria lhe mostrar. Kagome apontara para os pequenos vagalumes que brincavam entre as rosas, pareciam crianças brincando de pique-esconde.

- Eu nunca entendi como a bunda deles brilha... - encarou Kagome que ria com a afirmação dele - Mas até que eles não são esquisitos... - comentou Inuyasha tentando não criar um clima de romance no qual ele se sentia envergonhado.

- Deixe de ser bobo, - riu - Essa noite vai ser perfeita. É tão bom estar aqui com você. - aninhou-se nele.

- Você é... Muito... - engasgou-se. - É bom ficar... Junto de... Você. - estava se enrolando demais, com palavras que pareciam ser tão simples de serem ditas.

- Uhum, sei... - brincou.

- ESTÁ DUVIDANDO DE MIM?! - gritou.

- Hahaha, claro que não, bobo. Só não sabia que era tão importante...

- Nem eu... Até pensar como minha vida seria chata sem... Você. - corou violentamente.

- ...

- Você... Está sempre comigo! É a minha... Minha... Melhor amiga! Hehehe - parece que "namorada" era difícil demais de ser pronunciada.

Não sabia o que dizer. Como alguém tão forte, bruto e rude podia tentar ser tão sensível?

- Eu te amo, você sabe disso, não sabe? - sorriu.

- Er... - desviou o olhar para que ela não visse a timidez e a vergonha estampada em sua face.

Ela sorriu e beijou-lhe, pôs as mãos na face do hanyou e ele envolveu sua cintura com os braços.

- QUEM MANDOU VOCÊ PARAR?!

- Eu preciso de ar de vez enquando, Inuyasha... - disse sorrindo.

- MALDITO AR! - protestou.

- Quer mais?

- O que você acha? - resmungou como se já não fosse óbvio.

Kagome segurou o kotodama e começou a retirá-lo, faíscas rosadas brotavam do mesmo, mas a mão de Inuyasha impediu-na:

- Não.

- Por quê? - sua expressão tornou-se confusa.

- Porque... Mostra que eu sou seu, tá? - cuspiu.

- Então, isso é a sua coleira? Se você se perder, aí veem o kotodama e lhe devolvem pra mim?

- Grr... Não me amola... - "Eu tento falar alguma coisa que preste, e ela vem com esse papinho! Maldição! Kagome, sua boboca..." pensou frustrado.

- Eu estava só brincando. - riu vendo a cara aborrecida dele.

- Eu sabia que você está brincando! EU SABIA!

- Certo, certo, você sabia... Grosso... - riu derretendo-se completamente. - Mas eu te amo de todo o jeito.

- Hunf... Baka. - fez "biquinho" indignado. - Kagome, eu te... - foi interrompido, o que provocou um certo alívio nele...

- Às vezes... Gosto quando você me chama assim... - ela ia beijá-lo, mas antes que o fizesse, ele pegou o fragmento da jóia de quatro almas que estava no pescoço dela.

- Ela realiza desejos, sabia? - mudou de assunto tentando não manter um ''clima'' no ar.

- Então faça um. - disse fechando os olhos.

Apertaram os fragmentos da pequena jóia cor-de-rosa que emitiu um brilho levemente rosado enquanto os apaixonados desejavam algo em suas mentes. O silêncio pouco durou, assim que terminaram, o brilho cessou e logo Inuyasha perguntou curiosamente:

- O que você desejou?

- É segredo! - sussurou.

- Vai, conta! - ele fez aquela carinha de cachorrinho abandonado à beira da estrada.

- Desejei... que ficássemos juntos pra sempre! Que a gente se... Case. - disse num murmúrio, sentindo-se sonhadora demais.

- Eu... Desejei a mesma coisa. - estava envergonhado, suas orelhinhas se mexiam de vez enquando. Sinais óbvios de orelhinhas.

- Depende... prove.

- Não tenho como provar! - enrolou-se.

- Então, uma prova de que acredito, é o meu amor, que me diz... que sempre devo acreditar em você.

- Kagome, você é TÃO baka. - sussurrou.

Beijaram-se intensamente, como se fosse pela primeira vez, os corações acelerados, os lábios celados, os olhos fechados e a respiração ofegante. Deitados na relva entre tapas e beijos, risos e lágrimas, carinhos e abraços. Um amor entre eras. Em meio a rosas e avistando a enorme parede de bambu.

Voltaram ao morro, onde haviam iniciado a conversa. As bocas pareciam não se desgrudar, parece que o ar não era mais de suma importância e tudo o que precisavam... estava ao alcance das mãos.

O tempo parou, o mundo poderia ter acabado, mas eles permaneceriam ali, juntos, inseparáveis, dois corpos, duas almas, dois seres, unidos num só corpo, uma só alma, um único ser, um único amor, no mesmo destino.


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Notas finais do capítulo

O próximo cap já está quase pronto! Acho que vou postar no fds ou logo no começo da próxima semana!