A Lenda escrita por Cchan


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Adiantei esse capítulo por causa do aniversário de uma leitora muito importante! Parabéns, Likinomoto! *-* [dia 01/01] E feliz ano novo para todos! :D



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Ryuki estava curioso para saber a utilidade do kotodama, tentou lembrar o que a Kagome dizia para ativar o kotodama, lembrava-se que todas as vezes que o fazia, o hanyou caía ao chão. Poderia lhe ser muito útil.

- Osuwatte, osamatte, osuwarte, osuwara, osuware... - cochichou como se buscasse a palavra certa. - OSUWARI! - gritou com certeza de que algo aconteceria.

Inuyasha desviou o olhar, riu da cara do adversário e continuou tentando romper a esfera.

- BAKA! Somente a Kagome consegue usar o kotodama. - riu desferindo um ataque. - Desista, Ryuki.

O feiticeiro ''fechou a cara'' e pôs-se a pensar:

" Posso derrotá-lo com meu feitiço final, logo, não seria necessário usar este estúpido colar... Mas estou muito fraco e não tenho mais tempo para absorver a energia da jóia... Preciso desfazer os antigos encantamentos feitos e absorver a energia vital de meus lacaios, assim, terei poder suficiente para usar o feitiço final. Ainda assim, será arriscado..." ele observou Inuyasha e Nekohi que ainda tentavam romper a esfera, sem êxito, e continuou, " Se eu desfizer a esfera eles fugirão com a garota, não adiantaria... A não ser que este seja o último encantamento a ser desfeito! "

Deu alguns passos em direção aos dois, seus olhos expressavam um enorme prazer por presenciar aquela cena; arqueou uma sobrancelha, sorriu pelo canto da boca e finalizou o pensamento vitoriosamente:

" Às vezes me impressiono com sua genialidade, Ryuki! Você é um gênio. Droga, estou me referindo a mim mesmo na 3ª pessoa outra vez, preciso parar com esse estranho hábito..."

O feiticeiro ergueu as mãos aos céus e logo sentiu o poder se acumulando, a magia de todas as armadilhas preparadas se focalizando ali, a força de seus soldados youkai também. Sua sede de vingança não o fazia nem pensar duas vezes ao sacrificá-los.

Sim, ele sentia que em pouco tempo poderia lançar aquela enorme esfera roxa e preta que crescia rapidamente sobre si, mas como todo o bom vilão "de novela mexicana", precisava explicar seu plano diabólico:

- Escute, filho de Inu No Taisho, este é o seu fim. Está vendo? É o feitiço final! Assim que encostar em você, morrerá instantaneamente, virando cinzas, não resistirei, também será o meu fim, mas minha morte não será em vão! POIS MINHA VINGANÇA ESTARÁ COMPLETA!

Inuyasha olhou apavorado para Kagome, tinha medo que aquilo pudesse antingí-la, mas Ryuki quis deixar tudo bem claro:

- Não se preocupe, idiota. Ela não sentirá nada, está desacordada. E quanto a você, gatinho, - referia-se a Nekohi - não adianta se jogar na frente, nada lhe acontecerá, o destino não será alterado, o feitiço lhe atravessará como se fosse um fantasma e matará apenas o casalzinho. Que peninha. - ironizou ao ouvir o rosnado do youkai gato - Só poderá ser evitado se algo, mais poderoso que eu, o impeça. Mas para seu desespero, NADA é mais poderoso que RYUKI, O FEITICEIRO DAS SOMBRAS!

- Você sempre gasta saliva explicando os seus planos? - cuspiu Inuyasha furioso.

- Aham, sempre. É sempre bom ver o desespero estampado na cara dos pobres coitados.

- E você sempre se chama de "Ryuki, o feiticeiro das sombras"? - o hanyou estalou os dedos como se estivesse se segurando para não lhe cortar a garganta.

- QUIETO, BASTARDO!

- VEM ME CALAR, AMARELÃO!

- NÃO VOU SUJAR MINHAS MÃOS!

- O QUE VOCÊ QUIS DIZER COM ISSO!? TÁ ACHANDO QUE EU SOU FRACO, É? - Inuyasha se segurava para não atacá-lo.

Nekohi ''engoliu'' o rugido, Inuyasha trincou os dentes, apenas um milagre poderia salvá-los naquele momento.

Ryuki absorveu a magia da esfera, que se desfez em partículas luminosas esverdeadas. Kagome caiu, abrindo os olhos, nos braços de Inuyasha:

- Você está bem? - perguntou aflito.

- Sim, - respondeu num murmúrio - estou com medo.

- Não se preocupe, tudo vai dar certo. - disse num tom acalentador.

Ryuki riu e posicionou-se para lançar o feitiço poderoso; o feitiço final, a bola preta e roxa, que tinha o tamanho de um fusca, estava prestes a ser atirada.

Nekohi preparava-se para pular, mas o hanyou impediu-o. Ele olhou para menina que estava em seus braços e beijou-lhe delicadamente os lábios, deixando o amargo gosto da despedida (e o saboroso gosto do "quero mais").

- Que meigo - ironizou o feiticeiro - Mas agora é o fim! MORRAM! - e lançou, junto com sua alma, desintegrando-se num pó púrpura.

Se aproximava rapidamente, só deu tempo do meio-youkai lançar algo na sua frente, ao o fazer, ela "caiu" com os dois pés no chão, estava de pé. Colocou-a nos braços novamente e a abraçou com força.

Uma luz ofuscante brotou próximo ao casal. Quando a mesma cessou, tomaram coragem e abriram os olhos. Estavam os dois ali, vivinhos, inteiros.

O gato-youkai olhava desconfiado "os dois pombinho", não entendia o que se passava ali, na verdade, apenas aquele esperto hanyou sabia.

- O... O... O que aconteceu? - perguntou Kagome confusa.

- Nada, só derrotamos o feiticeiro mais poderoso de todos os tempos. - respondeu presunçosamente.

- Sério?

- E eu mentiria pra você? - sorriu confiante.

- Quer que eu responda educadamente ou sinceramente?

- Sinceramente.

- Sim, claro, dependendo da situação.

- E educadamente? - riu o meio-youkai.

- NÃÃÃÃÃO, NUNCA! - riu também a moça.

- Kagome, estou te achando um pouco diferente...

Era verdade, seus negros cabelos estavam mais longos, seu corpo estava mudado (no sentido positivo) e alguns de seus traços estavam um pouco mais fortes. Ela não era mais uma menininha, era uma mulher.

- Acho que você envelheceu.

- Isso, Inuyasha, continue, todo mundo adora ouvir isso...

- Ei! Não me leve a mal, mas é sério! Acho que você envelheceu uns... - cheirou seu cabelo, suas mãos e seu pescoço, então respondeu sério - dois anos.

- V... V... Você disse... DOIS ANOS?! - espantou-se Kagome.

- Aham, mas você está mais bonita, ehehehe, continua a mesma Kagome de sempre, mas numa versão melhorada! Quer dizer, não que você tivesse algo a melhorar, você já era perfeita, mas agora está melhor! Quer dizer, você sempre foi a melhor em tudo o que fazia, menos naqueles mantras infernais que o povo da sua era chama de matemática... QUER DIZER, NÃO QUE VOCÊ SEJA RUIM, MAS É QUE... - enrolou-se completamente - Esquece! Por que está tão surpresa?

- UHUUU! LEGAL! JÁ TENHO 18 ANOS! JÁ POSSO DIRIGIR, JÁ POSSO BEBER, JÁ POSSO SER PRESA... Ok, essa parte não é legal, mas JÁ SOU DE MAIOR! UHU! - comemorou a mulher.

- E você ainda tem de completar a jóia de quatro almas! UHU! - estragou Inuyasha usando o mesmo tom, mas de uma maneira enjoada, que a moça havia usado - Por falar nela, onde está o fragmento?

- Ai, pára de ser chato! OSUWARI! - olhou para o amigo que estava furioso com a cara no chão - Por falar nela, onde está o fragmento?

- E eu é quem vou saber? Quem tem o poderzinho é você, oras! - rugiu tentando levantar-se.

- Espere um pouco.

Ela olhou em volta e avistou o brilhante ponto cor-de-rosa no chão preto. Dirigiu-se até ele vagarosamente, pegou-o e pós no pescoço.

- Pronto, feliz?

- Muito. - sorriu o hanyou.

- Mas, você ainda não me explicou o que realmente aconteceu...

Nekohi ouvia tudo atentamente, sentado, lambendo a pata dianteira esquerda. Esticou-se um pouco para que nenhuma palavra lhe escapasse e continuou lambendo sua patinha preta.

Inuyasha sorriu e cochichou algo no ouvido de Kagome, fazendo o youkai gato rosnar, curioso.

A mulher se surpreendeu com a inteligência do namorado e beijou-lhe ternamente os lábios.

E você, caro leitor, ainda não descobriu? O que Inuyasha lançou à sua frente naquele momento foi o objeto que guardou dentro de seu quimono, para lembrar-se de Kagome, algo tão simples, tão singelo, mas que guardava sentimentos ainda mais fortes que aquela magia negra - o amor, a saudade, o carinho, o afeto -. Ele lançou a rosa vermelha.


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Notas finais do capítulo

Obrigada pela leitura e até o ano que vem! *-*