Your Guardian Angel... escrita por Misu Inuki


Capítulo 7
O Encontro




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-Vamos acordar, mocinha.- minha mãe começou a me balançar gentilmente.

Virei para o outro lado sonolenta. O soninho estava tão bom, que eu não queria acordar tão cedo. Pude ouvir a risada baixa da minha mãe.

-Levanta, vamos. Já está quase na hora do jantar. Levantei devagar, ainda cheia de sono.

Esfreguei os olhos com as costas da mão bocejando.

 -Já tá tão tarde assim?- perguntei

Minha mãe balançou a cabeça afirmando, depois voltou a rir.

-O que houve? -Nada minha filha. É que você parece um gatinho dormindo. Se fosse menor podia te confundir com a Yin!

 Ri junto com ela, mas logo depois caiu a ficha. Desde o acidente no quartinho, eu não tinha visto nenhum dos felinos.

-Mãe, sabe onde estão os meus gatinhos? -Resolveram imitar a dona, e estão tirando uma soneca, lá no seu quarto.

Balancei a cabeça concordando. Me levantei do sofá, ajeitando minhas roupas amassadas.

-Quer ajuda no jantar?- mesmo não estando nem um pouco afim de chegar perto de algum objeto cortante de novo, tive que perguntar. Por sorte, minha mãe disse que já estava terminando, e que não precisava.

Fui para o banheiro, jogar um pouco de água fria no rosto para espantar o sono. E então, completamente descansada e desperta, precisava pensar em tudo o que estava acontecendo.
Respirei fundo, antes de abrir a porta do meu quarto. Tudo estava exatamente do jeito que eu tinha deixado, exceto pelo fato de não ter marcas de sangue no chão.

Eu sabia que não tinha limpado antes de dormir. Estiquei minha mão, tirando a faixa de gaze que a cobria. Estava lá, bem claro, a marca da mordida do sapinho, como se fosse uma meia lua. Mas não tinha marcas de sangue coagulado, nem na gaze, nem na pele. Era como se fosse uma cicatriz ou uma tatuagem.

Joguei a faixa no lixo, e sentei na cama. Estava muito confusa. Definitivamente nada daquilo que eu estava vivendo era normal. E eu não fazia idéia de com quem poderia conversar sobre isso. Se falasse com a minha mãe, ela ficaria preocupada, e me obrigaria a fazer mais exames e voltar para o psicólogo. Mas o principal problema era que eu não queria que achassem que eu era louca.

Durante tanto tempo, eu passei por essa situação. Tanto que muitas vezes, eu questionava a mim mesma, se tinha algum distúrbio mental, se era realmente louca. É muito difícil quando você não sabe se pode confiar na própria mente. E então, quando eu achava que estava superando tudo isso, essas coisas começam a acontecer. E eu não tenho provas suficientes, para mostrar a alguém que estou sã. Pois eu estou sempre sozinha quando tudo ocorre.

 -Sozinha...- falei para mim mesma, abraçando meus joelhos.

Sim, eu sempre me senti sozinha. Mesmo com meus pais, amigos e a escola, eu sempre me senti assim. Um vazio no peito, que não pode ser chamado de outra coisa, a não ser solidão.
Não é que eu seja ingrata por tudo que tenho, muito pelo contrário. Mas eu não consigo evitar de me sentir desse jeito.

 Escutei um ronronado, e vi Yang me encarando com uma cara pidona.
 Sorri, e peguei-o no colo, acariciando seus pelos macios.

-Tem razão. Eu não estou sozinha. Você está sempre comigo, não é?

O gatinho miou em resposta, fechando os olhinhos, como se fosse para curtir melhor meus carinhos. Comecei a rir.

 -Ás vezes Yang, você consegue ser mais humano que eu.

 O gato voltou a abrir os olhos, me encarando.

-O que foi?- perguntei

Ele continuou me olhando durante um tempo. Seus olhos verdes foram ficando arredondados, com um brilho que apesar de eu ter certeza que nunca tinha visto antes, era extremamente familiar. Ele me olhava diretamente nos olhos, e isso começou a me incomodar.

-A Yin não vai gostar nada de ver você me olhando desse jeito, hein?- brinquei tentando cortar a conexão. O felino não se mexeu, e eu comecei a me sentir tonta. Não podia ver mais nada além dos olhos do gato.

-Chihiro...- uma voz masculina me chamou. A mesma que aparecia nos meus sonhos, apesar de parecer um pouco mais grave que antes.

 -Estou aqui- respondi, mas a minha boca não se mexeu.

 -Que bom! Então você está bem...

-Por que eu não estaria?- perguntei sem entender.

- Quem é você?

-O importante é que você está bem e a salvo.

-Quem é você?- repeti nervosa.

-Sou seu guardião. É apenas isso que você pode saber

A entorpecência foi sumindo aos poucos.

 -Espere, por favor!- chamei mas já estava de volta a realidade.

Yang pulou do meu colo, como se nada tivesse acontecido e foi brincar com a Yin que já tinha acordado. Enquanto eu tentava assimilar o que tinha acontecido, uma coisa me chamou a atenção...

 Os olhos de Yang eram amarelos e não verdes.

 **************************************************************************************

 O resto da noite, eu estava mais distraída do que nunca.
 Não conseguia parar de pensar naquela voz. Era tão diferente das outras que eu já tinha ouvido. Era única. Uma voz que me aquecia por dentro, só de lembrar dela.
Eu precisava saber o nome dele. Do dono da voz misteriosa.

Quando eu estava me preparando para dormir, Ayumi me ligou, perguntando se já tinha tudo pronto para amanhã. Não pude deixar de perguntar o que aconteceria e ela faltou me engolir pelo telefone. No dia seguinte era o meu tão esperado encontro com Eriol. Depois de ouvir um sermão da minha melhor amiga, e trezentas dicas sobre o que vestir, o que falar e até mesmo com respirar na frente dele, eu comecei a me perguntar se iria mesmo num encontro ou estava me inscrevendo para o exército. Porque se soubesse que sair com um garoto era tão complicado, nem teria aceitado desde o começo...
Mas eu realmente não queria aceitar, não era?

“Nota mental: Acredite mais nos seus instintos da próxima vez.”- pensei comigo mesma enquanto desligava o telefone

Foi para o meu quarto separar a minha roupa para o dia seguinte. Abri o armário, e peguei a primeira camisa e calça jeans que vi.
Até que eles combinavam bem entre si... Era de um lilás claro, com pequenos detalhes em prata. A calça era de um modelo tradicional, que ficava certinha em mim. Nem muito apertada, nem caindo.
Dobrei-os com cuidado e coloque em cima da escrivaninha.

Quando eu voltei para fechar a porta do armário vi uma coisa: A caixa e o selo tinham desaparecido.
Dei um passo para trás. Respirei fundo, sem desviar a atenção do espaço vazio no guarda-roupa.

 -Mãe!-gritei- A senhora mexeu no meu armário?

-Não- ela respondeu da cozinha- Perdeu alguma coisa?

-Sim, mas não tem importância.

“Assim espero” – completei mentalmente.

 Fechei a porta do armário, me esforçando em vão para não pensar em como as coisas tinham desaparecido dali. Depois de tudo o que anda acontecendo, não duvido que tenha sido o próprio Capitão Gancho que levou a caixa pensando que era o tesouro.

 -Seja quem for, que faça bom proveito daquele sapinho carnívoro- murmurei sem deixar de rir.

Logo, minha mãe me chamou para jantar, e eu resolvi deixar os mistérios, sapinhos e piratas para um outro dia.



***********************************************************************************

Levantei da cama, antes mesmo que o despertador tocasse.
Estava me sentindo leve. Dormi como se estivesse nas nuvens embalada por um anjo.
Não tive um pingo de insônia, e tão pouco estava ansiosa.

Me espreguicei completamente desperta. Era hora de me arrumar para o encontro. Normalmente, garotas surtam em seu primeiro encontro, mas eu estava completamente tranquila. Talvez pelo fato de que conhecia Eriol há muito tempo, e estava encarando nisso como uma reunião amistosa de velhos amigos.
 Não havia nenhuma borboleta no meu estomago, e não estava suspirando.
Era um Sábado como qualquer outro da minha vida.

Tomei meu café da manhã sem pressa, e voltei para meu quarto. Não levei muito tempo para fazer minhas lições de casa, então assim que terminei me dirigi para meu cavalete.
Ele ficava do lado do meu armário, mas era leve e prático transporta-lo para qualquer lugar. Então em apenas duas viagens pude trazer todo o meu material de pintura e minha mochila para a varanda.

O dia estava ensolarado, mas um pouco frio. Uma combinação estranha, porém ideal para passar ao ar livre. Posicionei a tela no cavalete e fiquei olhando meu rascunho antes de começar a pintar.
Os traços não estavam muito definidos, e por mais incrível que pareça eu não fazia ideia do que estava pintando. Suspirei, e tentei pensar em algo que me inspirasse.

A paisagem em volta era bonita, mas uma pequena varanda com uma cerejeira no centro e um balanço de madeira me parecera muito comum para desenhar no concurso da escola.

 “E se eu desenhasse pessoas?”- pensei por um instante

Realmente era algo que eu nunca havia tentado antes. Poucas foram as vezes que desenhei animais. Sempre achei complicado demais fazer os traços exatos dos membros, e encontrar o tom certo dos olhos...

Olhos expressivos que podiam dizer muito mais do que palavras.

 -É isso!- afirmei me agachando para abrir minha mochila.

Meu querido caderno de desenho pareceu sorrir iluminado para mim, enquanto eu esfolheava rapidamente suas folhas.
Na última página estava meu desenho mal-acabado: o mesmo que eu fizera durante essa semana.

Os traços da criatura me pareceram bem mais intensos naquele momento, como se os tons de grafite quisessem saltar da folha.

Sorri e prendi o caderno bem do lado do cavalete.
Quando peguei a borracha para apagar o rascunho a lápis da tela, notei uma coisa...
Era o mesmo desenho.

 A cabeça da criatura estava bastante incompleta, mas seu corpo serpenteava por quase toda a tela. Um dragão. Descobrir isso me causou um choque muito grande.
Porque não só a palavra, mais a própria a criatura me pareceram extremamente familiares para mim.

Não tive certeza no momento, mas parecia que na minha cabeça muitas vozes baixas repetiam rapidamente o mesmo nome. Então, em meio a esses sussurros uma imagem foi se formando. Mais parecia uma lembrança, do que algum sonho turvo.

Um enorme Dragão Branco cruzava os céus rapidamente. Atrás dele, milhares de pássaro igualmente brancos o seguiam. Ele serpenteou nos céus algumas vezes, fazendo de tudo para que eles o deixassem em paz, mas mesmo com seu tamanho gigantesco, nada parecia surgir efeito. Eu me seguirei no batente da varandinha, agoniada. Não podia deixar que aqueles bichos machucasse o Dragão. Ele de alguma forma... Era muito importante para mim. Respirei fundo, pronta para gritar com todas as minhas forças, para que ele lutasse e resistisse...

Balancei a cabeça, voltando a contragosto para a realidade. Ainda podia sentir o desespero dentro de mim, em salva-lo. Sim, não havia duvidas de que esse dragão não era uma simples imagem aleatória da minha cabeça. Sua importância era enorme, e eu me sentia mal só por não lembrar dele. Se eu o conheci num sonho ou não, isso não importava. Ele apenas era muito especial para mim e ponto.

Depois dessa pequena lembrança, muitas outras apareceram sobre a mesma criatura. Então, não demorei muito para desenha-la com detalhes na tela. Quando, peguei o primeiro pote de tinta, voltei a analisar o meu rascunho. De alguma forma ele ainda estava incompleto.

O Dragão estava traçado de uma forma que parecia que alguma coisa deveria estar no espaço ao lado dele. Como se ele fosse um reflexo, ou algo parecido. Como se faltasse um pedaço dele.

Tentei me concentrar nas minhas memórias, para ver se não teria esquecido alguma coisa, mas o dragão em si estava perfeito.

-Então não seria alguma coisa e sim alguém... -conclui para mim mesma.

Mas não conseguia me lembrar de nada. Desanimada, guardei tudo de volta em seus devidos lugares, e voltei para dentro de casa. Terminaria o raio daquela pintura numa outra hora.

Não demorou muito, e já estava na hora de me arrumar. Afinal, como qualquer garota da face da Terra, demorava horas para isso, mesmo que as roupas já estivessem escolhidas.

Exatamente as sete, pude ouvir a buzina da moto de Eriol. Pode ouvir as risadinhas da minha mãe, enquanto eu atravessava a sala correndo ainda colocando meus brincos prateados.
Abri a porta sorrindo, e tenho que admitir que toda a minha tranquilidade desapareceu por completo.

Os cabelos vermelhos dele estavam bagunçados pela viagem, e ainda um pouco úmidos. Usava uma jaqueta preta, quase do mesmo tom da moto, parcialmente fechada. Por dentro, pude ver que ele usava uma camiseta branca simples. Usava linda calça jeans, porém mais despojada do que a minha. Nos pés, usava tênis.

 Ele começou a rir, e eu finalmente acordei do transe. Senti meu rosto ficar vermelho, completamente sem graça por está-lo encarando tão descaradamente, mas foi meio que inevitável. Nunca o vira daquele jeito, tão natural antes.

Ou talvez simplesmente nunca tivesse reparado o quanto ele era lindo...

Ele falou alguma coisa que eu não entendi, e eu apenas balancei a cabeça, encarando meus pés por um tempo. Ele fez um sinal para que eu subisse na moto, e eu hesitei antes de obedecer. Ele me entregou-o outro capacete, e colocou o dele. Só quando a moto começou a se mover que eu me segurei em sua cintura.

Minha mente girava muito mais rápido que o veículo sob a gente. Como se minha ficha estivesse caindo. Que minha experiência em relacionamentos era igual a zero, não era nenhuma novidade, mas eu ficar nervosa por causa de um garoto, sim.

Não chegava a ser as famosas borboletas no estomago, nem estava vendo tudo cor de rosa, mas sentia um friozinho na barriga e estava começando a olha-lo de uma forma diferente.

 Não como o menininho que costumava a brincar de pique comigo, mas como o jovem gentil e corajoso que ele realmente era.

Antes que eu pudesse desfazer o nó que estava na minha cabeça, chegamos ao cinema. Entreguei de volta o meu capacete para ele, e tentei dar um jeito nos meus cabelos soltos, que haviam se bagunçado durante o trajeto. Meu cabelo enchia, com a menor brisa, motivo pelo qual eu sempre o prendo. Estava apavorada com a hipótese de estar parecendo naquele exato momento um cosplay do Alex de Madagascar.*

Me virei para ele retribuindo o sorriso, mas o meu estava longe de ser tão tranquilo e confiante quanto o dele. Hesitante, segurei no braço dele enquanto caminhávamos para dentro do cinema.

O lugar não era muito grande, propositalmente. Tinha um estilo ocidental antigo. Daqueles que o título dos filmes fica num painel branco bem na entrada. Até os funcionários usavam um uniforme que lembrava aquela época.
Era bem interessante.

-O que vamos assistir?- Eriol me perguntou

Ele parecia levar isso como se fosse a coisa mais natural do mundo e eu não sabia dizer se era apenas para me acalmar ou não. Porque seus olhos eram indecifráveis.

-Não tenho idéia - respondi sinceramente

Ele colocou a mão no rosto, pensativo por poucos segundos. Depois olhou para mim com seu típico sorriso.

-Se minha memória não me engana você adora ficção cientifica, não é?

Comecei a rir. Ele havia falado aquilo de propósito.
Quando éramos crianças, fomos a um passeio com todo a turma para assistimos E.T. Eu fiquei apavorada, e passei o filme todo, encolhida. Fui zoada durante meses.

-Mas você tem que concordar que aquele alien era realmente assustador!- falei fingindo estará chateada
Ele gargalhou, e eu podia admirar os seus dentes perfeitos.

“Foco, Chihiro”-ordenei mentalmente para mim mesma.

Continuamos conversando sobre esse episódio e sobre outra coisa engraçadas que acontecerem durante a nossa infância. Tive que lembrar que ao valente capitão do time de futebol do colégio seu pavor por insetos, e ele revidou falando de meus desastres culinários.
 
Ainda estava rindo quando deu uma rápida olhada para trás para ver quantas pessoas tinham na fila depois de nós. Foi então que vi um vulto negro passando lentamente.
Era grande e tinha alguma coisa no lugar do rosto. Uma máscara branca.

- Qual vai ser?

Me virei para o ruivo automaticamente saindo do meu transe.

-O que?- perguntei sem entender.

-O filme. Qual a gente vai assistir?

Dei uma leve olhada para trás por cima dos outros.
O vulto não estava mas ali, mas eu sabia para onde ele tinha ido.
Não deixaria seja lá o que fosse aquilo escapar novamente.

-Vou deixar nas suas mãos essa difícil escolha, Capitão- brinquei enquanto pensava rapidamente numa desculpa para sair dali- Preciso retocar a minha maquiagem.

Se Ayumi estivesse aqui, iria engasgar de tanto rir. Eu detesto usar maquiagem, e nas poucas vezes que uso deixo do jeito que está. Mas Eriol pareceu não desconfiar de nada, e disse que me esperaria na entrada da sala. Balancei a cabeça confirmando, e precisei me esforçar ao máximo para não sair correndo.

Para minha sorte, o vulto caminhou em direção aos banheiros, então não levantei a menor suspeita. Fui caminhando lentamente, pelo corredor. Os banheiro ficavam bem no começo dele, mas mal iluminado por lâmpadas velhas, o corredor continuava até o que me pareceu ser uma outra sala.
Não ouvia nada além dos sapatos batendo no chão, e da minha respiração. Algo me dizia para ir até aquela sala; e era para lá que eu estava indo.

Minha mão hesitou no batente da porta de madeira antiga de pintura lascada branca.
E se fosse um espírito mal? Não devemos brincar com as coisas de outro mundo, mas desesperada para por um fim nesse pesadelo, eu girei a maçaneta.

A porta não rangeu como eu esperava que fizesse. Nem encontrei uma horda de vampiros com suas presas cintilando sob a fraca luz do corredor. Era apenas uma espécie de depósito empoeirado, cheio de cadeiras velhas, cartazes de filmes antigos dentre outras tranqueiras. 

Caminhei pelas fileiras de objetos empoeirados, atenta a cada passo.
Então quando estava na metade da sala, a porta se fechou devagar.

O vulto negro estava atrás da porta, com sua máscara branca contrastando com todo o local.
Tarde demais eu abri a boca para gritar, mas uma voz familiar me silenciou.

-Você não devia ficar perambulando por ai sozinha, criança.

Me virei lentamente, e bem a minha frente estava uma senhora de cabelos grisalhos presos em um penteado estranho e usando um vestido azul.

-Vovó Zeniba!- gritei e contrariando toda e qualquer lógica, corri para abraça-la.

Ela retribuiu o gesto, e ficamos assim até que eu me recuperasse do susto.
Tantas eram as perguntas que rodam pela minha cabeça, que eu não fazia ideia de por onde começar.
Mas de uma coisa eu tinha certeza: Zeniba tinha todas as respostas.



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