Crazier escrita por LBML


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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É. A escola foi um negócio estranho. Eu passava pelos corredores vendo a cara das pessoas que pareciam estar em um tédio daqueles. Eu não estava com tanto tédio assim, mas dizer que a escola não é um lugar tedioso é a mesma coisa que falar que o povo do glee canta mal. 

Agora, eu estava no meu carro ouvindo “Crazier" da Taylor Swift. Era uma ótima música. Calma, gostosa de ouvir e a letra não era ruim. E depois de um tempo fiquei no mesmo transe automáico que os motoristas normalmente ficam. Ótimo, pensar que talvez eu nunca me sinta como a Taylor se sentiu ao escrever a música é um tanto...Triste. Sim, eu queria me apaixonar. Um dia quem sabe. Talvez seja só pelo fato de que não conheço quase nenhum garoto que esteja a minha altura. Ou que eu não conheça NENHUM garoto. Eu ri.Quase estava me esquecendo que JAKE era um GAROTO. Eu o considerava mais um irmão/melhor amigo do que uma espécie de namorado.

De repente,um monte de pelo passou pela frente do meu carro.

Merda.

Virei totalmente o volante e fui parar na frente da floresta. Dei uma guinada no freio, fazendo o air-bag inflar. É claro que eu não me machuquei, mas fiquei preocupada com o animal, o qual eu quase atropelara.

MERDA,de novo.

Saí do carro apressadamente e fui para o lugar em que a bola de pelo rolou. Era um pequeno lobo, não parecia ser do tipo um lobisomem então eu o peguei no colo. Ele estava com um ferimento horrível na barriga e estava fazendo um barulho esquisito que logo tomei como um choro. Seu pelo meio avermelhado me lembrou de Jake. Eu sabia que se deixasse o pequeno lobo aqui ele provavelmente iria morrer.

Olhei em volta para ver se achava sua mãe ou matilha, mas não vi nenhum outro lobo. Corri como flash pro meu carro, coloquei ele no banco do passageiro e o cobri com minha blusa de frio da escola. Voltei pra cidade.

Não sabia onde era a veterinária mais próxima. Avistei uma mulher que tinha acabado de sair do salão de beleza e estava até com os rolinhos na cabeça.

–Oi, com licença; Você sabe me dizer onde é a veterinária mais próxima?-Perguntei,falando rápido demais que nem tive certeza se ela me entendeu.

–Sim,sim. É na próxima avenida, à esquerda.-Ela me respondeu tirando um cigarro do bolso.

–Obrigada, moça! -Eu disse pisando fundo no acelerador, mas eu tive que parar automaticamente por que um louco estava atravessando a rua fora da faixa de pedestres e no sinal aberto. Droga! Quanta gente mais eu vou atropelar hoje?

O cara se aproximou de mim e apostei que era pra discutir comigo. Ele já ia passar um sermão quando viu quem eu era. Era Diego; Ele estava só de short,assim realçando seus músculos fortes. Ver ele assim meio que me lembrou de Jake.

–Oi, desculpe. Pensei que ninguém viria, eu nem te vi chegando. -Ele disse, meio envergonhado.

No intervalo eu não sentei com ele como ele havia falado para fazer. Eu, na verdade, saí para comer em outro lugar com Alice e Jasper.

–Não,não.Tudo bem. Eu estava correndo também. Em parte foi meu erro.-Eu disse sentindo meu rosto ficar quente.Estranho.Olhei para o lado, evitando seu olhar, e então lembrei de minhas prioridades.-Desculpe mesmo. Por tudo. Mas eu tenho que ir agora. Tenho que levar esse lobo pro veterinário.

–Ahm. Você quer que eu vá com você? Não tenho nada pra fazer agora. -Ele disse, meio sem graça por se oferecer.-Posso te ajudar aí, no que quiser, quer dizer, ahn, no que precisar. -Por um momento eu até fiquei em dúvida,mas isso não é tão má idéia assim. Ele pode me ajudar a carregar as outras coisas que precisarem ou até falar com o veterinário. É uma cidade pequena. 

–Tudo bem, suba a bordo.-Eu disse,destrancando as portas.Ele se sentou no banco de trás e fechou a porta,com um pouco de força de mais.Eu podia vê-lo pelo retrovisor.Ele observava o carro por dentro.Me questionei se era por isso que ele queria vir comigo.Fui passando pelas ruas,como a senhora falou,e virei na avenida.Lá estava o veterinário.Graças a Deus.O lobo ao meu lado parou de fazer os barulhos estranho.Estacionei o carro na primeira vaga que eu vi.Tirei a chave da ignição.Peguei o lobo e chamei Diego ao meu lado.Depois de apertar o alarme do carro,entrei correndo na veterinária e vi uma senhora na recepção.Fui em direção a ela.

–Com licença.Eu encontrei esse lobo na estrada,ele correu em frente ao meu carro,e acho que ele se machucou.Ele está cheio de feridas.-Eu disse desesperada.

–Calma querida.É o seguinte.Segue naquele corredor e leva pro pronto socorro.Depois dele ser consultado,você vem aqui para acertarmos o valor da consulta.-Ela disse calmamente.

–Tudo bem,obrigada.-Eu disse e corri pelo corredor e entrei de supetão na sala.Tinha uma mulher falando ao telefone,mas desligou logo que eu entrei.Provavelmente ela viu o lobo ferido em minhas mãos.

–Desculpe,você pode dar uma olhada nele pra mim?-Eu perguntei suplicante.Ela o pegou de minhas mãos e começou a examiná-lo numa espécie de cama.

–É o seguinte.Ele tem uma infecção dentro da barriga,e alguns pequenos ferimentos no resto do corpo.Eu posso injetar um remédio e depois costurar.Vou passar uma pomada no resto das feridas.

–Ok.Eu...vou deixar ele aqui,depois eu volto e pego ele.Vou acertar as contas na secretaria.Muito obrigada.-Eu disse.

Fui mais tranqüila ate lá.Senti alguém tocando meus ombros.Era Diego.Eu até tinha me esquecido dele.

–Oi- Eu disse.Esse menino já estava enchendo o saco.Não sei por que.

–E então,como está o lobinho?

–Está mal.Mas a veterinária disse que ia fazer uns negócios com ele,e depois ele podia sair.

–Mas..ele vai voltar pra sua casa ou pra floresta?

É verdade!Eu nem pensei nisso.Qual seria a reação da minha família se eu trouxesse um lobo pra casa?Droga,família,esqueci de ligar pra eles.Já devem estar preocupados.Mas então me lembrei de Alice.Com certeza ela me viu,e já deve ter contado para os outros.

–Ele vai comigo pra casa-eu disse com certa convicção.Mal posso esperar!


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