Odeio Te Amar escrita por nataliag


Capítulo 8
Conversa com Draco


Notas iniciais do capítulo

Ficou curtinho, mas está muito bom.
Enjoy.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/107276/chapter/8

    - Tá, tá. - ele revirou os olhos e sussurrou algo bem baixinho - Me agradeça, pelo menos, por te levar a um hospital.
    - O quê? Foi você? Eu escutei tá, bem?
    - Hã? Tá louca? 

***

    - Não, eu não estou louca. - o fitei de jeito intenso.
    - Deve estar, acabou de bater a cabeça numa rocha.
    - Malfoy, eu já estou bem. E eu escutei você dizendo que foi você quem me levou no ho... - ele me interrompeu tapando minha boca.
    - Cala a boca.
    Não sei porque, mas obedeci.
    A viagem não foi nada longa, logo chegamos, avistei o meu anteriormente esquecido colégio bruxo e fui entrando e vendo aquela multidão se aproximar. Perguntas como "Ela morreu?", "Ela desmaiou", "Ela tá com amnésia?" ou algumas coisas do gênero foram constantes.
    - Calma, eu estou bem, podem dar lincença? - eu tentei sair daquele buraco.
    Poucos me obedeceram mas, alguns minutos depois ninguém estava ligando. Fui até o dormitório e coloquei minhas coisas na cama, deitei tentando absorver direito o que tinha acontecido. Mas, tudo era tão louco, principalmente a parte de Draco ter me levado até o hospital.
    - Vai descansar, amiga. Você precisa, tá? Nada de pirraça durante esses quatro dias. - a Gina meio que me empurrou para que eu deitasse - Ah, e principalmente nada de aula, né?
    - Não sei. - eu não gostava de faltar aulas.
    - HAHAHA, nada de aulas tá mocinha? - Gina me olhou com um olhar sarcástico e saiu.
    Era isso, eu estava destinada a ficar deitada durante quatro dias sem fazer absolutamente nada. Para alguns isso é um sonho realizado, mas não para mim. Eu queria ir direto na Sonserina tirar satisfação das palavras de Draco.
    De repente, alguém bate na porta. Toc, toc, toc.
    - Pode entrar. - eu gritei.
    Por dentro, eu estava vibrando para ser o Draco. Mas, não era. Era a Luna.
    - Está melhor, Mionezinha? - ela foi se aproximando.
    - Estou. Já lembro de tudo, não sei nem porque tenho que ficar aqui enterrada nessa cama.
    - Ordens do médico. É melhor obedecer - a Lovegood aconselhou.
    - Tá, tá. - falei, chateada.
    - Eu vou ter que ir indo, vou me encontrar com o Rony. - ela falou saltitando.
    - Vai lá, apaixonadinha. - dei um risinho.
    E a loirinha saiu saltitando do quarto. Feliz da vida. Quisera eu estar que nem ela, só que em relação ao Draco. Apesar de tudo, ainda não consegui esquecer daquele olhar irônico, acizentado e lindo dele. Isso me lembrava também daquela boca tão pálida, sedutora, tão desejável e a boca que falou que tinha me levado a um hospital. O que eu ainda não entendo. Não entendo como Dracoi Malfoy pode ter feito uma boa ação pra mim. Aquele menino me enlouquece. Mesmo depois, de estar num quarto presa com ele eu não consigo acreditar que ele fez algo bom pra mim. Ele me odeia tanto. Me odeia tanto que seria possível ter me deixado lá na floresta, ou até me chutado ou sei lá. Nunca se sabe. Mas, a última pessoa que eu poderia pensar que tinha me levado, era ele.
     - Está sozinha? - alguém sussurrou na porta, me tirando de meus devaneios.
     - E-estou.
     Draco, saiu de trás da porta e foi entrando e sentando. Eu também sentei.
     - Pode me explicar agora? - eu pedi permissão e envolvi meus braços nas minha pernas que estavam dobradas encostadas em meu peito.
     - Explicar oquê?
     - Deixa de ser fazer de desentendido.
     - Tá, é aquilo de eu ter te levado para o hospital né? - ele perguntou e eu assenti com a cabeça - Então... Eu estava passando na floresta e vi você lá, aí eu pedi pra os garotos pegarem você e te levarem pro hospital. Só isso.
     Tá, eu sabia que ele estava mentindo.
    - Meninos?
    - É. - ele deu de ombros.
    - Tudo bem, agora fala a verdade. - eu disse.
    - Mas... Eu estou falando a verdade, se duvida eu não posso fazer nada.
    É claro que pode. Diga a verdade.
    - Malfoy, eu me lembro que só foi uma pessoa que me levou.
    - Hã? - ele franziu a testa e eu o sequei com discórdia.
    Alguns minutos passaram em silêncio e ele então, ousou abrir a boca:
    - Tá, fui eu.
    - Eu já sabia. Agora, diga porquê. - arqueei minhas sobrancelhas com orgulho.
    - Não se pode levar alguém que desmaiou a um hospital?
    - Isso não é muito normal da sua parte. - debochei.
    Ele me fitou com fúria e permaneceu mudo.
    - E porque passou pela floresta proibida aquela hora? Já estava meio tarde não acha?
    - Porque tenho que te dar satisfação? Eu vou a hora que eu quero, onde eu quiser. - ele disse isso e pareceu bufar.
    - Eu só acho estranho.
    - Também acho estranho você estar lá, desmaiada.
    O olhar irônico dele me fazia tremer.  
    - Pode parecer estranho, mas, eu estava ouvindo vozes.
    Ele riu. Isso. Ele riu. Como pode rir disso?
    - Ah, entendi. - Draco lidava com isso normalmente.
    - Como assim: "Ah, entendi"?
    - Era eu, tentando te assustar.
    Não! Ah mais que vontade de espancar essa carinha linda. Que vontade de matar esse... Puta que pariu! Eu não acredito nisso. Eu não acredito que ele me amendrontou daquele jeito. Me fazendo desmaiar. Mas, espera aí!
    - E como você pode ousar dizer que eu era apaixonada por você? - depois de quase soletrar essas palavras eu o fitei.
    - Como assim? - ele engoliu a seco.
    Eu não respondi.
    - Eu não falei isso. - ele negou.
    - Falou. - insisti
    - Não, até porque você me odeia não é?
    - Quem sabe... - soltei essa sem querer.
    - Então, você me ama mesmo?
    - Eu nunca disse isso. - me apavorei.
    - Mas, ousou dizer. - ele se aproximou - Eu estava certo, então? Você, Hermione Granger estaria caidinha por mim? Ah, isso é bem fácil de acontecer.
    - Tá vendo, você falou isso. - ignorei as perguntas.
    - Você não me respondeu.
    Nesse momento minhas pernas tremia como uma corda bamba. E eu tinha medo do que iria sair da minha boca. Parei para pensar. Eu não queria soltar uma verdade.
    - Isso mudaria algo em sua vida? - enrolei
    - Claro, como vou saber se Hermione gosta de mim?
    - O que faria se eu dissesse que sim? - falei baixinho
    - Então gosta? - ele não me respondeu
    - O que faria?
    - Diria alguma coisa, certamente.
    Eu já estava totalmente perdida do que deveria fazer.
    - Então diga o que diria.
    - Eu diria que sinto o mesmo por você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, me matem *-*
Continuo? Review? Estrelinhas? Recomendação?