Odeio Te Amar escrita por nataliag


Capítulo 4
Quarto escuro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem me por demorar a fazer esse.
Estava em época de provas, e ESTOU PASSADA! E melhor, de férias, ou seja, meu fluxo aqui no Nyah vai ser maior. *VIVA*
Beijo, aproveitem o quarto capítulo.



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   Eu só estava beijando por ser obrigada e pra tentar saber onde estava e sair dali. Ah, e por estar totalmente doida. O que custava, ninguém saberia mesmo. Mas, esse meu pensamento acabou quando eu percebi que alguém abriu a porta, a que havia a brecha. Abriu-a fazendo uma barulho ensurdecedor de porta enferrujada. E acendeu um lanterna. Oh, não.

***

    - Hermione? - Draco estava com uma lanterna na mão me olhando com os olhos ebugalhados, essa não! - Rony?
    Rony? Eu estava beijando o Rony? Esbugalhei meus olhos com mais intensidade que o Draco. Eu não podia acreditar que o Rony tinha feito aquilo de novo. E dessa vez por tanto mais tempo. Com tanta mais luxúria. Mas, devia ser por isso que eu não sentia nada. Eu estava num lugar escuro sim. Parecia um quarto que nunca alguém havia visto, perdido em Hogwarts. Eu e o Rony, como me dá nojo de dizer isso, estávamos beijando (eca) em um guarda roupa. Isso mesmo. Se localizava em um canto, por incrível que pareça, mais escondido que o quarto. Estávamos em um guarda roupa misterioso que está dentro de um quarto TOTALMENTE desconhecido. Bem, pelo menos para todos em Hogwarts cujo nome não seja: Draco Malfoy, Ronald Weasley ou Hermione Granger. O vento frio vinha de algum lugar dentro do quarto que eu não consegui notar. Não havia lâmpadas, não havia abajus, não havia nada elétrico naquele lugar. O que causava a escuridão tão imensa. Não havia janelas, e eu não consegui achar uma porta. Saber como o Draco havia entrado e tinha desvendado aquela cena tão vergonhosa, eu não tinha idéia. Bom, eu estava sem idéia alguma desde que me rendi quando a pessoa tão misteriosa, que agora eu sabia que era o Rony inxerido Weasley, me direcionou até esse guarda roupa tão... Urgh! Eu nunca quero lembrar que esse lugar existe. Nunca.
    - RONY? É você? Me LARGA AGORA! - eu ordenei, saí do guarda roupa e fui tentando ficar o mais longe. - Ma-malfoy, é... Não é o que você acha.
    - Rony e Hermione se pegando num armário? - ele olhou com nojo - E que diabos é esse lugar? Hermione, é sim o que eu acho. Você realmente ainda gosta do Rony, vocês ainda andam se beijando e se agarrando em lugares escondidos e bem, pelo que parece, o romance de vocês não foi como a Granger disse. Ele não foi nada passageiro e inútel.
    - Você disse que ele foi inútel e passageiro, Hermione? - Rony tentou me achar na escuridão. - Você não sentiu nada ao me beijar, e nem sabia que era eu?
    Bem, todas as perguntas que o Ron havia acabado de me fazer tinham como resposta um "Sim." mas, ele parecia muito decepcionado.
    - Não é bem isso, Ron. Eu... É, eu não sabia que era você. - Eu respondi apenas uma das perguntas.
    - E as outras duas perguntas, Granger? - Draco lembrou me fazendo querer tapar a boca dele. - Tem um grande "Sim, concerteza." não é Sabe-tudo.
    As vezes eu tenho vontade de matar o Draco. Mas, eu nunca faria isso. Fiquei calada. Buscando fugir dali de todas as maneiras, mas eu não conseguia ver absolutamente nada. Eu não tinha saída. E nem sabia como tinha entrado. Eu fui uma tonta mesmo.
    - Cala a boca, Malfoy. - eu falei trêmula.
    - Deixa Hermione, eu já sei a resposta. O Draco, infelizmente, está certo. Você não me quer. E eu vou tentar deixar de ser esse bobo, imaturo, imbecil e infantil que sempre fui. Tchau. - Rony despejou essas palavras em meu prato e saiu dali sem eu notar.
    Que dó. Eu nunca me senti tão culpada, tão sonsa, tão idiota na minha vida. Meu coração ardia com a culpa estampada. Como eu vou sair daqui? Minha nossa! Eu estou aqui sozinha com o Draco. Mas, eu não consigo nem pensar em seduzi-lo, eu estou cheia de culpa dentro de mim. Espero que ele tome conta do recado. Ri baixinho o que levou o Draco a falar uma coisa me deixando furiosa:
    - Nossa, Granger! Rindo da desgraça que você causou em um amigo - ele reforçou a palavra "você". - Sabe como sair daqui?
    - Como eu poderia estar rindo disso? Estava rindo de algo que pensei, quer tomar conta de meus devaneios agora é? - eu tentei acha-lo na escuridão - Eu nem sei como cheguei aqui.
    - E por acaso tomo conta de algo seu?
    Sim, do meu coração.
    - Não. Como entrou aqui? Acharei um jeito de sair se disser como chegou não acha?
    - Não sei. Eu estava procurando você, até que um elfo conseguiu me trazer até aqui. - Franzi a testa quando escutei a primeira parte da última frase que ele falou.
    - Me procurando? Elfo? Draco você está mentindo. - toquei-o achando ele e me afastei um pouco.
    - Não estou, Granger, ache o que quiser. 
    - Ótimo teremos que ficar aqui até que algo bom aconteça e um elfo nos ajude. - falei tentando ficar com um tom irônico como ele sempre consegue fazer perfeitamente.
    - E isso já não é bom? Não há ninguém aqui, está tudo escuro... - percebi que ele estava se aproximando.
    Meu extinto não conseguiu deixar ele fazer o que quisesse, eu já estava acostumada a odiar ele:
    - Draco, seu... Seu... - eu não achei a palavra
    - Sedutor? 
    Ri de jeito muito cínico, mas sim, ele era sedutor.
    - Bem... Oi Draco. - eu tentei não deixar o silêncio pairar.
    - Oi Granger. Pode me explicar por que estava se agarrando com o Rony? - ele parecia um pai coruja ao ver que sua filhinha voltou tarde de uma festa.
    - Bom, eu estava voltando para meu dormitório e alguém, no caso o Rony, me puxou e foi me levando pra cá, eu perguntava toda hora, quem era mas não conseguia saber, estava ficando cada vez mais escuro e eu estava ficando fora de meu consciente, até que paramos aqui nesse guarda ro... Pera aí? Está com ciúmes, Malfoy? - ri alto e sentei em algo que estava perto, ele pareceu ter sentado também.
    - Ciúmes? Eu? - ele riu com mais intensidade que eu - Até parece que vou ter ciúmes de uma sonsa como você. Eu não tenho motivos para ter ciúmes de você.
    - Sim, isso mesmo ciúmes. - um sorriso amarelo estava estampado em minha boca, mas por causa da escuridão ele não via. - Sonsa, eu? Bem, pelo menos eu não estou fazendo questão de saber por que alguém estava beijando outra pessoa. Igual a você.
    - Isso não é ciúmes.
    - Ache o que quiser, Sonserino metido.
    Eu tentava me aproximar dele. Sem esbarrar em algo. Eu não conseguia ver nada, afinal.
    Ele não respondeu. Só fez o mesmo que eu. Se aproximou. Eu percebi isso porque o pé dele havia tocado em mim. E o corpo dele estava a um palmo de distância do meu. Meu pêlos eriçavam continuamente, e eu estava tremendo com tanto contato físico dele. Ele tocou meu rosto com dois de seus dedos e o ergueu bem pouco.
    - Sentindo arrepios por mim, senhorita Granger sangue-ruim?
    Me derreti com a voz dele que era pesadamente sensual.
    - M-mas é claro que... Não. - gaguejei um pouco.
    - Gaguejou. Não acredito. Mesmo que não gaguejasse eu não acreditaria se negasse. Eu sou gostoso demais para você não se derreter por mim.
    Nessa hora, a mão dele passava pela minha nuca.
    - Sai, Draco! - não consegui achar um motivo para dizer isso. Ah sim, eu o odiava. 
    Gostoso? Sim, e como.
    Um silêncio pairou por uns 2 minutos, que pareciam séculos. Como eu queria beija-lo e abraça-lo e como eu queria saber se conseguiria sair dali. Eu não queria ficar presa, mesmo sendo com o Draco. Se bem, que aquilo estava optando pelo lado sexy com o tempo. Fiz um sorriso com o canto da boca, imperceptível por ele.
    - Calma. - ele percebeu que minha ânsia estava me dominando - Não vamos ficar aqui para o resto de nossa vida. Por mais que ficar ao meu lado seja, muito... Bom.
    Eu não conseguia acreditar nas palavras que o Draco tirava daquela boca tão querida dele. Tão querida por mim. O Draco, é sim, nada modesto. Mas, comigo? Isso não estava sendo normal. Ele parecia querer me seduzir e conseguia. Sim, seduzir a mim. Nossa, isso não parece mais tão estranho, depois de tudo que acabou acontecendo esses dias, eu estou pronta para o que der e vier.
    - Malfoy, você andou percebendo que... Está sendo mais simpático comigo? - eu falei isso mesmo?
    - HAHAHA, simpático eu? Com você? Está drogada, Hermione? Fumou quantas? - ele brincou.
    - Claro que não. - eu ri - Está sim, se renda Malfoy.
    - Mas, parece. Render? Nunca, eu não estou sendo... Porque? Está gostando mais assim?
    - E por acaso eu tenho que gostar? - debochei.
    - Mas, é claro madame. - ele me fez rir baixinho.
    - Não está notando? Madame? Agora você pirou realmente.
    Nós dois rimos na mesma sincronia e sem querer deixei cair meu broche. Então resolvi pegar, mas quando encostei minha mão no broche a mão dele tocou a minha. Um choque elétrico percorreu minhas veias e eu peguei o broche com rapidez. Fiquei totalmente vermelha, morrendo de vergonha, mas, ele não percebia, a escuridão não deixava que ele visse as maçãs do meu rosto tornarem a ter cores de maçãs de verdade. Eu estava ficando impaciente. Quarenta minutos pareciam ter passado mas nada acontecia.
    - Cadê sua lanterna? - eu me lembrei.
    - Bem, eu deixei-a cair e a perdi. 
    - Desastrado.
    - Idiota.
    - Metido.
    - Pegadora de Ronys. - aquelas palavras atormentaram minha cabeça.
    - Imbecil! Você é um imbecil, eu já disse que não fiz querendo. Eu não amo o Rony. Seu... Pegador de Pansys ínutel.
    - Pansy? Ouviu bem o que disse? Do mesmo jeito que odeia quando falo que está com o Rony eu odeio quando fala que estou com a chata da Pansy.
    - Então porque não para de falar isso?
    - Eu posso falar isso. Você não.
    - Ah, agora você é o bom-zão é?
    - Sempre fui.
    Dei um tapa de leve no rosto dele, que estalou bem baixinho. Ele não fez nada, só se aproximou mais e mais, e nessa hora nosso corpo já estavam se tocando. O corpo dele estava muito gélido. Mas, ao mesmo tempo conseguia me aquecer.
    - Está com frio, Granger? Tremendo tanto assim... - o Draco percebeu o frio que eu sentia a um tempinho atrás.
    - Só notou agora?
    - Me desculpe por não satisfazer o desejo de te aquecer antes. - ele debochou.
    Eu não discuti. Só me encolhi enquanto ele envolvia seu braço por mim. Me deixava, concerteza, mais calma e aquecida. Ele conseguia ter o que o Ron não tinha. Ele conseguia me fazer sentir muitas coisas ao mesmo tempo, sem ao menos estar me beijando. Mas, eu queria estar beijando. Ficar muito tempo ao lado do Draco não é fácil, ele debocha muito de você e se inibi muito também. Principalmente se você é como Hermione Granger. (N/A: Mas bem que eu queria estar na posição da Hermione agora NN) Mas, eu nunca me senti tão bem ao lado de alguém. Alguém como o Draco. Que eu sempre desprezei tanto, odiei tanto, esnobei tanto. É, estou amando meu oposto, meu tão temido oposto é meu amor. E, eu vou ter que aceitar viver assim. Ele acomodou meu rosto no ombro dele tão acolhedor para mim, tão... Aaaah. Aproximou sua boca ao meu ouvido com cuidado, vagarosamente e com uma voz acomodadora ele disse:


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Notas finais do capítulo

Parei bem nessa parte, me matem x_x KK *suspense*
Review por favor? Eu ficaria lisonjeada.
Beijos minhas divas lindas :*



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