Odeio Te Amar escrita por nataliag


Capítulo 3
A enfermaria, a caixa, a carta e a pessoa.


Notas iniciais do capítulo

Particulamente, eu adorei este capítulo, espero que goste também. :)
Aproveite e deixe review.



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    É, maravilha. O Draco não veio hoje. Suspirei com reprovação olhando para o chão e tornei a olhar a explicação.
    - Herm, Herm. Psiu. - a voz da Lilá, atrás de mim, sussurrava - A Pansy, mandou esse recado. Ela parecia faíscar de raiva.
    Lá vem a Lilá, para deixar meu dia melhor do que já está. E ainda mais, com um temido recado da Pansy. Mate-me. O recado dizia:
    "Granger, como você pode ser tão inútel? Além de sair a tarde toda com o meu Draco, você ainda ameaça ele e o manda não vir hoje? Idiota. Muito idiota. Você vai ver do que sou capaz, Grifinóriazinha de uma figa."
    Ah, ótimo! A Pansy acha que foi eu que fiz ele faltar. E lá vem ela com a história de que ele a pertence. Respondi:
    "Pansy, eu não tive, nem tenho nada com o Malfoy. Ele não veio porque quis. Acha que ele iria faltar porque alguém mandou ele faltar? Ele não é assim. Não que eu saiba como ele é, bem... Você entendeu. Eu quero prestar atenção na aula."
    
Ah, que raiva da Pansy. O que ela vai fazer comigo agora? Proteja-se Hermione. A aula está para acabar e eu já tenho um plano de fuga. Vou sair da sala e vou direto para a quadra de Quadribol sem olhar pra trás.
    A aula acabou. Estou na quadra. E não havia ninguém aqui, até que, de repente, a Pansy apareceu.
    - Granger, te achei. Porque fugiu de mim, amiga? - ela deu um sorriso falso - Acha que eu irei te machucar? Só porque você mexeu com MEU Draquinho?
    - Pansy, pela trigésima vez, eu não mexi com o Draco. Ele só não foi para a aula hoje porque não quis. - eu dei dois passos pra trás - E-e porque estaria fu-fugindo de você?
    - Não? Bem, pra mim não importa. Pessoas mentem. - ela pegou algo e escondeu atrás de suas costas. - Ah, não sei pode achar que eu apontaria minha varinha pra você e, digamos, te fizesse desmaiar. Ou algo do tipo.
    Oh não. Não, não, não.
    - Mas, Pansy estou sendo honesta e...
    - Estupefaça! - ela apontou sua varinha e me jogou pra longe, e como ela disse, desmaiei.
    Fiquei tonta, inconsciente. Mas, entendi duas palavras saindo da boca de alguém. Um garoto."Pansy, não!" E bem, agora estou aqui, me recuperando, na enfermaria. Tentando saber, de quem era a voz. Talvez do Rony. Ou do Harry. Não sei. Mas já estou ficando mais consciente.
    - Hermione Granger não é? - a enfermeira estagiária olhava pra mim e me fazia perguntas.
    - Sim, sou eu mesma. Estou ficando melhor?
    - Ah, claro. Bateu sua cabeça com muita força. E talvez, algumas coisas não façam sentido por enquanto. - ela deu um sorriso amarelo - Mas, mudando de assunto. Tem visitas, quer receber? Ronald Weasley e Harry Potter.
    - Sim, adoraria.
    Vi a porta abrir, e o Ron veio voando do mesmo jeito de ontem á tarde até meu lado. E o Harry, do outro. 
    - Mione! Está bem? - os dois falaram ao mesmo tempo. - Eu mato aquela Pansy.
    - Gente, calma. Eu tô ótima. - falei rindo. - Lembram-se porque ela lançou o feitiço? Não estou lembrando.
    - Algo a ver com o Sonserino metido a gostosão. - O Rony falou com nojo - Porque anda tão íntima com ele em Mione?
    - Eu? Íntima? - lembrei-me do momento - Não, nem um pouco. Apenas a Pansy, fica inventando coisas sobre eu e o Malfoy, e não tenho NADA com ele.
    - A Pansy inventando? Então, porque estava querendo tanto conversar com o Malfoy ontem? - o Harry só observava enquanto o Ron me enchia o saco - Hein?
    - Hã? Não me lembro disso. - menti 
    - Rony, é melhor deixar ela se recuperar e parar de encher a cabeça da Herm de coisas. - O Harry se intrometeu. Eu amo o Harry.
    - Tá. - ele se mostrou chateado.
    - Tchau garotos. Ah, só uma pergunta. - lembrei da voz - Um de vocês estava na Quadra de Quadribol na hora em que a Pansy lançou o feitiço e mandaram ela parar?
    - Bem, eu estava no refeitório. - O Harry balbuciou.
    - Infelizmente, eu não estava Mionezinha. Desculpe. - o Rony tentou fazer uma carinha de culpado arrependido, mas não conseguiu.
    - Tá, então. Tchau. - eu franzi a testa.
    Então quem foi? Quem? Será que era a voz de uma garota. Ou eu estou, simplesmente, ouvindo vozes? Refranzi a testa, e tentei adormecer.
    - Senhorita Granger, está acordada? - a voz da enfermeira era doce como o mel.
    Respondi que estava e me sentei. Pronta para sair logo daquela cama.
    - Tem uma visita, meu amor. - ela abriu um pouco a porta e enfiou a cara para me ver. - Posso deixar entrar? É uma surpresa.
    - Claro que pode. Surpresa? - dei um sorriso amarelo e depois comecei a pensar.
    A porta foi abrindo mais, bem devegarinho, com um barulho fininho e irritante. E eu só pensava em quem seria. Alguém foi saindo de trás dela e foi fechando ela de mesma maneira, devagar e cuidadosamente. 
    - Draco? Quer dizer, Malfoy? - eu não chamo ele muito de Draco. - Você é minha visita? E surpresa?
    Ele não me respondeu, só sentou na poltrona ao lado da cama e colocou uma pequena caixinha roxa no meu colo. 
    - Hã? Malfoy, não vai me responder? - interroguei e tudo que ele fez foi apontar para a caixinha como se dissesse: "Abra-a.".
    
Ele se levantou e acho que falou bem baixinho um: "Tchau", e saiu dali. Eu comecei a abrir a caixa, que havia uma carta dentro.
    - Hermione Granger, vamos querida. Você está melhor, já pode ir, arrumei suas coisas. Tem que sair agora, já vamo fechar a enfermaria. Vamos, vamos, vamos. - a enfermeira pegou no meu braço e me levantou.
    - Espera, a caixa. - e quando percebi já estava fora da enfermaria. - Mas e minha caixa?
    - Amanhã nós te entregaremos, querida. Tchau. Aqui estão suas coisas. - ela trancou e saiu dali como se fosse perder o expresso.
    Ah, não. Não consigo acreditar que eu perdi a caixa lá dentro. E agora? Eu queria tanto ler a carta. Eu não consegui ler absolutamente NADA. O que estaria lá? Oh, não. Eu odeio esta nova enfermeira, odeio.
    Peguei minhas coisas do chão e fui até meu dormitório. Cabisbaixa e triste, prestes a cair em lágrimas. Minha única tão temida chance perdida por causa dessa, dessa... Argh, ela deve me odiar, e agora odeio aquela simpatia toda dela. Que achei que era confiável. Cheguei no dormitório, abri a porta e entrei. 
    Na manhã seguinte, eu estava louca para acabar a aula e e ir direto até a enfermaria pegar a caixa. Vamos, aula. Acaba logo.
    - Hermione, você está com tic nervoso? Dá pra parar de mexer essa perna? - Murte Que Geme, comentou sobre minha impaciência.
    - Me desculpe, eu só estou anciosa. - virei a cara e tentei parecer mais normal.
    É, Draco faltou novamente. E esse deve ser o motivo para que a Pansy esteja me secando desde que entrei na sala. Eu já devo estar totalmente corada de tanta vergonha. Isso! A aula acabou. Comecei a correr como a Lilá atrás do Rony, e parei quando avistei em minha frente a enfermaria. Ah, cheguei! Terra prometida.
    - Ah, olá. Lembra-se de mim? - eu me pronunciei em frente a aquela enfermeira estraga prazeres.
    - Claro, é... Drimione, né? - ela fez um olhar torto pra mim. Eu a corrigi - Ah, sim Hermione.
    - Bem, minha caixa? Encontrou? - eu já estava tremendo de tanto esperar - Encontrou ou não?
    - Querida, quando cheguei não havia caixa nenhuma na enfermaria. Tem certeza que não a levou? 
    - Não me diga isso. - eu comecei a bufar - Tenho, claro que tenho.
    - É a pura verdade, minha querida. - ela falou com um ar profissional. - Eu, chequei toda a enfermaria e todos os armários, dormitórios, porque, bem, parecia para você ontem algo muito valioso. Mas, desculpe, não está aqui.
    Certo. Se ela achou tão valioso pra mim, porque não deixou eu pegar ontem? Tem gente que não se deve confiar.
    - Ah ta, então. Era sim, muito valioso. - abaixei meu olhar- Mas, obrigada por procurar. Tchau.
    Ela acenou e eu saí. E agora? Eu queria tanto ver aquela carta. Eu fui andando lentamente em direção ao refeitório, para o almoço. Mas, de repente, o Draco apareceu no corredor antes de eu ter chegado no meu destino.
    - Granger Maldita! - ele rosnou - Só porque tentei ser legal com você, você resolve dar a carta a Pansy não é? Grande ideia. Agora estou vendo como é uma sabe tudo.
    O olhar furioso dele me dava medo. Mas, eu gostava. Merlin, como essa carta parou em Pansy se eu nem a li?
    - O-oquê? - gaguejei - Eu nem li a carta!
    - Ah, além de não ler, o que é uma falta de educação, ainda dá a Pansy. - ele começou "jogar pedras em mim". 
    - Não, eu não li porque quando você me entregou a moça da enfermaria me impediu. Eu tive que sair como um raio da enfermaria, e hoje a carta nem a caixa estavam lá. Eu não estava com a carta, como pude dar a Pansy? - falei num tom bem mais baixo que ele e fui me afastando e abaixando a cabeça com medo de parar na enfermaria de novo.
    - Demorou quanto tempo para bolar essa desculpinha em? - ele deu um olhar irônico - Até parece que não deu pra você pegar a carta.
    - É verdade o que eu estou dizendo. Por que mentiria? - eu o observei virando uma fera em minha frente. - Eu sou bem mais devagar que você.
    Isso não foi necessário para que ele mudasse seu rosto. Que, agora, estava vermelho de raiva, mas algo parecia impedir que ele lançasse algum feitiço em mim.
    - Eu não estou acreditando, Granger. E nunca vou acreditar. - ele me olhou e virou o rosto já não me vendo mais, eu acho. Por isso não me movi por alguns segundos.
    Depois da paralisia, fui até o refeitório, e o Draco já estava lá. Me fitando com um olhar esquisito. Eu queria odiar o jeito que ele me secava. Mas eu estava gostando. Almoçei e corri até meu dormitório, com medo de encontrar o Draco, a Pansy ou Rony. Se bem, que o Rony parecia ter aprendido a lição. Mas é melhor se prevenir de ter que olhar para aquela enfermeira novamente. Percebi que alguém estava me seguindo. E comecei a andar mais rápido. Bem, eu não queria correr, eu iria chamar muita atenção. Mas, não tinha como, eu tinha que correr ainda faltava muito para chegar e a pessoa já estava praticamente colada comigo. Eu estava ofegante, correndo, quase derrubando minhas coisas, até que me bati em uma das paredes e derrubei tudo que era meu. Odeio ser desastrada. Corei. Recolhi tudo mas notei que quando me levantei a pessoa estava empertigada em minha frente e me levantou, como estava muito escuro, não soube quem era, mas essa pessoa estava me levando para algum canto, desconhecido por mim, cada vez mais escuro. 
    - Me larga. Quem é? - eu gritava - Socorr...
    Uma mão morna tapou minha boca.
    - Cala a boca. Você vai gostar de vir comigo.
    - Hã? Sai! Me larga, quem é? - repeti 
    - Hermione, cala a boca que eu te digo quem é. 
    Obedeci. Mas nada ouvi daquela boca misteriosa. Continuei calada, como uma boba, esperando saber alguma informação de quem seria aquela pessoa. Ela estava me levando cada vez mais para o escuro, cada vez mais pra algum lugar que eu nunca tinha escutado falar. Paramos em algum lugar, com alguma brecha que deixava um vento fraco e frio entrar. Não dava para entrar iluminação por aquela brecha. Não dava para eu ver nada. Absolutamente nada.
    - Por favor, me diz quem é. - eu já estava sem forças de tanto andar.
    A pessoa não falou nada só fez um "Shhh" mandando eu emudecer. E colocou um dedo por cima da minha boca. Minha respiração estava ofegante e nesse momento, eu já não era responsável pelos meu atos. Tremi com o vento frio que passou pelas maçãs do meu rosto e meus pelos se arrepiavam de medo. Quem seria? Quem estaria me fazendo ficar vulnerável cada vez mais? A pessoa começou a se aproximar de mim. Senti um mão em minhas costas e dois braços me envolvendo. Eu estava trêmula. Não sei como, mas, correspondi colocando meus braços por cima dos ombros da pessoa que era mais alta que eu. Bem, pelo jeito que me tocava, com certeza era um homem. Pelo menos, era isso que eu temia que fosse. A testa dele tocou a minha e abaixou logo em seguida. Eu fiz o mesmo. Devo estar louca. Ele levantou a testa e aproximou-me mais a ele, fazendo nos tocarmos. Eu não estava faíscando de vontade de estar com aquele ser, eu só sentia medo de quem fosse. E ele me beijou, isso mesmo, me beijou. Mas, eu não senti absolutamente nada. Nada que parecesse que aquele era o amor da minha vida. Eu não estava sentindo fogos de artifícios dentro de mim, eu só estava beijando alguém, como se fosse um namoradinho idiota. Só isso. Nos afastamos e novamente ele tornou a me beijar. Mas, eu não estava sentindo nada de novo. Eu não estava pulando de alegria por dentro e meu coração não estava disparando, não estava remexendo como se tivesse uma escola de samba dentro de mim. Eu só estava beijando alguma pessoa que eu não sabia quem era. E meus arrepios não eram fruto do beijo, eram causados em prol da brechinha que fazia uma corrente de ar gelado entrar, naquele ambiente. Mas, não paramos de beijar, ele me impedia. Eu tentei começar a senti ele, mas não conseguia perceber nada. Eu não ofegava, não hesitava, nem ao menos, gostava, não tinha gosto de nada pra mim, beijar esse garoto. Eu só estava beijando por ser obrigada e pra tentar saber onde estava e sair dali. Ah, e por estar totalmente doida. O que custava, ninguém saberia mesmo. Mas, esse meu pensamento acabou quando eu percebi que alguém abriu a porta, a que havia a brecha. Abriu-a fazendo uma barulho ensurdecedor de porta enferrujada. E acendeu um lanterna. Oh, não.


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Notas finais do capítulo

Ha, descubram quem era a pessoa e quem abriu a porta no próximo capítulo :*
Beijos, só postarei o próximo capítulo com review ok?



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