Odeio Te Amar escrita por nataliag


Capítulo 10
Promessa não cumprida


Notas iniciais do capítulo

Esse é o mais triste, porém emocionante.
Ta aí, foi mal a demora para postar, espero compensar no capítulo.
Beijos, aproveitem!



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    - Hermione? Por favor, acorda Hermione. Eu te amo. - daí eu não escutei mais nada. Só um choro desesperado. Um choro de tortura e tristeza, um choro que me molhou um pouco com lágrimas. Lágrimas sinceras, lágrimas de amor. Lágrimas que eu tinha certeza ser do Draco.

***

    Minha cabeça me atormentava com lembranças de um passado que acabara de acontecer. Tudo ardia e demorava para fluir na minha mente. Era dor, era mais do que tudo ansiedade. Ansiedade para saber o que aconteceu, onde estaria Draco, ansiedade pra saber onde eu estava, e o que estariam fazendo comigo, ansiedade para saber o que Harry fez e onde ele está. Enfim, ansiedade para um discurso que certamente alguém me diria para explicar tudo. Eu espero. 
    Ouvi algumas vozes discutirem continuamente, vozes familiares. Mas precisamente, vozes de Harry e Draco. Ótimo! Eles estão vivos. Eu estou viva. Comecei a me mexer com movimentos bruscos e eu não sentia minhas pernas, fui abrindo lentamente meus, agora, dolorosos olhos. E escutei alguns sussurros.
    - Hermione? Meu amor, você acordou. Ainda bem. - vi um vulto branco que concerteza era do Draco vir em minha direção. - Eu estava prestes a matar o Harry. 
    Ele me beijou, com amor, com, mais que tudo, alívio. Tornando o rosto de Harry, lá atrás, um ponto de interrogação.
    - Mas, Mione, por quê? Porquê ele? - Harry interrogou.
    - Eu o amo, Harry. É isso. - fui me sentando na maca, que concerteza era da enfermaria.
    Meu coração, estupidamente, já batia bem. Pelo menos Harry já estava mais compreensivo. Eu não suportaria ter que ficar desmaiando de hora em hora por causa dos feitiços conjurados pelo Harry. 
    - Eu só... Nunca pensei nessa hipótese, acho que ninguém em Hogwarts com a excessão de vocês, vocês pareciam se odiar tanto. - Harry falou confuso.
    - Mas é essa a verdade. Sempre fomos infantis e imaturos. Agora, descobrimos que nos gostamos. - Eu falei e dei de ombros.
    - E não é nenhum cicatriz que vai impedir, tá? - Draco provocou, como sempre.
    - Para, Draco.
    - Tá, eu não vou, se é o que a Hermione quer, é ruim dizer isso, mas tudo bem.
    Dei um abraço de agradecimento no Harry e vi o rosto do Draco inchar de ciúmes. "Ah, que bestinha", pensei.
    - Nem faz essa careta, tá Draco? - debochei.
    - Ah, Mione, as meninas e o Rony, não puderam vir. Mas, eu já expliquei tudo a eles. - Harry falou e saiu do quarto.
    Assenti com a cabeça e observei o deus grego em minha frente, nomeado Draco. Por instantes, nunca me imaginei falando isso, porém, a vida é cheia de surpresas.
    - É, parece que você tem um certo interesse em macas, hospitais e medicações não é?
    - HA-HA-HA, é assim que me agradece por não te fazer estar no meu lugar agora? - olhei para ele com um olhar cínico.
    - Eu prefiria estar aí em seu lugar, nunca vou te agradecer por isso. - ele fez uma caretinha de menino emburrado.
    - Oun, meu lindo. - peguei no rosto dele e o beijei.
    - Você sabia que o seu beijo é o mais... - ele pareceu pegar inspiração, para dizer uma das mais belas palavras.
    - Inesquecível? 
    - Nojento. - ele falou.
    - Hã? Como? - franzi minha testa - Eu vou te lançar um Avada Kedrava? Tá afim?
    Ele fez um sorriso de canto de boca e tirou meus fios desengonçados de minha visão, acariciando meu rosto.
    - Você é mesmo uma bobinha, viu? Claro, lança. - ele se afastou e abriu seus braços, como se entregasse seu corpo escultural a mim.
    - Não, eu não teria coragem. - falei corando.
    O que era pior é que ele já percebia que eu estava corando e isso só o fazia falar mais piadinhas sem graça pra mim. Com aquele sorriso irônico dele, estampado em sua boca.
     - Eu amo quando você muda de cor. Você já é linda assim, ainda mais quando fica rosada. - ele tocou minha nuca.
     Corei mais uma vez, e dei um sorriso envergonhado. Ele era tão... Lindo. Era um Draco que eu nunca haveria imaginado antes. Era o mais perfeito Draco.
     - Oun, você é tão...
     - Lindo?
     - Você não consegue ser modesto não é, Draquinho? - eu dei um beijinho de esquimó nele.
     - Mas, eu não tenho razão? Não sou lindo?
     - Claro, que é. 
     Passaram alguns minutos, e eu nunca havia me sentido tão bem, só quando ele havia me beijado. Aquele fora o momento mais lindo que eu tive na minha vida. Ele se aproximou beijou minha bochecha e sussurrou, ainda com a boca perto da minha orelha: 
     - Eu te amo, Hermione. - ele disse me deixando totalmente leve.
     - Eu também te amo. Eu não sei o que seria de mim sem seus sorrisos irônicos, sem sua pouca modéstia. Não sei o que seria de mim se tudo isso fosse farsa.
     - Nada aqui é farsa, e eu nunca vou te deixar. Nunca. Eu prometo não te trair, não te deixar de lado. Por que é você quem eu quero ter do lado pra sempre. Não importa quanto tempo dure sempre. - dizendo isso, ele me beijou e alisou meus cabelos.
     Eu não respondi, apenas correspondi seu beijo. Eu estava tão feliz por tê-lo ali, do meu lado. 
     - Eu sei que nós já nos beijamos e tal. Mas, eu quero te fazer o convite oficial, e sabe... Quer namorar comigo? - ele abriu uma pequena caixa prata que tinha um anel com uma pequena pedrinha vermelha e brilhante. 
     Geralmente não ligo para estar linda, nem para acessórios. Mas era o mais lindo anel que já vi. Estampei um sorriso que ia de orelha a orelha. E, dei o mais firme "Sim" que já dei em toda minha vida.
      Clap, Clap, Clap. Ouvi algumas palmas do fundo da porta, e um olhar juntamente delas, era macabro e vingativo. Eram as palmas e olhares de Pansy Parkinson.
      - Ah, a coitada da Hermionezinha caiu como um patinho não, é Draquinho? 
      - Como assim, "caí como um patinho" em, Pansy? - eu a olhei com nojo.
      - Querida, isso é tudo armação você achou mesmo que o Draco iria te amar? Bom trabalho, Draquinho! - ela arrebitou aquele narizinho que eu queria tanto socar.
      - Pansy, você é tão iludida coitada, eu não estou armando nada, querida! O que sinto pela Hermione é amor, e eu nunca fui tão verdadeiro na minha vida, como agora. - Draco debochou a pobrezinha.
      - Ele me ama, Pansy. E, eu tenho toda certeza nisso, tá?
      - Ok, espere para saber, Granger, eu conheço a peça.
      Eu a observei com fúria e vi ela saindo com aquele nariz arrebitado. 
      - Não acredita nessa... Idiota. - Draco virou meu olhar para ele.
      - Pode deixar, eu não acreditei em uma palavra daquela iludida. 
      Ele pegou minha mão, e colocou o anel. Logo depois nos beijamos e ele teve que sair do quarto.
      Adormeci. Meus sonhos tinham como alvo Draco Malfoy. Mas, não eram sonhos bons, infelizmente, eram sonhos em que o Draco me traía. Sorte minha que não acredito muito em pesadelos que viram realidade. Acordei com os beijos do meu lindo. Era a melhor maneira de acordar depois de uma noite tão... Assustadora. Não tive coragem de contar a ele sobre os sonhos, e não contar não faria mal. Até porque eram só sonhos. Não era nada que fizesse eu me preocupar.
      - Então, Bela Adormecida, o que quer fazer hoje? Vamos aos jardins? - ele falou com uma cesta de piquenique em mãos.
      - Tá, vamos. Vou só vestir uma roupa, me espera lá fora. - ele fez uma carinha de quem queria ficar lá, mas eu o coloquei pra fora.
      Vesti um vestido, o primeiro que vi, não me importava muito com essas coisas.
      Ao chegarmos lá, havia muita gente, mas para minha sorte, ninguém perguntou nada, nem olhou estranho, a não ser a Pansy que me fitou por alguns segundos mas, depois tornou a olhar para um papel. 
      - O cicatriz só tem uma vantagem, foi ele que falou a todo mundo que estamos juntos. - ele tirou as comidas de dentro da cesta.
      Eu ri e ajudei o Draco. Mas, para deixar nosso momento ótimo, um horror aquela... Pansy apareceu.
      - Hoje à noite vai ter festa, estão convidados. - ela sorria com um olhar meigo demais para ser verdadeiro.
     - Não obrigado, tenho mais coisas que importam para fazer. - eu a cortei.
     - Tá, não digam que não chamei. - ela saiu.
     - Eu odeio essa... Aí tem coisa, mas nós não vamos né?
     - Claro que não.
     Tudo correu bem, por nosso encontro e tudo estava perfeito. Até que a Lilá veio até nós e nos entregou um papel que ela falara ser do Snape.
     No papel havia: "Draco, preciso que você vá até o dormitório feminino da Sonserina hoje á noite para pegar uma anotação que deixei com Pansy. Snape." Ah, maravilha, na hora dessa festinha, quando tiver tendo essa festinha e o pior com a Pansy.
     - Você vai?
     - Eu tenho, afinal deve ser importante, mas só vou para isso tá meu amor?
     O dia passou rápido e eu estava no dormitório com Draco, já havia começado essa festinha chata, e o barulho de música alta, invadia um pouco de nosso dormitório. Draco falou que precisava ir, e eu tive que falar "Tá, tudo bem, mas volta logo. Te amo, beijo.".

POV Draco (N/A: primeira vez, e talvez única) 

    Havia muita bebida, muita comida e a festa parecia boa, mas o que eu mais queria fazer era sair dali. Vi a Pansy e ela veio correndo até a mim.
    - Sabia que viria.
    - Me entrega logo que eu quero sair daqui.
    Ela apontou uma garrafa de bebida pra mim.
    - Eu não quero bebida, Pansy, quero a anotação. Ainda mais, essa bebida estranha.
    - Vamos, gatão, toma! - ela empurrou aquele líquido estranho, com um gosto extremo de poção do amor em minha boca e eu acabei bebendo.
    Alguns minutos passaram e eu estava dançando com a Pansy.

POV Hermione

    Passaram horas e o Draco não apareceu, eu decidi ir a festa, ver se ele estava bem. Corri até a Sonserina e entrei naquela sala agitada, tinha muita gente bebendo, muita gente dançando, muita gente beijando. A música era alta e forte. Algo muito eletrônico. Mas, uma imagem se passou por mim. A cena era a mais horrível que já vi em toda minha vida. Draco estava sem camisa, bêbado, dançando como nunca antes, mas essa não era a parte ruim, ele estava dançando com Pansy, tecnicamente, se esfregando com aquela otária. Ele dançava algo com ela, e a dança não era inocente, era louca, caliente. Até que os lábios de Pansy Parkinson atravessaram a boca de Draco. E ele a beijou. Ali. No meio da pista improvisada. Ele a apertava com movimentos bruscos. E ele a beijava como um lobo ao ver sua comida tão desejada. Eu já não via aquela cena tão claramente, meus olhos marejavam e estavam prestes a derramar lágrimas. Até que minhas lágrimas percorreram meu rosto confuso. E eu saí dali correndo. Saí dali derrubando tudo que havia em minha frente, tudo que queria fazer era sair dali e me acabar em lágrimas. Ele prometeu, prometeu me amar. E nunca me trair. E eu tinha certeza: Era ele e Pansy Parkinson se beijando furiosamente. Do jeito mais atraente possível, para todos verem, para todos invejarem. E principalmente, para Hermione Granger sofrer. Cair em lágrimas, sentir a dor mais estonteante que ela já sentiu. Pois bem, eles conseguiram, é isso que sinto agora. Nunca vai me enojar tanto falar que, Pansy tinha razão era tudo farsa, armação. E então eu achei meu dormitório. Deixando cascatas de lágrimas por todo chão que pisei. E inundando a cama.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAh não, Pansy fdp :@@
Gostaram? Reviews? Estrelinhas? Continuo? Recomendação?
É isso, beijos. Muito obrigada todas vocês, pelos reviews ok?
:*



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