A Feiticeira e o Vampiro escrita por Samira_28ka


Capítulo 22
Capítulo 23 Divirta-se


Notas iniciais do capítulo

Divirta-se lendo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/106939/chapter/22

Trilha  Sonora- I Gotta Felling - Black Eyed Peas

Divirta- se- A voz de Kate ecoava sonhadora na minha mente.
Eu irei. Respondi para a voz na minha cabeça, sabendo que é loucura ficar ouvindo vozes.
Suspirei cansada quando me lembrei da loucura do meu dia. Depois de almoçar, tive que explicar para Juliana como fazer que Ben fique com as alianças que eu comprei e ela fez inúmeras perguntas sobre como seria o par dela para o baile, ou seja, meu amigo Henry Smith.

          Eu precisava relaxar e era isso que eu iria fazer e de preferência com um bonito acompanhante.

           Encarei a garota no reflexo do espelho. Seus lábios eram um vermelho vivo, seus olhos eram marcantes, com uma leve sombra branca e lápis e rímel pretos, bochechas coradas que lhe davam uma aparência saudável, penteado com nenhum fio fora do lugar e seu rosto não tinha nenhuma falha. Ela estava vestida em um micro vestido dourado e pulseiras, brincos da mesma cor e acessórios familiares (o pentagrama e o anel). Seu corpo era escultural, digno de capas da Vogue ou das passarelas de Nova York. Sim, ela era bonita.   

Sorri e a garota fez o mesmo. Respirei fundo e fechei os olhos. Mandei para longe qualquer preocupação, hoje eu serei apenas mais uma adolescente que vai a uma boate.
Peguei minha bolsa e desci as escadas. Quando cheguei à sala, encontrei a Juliana assistindo TV.
- Não me espere, não tenho hora pra chegar. Tchau!
- Bella? - Juliana me chamou.
- Sim? – Eu respondi
- Obrigada por tudo.
- Não por isso. - Voltei a andar ate a porta.
- Bella? – Ela me chamou de novo
- O que foi? – Falei impaciente e um pouco rude.
- Se cuida. – Ela desejou um pouco sem graça.
- Sempre – E finalmente sai.
Dirigi a minha Ferrari até o centro de Seattle. Diferente de Forks e Portland (Que é um pouco mais portuária que Forks), Seatlle é realmente uma cidade grande.
Estacionei em uma rua escura. Peguei minha bolsa e liguei o alarme do carro. Avistei uma boate chamada Bloody Mary, ao lado do nome tinha uma figura em neón da bebida. . Perfeito.
Entrei no lugar com apenas um sorriso para o leão- de – chácara. Eu sou menor de idade, mas sempre me deixam entrar em qualquer lugar.
Fui direto para o bar pedir a bebida da casa. Sentei ao lado de um homem que estava falando para o garçom.
- A vida é uma merda.
- Você é bem positivo. - Comentei.
- Por que eu deveria considerar a sua opinião? - Ele replicou rude.
- Porque eu não tomei 3 garrafas de vodka. - Respondi calma. Discutir com bêbados não é uma coisa boa
- Eu não estou bêbado! - Ele insistiu, mas a seu copo tremeu um pouco.
- Até parece! Eu não vou perder o meu tempo. Por favor, uma bebida da casa. – Pedi ao barman que acompanhava briga virando a cabeça em direção a quem falava.
Não via bem o rosto do homem, só enxergava o seu cabelo castanho e a suas roupas. Ele usava uma camisa social branca com os primeiros botões abertos deixando um colar de contas a mostra, uma calça social preta e sapatos da mesma cor engraxados. Visual de cara que acabou de sair do escritório.

Ele balançou a cabeça e olhou diretamente pra mim. Piscamos ao mesmo tempo. Ele tinha olhos verdes, sobrancelhas grossas, pele branca, mas saudável, queixo arrogante e nariz que completava a harmonia do rosto dele. Ele não era inumanamente bonito, apenas uma beleza humana.

Minha bebida chegou e a tomei de uma só vez.
- Desculpe, eu tive um dia ruim e descontei em você
- Tudo bem – Respondi sem nem olhar pra ele.
- A propósito, você está certa.
- Eu geralmente estou. – Desta vez, vir-me-ei para ele e sorri. Algo que foi retribuído por ele.
- Dean.  – Ele pegou minha mão e a beijou como naqueles filmes antigos. Eu ri.
- Bella. – Fiz uma reverência com uma parte imaginária do vestido e ele riu.
- Combina com você - Pisquei para ele e pedi outra bebida.
- O que aconteceu com você, Dean? - Eu perguntei enquanto passava uma mão nos seus cabelos.
- Hoje foi o pior dia da minha vida. Discuti com o meu chefe que para minha azar é o meu pai, minha mãe ficou do lado do pai e minha namorada me traiu com o meu melhor amigo.
- Que drama. Isso daria uma boa novela mexicana.
- Yeah - Ele sorriu triste.
- Aceito a parte da bebida, mas você não vai ficar parado. Você precisa de diversão e está falando com a pessoa certa. - Apontei para mim mesma e o puxei pelo braço.
- Bella... – Ele tentou me impedir, mas acabou levantando.
- Por favor - Eu pedi.
- Está bem – Ele bufou- Você sempre consegue tudo o quer?
- Na maioria das vezes. – Dei de ombros e andei para a pista de dança segurando a sua mão.

- Você é inacreditável – Respondeu enquantose mexia no ritmo da música. Ele estava mais animado do que antes. Soprei um beijo no ar para ele e dancei até o centro da pista. Muitas pessoas dançavam ao ritmo contagiante, mas o lugar não estava abafado.

Promiscuous – Nelly Furtado e Timbaland

A letra da música era cantada por um homem e uma mulher. Mesmo sabendo que a letra não era o que todos consideram como decente, nós cantávamos e dançávamos mais perto quando a música pedia. Seus reflexos estavam um pouco mais lentos devido à bebida, mas ele ainda dançava bem.
- Não agüenta meu ritmo? – Eu provoquei
- Você não viu nada. – Os cantos dos seus lábios se ergueram em um sorriso malvado.
Em um movimento súbito, ele me puxou para mais perto. Meu rosto estava na mesma altura do dele e ele ainda mantém o sorriso. Seus olhos se focalizaram na minha boca e eu entendi sua intenção. Virei o rosto e ele me beijou na bochecha. Sorri internamente. Não seria tão fácil para ele.
Depois de dançar muito, Dean queria voltar para o bar. Eu não queria que ele ficasse mais bêbado, por isso, puxei-o pela gola da camisa e o arrastei para fora.
-Aonde nós vamos? – Perguntou atordoado
- Obelisco Espacial – Respondi e ele rolou os olhos. Obeslisco espacial (Space Needle)é uma torre com um restaurante giratório.
- Quantos anos você tem?
- Sinceramente? – Ele assentiu
- 17 - Ele ergueu as sobrancelhas.
- Você não parece ter 17. – Ele afirmou.
- Está me chamando de velha? – coloquei as mãos na cintura. Ele negou com a cabeça
- Você parece ter mais maturidade que a maioria da sua idade. – Ele respondeu e eu ergui uma sobrancelha.
-Eu não fiz nenhum ato responsável desde que você me conhece.
- Na verdade, você me fez esquecer os meus problemas. Você me ajudou algo que ninguém faria por um homem bêbado. Eu não sei o que acontecerá quando eu estou com você. Eu gosto disso.
Antes de eu responder o telefone dele tocou. Ele olhou o visor e fez uma careta. Eu tomei o telefone e vi 20 chamadas perdidas de Amor. Sorri quando o telefone tocou de novo.
- Isso vai ser divertido. – Fala alto para ele ouvir. Abri o celular e deixe no viva voz.
- Alô? – Saiu quase um gemido.
- Posso falar com o Dean?Diga que é a namorada dele.
- Ele está muito ocupado no momento. – Olhei para ele que entendeu a deixa. Começou a falar coisas Céus, como isso é bom, você é tão boa e coisas do tipo. Eu fiz minha respiração ficar ofegante propositalmente.
- Eu estou ouvindo a voz dele. Eu preciso falar com ele! – Pude ouvir soluços do outro lado da linha - Ele não.. Poo- de fa- zer isso comi-go
- Ele já fez. - Disse friamente – Tchau, querida. – Desliguei o telefone e Dean me olhava pasmo.
- Quero morrer seu amigo - Levantou as mãos como para dizer que era inocente. – Obrigado por tudo. – Falou como a minha prima. As pessoas estão me agradecendo muito por coisas de pouco valor. No mínimo, diferente.
- Não por isso. – Respondi igual a pouco mais cedo
Chegamos à torre e os funcionários nos levaram diretamente ao elevador sem pagar nada.
- Quem é você? – Eu perguntei
- Hã? – Ele piscou rapidamente.
- Quem é você em Seattle? – Modifiquei a pergunta e vi compreensão e algo mais em seus olhos.
- Eu sou Dean McNerney, 23 anos, filho do dono da The Boeing Company, empresa sócia deste lugar. - Havia desprezo em sua voz
- Uau! – exclamei.
- Isso não é uma coisa boa, acredite. Você sabe demais sobre mim e eu não sei nada sobre você. Quem é você?
- Sou Isabella Swan, 17 anos, sobrinha do dono da Beauty&Grace, e eu moro Forks. – Minha voz estava inexpressiva.
- Nossa! – Ele exclamou ao mesmo tempo em que chegávamos ao restaurante.
- Eu entendo você melhor do que imagina.
Sentamos em uma mesa indicada pelo maitre e logo fomos atendidos. Pedi uma coca para cada um e ele pediu uma porção de macarronada para ambos. (Prato predileto dele).
- Tem namorado?
- Não e nem pretendo. – Respondi sinceramente envolver-me emocionalmente com alguém é última coisa que eu quero fazer para o meu bem e o da pessoa envolvida.
- Por que não? Você é linda, inteligente, simpática, boa família, divertida, tudo que um homem poderia desejar.
- Tudo o que desejam e tudo o que não podem ter. Mas é melhor você não saber motivo, para o seu próprio bem.
- Misteriosa também?! Eu deveria ter adivinhado.
- Não sabia que pensava tão bem de mim
- Só disse o que qualquer um pode ver.
O garçom chegou com os pedidos e nós começamos a comer em silêncio. Ele parecia perdido em pensamentos e eu não atrapalhei.
- O que vai acontecer depois que sairmos daqui?- Ele perguntou depois de um tempo.
- Eu vou pra casa e garantir que você chegue à sua
- Mas já?
- Amanhã será um dia cheio pra mim e pra você. – Suspirei e falei mais calma. – Você tem muitos problemas para resolver.
- E se eu não quiser?
- Se você não quiser voltar para sua casa eu terei que obrigá-lo. Em relação aos seus problemas, não posso fazer nada.
- Você é a melhor coisa que me aconteceu hoje. Minha vida está uma loucura e você é a única coisa que faz sentido. - Ele pegou minha mão que estava em cima da mesa.
- Sua vida fará mais sentido amanha, agora termine de comer. – Cortei o seu romantismo.
Terminamos o jantar com ele fazendo círculos na palma da minha mão. Assim que tomei meu último gole de coca-cola, puxei- o pelo colarinho da camisa e o beije.
Ele correspondeu imediatamente. Suas mãos largaram as minhas e foram direto para o meu rosto. Minha língua explorava cada canto da boca dele sentindo o gosto de coca e um pouco álcool. Sua língua travou uma batalha com a minha em busca de espaço. Ele fez o mesmo caminho que eu tentando conter a si mesmo, algo que eu não ajudei quando baguncei ainda mais os seus cabelos.
Era tudo puramente instintivo. Eu já agi assim antes e sei que eu não estava apaixonada ou gostava dele como algo mais que um amigo. Não senti nada além do seu calor morno.
Quando ele nos separou por falta de ar, ainda ofegante, falou:
- Isso... Foi... – Ele não conseguiu continuar.
- Eu sei. – Já tinha ouvido essa frase antes.
Olhei em volta e vi as pessoas em volta observando curiosas.
- Você chama muita atenção.
- Tenho certeza que não sou o único. – Ele sorriu com os lábios ainda vermelhos.
- Melhor pedir a conta. - Eu avisei.
- Ok - Respondeu meio distraído
- Sua distração é só por causa do beijo. – Pisquei para ele que sorriu irônico.
- O que você acha? - Pagou a conta e segurou minha mão.
- Acho que você quer mais. - Umedeci os lábios para provocá-lo.
- Boa adivinhadora. – Ele mordeu o lábio inferior antes de entrar no elevador.
Assim que as portas se fecharam, ele me encostou contra a parede de metal e vidro. Suas mãos estavam na minha cintura enquanto seus lábios subiam pelo meu pescoço até chegar aos meus lábios. Apenas acompanhei o ritmo imposto. Era bom, mas eu sempre tinha a sensação de que não era mais que isso. Apenas uma vontade momentânea. Não tinha nenhum sentimento, exceto amizade, pelo menos, de minha parte.
Ele aproveitou bem os 41 segundos em que o elevador desceu. Quando as portas se abriram tenho certeza que o nosso estado era péssimo ou constrangedor, porque as pessoas nos olhavam de olhos arregalados. Arrumei meu vestido, peguei minha bolsa e joguei meus cabelos para trás. Sinceramente, estava me lixando para o que eles pensam. Dean estava o mundo da lua, porque não falou nada.
Consegui chamar um táxi, nesse momento, Dean, apertou minha mão mais forte.
- Bella... - Ele pediu, mas eu cortei.
- Eu cumpri a minha palavra. Onde você mora?
- Mas...
- Mas nada. Diz logo. – Eu pressionei e com relutância, ele disse o endereço.
- Quando vou te ver de novo?
- Ter um cartão seu? – Entreguei notas aleatórias ao taxista que sorriu largamente ao recebe - las.
- Tenho. – ele pegou do bolso um cartão com uma foto dele e informações pessoais. Quase ri com o Dr. Dean McNerney.
- Doutor, eu vou te ligar quando puder. – Tenho quase certeza que não ligaria, mas queria confortá-lo – Pense nesse dia como algo distante que você mal lembra que aconteceu.
Eu toquei seu rosto e ele fechou o olhos. Beijei seus lábios pela última vez na noite e o empurrei no carro. Acenei com a mão uma vez e voltei andando até o meu carro. Estava com a sensação de ser observada.
Quando destravei o alarme do carro e estava com minha mão na maçaneta uma mão tocou o meu ombro, sobressaltando-me. Num reflexo, peguei a mão do desconhecido, a torci a mão do individuo nas costas e fiz uma chave de braço no seu pescoço. O som de sua risada me fez soltá-lo.
- Esperava uma recepção mais amigável de você, Bella- Agora, ele adquirira um sotaque britânico.
- Então era você que estava me seguindo.
- Esperta como sempre. - Ele piscou para mim e eu o abracei forte.
- É muito bom ver você, Henry.
- Também é bom ver você, princesa. - Revirei os olhos ao ouvir meu antigo apelido.
- Você vai me chamar por esse apelido aqui?

- Vou pensar no seu caso. – Eu o soltei e o analisei atentamente. Estava exatamente como eu lembrava. Olhos azuis, cabelo castanho escuro, pele clara, rosto e corpo bonitos. Meu amigo é lindo, fato. Mas ele não é pra mim e sim para a minha prima.

- Inglaterra? - Ergui uma sobrancelha.
- Não se compara as belezas da América.
- Arrasando os corações das inocentes inglesas. - Balancei a cabeça negativamente.
- Não se faça de santa. Eu vi você com o loirinho do elevador. Pobre rapaz. – Ele imitou o meu gesto.
- Ele pode cuidar de si mesmo. Você sabe que eu não dou falsas esperanças.
- Sua sinceridade mata alguns. Tenho certeza que a maioria gosta de ter falsas esperanças
- Para depois ter uma namorada gritando meu nome no meio da noite. Qual era o nome dela?
- Mary Jane. - Falou de má vontade.
- Isso mesmo. Não. Obrigada. Prefiro a sinceridade. – Pisquei pra ele – Entra aí.
Entrei no carro e ele entrou em seguida. Manteve um sorriso de sabe- tudo no rosto.
- O que foi? - Revirei os olhos enquanto ligava o carro. Sabia que o que ele dissesse seria verdade. Nem sempre eu gostaria de ouvir.
- Você não consegue viver sem pelo menos um veiculo de luxo. – Eu ergui uma sobrancelha. – Você é viciada em velocidade.
- Essa Ferrari foi um presente bem exagerado dos meus tios.
- Aquele Way?- Perguntou arrogante. Swan e Way têm uma grande rixa entre si por razões complicadas que eu já expliquei antes.
-Sim, mas ele não é tão ruim.
- Eu vou ter que dormir na casa dele?
- Vai. Mas ele não está em casa. – Não precisei olhar para ele para saber que tinha revirado os olhos.
- Não reclame. Você vai sair com a filha dele. - Falei tranquilamente enquanto ele tentava controlar a voz.
- O que?
- Ela é humana. – Esclareci. Se ela fosse uma Way, ele se recusaria.
- Meu “sogrinho” sabe disso? – Humor voltou.
- Não. Minha prima nem te conhece e nem sabe como você é. Decidi chamar você hoje. – Sorri enquanto ele revirava os olhos de novo.
- Seus impulsos são assustadores. E se eu não pudesse vir?
- Eu arrumava um jeito. Eu sempre arrumo. Você me conhece a tempo suficiente para saber que eu consigo.
- Eu sei. Por que você está usando esse anel?
- Poderes descontrolados. Isso é normal?
- Acho que sim. Mas a minha durou menos.
- O que isso significa?
- Eu não sei. - Ele balançou a cabeça. - Como é a sua prima?
           - Veja e tire suas próprias conclusões.
           - Você vai me deixar curioso, Bella?
           - Vou.
           - Esse anel te deixa mais fraca. Vou ter que retirar essa informação da sua mente. - Ele sorriu enquanto eu me concentrava na estrada. Meu anel tinha ficado mais forte, impossibilitando qualquer mágica. Tenho que torce para que o meu escudo não vacile.
            Passamos a viagem em uma batalha mental que graças a alguma coisa, meu escudo não caiu. Isso deixou Henry nervoso. Assim que chegamos a casa, ele parou com as investidas.
            - OK. O se escudo é forte e eu vou ver a garota pessoalmente. – Eu ri de sua desistência e ele sorriu constrangido.
Entramos na casa e vi minha prima no sofá dormindo. Coitada, deve ter me esperado. Ouvi um ofegar atrás de mim. Então, temos alguém interessado.
           - Já vi que gostou. ­­- Sorri maliciosa e ele fechou a porta atrás de nós.
           - Não pense besteira – Ele bagunçou o meu cabelo.
           - Eu te conheço bem o suficiente para saber que gostou.
           - Você pode estar errada. – Ele se jogou em uma poltrona preta da sala.
           - Ou posso estar completamente certa. – Baguncei o cabelo dele e ele me puxou para o seu colo.
           - Posso te pedir um favor?
           - Depende do que.
           - Não é nada complicado. Não será nenhum sacrifício pra você.
           - O que é?
           - Pode levar a Juliana pro quarto dela?
           - Sem problemas. Teria que conhecer minha acompanhante de qualquer maneira.
           - Não se aproveite de uma garota adormecida.
           - Você sabe que eu não faço isso.
            - Eu sei. - Toquei na sua bochecha - Divirtam- se no baile. – Saltei do colo dele e fui para a escada.
            - Você não vai ao baile? – Ele agitou as mãos no ar e eu balancei a cabeça.
            - Eu vou sair cedo, ela não vai saber que você já chegou, por favor, não assuste a garota.
           - Fácil falar. Um estranho na sua casa é algo comum.
           - Só se apresente. Ela entenderá.
           - Qual é o meu quarto e o dela?
           - O dela tem escrito Juliana na porta e o seu é ao lado do dela.
           - Seu tio iria amar saber disso.
          - Quem disse que ele precisa saber? Eu já fiz coisas que ele não disse pra fazer. - Como ficar amiga dos Cullen e colocar um estranho em sua casa.
           - Boa noite, Bella. - Ele bocejou.
           - Boa noite, Henry. Não quebre o coração dela. - Eu pedi.
           - Vou tentar.
          Fui para o meu quarto e fiz todo aquele ritual de limpeza antes de dormir. Abri a porta que dava para a varanda e o vento jogou meus cabelos para trás. Novamente, senti a sensação de ser observada. Balancei a cabeça. Estou muito paranóica.

         Deitei na cama enquanto minha mente se preparava para o dia de amanhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

até



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Feiticeira e o Vampiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.