Os Outros escrita por Sochim


Capítulo 30
Especial 1 - Apanhando (editar)


Notas iniciais do capítulo

Okay, depois de muuuito tempo, novamente, sem postar, aqui estou eu, postando capítulo novo.
No entanto, achei que meus leitores, os fiéis e os que estão esperando a tanto tempo, mereciam um pequeno presente.
Não, não é maior rapidez na postagem de capítulos.
É uma pequena linha de história paralela, contando um pouco da história de Minato, Kenn, Fugaku, Kushina.
Ou seja, a qualquer momento, na história, ao invés de um capítulo novo, postarei um desses especiais, para que sejam capazes de entender a plenitude da relação de Minato com seus amigos.
Boa leitura.



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Abriu os olhos devagar, recuperando a consciência, sem saber quanto tempo se passara desde que apagara. De forma vaga, percebeu que alguns colegas ainda o olhavam, e comentavam aos sussurros qualquer coisa que preferia não saber. Tentando se apoiar no braço direito, foi com algum esforço que conseguiu se sentar.

O queixo doía. O olho direito mal conseguia destinguir formas claras. Tudo doía. Especialmente seu orgulho. Este, por um minuto considerou a possibilidade de nunca recuperar.

Mesmo assim, conseguiu se levantar, sentindo o corpo levemente entorpecido, mas ficou de pé e se equilibrou bem o suficiente para que quem estivesse em volta não percebesse o quão difícil estava sendo para ele ficar em pé e parado sem oscilar.Um garoto de cabelo castanho se aproximu com uma espécie de sorriso, e bateu-lhe no ombro. Minato não sabia quem ele era, mas percebeu que a multidão ao redor deles começava a se dispersar; e que a alguns passos deles, três garotos se encontravam jogados ao chão, com os rostos tão machucados quanto o seu próprio, e também apagados. O garoto começou a puxá-lo pelo braço.

— Já de pé? Perdeu a melhor parte, novato. - Disse, forçando Minato a sair do lugar. - A propósito, você me deve essa.

Minato não respondeu. Estava sendo levado para longe do local da briga, o prédio de uma fábrica abandonada perto das fronteiras da cidade. Desde o começo soubera que não era uma boa ideia aceitar aquele desafio, mas seria perseguido por uma negativa pelo resto de sua vida escolar, e chamado de covarde mais vezes do que seria capaz de aguentar.

Já se metera em brigas outras vezes, mas aquela era a primeira em que apagara daquele jeito. Até o momento em que recebeu uma esquerda no queixo, estava indo bem, sabia que estava, acertando o adversário - qual era mesmo seu nome?— na cabeça e nos rins. Ser acertado por aquele soco e nocauteado fora um golpe de azar para ele. E de sorte para o outro.

— Entra. - O garoto de cabelo castanho apontou para uma pick-up preta que se aproximava lentamente deles. - A gente te leva pra casa.

Dentro do carro que parou próximo deles, havia um outro garoto, este de cabelos pretos, que buzinou impaciente para eles. Colocando a cabeça para fora, gritou:

— Vão entrar ou vão ficar ai fora esperando a polícia chegar?

Não precisou dizer nem mais uma palavra. Minato entrou no carro com aqueles dois desconhecidos que, tinha certeza ao menos, de que eram de seu colégio. Não queria fazer aquela pergunta, mas se viu obrigado a fazê-la mesmo assim.

— O que aconteceu?

O motorista ergueu os olhos para o retrovisor, afim de observá-lo, depois fez um tsc com os lábios e prendeu os olhos na estrada. O outro, sentou-se de lado no banco de caronas e sorriu abertamente.

— Sinto dizer que você foi nocauteado. Mas não se sinta mal. Isso acontece com todo mundo que entra numa briga com o Mizuki sem aviso. Você estava indo bem, até ser...

— Nocauteado, eu entendi. - Minato interrompeu, começando a se sentir irritado. - Só que ninguém lembra disso, apenas do fato de que fui...

— Nocauteado, é sabemos. - Dessa vez foi o motorista quem interrompeu e o outro garoto riu.

— Depois que você caiu, as regras dizem que o adversário deve parar imediatamente. Mas não foi assim. Mizuki continuou a te chutar e socar, e Kenn teve que se meter.

— Outra regra que quebramos, pois não é permitido entrar em uma briga que não é sua. - O rapaz que o outro chamara de Kenn deu de ombros. - Mas não tinha outra opção.

— Suponho que tenho que te agradecer... E que realmente te devo uma.

— Relaxa, novato. Você vai ter outra chance. Antes do que pensa.

— E faça-nos o favor de quebrar a cara dele na próxima vez. - O motorista completou, virando uma esquina e pegando um atalho. - Melhor a gente sair da estrada principal.

— A polícia sabe das brigas? - Minato quis saber.

— Sabe. Mas só fazem alguma coisa, quando os velhotes do Clube de Tradições começam a tagarelar. Não se preocupe com isso.

Minato e os dois rapazes chegaram à cidade mais tarde do que teriam chegado não fosse o desvio de caminho, mas conseguiram passar por alguns carros de polícia sem problemas. Outros colegas não tiveram a mesma sorte.

O carro foi estacionado em frente à casa de Minato. Mesmo novo na cidade, parecia que o conheciam bem o suficiente para saber quem era e onde morava. Foi ajudado a entrar em casa, enquanto torcia para que Jiraya não estivesse lá para ver a desgraça que sua cara havia se tornado.

Foi deixado em um banco na cozinha, enquanto Kenn abria o congelador a procura de gelo. Em seguida, Minato recebeu um pano recheado de gelo e o colou no rosto. O frio foi bem vindo.

— Qual o seu nome? - Perguntou para o moreno.

— Fugaku Uchiha. E esse é Kenn Sabaku.

— Minato Namikaze. - Minato tentou sorrir. O rosto se contorceu de dor. - Acho que não foi a melhor maneira de começar o ano, não é?

— Pelo contrário, novato. - Kenn se sentou. - Nesse colégio, nessa cidade, não tem jeito melhor.

Minato queria perguntar porque aqueles dois o ajudaram... Mas achou que não precisava realmente saber. Teria feito o mesmo no lugar deles. Sabia que faria.


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