Tudo Pode Mudar escrita por Lita Black


Capítulo 12
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Minhas queridas leitoras. Já temos um novo capítulo. Quero dar as boas-vindas à marippo. Obrigada pelo comentário.Bem este capítulo contêm o "quase-beijo" entre a Nessie e o Jake, por isso quem não gostar do "quase-beijo" por favor não me mate. Como vocês sabem a Nessie está muito confusa. Dêem tempo à garota para ver o Deus Grego que tem à frente. Espero que gostem.
Boa leitura!



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Já era de manhã. Passei a noite inteira e pensar nele, quer dizer ler. Eu estava a ler! A ler, Renesmee. Quem é que eu quero enganar? Eu própria, pelo que parece. Simplesmente não o consigo tirar da minha cabeça. Até parece que algo mais forte que a própria gravidade me atrai para ele. Mas eu tenho que conseguir resistir. Tenho que conseguir.

Fui até ao andar de baixo. Estava lá toda a família Cullen e Claire.

-Bom dia. -cumprimentei todos. É mais fácil do que cumprimentar um a um. Eles são bastantes.

-Bom dia. -disseram em coro. Estavam um pouco esquisitos, também eles são vampiros, mas não muda nada.

-Dormiste bem? -perguntei dirigindo-me a Claire. Reparei que os Cullen olhavam todos para mim. Sou o quê? Um bicho-de-sete-cabeças! Pensei para o leitor de mentes ouvir.

-Sim, obrigada por perguntares. -respondeu Claire bem-disposta.

-Está tudo bem? -perguntei preocupada, dirigindo-me para os Cullen. Confesso que estava a ficar bastante preocupada.

-Claro. Só preciso de falar contigo. Mas não é preciso te preocupares. -Carlisle disse.

-Está bem. Então vamos a essa conversa que pela sua cara parece ser importante. -disse analisando as suas expressões.

-Vem comigo. -disse Carlisle, apontando para uma porta. Era o seu escritório. Confesso que estava com curiosidade de lá entrar.

Ele foi à frente e eu atrás. Entrámos e logo nos sentámos à frente um do outro. Passei os meus olhos pelo escritório. Era grande e branco. Também reparei que tinha vários quadros pendurados na parede. Pareciam ser de 1600 e tal. Parei de analisar os quadros e virei-me para olhar para Carlisle. Ele parecia atento aos meus movimentos.

-O que se passa? -perguntei curiosa. Tanta observação já me estava a assustar. E sou uma vampira.

-Bem, vou ser o mais directo possível para não te baralhar mais. Lembras-te do dia em que foste a Volterra? -perguntou Carlisle, analisando as minhas expressões.

-Sim, claro. Lembro-me perfeitamente. -respondi. Estava a ficar bastante confusa. E ainda por cima o Carlisle estava a fazer aquele mistério todo. Estava até a ficar um pouco irritada.

-Então lembras-te de falarmos sobre o teu dom? -Carlisle fez uma pergunta novamente. Ah essa história! Sinceramente não sei o que é que ele está a tentar descobrir.

-Sim e sinceramente gostaria que alguém me explicasse melhor essa história. É que neste momento estou bastante confusa. -disse com um tom de voz sério.

-Bem, eu vou te explicar melhor. -disse Carlisle. -Mas primeiro posso te fazer algumas perguntas? -ele perguntou.

-Claro que sim. -respondi.

-Já sentiste sede ao pé da Claire? -ele perguntou. Que raio de perguntas são estas!

-Estas perguntas são sobre o meu regime alimentar. Mas não era sobre o meu dom? -perguntei confusa.

-Sim era. O teu dom esta relacionado com o teu regime alimentar. -Carlisle respondeu.

-Ah! Ok. Não. Nunca senti sede perto da Claire. -respondi segura. Era verdade, nunca tinha tido sede ao pé dela ou vontade de a matar. Talvez porque goste demasiado dela.

-Ok. Porque é que tinhas sede perto dos outros humanos? -perguntou.

-Não sei. Oh! Espera, somos vampiros e bebemos sangue humano. Já me lembrei. -disse sarcasticamente. Que pergunta mais idiota. É a mesma coisa que perguntar-mos a nós próprios como é que estamos. Carlisle olhou para mim com uma cara muito séria.

-Não acho muita piada aos humanos. -respondi triste.

-Porquê? -ele perguntou-me.

-Por causa do que aconteceu com o Charlie. -respondi triste, novamente. -Tenho medo de me magoar novamente e acho que os humanos passam a vida a magoar-se a si próprios e a outros humanos.

-Mas nem todos são como o Charlie. –ele disse.

-Mas isto não era sobre o meu dom? -perguntei, tentando desviar a conversa. Eu tento não me lembrar do Charlie mas ele magoou-me muito, o que torna a coisa mais difícil.

-Tens razão. Não tenho nada a ver com esse assunto. -ele disse se rendendo.

-Desculpe. Está a tentar ajudar-me e eu estou a ser uma idiota. -disse.

-Eu compreendo a tua dor. É normal. Bem também não preciso de te fazer mais perguntas porque já descobri o que tinha para descobrir. -ele disse.

-Então já me pode explicar. -pedi.

-Sim. Pelas minhas conclusões acho que tu consegues controlar a tua sede. Só depende se queres ou não. -ele disse.

-Não é lá muito engraçado. Estava à espera de poder disparar lasers pelos olhos. -eu disse e Carlisle riu.

-Andas lá perto. -ele disse, ainda a rir.

-Boa! -disse, fingindo entusiasmo, para entrar na brincadeira. Se eu puder controlar a minha sede vai ser muito mais fácil para não matar humanos.

-Temos é que ter a certeza que consegues. Portanto vamos fazer vários testes. -Carlisle avisou.

-Tudo bem. Estou pronta. -disse entusiasmada. Eu estava bastante entusiasmada. Ter um dom é muito fixe. Sinto-me especial pela primeira vez como vampira. E como humana.

Saímos do escritório e fomos ter com o resto da família. Devo dizer que estava bastante feliz.

-Então, já soubeste a novidade? -Claire perguntou.

-Não. -eu respondi confusa. -Oh! Espera. Vais-te embora? -perguntei sarcasticamente.

-Não. Que engraçada que a menina é. Tens um dom. -anunciou feliz.

-Obrigada pela preciosa informação. O Carlisle nem me tinha dito isso. -disse sarcasticamente.

-Vá lá mostra entusiasmo. -ela pediu.

-Eu estou entusiasmada. -corrigi.

-Uau! Esse é o teu entusiasmo? Nem quero te ver aborrecida. Deves ficar com uma cara…

-Que engraçadinha que a menina é. -disse tentando parecer chateada.

-Tudo bem. Não bato mais no ceguinho. Pronto! -disse levantando as mãos. E nesse momento a campainha tocou. Alice foi atender e voltou com… vocês já sabem quem é. A pessoa cuja face não desaparece do meu pensamento durante um milissegundo.

-Olá a todos! -Jacob cumprimentou.

-Olá! -dissemos em coro. Fiquei logo hipnotizada pela sua voz. Pára Renesmee! Provavelmente estás com cara de parva a olhar para ele. Como é que ele me faz sentir tudo isto. Quando o vejo até parece que o meu coração vai voltar a bater.

-Bem, o Jacob chegou na hora certa. -Alice anunciou. Provavelmente não deve estar para vir coisa boa. -Pensei que poderíamos jogar um pequeno jogo de basebol. -disse entusiasmada.

-Eu? Jogar basebol? É melhor não. -Claire disse.

-Vá lá vai ser divertido. -eu disse entusiasmada. Eu adoro basebol. É um dos meus desportos favoritos. A sério! Muita gente acha o jogo secante, pois eu acho giro.

-É melhor a Claire não jogar neste. -Esme avisou. -É exclusivamente para vampiros e lobos. É demasiado rápido. -completou.

-Fico a ver. -Claire disse, tentando parecer entusiasmada.

-Jogas Jacob? -Edward perguntou.

-Claro. -disse entusiasmado.

-Então vamos lá. -disse Emmett, bastante entusiasmado. Este homem também fica entusiasmado com tudo.

Depois de sairmos da casa dos Cullen, todos excepto Edward que foi buscar Bella, dirigimo-nos para uma enorme clareira.  Começamos a tentar a fazer as equipas mas precisávamos de Edward. Estávamos a discutir feitos animais. A sério! E o mais engraçado de tudo é que somos animais.

Edward depois de chegar com Bella, foi até nós. Bella sentou-se ao lado de Claire e começaram a conversar animadamente.

Então numa equipa fiquei eu, Alice, Jasper e Jacob. Na adversária ficou Edward, Emmett, Rosalie e Carlisle. Esme ficaria a arbitrar, a ver se fazíamos batota.

A nossa equipa iria começar por bater, portanto eu dirigi-me para a base. Rosalie é que iria lançar a bola. Perfeito! Vou mostrar a esta loura como é que se joga. Acho que já disse que não lhe tinha achado piada nenhuma.

Jogámos durante uma hora e no final a nossa equipa ganhou por 1 ponto. Tenho que dizer que tivemos sorte. Muita sorte!

-Bem, eu pensei que as mulheres a jogar basebol eram fracas mas a Nessie calou-me. -Emmett disse a rir. Logo todos começaram a rir em coro.

-Eu disse que era boa a jogar. -disse fazendo-me de convencida.

-Por acaso não disseste. -Jacob disse a rir para mim. Os nossos olhos encontraram-se e logo ficámos a olhar um para o outro. E lá estou eu a olhar novamente para ele. Que mania!

-Olha que casalinho tão lindo. O rafeiro e o monstro do Loch Ness. -Rosalie disse fazendo cara de enjoada. Não me importei com a parte do monstro mas fiquei irritada por ela ter chamado rafeiro ao Jacob.

-Rosalie! -Esme repreendeu.

-Não faz mal Esme, deixe a loura oxigenada falar. -eu disse, enfatizando a parte da loura oxigenada. Todos riram por causa do que eu disse, excepto Rosalie, claro. Ela fez uma cara de nojo.

-Bem, nós vamos caçar. Queres ir Nessie? -Emmett perguntou.

-Não obrigada. Não preciso. -respondi. Logo todos foram embora, ficando apenas eu e Jacob.

-Então queres fazer alguma coisa? -perguntei casualmente.

-Sim. Queres ir ao penhasco? -perguntou-me.

-Claro. Vamos. -disse entusiasmada. Para além de ter amado o penhasco, estar com ele é perfeito. Fomos a pé, conversando o caminho todo. Descobri que o Jake adora tudo o que tenha ver com velocidade. Quando chegámos, ficámos a olhar para o mar. Então ele perguntou-me:

-Como é que te… transformaste em vampira? -ele perguntou nervoso. Porque é que ele tinha que me perguntar isto!

-É complicado. -disse.

-Acho que te posso acompanhar. -ele respondeu.

-Bem vou ter que te contar toda a história para perceberes. -avisei.

-Tudo bem. Tenho muito tempo. Não envelheço. -disse a brincar e eu ri-me.

-Eu cresci num orfanato. Nunca soube quem eram os meus pais. Aos 16 anos conheci o Charlie. Passado algum tempo de nos conhecermos começamos a namorar. Eu pensava que ele era o amor da minha vida. Até cheguei a engravidar dele mas perdi o bebé com 2 meses. Depois disso ele começou a mudar um pouco a atitude. Já não tinha tanta paciência para mim. Eu já estava a ficar preocupada até ele me pedir em casamento. Aceitei logo nesse momento. Eu amava-o muito. Faltavam dois meses para o nosso casamento, já tínhamos planeado tudo. Casa, filhos, emprego, vida. Um dia estava a dirigir-me para a sua casa e pela janela vi que ele estava a beijar outra. Uma rapariga da nossa escola, que não gostava nada de mim. Eu fiquei completamente arrasada e corri dali o mais depressa possível. Passei horas a vaguear pelas ruas. Já era de noite quando de repente uma dor agonizante me acertou em cheio na mão. Comecei a gritar de dor e caí no chão. Fiquei assim durante três dias, até me levantar e atacar um homem. -após contar tudo a Jacob, reparei na cara surpresa que ele fez.

-Ainda o amas? -ele perguntou.

-Não. Mas tenho medo de voltar a sentir essa dor. -confessei.

-Eu não vou deixar que isso volte a acontecer. -ele disse, abraçando-me. O seu corpo era quente. Perdi-me completamente nos seus braços. Virei a minha cabeça e ficámos a olhar um para o outro. Começamos a aproximar as nossas caras. Os nossos lábios estavam cada vez mais próximos até…

-Jacob! -alguém gritou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Quero muitos comentários e se quiserem deixar uma recomendação, não me importo. Olhem que é de graça e ainda recebem NyahCash.
Beijos!