Bring Me To Life escrita por Nicole


Capítulo 17
O meio do inicio ?


Notas iniciais do capítulo

Sentiram minha falta? Eu sei que não, mas não custa tentar
O capitulo recebeu esse nome, porque é o que marca o meio da fic. Imaginem que os outros capitulos era meros "detalhes" para a maior compreensão de tudo. A partir daqui a chapa esquenta. E como esquenta!



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Na segunda feira Annabeth acordou feliz. Não soube o motivo, mas foi exatamente assim que acordou.  Olho no quarto e viu os dois irmãos dormindo cada um num colchonete, olhou no relógio e viu que ainda não era nem cinco horas da manhã.  Saiu do quarto com o máximo de cuidado para não acordar os irmãos mais novos

O que ainda incomodava a garota era o fato de não ter visto sua mãe chegar. Chegando ao quarto de Atena viu a mãe esparramada na cama, um cheiro estranho e enjoativo. Um cheiro que Annabeth conhecia muito bem. Cheiro de vomito. 

Annabeth foi caminhando ate mais perto da mãe, onde estava a origem do cheiro. E viu do lado da cabeça de Atena. Não parecia ter comida, só álcool. A menina colocou as mãos no rosto e chorou silenciosamente. Saiu do quarto o mais rápido que pode e sentou na escada, colocou a cabeça entre os joelhos e chorou. Um pouco de paz é pedir muito?

Não ficou muito tempo ali. Apressou-se para fazer o café dos irmãos. Arrumou a mesa com tudo que os irmãos gostam.  Colocou apenas para os dois, diria a eles que já tinha comido enquanto estavam dormindo

Tomou um banho bem demorado como se a água fosse tirar não só as impurezas do corpo, mas as da alma também. Chorou um pouco mais. Diga-me alguém que não choraria no seu lugar?  Era triste e desolador. Não há onde se refugiar. Não tem como acabar.

“Eu podia me matar. Todos iam ficar felizes. Ninguém vai sentir minha falta”, pensava a menina, contudo sempre pensava em sua mãe, também. Afinal quem cuidaria de Atena se Annabeth morresse?

Preferiu esperar o sol aparecer para acordar os irmãos.  Enquanto espera acordou a mãe, apenas para trocar os panos.  Colocou o sujo na maquina de lavar.

-Bob, Matt, ta na hora de acordar- disse balançando os dois na cama

-Ah, não! Só mais um pouquinho- reclamou bob

-daqui a pouco o ônibus vem buscar você

-Queremos ficar aqui com você- insistiu Matt

Annabeth riu nervosa

-Deixem de palhaçada. Eu já falei que tem comprei os biscoitos favoritos de vocês para o café?

-Bom sendo assim- disse bob e depois sai correndo com o irmão do seu lado

-Tomem cuidado com escada- gritou Annabeth

Ficaram conversando ate que o ônibus passou para buscar os dois, e a loira teve que ir para escola

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-Percy acorda. Vai chegar atrasado para escola- gritou Sally da porta do quarto do filho

-Já vai mãe- resmungou o garoto

-Agora. Quero você na mesa tomando café em dez minutos- e assim deixou o filho se arrumar

-“Quero você na mesa tomando café daqui a dez minutos”- disse Percy imitando a voz da mãe (n/a: Quem nunca fez isso nem que fosse mentalmente!)

Dez minutos depois lá estava Percy tomando café com a mãe e o padrasto. Paul, seu padrasto, era um cara legal, mas não ligava muito pra o garoto.  A verdade é que a única pessoa que prestava atenção em Percy era seu pai, Poseidon, mas ninguém sabia onde ele se encontrava. Desde pequeno sempre preferiu pai, pois a mãe nunca teve paciência com o garoto. Poseidon não. Levava sempre o filho para o parque, ensinou-o a andar de bicicleta e sempre ajudou nos deveres da escola. Coisas que Sally nunca teve tempo de fazer.

-Isso que dá dormir de mais. Chegou atrasado à escola- disse Sally enquanto Percy descia do carro- e enquanto suas notas não melhorem você não vai dirigir de novo

O garoto nada falou. Apenas desceu e bateu a porta o mais forte que pode. Sua mãe sempre conseguia acabar com sua felicidade. O que Sally não sabia que ele foi dormir tarde pensando numa certa loira de olhos cinza

Percy correu o mais rápido que pode. Já era a sétima vez que chegava atrasado naquele mês! Quando chegou o professor de artes já tinha começado a aula e tinha divido duplas para algum trabalho.

-Atrasado de novo, Jackson? Sorte sua que ainda não expliquei o trabalho. Pode fazer o trabalho com... - O professor olhou em volta da sala atrás de alguém e ignorou a mão levantada de Rachel- com a Chase

-Como assim com aquela coisa, professor?- reclamou uma certa ruiva

-Cale-se Dare. Vamos, Jackson. Ande, antes que eu mande você pra diretoria- aquilo fez o despertou do transe que se encontrava. Praticamente rastejou até onde se encontrava Annabeth

-Oi- disse a ela quando se sentou ao seu lado. Ela não respondeu. Respirou fundo e o ignorou- Por que você não esta falando comigo?- perguntou confuso. O que estava acontecendo dessa vez?

-O que você foi fazer na minha casa ontem?-perguntou Annabeth finalmente olhando pra ele. E ficou chocada da aproximação do garoto

-Eu não sei- respondeu o garoto abaixando os olhos- eu estava passando por ali e me deu vontade de ir. E sentir mal pelo que aconteceu na piscina

A garota ia falar algo, mas foi cortada pelo professor que explicou o trabalho. Realmente era complicado. Cada dupla tinha que desenha e pintar um quadro de algum ponto da cidade e tinham apenas dois dias para isso

-A melhor dupla ganha um prêmio- sorriu para os alunos- Agora estão dispensados. O professor de história faltou, então tem um tempo livro. Aproveitem e escolham o que vão desenhar 

Percy e Annabeth caminharam em silencio pelo corredor que dava a frente do colégio. Sentaram-se num bando com vista para o bosque da escola. Ainda em silêncio. E assim se passou quase dez minutos ate que o rapaz resolveu quebrar o silencio

-O que nós vamos desenhar?- Annabeth agradeceu mentalmente por ele trocar de assunto. E agradeceu mais ainda pelo professor ter lhe cortado e não lhe deixado falar besteira

-Não sei. Tem que ser alguma coisa diferente.  Assim como o professor

-Hum... Que tal o parque? É bonito e diferente- após dizer isso Percy viu os olhos chocados de Annabeth- O que foi? Porque ta me olhando assim?

-Nunca pensei em ouvir algo esperto de você! Isso não é uma ofensa, ta?

-Vou fingir que acredito!

Ficaram os dois conversando durante todo o tempo livre e estavam tão a vontade que não percebeu que Rachel os observava. O olhar dela parecia penetrante e furioso. Ela não queria acreditar no que estava vendo. O seu Percy com... Com aquela menina, que as olhos da ruiva não valia de nada.  Isso vai ter volta- pensou Rachel. Até quando ela se fingiria de forte? Até quando fingiria ser a garota perfeita? E quando mostraria a todos que a ultima coisa que tem na vida dela era conto de fadas?  Tão perdida. Tão maltratada. Tão humilhada. Tão excluída. E mesmo estando rodeada de pessoas que supostamente são suas amigas ela se sentia sozinha. Mas ao contrario de Annabeth, Rachel não demonstrava isso!

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Mais um recreio indo para a biblioteca. Onde isso ia parar? Quando isso ia parar? O livro escolhido era diferente. Era especial. Sim, a loira já tinha lido, mas o que custa ler Harry Potter de novo.  Era magia, uma fuga da realidade avassaladora que, por algum motivo desconhecido para ela, a prende nesse mundo. E esse motivo desconhecido tem nome. Esperança. A esperança de um dia melhor, mas todo dia essa esperança se esvaziava um pouco, até chegar um dia que não teria mais nada. Só um corpo, ou quem sabe um cadáver

Quando estava prestes a chegar foi abordada por Rachel, que pela primeira vez Annabeth via sozinha.

-Oi, bruxa!- disse Rachel sorrindo amorosamente. Olha quem fala- pensou a loira

-O que você quer? – a voz de Annabeth parecia fraca. Sem forças

-Que você fique longe do meu namorado- e vendo a confusão no rosto de Annabeth acrescentou- eu sei que vocês estão fazendo esse trabalho, mas depois disso. Nunca mais chegue perto dele. Nem em pensamento, ou eu vou ter que tomar alguma providencia e tenho certeza que você não vai gosta nem um pouco.

E assim foi embora deixando Annabeth pensando naquelas palavras

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Assim que bateu o sinal do fim das aulas daquele dia Annabeth arrumou suas coisas rapidamente. E esperou todos saírem da sala pra caminhar lentamente ate a saída, quando estava quase na porta foi emburrada por uma morena

-Vê por onde andar, sua bruxa- disse Bianca soltando uma risada de deboche

-Você não devia deixar fazerem isso com você- disse um garoto ajudando a menina se levantar e pegar aas coisas que caiu. Ele era alto, loiro, tinha olhos azuis e uma cicatriz no rosto

-O que eu posso fazer?- perguntou a menina com sarcasmo

-Devia contar para alguém

-Como se alguém quisesse saber- sussurrou mais para si mesma do que para o garoto e começou a andar para sair logo daquela escola

-Ah, meu nome é Luke Castellan

-Eu sou Annabeth Chase

-Posso acompanhar você? – apontou para a rua.  A menina só vez um gesto de tanto faz com os ombros

Caminharam apenas alguns metros ate o garoto parar numa banda de frutas, que estava fechado.

-Eu fico aqui- anunciou

-Numa banca de frutas?- perguntou confusa Annabeth

-Eu trabalho aqui depois da escola para guardar o dinheiro para a faculdade

-Ah, bom então... Tchau!

-Até... E você deveria contar para alguém- Falou Luke.  E ninguém nunca esteve tão certo e tão errado ao mesmo tempo

Ao chegar em casa Annabeth não verificou os cômodos para ver se sua mãe estava em casa. Simplesmente subiu as escadas o mais rápido que pode e se trancou no seu quarto. Tinha acontecido tanta coisa num único dia que era demais acreditar que sua mãe estivesse sóbria

 Deitou na cama e olhou as estrelas no teto. Porque doía tanto olhar para simples estrelas.  Parecia que cada vez que olhava um espaço da alma de Annabeth se perdia no tempo. Num tempo onde tudo era bom. Num tempo que tudo era colorida, onde tudo era tão... Surreal

Foi quando o celular de Annabeth começou a tocar. E ela não sabia onde tinha deixado. Era bem provável que fosse uma emergência ninguém nunca ligava para ela, em todos os sentidos.

-Alô! Quem é?- perguntou sentando na cama

-Oi Anne! É o Percy

-o que você quer? – perguntou ríspida lembrando-se de Rachel

-Saber se você pode ir amanhã de manhã fazer o trabalho?- perguntou o moreno brincalhão

-Mas amanhã tem aula- disse ela como se fosse obvio

-Vai me dizer que você nunca quis faltar aula- Annabeth pensou a respeito. Era uma proposta tentadora. E muito boa para ser recusada

-Que horas?


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Notas finais do capítulo

Eu não faço a mínima idéia de quando vou postar de novo. Pois minhas provas vão começar. Estou lotada de dever, trabalho e o simulado da minha escola esta se aproximando e eu quero (leia-se: preciso) ficar em primeiro lugar :)
Só pra dá um gosto de quero mais vou falar a música tema do próximo capitulo:

Accidentally In Love-Counting Crows. Leiam a tradução *--*

Beijos. Não sei o que seria de mim sem vocês