Backwater escrita por obnxslyth


Capítulo 3
Capítulo 3 - Passivo


Notas iniciais do capítulo

Notas no final...



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Eles estavam indo para o salão. O clima estava muito pesado. Na verdade, Mello e Near estavam constrangidos, pra falar a verdade. Matt era o único que não estava constrangido, com vergonha ou algo do tipo. Ele já sabia, há muito tempo, que Mello se sentia atraído por ele e por Near. Aquela era a única explicação do porque o germânico só falava do albino.

– Já que ninguém fala nada, eu vou ter que quebrar o gelo. – Matt falou, pausando o jogo – Será que podemos trocar de roupa?

– Por mim, tudo bem. Roupa de couro é muito desconfortável.

– Cuidado com o que você fala, seu...

– Mello, vamos trocar de roupa. Near, passamos no seu quarto quando terminarmos. – Mail sorriu – Agora vamos, loiro.

Matt saiu puxando Mello. Todos trocaram de roupa rapidamente e se encontraram na sala. Os outros adolescentes e crianças já tinham se levantado e estavam arrumando tudo. E nenhum sinal de Linda. Quando estavam subindo as escadas para os quartos femininos, encontraram com Mike e Ryan.

– MIKE! Você nos salvou. – Mello falou. O garoto, que tinha entre 15 e 16 anos, estranhou a atitude do loiro – Você, ontem, saiu comigo, o Matt, a Linda e o Near depois do jogo de verdade ou conseqüência, correto?

– É, foi isso.

– O que aconteceu depois daquele jogo? – Mello perguntou, ficando vermelho ao se lembrar do que Naomi havia dito sobre ele e Near.

– Eu me lembro só quando começou a tocar uma música lá e deu a louca no Near. – O garoto ficou surpreso. Será que já não bastava tudo o que ele havia passado no jogo? – Começou a tocar I Like It, se não me engano, e ele subiu na escada e começou a dançar.

– Co-como?! – O garoto se assustou de vez.

– Haha, bem feito, fantasma, não sabia que você era tão soltinho assim – Mello riu, mordendo um pedaço de seu chocolate.

– É. Aí o Mello subiu e começou a dançar com você. Eu lembro que ele chegou a abrir o colete, mas só. – Mike falou, pondo a mão no rosto.

– Como você falou mesmo, dear Mello? – Near provocou, com sua voz fria, segurando-se para não soltar uma risadinha.

– E o que mais? – Matt perguntou, ignorando a infantilidade dos dois.

– O Mello escorregou em alguma coisa, um copo de plástico, se não me engano, e caiu de bunda na escada.

– Isso explica minha dor na bunda. E aí?

Aí eu não me lembro de mais nada, tava super bêbado.

– Ah, eu estava lá. – Ryan se manifestou – Ainda me lembro de mais algumas coisas.

– Desembucha.

~ Flashback ~

O Matt não soltava a Linda nem pra respirar. Mello e Near estavam com uma garrafa de Curaçao Blue, cada um com uma. Eu lembro que quando terminou a música que tava tocando, começou a tocar Knockout, aquela da Nicki Minaj. Os dois dançarinos profissionais aí se animaram e voltaram a dançar. Aí o Mello caiu, aquela coisa toda, mas não machucou. Ele levantou e voltou a dançar com o Near, ainda bebendo. Então, resolveram incomodar Matt e Linda.

– Vão fazer isso num quarto! – Mello gritou, fazendo Near rir alto. Só pela cara do menino já dava pra ver que ele estava extremamente bêbado.

– Ah, vai à merda, Mello! – O Matt gritou, mostrando o dedo médio pro Mello em seguida – Near, come ele que ele para de encher o meu saco!

– É Near, boa idéia, pega o Mello! – Linda riu e abraçou Matt de lado.

~ Flashback ~

– Vocês quatro trocaram algumas palavras e, não entendo como, decidiram pegar alguma coisa no quarto do Near. Aí a Ann decidiu seguir vocês. – Ryan terminou de falar.

– Espera um pouco, o que o viado do Matt falou mesmo? – Mello perguntou, pegando Matt pela gola.

– Vamos procurar Ann. – Near falou, fazendo o loiro soltar o gamer.

– Acho que a vi em seu quarto. – Mike falou.

– Vamos lá. Obrigado, gente! – Matt falou, puxando Mello.

Falar com Ann não seria a coisa mais fácil do mundo. Imagine uma freira que vive numa montanha e que nunca viu computador, televisão e rádio. Pois é, ela é quase assim. Não existe pessoa mais pura que Ann nesse mundo todo. E descobrir o que aconteceu não seria tão fácil, afinal, ela poderia ter bloqueado as imagens da noite anterior de sua cabeça.

Quando chegaram a seu quarto, Near bateu duas vezes, e então ela disse para que eles entrassem.

– Bom dia, Ann – eles falaram em coro. Ela estava deitada na cama, debaixo das cobertas, com expressão de alguém que havia acabado de fazer uma chacina.

– Olha, enquanto vocês falam com ela, vou ver se consigo saber de mais alguma coisa com alguém, ok? – Matt resolveu sair. Ele tinha a péssima impressão que algo de ruim ia ser falado naquele quarto, e não queria estar lá quando isso acontecesse.

– Tá, boa sorte. – Mello falou.

Near se sentou na cama de Ann e Mello puxou uma cadeira para se sentar. Respiraram fundo e tentaram pensar numa forma de fazer ela falar.

– Ann, temos quase 90% de certeza que você não vai querer falar nada do que aconteceu ontem à noite, – Near começou – mas Linda sumiu e ela estava conosco, então precisamos saber o que aconteceu ontem, assim que nós quatro - Mello, Matt, Linda e eu - fomos para meu quarto.

– Tu-tudo bem. Como sabe que e-eu segui vocês? – Ela gaguejou. Realmente estava nervosa.

– Ryan nos contou. Agora, se puder, você nos contaria? – Mello pediu. Não adiantava ficar nervoso com ela, o máximo que conseguiria seria uma menina chorando.

– Ok. Eu conto...

~ Flashback ~

Segui vocês até o quarto do Near. Quando chegaram à porta, eu me escondi. Fiquei atrás de uma parede, e esperei Matt e Linda entrarem no quarto ao lado. Quando entraram, eu resolvi ir até lá, mas... Eu voltei pra onde eu estava na hora.

– Então, Mello, o que você acha de seguirmos a idéia que Matt e Linda nos deram? – Near perguntou, rindo depois.

– Por mim... uma ótima idéia. Ah, fantasma, eu sabia que você era um pervertido por dentro.

~ Flashback ~

– Então o Mello beijou o Near e vocês dois entraram pro quarto. – Ann falou, extremamente vermelha.

– O QUE?! – Os dois gritaram, abrindo excessivamente os olhos e ficando vermelhos.

– Ai meu Deus, que vergonha – Ela colocou um travesseiro na cara.

– Vo-você viu mais alguma co-coisa? – Mello perguntou.

– Vi, mas eu não posso falar. Eu não...

– Fale. – Mello falou com a voz ameaçadora que tinha. Ann ficou com medo de resolveu desembuchar.

– Quando vocês entraram para o quarto, eu esperei uns 2 minutos e fui até a porta, que estava meio entreaberta, então dava para ver a cama. Vo-vocês estavam se beijando, se tocando, e tudo mais, e Near tirou seu colete e vocês foram tirando a roupa e... – Ann parou, mais vermelha do que já estava antes. Estava dando sinais de quem ia parar de falar naquele momento.

– Não. Termine. De. Falar. – Mello ordenou, irritado.

– Vocês estavam... Estavam... TRANSANDO! – Ela gritou, colocando o travesseiro no rosto. Aquele foi o ápice da situação.

– Me dêem 5 minutos. – Mello saiu do quarto. O urro de algo que parecia ser um animal muito violento foi ouvido. Do lado de dentro do quarto, Near estava com uma expressão de surpresa, vergonha e, bem no fundo, um pouco de alegria. Mas o choque superava tudo. Quando Mello voltou para o quarto, estava 5% mais controlado. Alguns segundos depois, Matt entra no quarto.

– Mello, o que acon... – Foi interrompido pelo olhar de ódio do loiro.

– Ca-la-do. – Ele falou com Matt, sua raiva transparecendo. Então, se virou para Ann novamente – Faltou você falar uma coisa, Ann. – Mello se aproximou, semicerrando os olhos. Aquilo só podia indicar alguma coisa: ele ia ter um ataque de pelanca a qualquer momento. E os ataques de pelanca do Mello não são daqueles que a pessoa dá uns gritinhos e começa a chorar. São violentos, e geralmente contém sangue neles. – Quem estava aonde? – Ele se apoiou na cama, encarando ela mais de perto. A garota ficou pálida na hora.

– Co-como assim? – Ela perguntou.

– VOCÊ ENTENDEU MUITO BEM, ANNELISE! – Mello gritou, assustando a menina. Near, então, deu um pulo ao se lembrar de algo, e resolveu sair de fininho. – Quem era o ativo e quem era o passivo? – Mello se aproximou mais, semicerrando novamente os olhos. – Quem estava em cima e quem estava embaixo? – Ela ficou mais pálida do que já estava.

– Be-bem, vo-vo-você estava, er, o Ne-Near estava... – Ele entendeu o que ela estava querendo dizer.

– O QUÊ?! – Ele gritou, novamente. Se vocês não entenderam, irei explicar na língua yaoísta: Mello havia sido o uke de Near, e havia acabado de descobrir. – EU TE MATO, SEU ALB... CADÊ ELE?! – Mello se virou e viu que ele não estava lá. Se levantou e saiu correndo corredor afora. Quando chegou na escada, viu Near virando em direção ao quarto.

– NATE RIVER, VOLTE AQUI AGORA, SEU CANALHA! – Mello desceu correndo a escada enquanto Matt corria atrás dele.

Near estava quase chegando a seu quarto. Poucos passos e... Sente um peso caindo em cima dele, fazendo ele saiu e sair rolando no chão. Quando parou de rolar, viu que era Mello e gritou. Nunca havia o visto com um olhar tão... Serial killer. 20 segundos depois, mais um pula em cima deles: Matt.

– EU VOU MATAR ESSE BRANQUELO, MATT – Mello falou assim que o seu amigo ruivo o tirou de cima de Near.

– QUE DROGA, MELLO, SERÁ QUE DÁ PARA VOCÊ SE CONTROLAR UMA VEZ NA VIDA?! – O gamer gritou, segurando o loiro. Near estava no chão, ofegante. E muito vermelho.

– EU VOU ARRANCAR AQUILO DELE, ESSA PRAGA DOS INFERNOS NUNCA MAIS FICARÁ EM CIMA DE NINGUÉM! – Ele gritou. Matt revirou os olhos.

– MELLO, PORRA, PARA QUIETO! NÃO DEVEMOS PENSAR EM MATAR NEAR AGORA OU O CARALHO A QUATRO, E EU TENHO UMA IDÉIA BEM MELHOR QUE A SUA! – Ele gritou, conseguindo a atenção dos dois.

– Fale. – Mello pediu. O ruivo o soltou e falou alguma coisa no seu ouvido, tampando a boca para que Near não tentasse descobrir o que era.

– Ok, você me convenceu. Mello arrumou o colete e começou a andar. Quando chegou até Near, se ajoelhou, ficando de frente à ele – Assim que encontrarmos Linda, você me pagará por essa noite. – Voltou a se levantar e saiu andando.

Quando Matt passou, ajudou Near a se levantar e se manifestou.

– Mello, eu encontrei com o Luke e ele disse que sabe o que aconteceu. Então...

– Vamos até ele. Agora.

Os dois engoliram seco, com medo de Mello. Engraçado, geralmente o passivo costuma ser mais pacífico...


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Notas finais do capítulo

OI GENTE *-* Enfim, terceiro capítulo aqui o/
Vou explicar algumas coisinhas:
1) eu não prefiro o Near como Seme, é que eu sempre quis ver o Mello dando um ataque quando descobrisse que foi Uke de alguém, e eu tive a chance de ver isso nessa fic *-*
2) vocês se lembram que o Mello já falou umas 2 ou 3 vezes que ele está com a bunda doendo? Acho que agora entenderam o porque disso q
3) este capítulo seria postado amanhã (sábado), mas como vou passar o sábado todo escrevendo minha fic de halloween e especial de aniversário do L, resolvi adiantar a postagem do capítulo.

Enfim, espero que tenham gostado do terceiro capítulo. Confesso que gostei de escrever ele mais do que eu gostei de escrever o segundo (advinhem por que? KKK).
Mereço reviews? *-*



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