Avisos: Kai x Hilary, não é uma death-fic, ficwriter extremamente preguiçosa... acho que por enquanto é só isso... o.õ

Ah, antes que eu esqueça o.o''' A fic é baseada no filme "Antes que Termine o Dia" ^^

E como todos deviam saber, Beyblade e seus personagens não me pertencem, e sim a um sortudo que teve a idéia antes de qualquer um de nós

Que venha a fic \o/

Ao abrir os olhos naquela manhã, Kai sabia que precisaria ser forte para não perder a compostura diante todos. Havia tido uma péssima noite pensando em tudo que havia acontecido até então... seria um longo dia!

Como o Sr. Dickenson estava no hospital, à frente de tudo o que tinha que fazer, sentiu que merecia um leve descanso até que por fim, pudessem encerrar essa história.

Levantou-se sem prestar atenção alguma ao que acontecia ao seu redor e dirigiu-se ao banheiro, fazendo tudo com uma rapidez surpreendente.

Quando terminava de escovar os dentes, ouviu alguém se espreguiçando e só pôde supor ser seu companheiro de quarto, Ray. Porém tudo aquilo parecia normal.

Foi então que percebeu que o amigo já estava de pé ao seu lado.

— Bom dia Kai!

— Hm.

— Sem resposta como sempre... Mas tudo bem, eu supero!

Kai virou-se para ele, tentando ser o mais calmo possível.

— Como espera que eu tenha um bom dia depois de tudo o que aconteceu ontem?! Diga!!!

Ray assustou-se e não disse nada. Deixou que seu capitão saísse dali sem dar alguma explicação.

Terminando seus afazeres, Kai foi para o quarto se trocar, ignorando qualquer comentário da parte de Ray. Tudo ainda estava muito vivo em sua memória. As últimas imagens da garota que tanto amava eram fortes demais para serem apagadas facilmente.

A vida era muito injusta mesmo. Pela primeira vez tinha amado alguém. Mas a vida havia tirado dele qualquer motivo para felicidade que pudesse ter. Já não bastava a difícil infância que teve entre as paredes daquela maldita abadia e agora todo esse sofrimento.

Se soubesse que viver era tão difícil, preferia não fazer isso então.

Tirando-lhe daqueles pensamentos tempestuosos, ouviu algumas batidas na porta.

Por mais estranho que pudesse parecer, aquela cena lembrava a do dia anterior, quando estava se trocando e bateram na porta.

A pessoa que estava do lado de fora era insistente, e ao perceber que ninguém abriria aquela porta, bateu mais uma vez.

Do lado de dentro, Kai tentava ignorar, mas sabia que seria inútil. Gritou para Ray, mas este estava ocupado. Restava apenas ele no quarto. Ou abria e acabava de uma vez por todas com aquelas batidas infernais, ou ficaria suportando até que a pessoa desistisse, ou que Ray abrisse a porta.

Optando pela primeira opção, girou a chave e abriu, dando de cara com uma cena um tanto assustadora. Parada em frente à porta, estavam Hilary e Mariah, tal qual no dia anterior.

Em um rápido reflexo, tratou logo de trancar novamente a porta, encostando-se na parede.

— Kai, porque fechou a porta de novo?! - perguntava Mariah.

Olhou no relógio e o que constatou era algo impressionante. O dia marcado era o mesmo anterior. Estaria ele vivendo tudo de novo ou tudo aquilo não passava de um simples déjà-vú?

— Ray, que dia é hoje?! - perguntou.

O amigo estranhou. Saiu do banheiro encarando seu capitão, com uma cara de quem não entendia absolutamente nada do que lhe havia sido perguntado.

— Como assim "que dia é hoje?" Porque não termina de se arrumar? Logo teremos de sair! Por um acaso se esqueceu de tudo?

Kai ficou indignado com tais palavras. Aquilo provava que os dois estavam realmente vivendo o dia seguinte ao do acidente com a garota. Mas então... porque aquela visão do lado de fora do quarto?

— Ray, só me responda isso. - ele pediu mais uma vez.

— Kai... você deve estar cansado. Talvez o estresse tenha te deixado assim. Mas vamos, logo mais o Sr. Dickenson vai estar passando aqui para nos levar para o velório!

— Então porque não vai até aquela porta? Abra, atenda e depois me diga o que viu! - disse Kai, enquanto começava a alterar o tom de voz que empregava.

O amigo estranhou aquilo, mas resolveu não contrariar. Imaginava que a cabeça dele estivesse confusa com os acontecimentos da última noite e que só talvez só retornaria a seu estado normal quando tudo se acalmasse. Caminhou até a porta esperando que seu capitão se conformasse quando finalmente abrisse, mas quando o fez, não foi bem exatamente o que esperava ver.

— H-Hilary? - exclamou ele.

Ainda do lado de dentro do quarto, Kai apenas observava aos movimentos de Ray. Agora tinha mais do que certeza de que não estava louco e muito menos vendo coisas.

Enquanto isso, Ray tentava contornar a situação em que se encontrava.

— O-o que fazem aqui? - perguntou.

Hilary não soube o que responder. Abaixou a cabeça numa tentativa de esconder a tristeza em seus olhos. Mariah, que estava ao seu lado, percebeu tal atitude e por isso tomou a vez na hora de falar.

— Na verdade, viemos aqui para conversar com o Kai...

— Mas não é nada! Pode deixar que voltamos outra hora! - Hilary se intrometeu na conversa.

Os dois estranharam a atitude da garota. Mariah, que sabia os reais propósitos para estarem ali, não deixou por menos. Queria ajudar a amiga e resolveu abrir o jogo com Ray.

— Não precisamos voltar outra hora, acredito que podemos conversar com você mesmo, não é, Ray?

— Comigo?! - exclamou o neko-jin, ainda sem saber o que realmente estava acontecendo.

— Sim, porque? Estava fazendo alguma coisa e nós atrapalhamos?

Ele então olhou mais uma vez para dentro do quarto, como quem buscava uma saída, um auxílio de seu amigo que estava lá. Na falta deste, voltou-se para as duas garotas a sua frente. Estava sozinho naquele momento e precisava encontrar uma solução... e com certeza, a melhor delas era 'não fugir'.

— Não, não estava fazendo nada. Claro que podemos conversar! - respondeu ele, enquanto fechava a porta ao seu lado.

Hilary ainda preferia que não tivessem aquela conversa. Segurou o braço da amiga, numa vaga tentativa de intervir novamente.

— Mariah, tem certeza disso?

— Claro que sim! Confie em mim e tudo dará certo!!!

As duas caminharam um pouco pelo corredor, indicando que ele deveria seguí-las, e assim foi feito. Ao chegarem em frente ao quarto onde Hilary estava hospedada, finalmente pararam, retomando o assunto começado.

— Muito bem, o que queriam falar comigo? - perguntou Ray.

— Acha que seria possível tentar descobrir se o Kai gosta de alguém? - explicou Mariah.

O garoto ficou parado, sem ação. Já estava estranhando todos aqueles acontecimentos, mas ainda tinha uma pequena esperança de que tudo não passasse de um grande pesadelo. Mas não. O dia estava realmente se repetindo.

Ele se lembrava muito bem do que tinha perguntado no dia anterior quando lhe disseram aquilo, mas dessa vez, não havia necessidade de que fosse explicado novamente.

— Eu não sei... é um pouco difícil, mas posso tentar...

— Isso é ótimo! Então, vamos fazer o seguinte: Você conversa com ele e assim que tiver alguma novidade, poderia nos avisar?

— Claro que sim!

— Valeu, Ray!

Hilary estava surpresa. Os dois estavam ali, simplesmente combinando coisas, como se a coisa mais simples do mundo fosse descobrir algo pessoal de Kai. Viu a amiga se despedir do neko-jin e não teve o que pudesse fazer, se não também se despedir. Assim que entraram no quarto, sentou-se na cama, enquanto Mariah se aproximou dela.

— Você vai ver... com o Ray nos ajudando, tudo vai ficar mais fácil!

— Tem certeza de que isso vai funcionar? Não sei, não estou bem certa...

— Relaxa amiga! Ainda hoje, o Ray vai estar com a resposta que tanto queremos, eu garanto!

Do lado de fora do quarto, Ray podia escutar tudo aquilo com muita facilidade. A cada palavra que ouvia, lembrava dos acontecimentos da noite passada. Sentia muita pena de Hilary, mas não havia nada que pudesse fazer.

Decidiu assim, voltar para o quarto que dividia com Kai. Durante o caminho, tentava imaginar o que poderia ser feito para que a garota não tivesse aquele destino tão cruel. Sabia que os dois se gostavam, isso já estava certo desde ontem – ou teria sido hoje? – e aquilo não poderia se repetir.

Ao entrar novamente no quarto, encontrou Kai parado próximo à janela, apenas assistindo o movimento do lado de fora do hotel.

— E então? - perguntou Kai, ainda na posição que se encontrava.

— E então que o dia está realmente se repetindo...

Um silêncio se fez dentro do quarto. Ray não sabia ao certo como continuar a conversa. Mas não foi necessário, pois Kai deu a brecha que faltava para prosseguir.

— Droga... - murmurou ele.

— Kai, eu sei que não deveria estar me intrometendo nesses assuntos... mas acredito nisso e acho que mais do que nunca, é seu direito saber disso...

O capitão da equipe virou-se para o amigo, no intuito de dizer a ele que poderia continuar.

— Você recebeu uma segunda chance para demonstrar todos os sentimentos que você escondeu da Hilary durante todo esse tempo... Quem você já ouviu dizer que recebeu essa chance? Não desperdice isso!

— Ray...

— Vá atrás dela e faça deste o melhor dia de toda a sua vida... e dela também! Você já sabe o que vai acontecer mais tarde, não deixe que isso aconteça!

Kai voltou seu rosto para Ray, surpreso com todas aquelas palavras.

— Faça isso por você, por ela... por todos nós... - continuou o amigo.

— Eu vou... e pode escrever isso, Ray: No final do dia de hoje, tudo vai terminar bem!

... Continua ...

Próximo Capítulo: A contagem começa... a prova foi lançada... Hilary começa a viver o dia que sempre sonhou...

N/A: Waahhh... sim sim, eu sei que demorei (e muuuito) para postar +_+ O capítulo estava quase pronto, quando tive um 'pequeno' probleminha com meu computador e acabei perdendo tudo u.u'''' Tentei reescrever todo o capítulo como estava, não ficou exatamente como eu queria (na verdade, o outro arquivo era muito maior u.u''' mas para não ficar mais uma década sem postar, resolvi escrever o que eu conseguia lembrar o.o')

Sobre a história, acho bom eu explicar o porque deste capítulo o.o' Para quem assistiu ao filme sabe muito bem como é, mas quem não conhece, deve estar se perguntando: "O que raios essa louca está escrevendo? O.o'" Beeem... vamos lá o/

O filme original conta a história de um casal. Ela sempre demonstra o seu amor, ao contrário dele. No fim do dia, ela morre e ele se desespera. Mas eis que no dia seguinte, ele acorda e percebe que está vivendo tudo de novo. Ele havia recebido uma segunda chance para demonstrar os seus sentimentos. Entenderam o rumo da fic? ^^

Agora resta saber o que vocês acharam o.o' *com muito medo >.<*

Kissus =*