Uma Segunda Chance escrita por Naru


Capítulo 6
Capítulo 6 - Triste Declaração




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/1009/chapter/6

Avisos: Kai x Hilary, não é uma death-fic, ficwriter extremamente preguiçosa... acho que por enquanto é só isso... o.õ Ah, antes que eu esqueça o.o''' A fic é baseada no filme "Antes que Termine o Dia" ^^ 
E como todos deviam saber, Beyblade e seus personagens não me pertencem, e sim a um sortudo que teve a idéia antes de qualquer um de nós ¬¬ 
Que venha a fic \o/

Uma Segunda Chance
Capítulo 06 – Triste Declaração


- Eu preciso falar com você... 

Kai assustou-se ao ouvir tais palavras. Hilary estava um tanto cabisbaixa, com um rosto sério. Aquele, definitivamente, não era um tom usual dela. 

- Tudo bem... - disse ele, ainda incerto do que fazer. Apesar de não demonstrar, queria muito que aquele encontro tardasse a acabar. 

Caminharam um pouco mais, até que sem esperar qualquer tipo de reação vinda da parte de Kai, Hilary apontou um local calmo, uma espécie de parque com bancos e tudo mais, onde poderiam sentar e conversar calmamente. 

Kai apenas concordou e seguiu a garota, sabendo que muita coisa estava por vir naquela conversa que iriam ter. Não que não quisesse ou algo do tipo... mas tudo estava sendo uma novidade para ele. Tanto seus sentimentos, quando a situação, eram coisas que ele desconhecia até então... não sabia como agir. 

Parou quando a viu se sentando em dos bancos, apontando o espaço vazio a seu lado como opção para que ele sentasse ao seu lado. Pensou e hesitou por um momento, mas acabou desistindo e fez o que lhe foi pedido. 

Permaneceram em completo silêncio, até que Kai recomeçou, ao ver que ela enfrentava um completo dilema dentro de si. 

- Hilary, eu... - mas para a sua surpresa, ela o interrompeu. 

- Não precisa dizer nada... eu acho que já entendi. 

- Huh? 

- Você não queria estar aqui, não é? Eu entendo... mas, por que não me disse nada? 

- Como assim? 

Ao se virar para encarar Hilary pela primeira vez desde que estavam ali, foi que ele pode perceber que os olhos da garota estavam cheios de lágrimas. Mas havia algo mais estampado neles, tentando mostrar tudo o que estava acontecendo. Algo que, com muita dificuldade, Kai identificou como culpa. 

"E-eu fiz ela chorar...?"
, se perguntou mentalmente. 

Ele até tentou contornar a situação. Pensou em algo que pudesse dizer para que o coração da garota se acalmasse, mas nada lhe vinha em mente. 

- Hilary, eu não entendo onde você está querendo chegar... 

E quando ele pensou nada seria dito, foi que a ouviu recomeçar. 

- Eu queria estar do seu lado, sem ninguém, apenas nós... por isso te chamei para sairmos juntos, se é que me entende. Mesmo que nada acontecesse, eu queria estar com você! - as palavras de Hilary já começavam a saírem falhadas graças a força que fazia para não se desmanchar em lágrimas, mas ainda assim ela insistia em continuar – Mas a última coisa que eu queria, era que você se sentisse forçado a isso... ou então que tivesse pena de mim... 

Kai tentou impedí-la de continuar ao ver que ela começava a apresentar os primeiros sinais de não tinha mais condições para isso, mas ela não lhe dava espaço para tal coisa... Em meio a soluços e um choro não mais contido, ela prosseguia. 

- Eu só queria que você se sentisse à vontade comigo, mas percebi que não é isso que acontece... 

Uma onda de tristeza atingiu o coração de Hilary e por um momento ela pensou em desistir de tudo, sair dali e ir direto para o hotel onde estavam hospedados. Ou então nem ir, mas apenas sair de perto de Kai. 

Porém, antes que pensasse em fazer qualquer coisa, Kai segurou seu braço, numa nova tentativa de contornar a situação. 

- Por que, Kai?... Por quê? – ela perguntou, sem dar nenhuma brecha para que ele dissesse algo antes dela. 

- Eu estou aqui porque eu quero... isso eu te garanto. 

Um brilho de esperança, misto com a dor e o sofrimento que sentira anteriormente, passou pelos olhos da garota ao ouvir isso. Afinal, apesar de tudo o que tinha em mente que poderia estar acontecendo, sabia que a pessoa que estava a sua frente era alguém que jamais mentia. Esconder sobre os sentimentos, talvez. Mas mentir sobre eles, não era algo da índole de Kai, que quando não gostava de algo, deixava claro para todos sobre o que pensava. "Se não é por nada do que eu já disse, o que seria?", pensou. Mas se existia algo que ela tinha de fazer naquele momento, era sanar tal dúvida e acabar de uma vez por todas com aquele tormento que sentia. 

- Então, por que? 

- Mas-? 

- Por que, mesmo assim, você ainda continua distante de mim? Fiz algo de errado? 

Diante tais palavras, Kai não soube o que responder. Tinha plena consciência de que, se culpa matasse, naquele exato momento estaria a exatos sete palmos de terra abaixo do chão. 

Sem o que dizer, ele lentamente afrouxou os dedos, deixando o braço da garota livre. Por mais que quisesse, ainda não estava preparado para deixá-la a par do que sentia... por mais que quisesse, ainda existia o medo... 

E foi quando a voz de Hilary chamou sua atenção. 

- Sem respostas... tudo bem... 

Mesmo tentando não encará-la, Kai notou um sorriso triste se formando nos lábios da garota. 

- E-eu te amo, você sabia disso? 

Como se entrasse num plano imaginário entre a realidade ali presente e a de seus sonhos, Kai paralisou. Esperava tudo que pudesse vir de Hilary, qualquer coisa! Exceto aquelas palavras. Era algo... irreal! 

Por outro lado, o silêncio de Kai foi mortal para Hilary, que acreditava que após dizer o que sentia, Kai diria alguma coisa. Fosse ela boa ou ruim. Mas, contrariando suas expectativas, aquilo não aconteceu, deixando-a um tanto desnorteada em relação ao que fazer. 

Aproximou-se, sem que ele tivesse algum tipo de reação, tocou-lhe suavemente o rosto, deixando com que sua mão fizesse um leve carinho por toda a face do garoto. Permaneceu alguns segundos, encarando o tom vinho dos olhos de Kai, até que, por fim, sem hesitação alguma, com uma delicadeza que somente ela possuía, depositou um beijo nos lábios dele. 

Aquele contato fora o suficiente para que ambos sentissem um delicioso frio correndo pela espinha. Ele até pensou em beijá-la também, mas antes que isso fosse possível, ela se afastou, deixando-o com o doce sabor de seus lábios nos lábios de Kai. 

E foi quando a ouviu perguntar. 

- Ainda assim você não me diz nada? 

Com a cabeça baixa, sem acreditar em tudo aquilo, ele respondeu; 

- Sinto muito... 

E quando finalmente levantou a cabeça, notou uma singela lágrima descendo pelo rosto de Hilary que, na tentativa de esconder toda a frustração que sentia naquele momento, virou-se e correu para longe dali.

Quando Kai se deu conta do que estava acontecendo, tentou alcançá-la correndo até a esquina onde a tinha visto virar, mas foi inútil, pois chegando lá, não encontrou nada além de uma certa decepção...   

... Continua ...


Próximo Capítulo:
Ciúmes... um telefonema... e Ray tenta colocar um pouco de juízo na cabeça de seu amigo... 

N/A:
Alguém ai? O.o''

Tá legal... vocês devem estar me xingando, não é? o.o Xingando pela demora para postar e pelo destino que eu estou levando a fic u.u' Eu sei... eu sei ç.ç 

Era para o capítulo estar pronto há muito tempo atrás, mas acabei atrasando porque quis reescrever ele umas trocentas vezes, achando que não estava bom o suficiente Mas eu prometi pra mim mesma que postaria esse capítulo antes do meu aniversário *leitores atirando pedras o.o'* 

Mas enfim... eu só espero que vocês entendam... Pra quem tinha perguntado (seja por email, msn, comentário, orkut... tudo mais...), não, eu não desisti da história o/ E o próximo capítulo deve sair beeem mais rápido n.n 

E muito obrigada pra todo mundo que leu! 

Kissus

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma Segunda Chance" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.