For Once In My Life escrita por hatsuyukisan


Capítulo 13
Novas ideias


Notas iniciais do capítulo

Demooooooooooooooooooooooooooooooooro mas não deixo de postar.
Agora eu to de férias, prometo postar com mais frequência.. E logo logo posto minha história nova, aguardem ;D

Ps: Troca de POV, amores.



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 Anna chegou em casa naquela noite, escondida atrás de caixas grandes, equilibrando-as ao abrir a porta.

  - Socorro... - disse, de trás da pilha, e eu corri para ajudá-la.

  - O que é tudo isso? - perguntei, seguindo-a até o quarto e deixando as caixas sobre a cama.

  - Isso, meu amigo, são nossas roupas. - sorriu, pondo as duas mãos na cintura. - Essas caixas aqui são o meu kimono - apontou as três caixas de tamanho parecido. - Essa aqui, é o seu hakama. - alisou a tampa da maior e então abriu-a, revelando a veste escura cuidadosamente dobrada. - Tomei a liberdade de comprar, já que a loja de roupas formais pra homens era logo do lado da loja de noivas. - sorriu - A propósito, seu fraque já tá escolhido, você só precisa passar na loja pra provar e ver se precisa de algum ajuste.

  - Ok, eu vou lá com os rapazes no mês que vem. - respondi, examinando o tecido do hakama de perto. - Hey... E aquela caixa, o que é? - apontei a caixa branca com finas escritas em dourado.

  - Aquela... - Anna suspirou, sorrindo - É o vestido. - sentou-se perto da caixa e alisou-a como se fosse um baú do tesouro.

  - Posso ver?

  - De jeito nenhum! - agarrou-se à caixa.

  - Anna, dá má sorte se eu ver você vestindo ele. - eu ri.

  - Você não vai ver. Não quero arriscar. E além do mais... Eu quero que seja surpresa. - disse, meiga, quase parecendo Miyazaki.

  - Acho que posso esperar então. - sentei-me ao seu lado. - Anna, eu tava pensando... Nós precisamos decidir pra onde vamos pra lua-de-mel. O casamento é em dois meses, precisamos nos apressar pra comprar passagens e fazer reservas em hotéis. O que vai ser? Tahiti?

  - Nah... Acho que não. Eu tava pensando... – parou por um momento.

  - Em não ir? – arrisquei, já que era o que eu pensava no fundo.

  - Você não se importa? – sorriu um tanto receosa – Quero dizer, agora a gente tem a casa e tudo mais. Não sei se quero ir viajar e deixar a casa pra trás. Além do mais a gente já foi pra Sicília.

  - É claro que não me importo. – sorri em resposta – Pra falar a verdade desde que a gente comprou a casa eu venho pensando que devíamos passar esses dias de folga lá, curtindo o cheirinho de casa nova... – ri.

  - Afofando nosso novo ninho de amor... – brincou – Combinado então... Nada de viagem agora. Talvez no final do ano, a gente vê. – levantou-se e começou a se despir em direção ao banheiro – Agora venha me fazer uma massagem, homem.

  - Como desejar, milady. - ri, seguindo seus passos, encontrando-a mergulhada na água quente, sinalizando os ombros, requisitando silenciosamente a massagem. - A propósito, seu pai ligou hoje.

  - Ligou? Pra você?

  - É, aqui em casa.

  - O que ele disse?

  - Disse que sua família virá quatro dias antes da cerimônia... - respondi, ainda massageando-lhe os ombros - Para terem tempo de conhecer a casa e... a minha familia.

  - Sua família? - sentou-se reta na banheira, virando-se para me encarar. - Malditos italianos... - resmungou.

  - Tudo bem, Anna. Quero dizer... Meus pais também vão querer conhecer a sua família.

  - Eles podem se conhecer na cerimônia. - cruzou os braços - Meu Deus... Meu avô vai querer um grande almoço com todo mundo reunido e tudo mais... E eles nem falam a mesma língua! Não me importo de mostrar a casa pra eles, mas essa idéia de juntar as duas famílias é loucura.

  - Pode ser... Mas eu tenho certeza de que meus pais vão recebê-los com muito orgulho. Vai ser constrangedor e tudo mais, mas eles vão achar estranho se os negarmos esse encontro.

  - Ai, ai, ai, ai... Já tô vendo onde isso vai terminar. - abaixou a cabeça por uns instantes, mas logo voltou a erguê-la, parecendo assustada - Meu Deus... Meu avô vai querer ver onde eu moro...

  - E...?

  - Como assim "e...?"?! E daí que ele vai descobrir que nós moramos juntos! - levou as duas mãos ao rosto - Ele não pode saber disso, Kouyou... Provavelmente ele pensa que eu ainda sou virgem.

  - Nós faremos o seguinte: diremos a ele que você mudou pra cá provisoriamente, já que teve que sair do seu apartamento pra levar as coisas pra casa nova. Mas que foi só por alguns dias e eu dormi no sofá. Eles vão acreditar... Acho. Já que nos dias que eles estiverem aqui você vai ficar com eles no hotel.

  - É faz sentido. - encarou o nada - Você é um gênio, Shima! É por isso que vou casar com você... - veio se pendurar no meu pescoço, beijando meu rosto.

  - Hey, vai me derrubar na banheira... - eu ri.

  - Quem liga? - sorriu sacana, me puxando pra dentro da água com ela, de roupa e tudo.

 Como eu imaginara, Anna estava gostando de planejar o casamento e de decorar a casa, estava gostando da perspectiva que aquele tipo de coisa dava. Nunca acreditei quando ela dizia que não fazia o tipo casada e muito menos mãe. Secretamente eu sempre soube que quando chegasse a hora ela mostraria seu verdadeiro sentimento por essa história toda. E tenho que admitir, eu gostava tanto quanto ela. E éramos bons naquilo. Minha mãe dizia que daríamos um ótimo casal. E eu via isso na prática quando saíamos juntos pra escolher móveis pra nova casa. Anna e eu vibrávamos na mesma freqüência, eu diria. Até mesmo quanto a ter filhos ela já parecia ter mudado de idéia. Ela sabia que eu era doido pra ter um filho, sabia o quanto isso significava pra mim, e sabia que não podia esconder de mim sua vontade de tê-los também, não por muito tempo.

   - Kouyou... Eu estive pensando... - disse, deitada entre as minhas pernas na banheira, depois de já ter terminado de se livrar das minhas roupas molhadas.

   - No que?

   - Andei fazendo alguns planos...

   - Em relação a...?

   - Ao futuro. - respondeu, respirando fundo - Olha só: depois de nos casarmos, a gente muda pra casa nova, certo? - balancei a cabeça - Vai levar uns dois anos até conseguirmos terminar de pagar por ela, ou mais. Isso é tempo suficiente para aproveitarmos a casa nova, a vida de casados e tudo mais, não é mesmo?

   - Onde você quer chegar com isso? - ri um pouco.

   - Ao final desses dois anos ou mais... - virou-se de frente para mim - Pretendo ter um filho com você, Takashima. - sorriu.

   - A-anna... Mesmo? - não pude evitar sorrir.

   - Mesmo. - mordeu o lábio inferior.

   - Uau... Eu... Eu gosto desse plano.

   - Eu também. - voltou a encostar o corpo no meu - Você não acha que faz sentido terminarmos de pagar pela casa e tudo mais antes de termos um filho? Quero dizer, uma criança custa caro. Hospital, quarto de bebê, mamadeiras, fraldas, escola particular, pediatra, brinquedos e todas essas coisas que crianças precisam pra sobreviver... O certo seria esperarmos mais um ano depois de termos pago pela casa. Sabe, pra termos tempo de guardar um pouco de dinheiro pra pagar por tudo isso. Não quero meu filho em escola pública. - riu.

   - Anna, eu sempre pensei que o dia que tivéssemos um filho, seria por acidente... - comentei, envolvendo-a com os braços - Porque você esqueceu de tomar a pílula ou algo assim. Nunca imaginei que teríamos tudo planejado desse jeito. Não que seja ruim, muito pelo contrário, nada me deixa mais contente do que sua vontade de ser a mãe dos meus filhos.

   - Ter um filho é coisa séria. E não é disso que casamento se trata? Levar as coisas a sério? Pois então... Em três anos teremos nosso menino, promessa.

   - Menino? Acho que quero uma menina...

   - Não que eu vá achar ruim se for uma menina, afinal filho é filho, mas eu prefiro menino.

   - Vai ser menina. - disse, convicto.

   - Não vai não. - beliscou-me a coxa.

   - Nós veremos, nós veremos. - eu ri, beijando-lhe o rosto com carinho. 

   - Mas, hey... Vamos manter isso entre nós dois por enquanto, ok? Não quero ninguém criando expectativas.

   - Pode deixar. Fica entre eu e você.


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