Sou a garota de cabelos escuros que um dia já foram verdes, azuis e roxos. Sou a garota de olhos castanhos e sorriso fácil. Aquela de muitos amores e história nunca mencionadas. Sou a de coração marcado com todos os sentimentos. A de mãos manchadas de tinta, letras e sol e mar. Sou tropeço, abraço e beijo. Sou musica, arte e escrita. Sou todas as cores e ao mesmo tempo sou transparente, sou obscura. Sou curiosidade, amor, ódio e paixão. Sou um caderno cheio de rabiscos.

Sou tudo e não sou nada.

Prazer, sou Joice.

17/10/2014. Sexta-feira.

Já tentei escrever muita coisa; até arrisquei postar "Crescer" aqui, minha tentativa mais desesperada de dar continuidade a um romance tão clichê quanto tantos outros espalhados por aí. Não estou desmerecendo minha narrativa, era boa, mas no momento em que estou, tentar continuá-la seria matar a garota doce que vivia dentro dela.

Tenho diversos projetos e muita preguiça de dar vida a eles, mas estão bem aqui, gritando e esperneando para saírem. No momento, fico vagando pelos universos espalhados por páginas de livros e pela internet, sempre buscando algo ao qual me agarrar e me divertir.

Tenho saudade da Amora, aquela da história mencionada ali em cima, e de seus dilemas adolescentes e sinto ainda mais falta dos meus dilemas, que viviam indo para o papel e de todas as histórias que poderiam existir provenientes dessa coisa que tanto detesto.

Estou tentando, juro que estou. A falta que escrever me faz é quase mortal, mas ainda não tão incomoda assim.