Definir a si mesmo, creio que seja uma tarefa, senão difícil, ao menos tortuosa. Isso porque geralmente temos dificuldade em aceitar  nossos medos e anseios, e assim  acabamos caindo na monotonia da descrição de inúmeras qualidades, que muitas vezes, nem são verdadeiras. Mas a pergunta continua a pairar ... Quem sou eu? A princípio, eu  poderia ser comparada a um espelho, pois em muitas situações permaneço inexpressiva e indiferente o bastante para transmitir, não a minha própria imagem, mas a da pessoa com a qual me encontro. Não pensem que seja falta de personalidade, não passa de  comodismo. Sou apenas humana, e convenhamos que nós, os seres cruciais da criação, temos uma certa tendência  a priorizar aquilo que consideramos mais importante no momento ,e em geral, o mais importante é atender às proprias necessidades. Trata-se de um instinto de auto-preservação,algo que carregamos no DNA desde os primórdios da evolução. Mas, voltando a minha auto-descrição, e como já mencionei um defeito, a ocasional indiferença, creio que minha mais exímia qualidade seja a humildade. Estou sempre disposta a aprender, por isso procuro sempre realizar a oração dos sábios - o silêncio- e escutar com atenção aquilo que as pessoas têm a me dizer. Já falava Sócrates: " Se tu conseguires aprender uma sílaba  com cada pessoa que passar pela tua vida, terás conteúdo suficiente para redigir uma enciclopédia." Sendo assim, atribuo a devida importância  às opiniões alheias, de modo a expandir minha própria capacidade de compreensão do mundo. Se eu pudesse me resumir em uma palavra, esta palavra seria : "incompleta".