Ela não é - nunca foi, nunca será - o tipo que chama a atenção. Seu rosto é predominantemente redondo e infantil, sendo cheio principalmente nas bochechas. Incomodada pelo tamanho de sua testa, tem como tradição manter uma franja reta, dois dedos acima das sobrancelhas. Seus olhos, grandes e expressivos, são castanhos e quase sempre levam consigo um quê de doçura. Seu nariz, pequeno e levemente achatado, freqüentemente suporta seus óculos transparentes juntamente com as orelhas delicadas da menina - "orelhas de boneca", como disse certa vez seu namorado enquanto acariciava de leve sua face e afastava lentamente os cabelos castanho claro que teimavam em ocultar o rubor tão fácil de se provocar que havia se estabelecido fortemente em suas bochechas por causa do toque. Tais cabelos, aliás, andam crescendo bastante nos últimos meses e hoje conseguem banhar parte de seu busto. Seu corpo sempre foi motivos de brigas mentais consigo mesma. É magra, mas insiste na idéia que tal aspecto tornou-se algo deveras negativo, querendo assim ganhar um pouco mais de massa para pelo menos haver uma sintonia entre "peso" e altura. Não é baixa, porém não chega a ser alta - digamos que esteja na média, o que talvez também se aplique aos seus seios. Suas clavículas são ligeiramente acentuadas. Sua cintura - ao menos para ela - é assustadoramente fina, o que por vezes lhe dá um aspecto de violoncelo graças ao tamanho de seus quadris. Suas pernas são brancas e grossas, e seus pés estão longe do que é considerado realmente delicado - justamente o contrário de suas mãos, que são tão pequenas que às vezes ela se pergunta se elas não se esqueceram de crescer em conjunto com ela. Seus dedos contém alguns calos - o mais evidente é o do seu indicador, fruto de anos venerando a escrita a mão. Tem braços grossos e antebraços finos, mas que surpreendentemente têm uma aparência harmoniosa. 

Já foi uma sonhadora com seu caleidoscópio.